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Tudologia - APCE entrevistará Paulo Motoryn sobre a máquina de radicalização cristã

เฮ
[Música]
E aí, tudo bem com vocês? Espero que
esteja tudo bem com vocês, etc e tals.
Tô abrindo o vídeo de hoje é exatamente
para fazer o vídeo agora para fazer uma
comunicação
de que de que isso aqui tá, porque me
passaram isso aqui e aí eu tô fazendo a
comunicação de que isso aqui eh a APCE,
que é o grupo do do qual eu faço parte
aqui em Brasília, tá com 1700
inscritos no canal lá, né? Se você não
se escreveu lá, eh, e quiser se
inscrever lá, eu acho legal. Vai ter
aparentemente uma entrevista lá, eh, no
dia 7 com o Paulo Motorim, que é da
revista Intercept, ã, por causa de uma
reportagem que ele fez eh, a respeito da
radicalização dos cristãos no Brasil.
Então, eu tô entrando aqui para fazer
esta divulgação.
Eh,
ah, Intercept faz vários vários vários
vários vários vários vários comentários
sobre isso. Vários comentários sobre
isso, tá? Vários comentários sobre isso.
Deixa eu abrir aqui no Google que eu
acabei de abrir. Eu fui procurar essa
essa qual foi essa reportagem, né? Mas
olha só, tem monte, ó. Por que o
evangélico radical aceita brutalidade
militar? Lula e evangélicos. pauta de
saúde acendem radicalização. Igrejas
evangélicas radicalizam extrem
extremistas no Capitólio lá nos Estados
Unidos. Como eu descobri o plano de
dominação evangélico? Igrejas
conservadores conservadoras eh serão
incub inc incubadoras de extrema
direita, como o cristianismo fundamenta
e e orienta a direita global. O lado B
do trabalho social dos evangélicos.
Ninguém é só evangélico, quem
instrumenta a fé e tal. Então tem assim,
eles fazem bastante discussão sobre isso
e eu recebi aqui no no zap do camarada
que ia ter essa conversa. Então eu tô
entrando aqui para divulgar, tá? Tô
entrando aqui para divulgar. Ã, é só
isso mesmo que eu vim fazer, né? fazer
essa divulgação e aproveito o momento
para que a gente faça um tudologiazinho,
tudologia verdadeiro, tudologia,
tudologia top, em que você pergunta
absolutamente
ahã qualquer coisa e eu respondo
absolutamente
ã qualquer coisa, tá? você faz perguntas
aí, a gente responde. Eu acho que é
oportuno porque hã a gente tem feito
muitos vídeos aqui para dizer exatamente
a mesma coisa a 18 anos. Eu acho que é
pertinente, inclusive se vocês quiserem
eh primeiro eh perguntar sobre esses
temas, né, para que a gente eh possa
possa esclarecer alguma dúvida, se ainda
existir alguma dúvida, né? Eu tô aqui
aberto para esclarecimentos para quem
quiser fazer perguntas honestas em
relação a isso e também pra gente
descansar um pouco, né? Pra gente
relaxar um pouco, pra gente falar
besteira, pra gente tirar uma onda,
porque meu Jesus Cristo, né? Meu Jesus
Cristo tá bastante ã estressante.
Bastante estressante. Bastante
estressante. Então, se quiser fazer umas
perguntas boba aí pra gente trocar uma
ideia, brincar um pouco também, tá? Tá
liberado. Esse é o momento aqui
desopilar um pouquinho, né? O Mateus tá
dizendo que eu tô convocado para
participar da entrevista. Tem que ver
que dia que vai cair, cara. Dia 7, né?
Dia 7. Deixa eu ver aqui. Dia 7 cai na
segunda-feira. Segunda-feira.
Segunda-feira eu vou est viajando, cara.
Então assim, talvez, né? Tá, talvez não
seja possível, né? Ã,
Palmeiras passa do Chelsea. Estamos
torcendo para isso, né? Afinal de
contas, tem que acabar a piada do
Palmeiras, não tem Mundial. Tá melhor,
Pedro, tá menos irritado. Veja só, eu tô
muito irritado. Eu tô, eu tenho, eu
tenho muito ódio no meu coração. Eu, eu
sou assim, eh, se tem uma coisa que
encarna, né, se eu pudesse ser, né, não
tem os negócios de Pokémon, Pokémon da
folha, Pokémon do Fogo, entendeu? Então,
assim, eh, ou o negócio lá do desenho do
do do ninja, né, que tem a aldeia da
folha, aldeia não sei quê. Então, ou
então, eh, ou então, como é que é o
nome? Eh,
eh, Cavaleiros do Zodíaco, né? Que tem o
cara que vai lá para aquelaquele campo
que é assim, aí tem o outro que vai pro
campo assim, não sei o quê, etc e, tal,
para treinar e etc. Então, ah, a minha
energia visal é 100% de ódio. 100% de
ódio. Ah, que que assim você ter orgulho
disso, Pedro? Você tem, você acha legal
isso? Você acha bonito isso? Esse isso é
o personagem, etc. E não, não, cara. Eu
queria só, eu queria só que não houvesse
descaramento, pô. Só isso, pô. Só isso.
Tipo assim, a falta de vergonha na cara,
a falta de caráter explícita, assim, a
enganação absoluta e óbvia, a a
manipulação de gente burra, né? Parando
isso, eu teria paz de espírito. Parando
ou se tivesse acontecendo isso e a não
tivesse na beira de um golpe de estado e
de direito, articulado e reiculado. Se
tem uma coisa que me tranquilizou nisso
tudo, eh, é que flopou a por causa das
da dinâmica das coisas, né? O o
Bolsonaro exposto ao julgamento e ele
ele afrouxando lá na frente do
julgamento, etc. e tal, chamando de
maluco os caras que seguem ele, que ele
mesmo incita e etc, né? Eh, fez com que
a manifestação em defesa dele desse uma
flopada incrível, né? Foi, foram 15.000
pessoas, gente. Eles estavam levantando
mais de 150.000 pessoas em São Paulo.
Mais de 150.000 pessoas. Na última deu
12.000, tá ligado? Deu 12 a 15.000. Se
chuta para cima, deu 15.000 pessoas.
[ __ ] a tranquilidade no coração que
o senhor me dá, né? A tranquilidade no
coração que me dá não tá escrito, tá
ligado?
H, mas por circunstâncias completamente
alheias ao que a esquerda tá fazendo
dentro da internet, né? O que a esquerda
tá fazendo dentro da internet, essa
bolha de esquerda comunista faz na
internet. Assim, se dependesse deles era
Bolsonaro presidente pra gente vir na
próxima, né? Era, não era Bolsonaro
ditador pra gente poder ir lá dar tiro
no mato pra gente se igualar o José de
Seu, né? A ideia parece que é essa.
Então, assim, hã, não fosse a disfaçatez
em que isso é criado, né? Se fosse
assim, a a se eu tivesse a sensação de
que as pessoas acreditam mesmo que vão
chegar lá, fosse só ingenuidade, não a
disfarçatez, a semvergohice assim, eh,
eu fico muito de cara, eu fico muito de
cara mesmo, eu fico muito de cara mesmo.
Então, ah, então só sou, eu só sou ódio,
né, nesse momento. Eu sou, eu sou uma,
uma bolha de carne em volta de um
processo de ódio, só nada mais. Mas
assim, tem hora que fica muito cômico,
né? Tem hora que fica muito cômico.
Então eu acho importante a gente
conversar
e falar sobre o tema e etc e tal, mas
mas não tem como esterilizar. Não tem
como esterilizar, não tem como, não tem
a menor condição de esterilizar, porque
o o que eu percebi, né, ah, muitas das
discussões que eu vim fazendo com esse
ódio todo, é porque são os caras que
estão aqui 30 anos, pô. Então, você tem
55 anos, tu tá me ouvindo, pô.
E aí? Oi, gatinho.
Acho que o gato quer brincar. Eh,
então você tá aqui 80 anos escutando o
que eu tô dizendo. Tô dizendo sempre a
mesma coisa, sempre a mesma coisa. E os
caras ficaram chateados porque eu tô
indo para cima, né? Porque quando eu
fico falando em abstrato
é porque nada pode, né? Nada pode.
Quando tá falando em abstrato é tudo
bonito, né? Olha, tem uma galera, né,
gente? Aí quando eu falo: “Não, é esse,
é esse”. Não, pera aí, pô. Agora você tá
citando as pessoas. Agora eu tô citando
as pessoas, né? Agora eu tô citando as
pessoas. Pera aí. Quer dizer que a culpa
é nossa? É a culpa de vocês, sim. Culpa
de vocês, sim. Não tenho menor dúvida.
Menor dúvida. Quer dizer, a culpa do
processo inteiro não. Culpa do processo
inteiro não. Mas quando você tá cercado
de todos os lados, quando você tá secado
de todos os lados e por dentro tu toma
uma facada, quando você toma uma facada
por dentro, né? Não é aquela facada que
é o problema, né? Não é aquela facada
que é determinante, mas [ __ ] é é é
a cara, não tem condição.
Não tem condição. Não tem a menor
condição, né? Não tem a menor condição.
Não tem a menor condição. Eh, então
assim, ah, diminui o tom, diminui o tom,
caramba, cada vez mais vai ser citação
de nome, de sobrenome, do que fez,
quando fez, qual foi a ligação que eu
vi, qual foi a notícia que eu vi. vai
ser cada vez mais explícito. Cada vez
aqui vai ser cada vez mais explícito,
que é muita disfaçatez. É muita
disfaçatez. Você acha assim como Kant
que o número, a coisa em si é
inacessível, senão como refutar os
argumentos dele em relação a isso? É uma
ótima pergunta aí.
Bom, primeira coisa que eu preciso dizer
para responder essa pergunta é o
seguinte: não há que se falar aqui
comigo, né, ã, de uma dominação dos
escritos de Kant e e etc e tal. O que eu
sei é o seguinte, quando Kant expressa
em geral o que ele tá querendo
expressar, o que ele tá querendo dizer é
mais ou menos assim,
os os impiristas, sobretudo ah David
Hilm, e ele ele tem a frase, né, que
todo mundo conhece para quem usou a
Wikipédia e etc, que é o seguinte: olha,
o Rilm me acordou do sonho dogmático.
R me acordou do sonho dogmático. duas
coisas, duas características, dois
labels na testa de Hilm que já dão a
entender o que que o Kant acredita. Hilm
é empirista.
Empirista e o Rme é cético. Rme é
empirista e o Rum é cético. Como que
você é empirista e você é cético? Tem
uma disputa entre empiristas e
racionalistas. Você toma um lado, como é
que você é cético? Bom, é é um pouco
[Risadas]
o gato tá maluco, brother.
Ah, o o [ __ ] que gato é muito
engraçado. Oi, meu bem.
Oi.
Ela quer brincar, brother. Eh, p, veja
só o o os vem cá,
o o Rum é empirista e o Rum é cético. O
que que ele quer dizer, né? o que que
ele quer dizer ao colocar essas ã eh dá
tanto destaque pra importância de Ry no
pensamento de de Kant, né? O que que ele
quer fazer quando ele valoriza assim o
Rio? Bom, ah, vocês vocês conhecem, né,
que o nome que se dá pro pensamento de
Kant é idealismo transcendental, tá? Tem
alguns porquês de chamar idealismo
transcendental e etc. Eu vou fazer um
resumo, um resumo supremo, né, para
traçar do básico o pensamento de Hilme,
o que que o que que Kant absorve de
Rilme e o que que ele não absorve, né?
Ele vai dizer assim: “Olha, Rilm, ele
expressou uma coisa que eu tava
precisando ouvir, né, que eu tava
precisando ouvir, é dizer que no final
das contas, quando a gente faz ciência,
quando a gente tem conhecimento, não tem
como escapar muito de ir pra condição
daquilo que nos aparece. Por isso,
empirismo, né? O empirismo riumireísta,
ele tá pressupondo o seguinte: “Olha, eu
posso fazer muitas conclusões a partir
daquilo que me aparece e no limite do
que me aparece.” E, portanto, e é de
isso que vem o ceticismo do Rym. Rym é
cético a ponto de dizer assim: “Olha, se
o sol nasce todo dia, eu não posso
concluir de indução que o sol vai nascer
amanhã. Nada pode me levar a concluir.
Eu posso assim ter uma convicção, tudo
me leva a crer. Me parece quê? Tudo
indica quê”. Mas eu não posso ter
conclusão de que porque o sol nasce
todos os dias eh em um período mais ou
menos de 24 horas que amanhã vai ser
igual. Então esse esse tipo de
conhecimento por experiência me leva a
uma edução e não um conhecimento. Outro
exemplo do que ele vai fazer nesse mesmo
estilo de raciocínio é: se eu dou um
peteleco aqui no meu fone de ouvido em
cima da mesa ou em cima da minha mão,
toda vez que eu dou um peteleco, né,
indutivamente eu absorvo a tese de que o
peteleco gera a causa do negócio andar.
Mas nada me garante que quando eu der um
peteleco daqui a 5 segundos, quando eu
der esse peteleco, na verdade o negócio
volta na minha cara. Por quê? Porque do
ponto de vista lógico, você não poderia
chegar a essa conclusão. Então o RILM
chega a contestar causalidade. Ele vai
dizer: “A causalidade é uma construção
que a gente tem que a gente não pode
provar. A gente admite a causalidade,
mas a gente não pode provar. Por isso
que o Rio Messético ele não assume, ele
ele vai assim no rigor extremo do
logicismo de chegar à conclusão de que
se eu não tenho como ter certeza, eu
tenho que me manter aberto à dúvida. E,
portanto, ele diz, a a estrutura de
causalidade é questionável. É
questionável,
é radical, né? É radical para caramba,
né? O que que o Kant vai fazer? Não,
tipo assim, R, então, tudo bem, tudo
bem. A gente constrói o nosso
conhecimento a partir da das noções
empíricas que a gente tem, mas até para
construir as noções empíricas que a
gente tem, aí vem o idealismo
transcendental. Eu tenho que ter
categorias pretéritas à empiria.
Categorias pretéritas à empiria que a
fundamentam. Então, ã, você tem a
estética transcendental que vai presumir
o seguinte: “Não, beleza, mas para eu
falar de experiência, para pressupor a
experiência como válida e etc e tal, eu
tenho que ter na minha estrutura
cognitiva determinações pretéritas, como
a noção de espaço e tempo.” Sem noção de
espaço e tempo, sem uma noção de espaço
e tempo inserida na minha cognição, eu
não teria como pensar a respeito de
quase nada que eu penso e todo mundo
sabe que pensa. Então tem uma categoria
que é prévia
ou condição para que eu consiga fazer
todo o raciocínio a partir das das
informações empíricas do mundo. E a
grande ponto de Rilme é provar Newton.
Afinal das contas é provar Newton. Ele
vai transformar a matemática que vai
estruturar o pensamento de Newton a
partir de de uma física que se
fundamenta em conceitos que são
elaborados de forma analítica e,
portanto, não dependem da experiência.
Então, ele fundamenta o o o Kant acaba
fundamentando a matemática, dizendo: “A
matemática não é empírica e ainda assim
é conhecimento. Tem muita coisa que é
empírica, tem muita coisa que é a
posterior e você precisa experimentar e
comprovar. Mas tem coisa que é pretérita
a isso. Então ele ele ele vai criar um
raciocínio que existem eh eh juízos
analíticos a priori que são quase que
autorreflexões do discurso, né? Se você
parte desse pressuposto e chega aqui, eu
tenho que concluir outras coisas disso
que eu pressuponho. Então é quase que
não tem conhecimento novo. Você tá eh
dando loop em volta do mesmo discurso,
chegando a conclusões que são outras
formas de dizer a mesma coisa, né? Então
você tem juízos analíticos a priori, mas
você também tem juízos sintéticos a
priori. E para isso ele vai criar essas
noções que dá para desdobrando a
matemática
um um desdobramento que ele é sim
desnecessário da comprovação empírica. A
matemática seria desnecessária da
comprovação empírica e assim você
basearia a ciência de Newton e toda a
ciência moderna a partir de um solo
fixo, né? Então o plano de de Kant em
linhas gerais é sustentar a ciência
moderna. Esse é o plano dele.
Na prática, na prática, na prática, na
prática, Kant tá fundamentando a ciência
do ponto de vista estritamente ateu. Em
que sentido? Você não precisa de Deus
para falar de conhecimento.
Ele faz isso na prática. Por isso que o
Olá de Carvalho na ao falar disso, ao
falar de Kante, ao tentar humilhar
Kante, ele fala: “Olha, o Kante abriu o
o o mundo pro questionamento do divino,
do sagrado, ele é o passo.” E isso você
vai ver em pensamentos, inclusive do
marxismo analítico, acho que é um
negócio assim que se chama, que ele vai
falar: “Olha, ele abriu, por outra via,
né? Ele abriu os campos, o campo do
conhecimento da epistemologia para o
pós-modernismo. Porque quando ele
reverte, porque quando você tá pensando
em categorias de ontologia moderna antes
de Kant, vamos dizer, Kant é basicamente
um filósofo da ciência contemporânea.
Ele é um filósofo do mundo contemporâneo
e não do mundo moderno. No mundo
moderno, ainda muito permeado pela
religiosidade e no mundo antigo,
permeado pela metafísica aristotélica,
você tem uma questão, quando você fala
de categorias, você fala de categorias
independentes do homem, você fala de
categorias universais, estanques e
dadas. Então, eu vou buscar as
categorias porque elas estão nas coisas.
E a gente vai dizer, quando eu for falar
de categorias, que inclusive boa parte
delas é só repetec do que tá em
Aristóteles, mas ele vai dizer: “Essas
categorias não são categorias do mundo,
são categorias da consciência. E aí ele
o o Kant faz o que a gente chama de
virada copernicana. Então, quando eu
estou falando de filosofia e de
epistemologia, eu não tô falando de
estruturas ontológicas do real, mas
estou falando de estruturas ontológicas
da consciência que permitem o
conhecimento, entendeu? Então ele dá uma
virada subjetivista, que é isso que um
uns marxistas vão criticar. A virada
subjetivista vai jogar a gente nessa
merda toda pós-moderna onde a entidade,
desdobramento do cân, dizem alguns
marxistas, né? Os marxistas ortodoxos,
eu falo aqui especialmente de Engels e
de Lenin, eles ortodoxos, é porque é
ortodoxos mesmo, porque estão certos,
né? Eles vão falar: “Olha só, o problema
de Kant não é que o Kant jogou a gente
no subjetivismo ou qualquer coisa ou que
ele é pós-moderno ou qualquer coisa.
Esse conceito inclusive não existia no
século XI, no século XX, né? O que ele o
que eles apontam é o seguinte, o
problema de Kant é que ele ainda tá
muito preso a Hilm. E aí a gente chega
no conceito que você tá me perguntando.
Então assim, tem várias formas de
crítica. O Doláve de Carvalho que fala
que esse cara tá querendo uma ciência
sem Deus, sem categorias externas,
estanques. E é isso mesmo que o Cant
queria fazer. Não tá lá no mundo, as
categorias, tá aí na estrutura da
consciência, mas ainda tem uma ontologia
em Cândido, nessas estruturas pré-dadas,
pré-determinadas, a priori,
independentes da experiência, que
inclusive são a base para experiência.
O ponto do marxismo do 19, do 20,
sobretudo em cima de eh de Lenin,
sobretudo em cima de Len, mas Lenin não
é filósofo. O filósofo de verdade do
marxismo é o Angels, né? Mas tudo bem,
mas o
como o o Lenin faz um texto sobre
epistemologia, no texto dele fica muito
claro, é muito fácil dele de ver que ele
tá derivando isso de engos, ele deixa
muito claro que a questão é
epistemológica mesmo. O problema de Kant
é que ele é cético ou ele é agnóstico.
Então, no na leitura de Lenin, isso que
você tá falando de Numen é o ag é é o
reflexo de uma perspectiva agnóstica
elaborada em Rum e desenvolvida em Kant.
Kant tenta dar menos agnosticismo, mas
ainda está numa posição agnóstica. O que
que isso significa? O que que seria núum
ou a coisa em si? Bom, tudo que eu posso
falar naquele pensamento que eu tô
esperando da crítica da razão pura, ou
você está diante,
ou você está diante de dados da
experiência e dados da experiência são
aqueles abertos para paraa refutação o
tempo todo, ou então você está falando
de estruturas da cognição e essas elas
são dadas a priori todo mundo, ou seja,
independente de de percepção, elas estão
lá e são inclusive a as condições para
você ter uma experiência para você poder
analisar a experiência, refutar a
experiência, etc. e tal. Então, em Cant
você tem ainda um solo a pisar, mas esse
solo é a estrutura da consciência. É a
estrutura da consciência, uma
determinação de tem que ter, por
exemplo, né, estética transcendental,
tem que ter noção de espaço-tempo, senão
você não raciocina e etc e etc. Tem
outras categorias que ele vai elaborar
em cima disso. Essa é só o início da
crítica da razão pura, né, estética
transcendental.
H, mas o que que o o pensamento marxista
vai dizer? Ele vai dizer o seguinte:
“Não, beleza? Aí ele vai você vai
elaborar esse tipo de de coisa e você
vai chegar à conclusão: olha, tudo que
eu posso falar é da experiência e da
estrutura da consciência, mas e o que tá
atrás da estrutura da experiência? E o
que tá atrás da consciência? Eu não
posso pressupor nada disso. Aí o
marxismo vai se colocar numa posição
específica, sobretudo, vou insistir,
fica muito claro no texto de Lenin,
materialismo e perirocriticismo, é que é
o seguinte, isso vai aparecer nos textos
de mal, vai aparecer nos textos de eh de
talvez não de Trotsk, que o Trotsk é
meio metido as cético também, mas no no
texto de mal isso aparece ou pelo menos
que é atribuído a mal ou um texto lá que
eu não lembro o nome agora, né, do do
enfim, mas a qual é a percepção, né? A
percepção é que olha, você ou assume que
não dá para saber o que há atrás da
experiência e você, portanto, é um
empirista, que é a o que o Lenin vai
chamar diagnóstico. Você é um empirista.
O que aparece para mim, eu falo sobre o
que aparece para mim. O que tá para
trás, o que aparece, eu não posso
investigar. você fica sem eh aí aí o que
o pessoal quer tirar onda com o marxismo
é que é que ele eh a galera diz muito
isso, mas a galera diz muito isso. Ela
diz assim: “Ah, então quando você disse
isso, você tá falando que no marxismo
tem uma metafísica”. Olha, a depender do
modo que você significar metafísica,
olha, não briguem por palavras, é isso
mesmo. O marxismo tem uma metafísica
acabou, certo? Se não briguem por
palavras, mas no marxismo metafísica
implica na noção de que há estruturas,
estruturas que você pode tirar da
investigação. Essas estruturas são
estanques, eternas imutáveis e elas
condicionam a sua percepção de como é
que você vai avaliar o mundo a partir
dessas estruturas eternas imutáveis.
Como no pensamento de Engels, isso é
muito claro que existe pelo menos uma
quantidade de leis fundamentais do
universo inteiro, você pode dizer assim:
“Então, em Engels tem metafísica, tá
tudo certo”. Só que o que Engels queria
dizer quando ele ele expressa isso? que
Lenin queria dizer quando ele contesta,
quando ele contrasta a metafísica e e ah
e o pensamento dialético desenvolvido
por Hig, é que eles estão dizendo assim
que a gente não precisa trabalhar com
estruturas e categorias que são eternas,
mas com estruturas que se mudam, que se
modificam, que se estruturam e que
nascem dentro da realidade a partir de
leis fundamentais. uma das leis
fundamentais e todas elas são tiradas de
reigis
e tão no marxismo, pelo menos no de
Engels e pelo menos no de Len,
tem leis fundamentais e que vai aparecer
em Stalin, vai aparecer em
Ma também. Ã, tem algumas leis
fundamentais. Que leis fundamentais são
essas? São todas tiradas de Reigo. Então
o Heigel faz umas elaboração maluca lá,
mas quando ele te dá exemplo, aí você
entende: “Ah, então é isso que ele quer
dizer, que é, por exemplo, a conversão
de quantidade em qualidade”. Isso tá na
estrutura de todo o universo. Isso vai
aparecer no hã Foerba e o fim da crítica
e o fim da filosofia alemã. Isso vai
aparecer no antiduring, isso vai
aparecer no impírio criticismo. Então
isso vai aparecer nesse do sobre a
contradição. Eu acho que é o texto do
mal. Isso vai aparecer, eu lembro que
isso aparece em Trotsk, quando ele tá
discutindo hã sobre a União Soviética
ser ou não o estado operário contra o
torotskista maluco que tá dizendo que o
os Estados Unidos e União Soviética era
a mesma coisa, mesmo depois ele já ter
rompido com a União Soviética, que ele
fala, existe uma coisa que se chama
conversão, né, todos vão dizer, né,
existe uma coisa que se que se chama
conversão de qualidade em quantidade. Eu
te dou um exemplo muito claro. Tem
muitos exemplos para dar. Isso é, isso é
infindável de exemplos. Não acaba o
número de exemplos, mas eu posso dar os
exemplos que eles dão. Então assim, ah,
você tem estruturas da química que você
consegue ver rapidamente que quando você
adiciona uma quantidade de coisa dentro
da da uma quantidade de carbono e um
negócio, a coisa muda de qualidade.
Então esse é o mais fácil de ver, né? O
mais fácil de ver na química. Se você
tem uma estrutura ali, você taca ali
carbono, às vezes a a o a quantidade de
carbono você vai tacar, não vai
acontecer nada. Quando você chegar num
limite específico, a coisa muda. Outro
exemplo da química, muito fácil, a
conversão no no eh ah nas condições
normais de temperatura e pressão, quando
chega numa quantidade de graus de frio,
né, eh 0ºC,
né, você vai diminuindo, você vai
diminuindo a temperatura da água. Ela é
sempre igual, sempre igual, sempre
igual, sempre igual. Ela você olha para
ela e visivelmente aquela qualidade
empírica é sempre a mesma, mas aí quando
você chega numa numa quantidade, ela
começa um processo de transformação,
então você consegue reverter qualidade.
Então esses exemplos são os mais fáceis,
mas o Engels não cita só exemplos assim
da natureza. Ele senta, por exemplo, uma
descrição de ã de Napoleão quando ele
vai ã tentar dominar
o Egito. Aí ele fala: “Olha, no nosso
campo militar, quando você nosso campo
militar, ele tem conhecimento e
organização muito clara, só que aqui
eles têm conhecimento de local e outras
técnicas, eh, e mais ímpeto de batalha,
porque a gente não tá acostumado a esse
calor e etc e tal. Quando você bate
quatro egípcios com quatro franceses, é
vitória dos egípcios na certa. Só que
quando você tem 50 franceses com aquela
habilidade que a gente tem
organizacional, que a gente desenvolveu
nas guerras, ã, nas guerras que se dão
na Europa, como a gente tem uma
qualidade organizacional maior, quando
você coloca cinco, essa qualidade
organizacional não faz diferença
nenhuma. Mas quando você colocar 100
contra 100, aí é um passeio no parque.
Aí é um passeio no parque. Aí a vitória
da França com certeza absoluta, porque
aquela qualidade organizacional com 100
faz diferença. E isso se aplica a toda a
estrutura do real, certo? Então você tem
regras que são genéricas no marxismo, eu
não tenho a menor dúvida disso, pelo
menos no marxismo clássico, no
pós-moderno eu não sei. É por isso que
eu queria inclusive ver o texto do
Gustavo, porque o Gustavo fica dizendo
que não tem dialética da natureza. Eu
quero saber o que ele quer dizer com
isso. Eu quero entender o que ele quer
dizer com isso. Porque eu não tenho a
menor dúvida que tem dialética da
natureza do antidui. Não tenho a menor
dúvida. Não tenho a menor dúvida. Então
significa que tem algumas leis que são
universais. Por exemplo, a contradição
de de qualidade ou a a conversão de
quantidade e qualidade. Isso é um dado,
é uma estrutura, é uma lei fundamental
da natureza. Outra lei fundamental da
natureza, em certos aspectos, a o
desenvolvimento da natural da estrutura
que independe intervenção humana,
inclusive, ela gera o que eles chamam
seguindo Engels, seguindo Hegel, de
negação, de negação. Isso tá no capital.
Inclusive o Engels tá dizendo sobre
isso, exatamente porque o Durin atacava
o Marx, dizendo que quando Marx fala de
negação de negação, isso é misticismo
maluco. Aí ele fala: “Não, negação de
negação é uma coisa muito simples. Você
troca de predicado”. E e o Engs não vai
usar esse esse esse termo predicado
simplesmente porque não existe a época
dele o desenvolvimento da lógica
clássica. Então ele só não usa os termos
que a gente tá acostumado a usar no
contemporâneo. Mas o que ele tá dizendo
é isso. Às vezes na estrutura da própria
natureza tem uma estrutura de troca de
predicado. O vem um predicado novo e na
hora que você volta pro predicado
anterior, esse predicado anterior ele
volta com a soma do processo pelo qual
você passou para perder o predicado. E
isso altera. Você não simplesmente vai
do sim pro não e do não pro sim e volta
pro mesmo lugar. Você vai do sim pro
não. Nesse procedimento, no
processamento de perder a predicação,
você tem a ganhos e na hora que você
voltar pro predicado anterior, você vai
ter uma outra estrutura e não a mesma
que tinha no início. Aí você fala:
“Porra, isso é misticismo maluco?” Não é
misticismo maluco, é porque não tinha
lógica clássica. É só porque não tinha
lógica clássica o que ele tá dizendo e
os exemplos são dados. E os exemplos são
dados. E a questão era para explicar
exatamente o capitalismo, o
desenvolvimento do capitalismo. Ou ou
por exemplo, para citar o o caso da
reversão de qualidade em quantidade, é o
seguinte. Quando você tem um cara, e
isso tá no capital, quando você tem um
cara que é dono de uma empresa e
contrata duas pessoas, ele não tem como
gerir um lucro que vai começar a fazer
ele acumular capital. Então não há que
se falar em processo de acumulação de
capital quando você tem um cara que
contrata duas pessoas. É claro que isso
de lugar para lugar, de quantidade de
serviço a quantidade de serviço, isso
vai variar. Em alguns lugares é duas
pessoas que precisa ter, em alguns
lugares é 18, depende de um monte de
incógnitas diferentes. Mas a regra geral
da estrutura é o seguinte: como é que
você reverte quantidade em qualidade e a
coisa muda mesmo e você tem capital de
fato. Se você tem um um negócio que você
contrata algumas pessoas e tem um um e
tem que dar eh revisão no seu
equipamento, né? tem que fazer eh e tal.
E a quantidade de dinheiro que entra
para você quando você vende todas as
suas coisas é só o quantitativo de você
restaurar a máquina e o quantitativo de
pagar os trabalhadores e o quantitativo
de pagar o aluguel da loja e a soma
disso tudo? Então você não tem capital,
porque entra o dinheiro, você gasta isso
tudo e você perde dinheiro às vezes. Só
que quando você tem uma quantidade de
trabalhadores suficientes numa condição
de mercado suficiente que vai variar de
caso para caso, por isso que ele não dá
um número absoluto, né? vai avaliar da
quantidade de venda que você faz, da
quantidade de lucro que você consegue
colocar na venda de cada coisa e etc e
tal. para você ao mesmo tempo de ganhar
dinheiro para pagar suas próprias contas
para suas para sua própria
sobrevivência, pagar seus funcionários e
e pagar o equipamento e pagar o aluguel
e pagar tudo que tiver que pagar, o
imposto e etc e tal, pagou tudo que tem
que pagar, sobrou dinheiro. Sobrou
dinheiro e você consegue reaplicar esse
dinheiro para comprar máquinas novas,
comprar mais eh eh pagar mais
funcionários, pagar propaganda, etc.
Agora você tem capital. Porque o capital
não é o objeto. Capital é o projet, é o
processo de valorização. Então você tem
reversão de qualidade em quantidade.
Agora você tem um processo de capital
acontecendo. Antes não tem processo de
capital, entendeu? Então não é
simplesmente capital é dinheiro. Não é
simplesmente capital é você pegar o
dinheiro e investir e comprar máquina.
Não, não é isso. Ah, eu tenho capital
porque eu tenho uma uma impressora, né?
Eu tenho uma impressora, eu tenho
capital. Não, para você tem que ter o
capital, você tem que ter um movimento
específico numa quantidade específica
que você consegue fazer com que a
entrada de dinheiro se reverta numa
acumulação, numa, num aumento do
processo produtivo que vai reverter-se
no movimento de acumulação de capital.
Até lá não tem capital. Entenderam?
Então isso tá no texto de de Marx. E o
Engels vai dizer que isso acontece em
outros lugares para dizer: “Olha, não
tem misticismo no que Marx tá falando.”
Então isso na reversão de qualidade e
quantidade e a mesma coisa no no na
coisa da negação da negação, tá certo?
Da negação da negação.
E então tem, né? Então assim, em linhas
gerais tem no pensamento marxista do 19,
do 20, indubitavelmente tem leis gerais.
Você quer dizer que essas leis gerais
aplique se significa que tem metafísica
no marxismo? [ __ ] Chama de
chifforína, chama de bacon com banana,
chama do jeito que você quiser. Tem leis
gerais, eu não tenho a menor dúvida, tem
leis gerais. Essas leis gerais são
usadas o tempo todo, inclusive no texto
do capital, certo? Tem leis gerais que
se aplicam à estrutura do mundo e ao e a
formação do raciocínio do caro para
explicar o capital. Tem leis gerais.
Agora, essas leis gerais não implicam em
categorias universais. Aí não,
categorias universais que nunca mudam.
Aí a dificuldade que é é você, como é
que você vai dizer que não tem
categorias universais se você fala em
quantidade de qualidade, né? Quantidade
e qualidade seriam categorias
universais. Enfim, tem dificuldades na
na linha de raciocínio do pensamento
marxista do ponto de vista filosófico.
Tem dificuldades serem enfrentadas, mas
você tem que entender o que ele tá
querendo, o que eles estão querendo
dizer, que eles estão querendo dizer que
você não vai ficar investigando o mundo,
a não ser por essas leis elementares, a
não ser por essas leis elementares que
ajudam você a raciocinar sobre o mundo.
Ah, e aí você vai descobrindo, você vai
avaliando objeto por objeto. Então essa
essas formas de aplicação dessas regras
universais vão variar de objeto para
objeto. De objeto para objeto quando
você for aplicar essas regras, quando
você for investigar os objetos, em cada
caso é uma coisa diferente. Você não
pega um modelo de um objeto da física,
da química e tenta replicar nos outros
lugares que vai dar feio. Você vai fazer
analogias mal feitas. Inclusive, o ponto
do Engels é todo momento ficar mostrando
todo tipo de analogia maluca que o Durin
faz para dizer que tem conhecimento
absoluto. Não, você não você não estuda
um objeto e dali você tira metáforas.
Ah, imagina que eu tenho uma vaca. Não,
tem uma vaca é uma coisa. Outra coisa é
o desenvolvimento do capitalismo, né?
Então você não fica fazendo essas
metáfora maluca. várias vezes ele faz,
ele atacou Dur nesse sentido. Aí,
beleza. Qual é a questão do Kant, né, do
confrontamento de Kant a respeito desse
tipo de posicionamento? O confrontamento
é o seguinte, o materialismo, diz Len, o
materialismo ele pressupõe, ele
pressupõe que
existe uma parada atrás do da
consciência. É isso.
Para você ser materialista, você
pressupõe o que vem primeiro, o ovo ou a
galinha? Você pressupõe. É ontológico. É
ontológico. Para você ser materialista,
você tem que dizer: “Olha, para trás da
minha consciência tem uma parada. Não só
tem uma parada, como eu tenho certeza
que essa parada é anterior à consciência
e ela constitui a consciência. Só é
possível, portanto, ter um materialismo
moderno. Só é possível ter um
materialismo moderno a partir da
modernidade. Quando você imagina
exatamente que toda a estrutura do real,
toda a estrutura do real, ela vem antes
da consciência e conforme a consciência.
Se eu tenho noções de espaçotempo, como
diz Cand, elas não são coisas dadas a
priori. É assim, para mim nem faz
sentido esse vocabulário, diria um
materialista. Nem faz sentido esse
vocabulário. A questão é muito simples.
Por que que tem estruturas, noções na
consciência de espaço e tempo? Porque
sem essas noções você não reagiria ao
meio e você não sobreviveria. Então por
que que tem as estruturas que Kant diz
na consciência? Foi porque eu derivei de
um raciocínio lógico, etc. Não, porque
sem isso a humanidade não sobreviveria.
O gato tem isso, o cachorro tem isso. Ou
seja, a própria estrutura da consciência
sobre a qual Kant tá falando, ela
pressupõe uma ordenação material das
coisas que cria as estruturas da
consciência. Isso para materialista é
pressuposto.
É um, é tipo assim, você pode dizer que
é até uma hipótese inicial. Se isso
tiver errado, então eu quero que me
comprove que tá errado, porque toda a
linha de raciocínio que eu tenho, todo o
conhecimento científico que eu tenho a
partir da das do desenvolvimento da
ciência moderna, leva-me a concluir
isso. Se eu concluo que tem uma
estrutura do real antes que determina a
formação da consciência, inclusive essas
estruturas que Kant tá dizendo, eu sou
materialista, Kant vai dizer: “Não, o
que eu posso fazer é a partir dessa
reflexão chegar à conclusão de que tem
uma estrutura mínima de de noção de
espaço e tempo e que eu não preciso da
experiência dela. Por quê? Não sei, não
sei porque eu não tenho como avaliar
para para trás da experiência e eu não
tenho como avaliar a a para trás da
análise que eu faço da estrutura do do
da do do da fenomenologia da minha
consciência. Eu eu penso sobre ela e eu
avalio. Olha, para eu pensar sobre o
empírico, eu tenho que pressupor espaço-
tempempo. Para ele é isso. Eu tenho que
pressupor espaçotempo, senão eu não
consigo pensar pelo empírico. E por que
que tem espaço tempo? Sei lá, sei lá.
Posso investigar isso empiricamente,
entendeu? Porque o que Lenin trata
Cantético?
Tipo assim, para trás eu não sei. Por
isso que quando a gente fala de eh
interpretação de Copenhag,
a interpretação de Copenhag sobre a
física quântica, se fala que ela é
cética. Ela fala assim, ó: “Olha, os
dados me dão, os dados me dão”. Ou fala
que ela é cética, ou a gente pode dizer
com a tranquilidade muito boa que ela é
cantiana. Ela fala assim: “Olha, das
experiências que a gente tem por física
quântica, quais são os resultados
matemáticos?” Isso significa quê? Não
sei. Entendeu? Sou cético. Eu
interrompo. Eu nem vou fazer especulação
sobre isso. Não sei. Ah, mas pode ser
que seja. Não sei. Me dá os números que
eu te indico. Olha, pela matemática dá
esse resultado. Eu experimento e dá esse
resultado. Então, no fundo, a crítica
que o que o marxismo tá dizendo, porque
quando o marxismo faz essa crítica,
quando o Lenin faz essa crítica a Kant,
e ele faz exatamente dizendo isso, o
Kant e o Rum são céticos. Eles são mal
caráteres, não, eles são céticos. Eles
interrompem o raciocínio quando eles
dizem: “Não dá para provar”. Eu não sei
porque aconteceu que a consciência é
assim. Eu sou materialista, eu digo, não
tenho a menor dúvida. Por que que o
cérebro humano tem noções de
espaço-tempo? Por que que a visão do
humano é acurada para caramba? Porque lá
na savana africana, se você não tivesse
uma visão acurada, um elemento de
cognição em 3D, de compreensão de
profundidade, você não conseguia fugir
da savana. Pronto, eu tenho certeza
disso. Ah, mas veja bem, e se tudo tiver
um cérebro na Cuba? Porque o pensamento
é esse, olha no no pressuposto cético.
Ah, mas se o mundo for um cérebro na
Cuba, é, pode ser que seja o mundo seja
um cérebro na Cuba, mas até hoje de tudo
que a gente tem como consciência, dá
para ter uma convicção muito tranquila
de que o materialismo tá certo. Então,
por que que a consciência é assim?
Porque foi moldado pelo meio para ser
assim. Então, a explicação mesmo da
estrutura da consciência, mesma
pressuposta por Cant, ela não precisa
ser pressuposta, ela é explicável. Esse
aqui é o ponto do materialismo. O
materialista, ele dá um salto para trás
e fala: “Olha, vocês querem usar
Kickgard e a gente dá um salto de fé.
Tudo leva a crer que o materialismo tá
certo. Eu tomo um posicionamento. Tem
que você tem certeza. E é muito bom
porque o texto que é atribuído a a
Malzedong, o texto que é atribuído a
Malzedong, ele diz com muita clareza:
“Olha só, tem gente que não toma
posição.” Tomar posição, tipo assim, tem
como ter certeza que o materialismo tá
certo? Não, pô. A gente pode ser um
cérebro na Cuba, a gente pode ser um
sonho de Deus, que é inexplicável
porquê. Pode ter, a gente pode estar
dentro da Matrix, pode ser um monte de
coisa aí ética que a gente não tem
resultado.
Aí eu vou suspender o juízo e não vou
falar o que que o mal vai dizer. Não,
existe um embate filosófico na ordem da
história do mundo. Se você não tomar uma
posição para outra e ficar em cima do
muro, isso vai ter impacto na na ação
política que você tem. Isso vai ter
impacto na ação eh econômica que você
tem. Isso vai ter impacto até na relação
amorosa que você tem. Isso vai ter
impacto na ação militar. Porque se você
se você toma a posição do idealismo,
você pressupõe que o que constitui a
realidade é a consciência e não o
contrário. As coisas não são
determinadas. A estrutura da realidade,
o que que por que as pessoas gostam
disso, daquilo, não tem determinação
nenhuma. Você vem com a sua consciência
e constrói o mundo. Isso vai impactar em
todo o ramo de realidade que você vai
enfrentar. Já o materialista ele
pressupõe, não tenho certeza, brother,
ou pelo menos eu tenho uma grande
convicção. Tudo me leva a crer. Tudo me
leva a concluir por convicção. Todos as
análises que eu faço, todas as ciências
que se observam a partir da ciência
moderna, da geologia, a biologia,
passando pela formação do direito,
passando pela história da da humanidade
na criação econômica, tudo leva a crer
que a estrutura da consciência, desde a
formação do macaco,
desde a formação do gatinho que tava
aqui doido correndo, brincando, você
consegue perceber que o que dá a
estrutura da realidade é a relação das
matérias entre si.
ou você aceita isso e você é
materialista. Portanto, primeiro vem a
vem a estrutura do real e depois vem a
consciência moldada por isso. Ou você
aceita isso e, portanto, você é
materialista, ou você, por outro lado,
acha que a consciência é a fundadora do
mundo e das estruturas do real. Ou você
tem uma terceira posição que é do
cantante, eu não tenho que como saber o
que tá para trás. Eu falo simplesmente
da minha experiência e da estrutura da
consciência. Por que ela é assim? não
tem como eu responder. E o número,
portanto, é a classificação desse tudo
que tá para trás que eu não posso
responder. E Kant chega a dizer
especificamente quais são os pontos
importantes do número que ninguém vai
responder. Se eu não sei qual é a
relação entre consciência e
materialidade ou consciência e
experiência, então eu tenho que levantar
pro local do indiscutível ou do âmbito
da fé se existe livre arbítrio ou não.
Certo? Esse é um âmbito do númeno. Se eu
digo para você que eu sou determinista,
o que que eu tô dizendo para vocês
quando eu digo isso o tempo todo? É que
eu tô dizendo, eu tenho, eu tenho
convicção, eu tenho convicção de que o a
estrutura do real é que determina a
consciência e não contrário. Eu tô
tomando o lado, eu tô tomando
posicionamento. Mas Pedro, você tem como
ter certeza? Não, mas tudo me leva a
crer a isso. Tudo me leva a crer isso.
Que toda a minha estrutura da
consciência, ela é moldada por todas as
relações entre a matéria que tem o meu
cérebro, meu corpo, o mundo, a estrutura
social onde eu tô inserido, somando isso
tudo no número de incógnitas
incalculável por um cérebro de macaco,
que é o que a gente tem. Isso é que
determina as decisões que eu tomo. Eu
não tenho a menor dúvida disso.
Portanto, eu sou materialista, certo?
Portanto, eu sou materialista. Eu sei
que isso tá determinado, ainda que a
minha consciência não saiba que os
incógnitas estão presentes para
determinar as minhas ações, certo? Então
eu sou materialista por isso, por isso,
por isso que por isso que é tão caro
para mim o determinismo. É óbvio que tá
tudo determinado, ainda que eu não
conheça as determinações, ainda que eu
não conheça as determinações, as
determinações, inclusive as os saltos
quânticos que o pessoal delira, né?
Inclusive essas determinações, a
improbabilidade, aonde que ela vai
acontecer e tal, tal, tal, tá tudo
determinado, inclusive a
improbabilidade, porque senão seria
aleatoriedade, não probabilidade, né?
seria aleatoriedade, não probabilidade.
Até para você falar em probabilidade tem
que est perspectiva determinista
colocada como pressuposto, senão não era
probabilidade, era aleatoriedade. Então
veja, ah, eu sei que tem a que que as
minhas decisões são determinadas pelo
mundo que me compõe em todas as suas
relações, né? os desde a formação do
cérebro até como isso é processado, até
as experiências que revivem a minha
memória no processo de escolha. Isso
tudo tá determinado,
tá? Mas isso é um parênteses pequeno. O
que que o Kant joga para para o número?
O livre arbítrio é um exemplo que eu
sempre destao. E outro o outro destaque
é não dá para saber quem programou a
estrutura do real. Portanto, eu não sei
se a estrutura tá dada porque é assim.
Eu não sei porque as regras se
determinam assim por uma lógica interna.
Eu não sei se tem alguma coisa que antes
do mundo a determinou. Portanto, Kante
joga pro incognocível Deus. E aí quando
ele joga pro incognocível Deus, ele pode
dizer: “Olha, e portanto Deus é uma
questão de fé. Eu não sei se o mundo é
assim porque foi programado ou se ele
tem uma lógica interna que faça com que
ele seja assim e etc e tal.” Então são
dois fatores que para mim são caros na
fala de Helene sobre a filosofia de ã
Kant. Ele é agnóstico primeiro porque
ele vai jogar a a
consciência, né? se tem livre arbítrio,
se tem autodeterminação da consciência
ou se ela é ou se ela é toda
condicionada pro núo. Esse é um é um
espaço esse é um espaço que nunca terá
como provar discante e eu duvido para
[ __ ] nunca terá como provar. Eu acho
que um dia a gente vai mapear, quer
dizer, se a humanidade não se explodir
num sal de merda no meio do caminho, né,
vai ter como prever as ações e as
decisões com uma clareza muito grande
pelo mapeamento do cérebro. Eu tenho
convicção que isso vai acontecer se a
gente não explodir num numa merda de sal
no meio do caminho, né? Ahã. Mas então
eu não acredito que o mundo eh que
exista livre arbítrio, porque quando
você tá pressupondo o livre arbítrio e o
que o Kant tá dizendo não é que eu sei
se tem livre arbítrio ou não sei. Ele
diz isso, nunca se resolverá. Esse é o
ponto de Cândido. Nunca se resolverá. O
livre arbítrio, a gente nunca saberá a
resposta. É uma questão de fé para
Cândido. E a gente nunca saberá se o
mundo forado por um Deus ou se não foi
programado por um Deus. A gente nunca
saberá. Isso é uma questão muito
relevante para Cândido. A gente nunca
saberá. Portanto, você joga isso tudo
pro âmbito da fé. Quem quiser acreditar,
acredite. Quem quiser acreditar, não
acredite. Porque se não tá no âmbito da
razão. Por isso que o texto de Kant é
crítica da razão pura.
Aí o Kant acredita que dá para acreditar
na razão e etc. Exatamente. O expresso
oposto, né? É o expresso oposto. Crítica
da razão é encontrar os limites da
razão. E o núum expressa exatamente,
olha, tem coisa que a razão não resolve,
portanto é uma questão de fé. Essa que é
a postura de Cant. Por isso que o
marxismo leninista vai dizer, ou seja, o
texto de Leni é o que eu quero dizer, o
texto de Leni vai dizer canton cético.
Ele vai jogar essas coisas pro âmbito do
não sei, não quero saber, tenho raiva de
quem sabe. Como o a interpretação de
Compenhag na quântica vai dizer: “Tá,
mas por que acontece? Não sei que não
quero saber e tenho raiva de quem sabe,
eu não especulo sobre isso. Me dê os
números, mostra que dá para fazer
matemática ou calculo os números. Por
que acontece? e não quero saber e não
terá como saber. Na interpretação de
Copenhag não significa que não tem como
saber, a Só não tá preocupada com isso.
Mas Kant diz, não tem como saber e ponto
final. E aí o materialismo é, olha só,
posso até concordar com você, Cant,
posso até concordar com você. Eu não
tenho como fechar negócio e falar, tem
como ter certeza que a consciência é
estruturada assim, com certeza absoluta,
por causa da formação do cérebro, por
causa do desenvolvimento animal ou por
causa da necessidade de sobrevivência e
por causa de relações internas do mundo,
que foi o o a a o caixão fecha pro
materialismo dialético com o Darwin,
porque essa perspectiva já estava em
cant. O processo de formação do mundo
tem uma lógica interna. As tem uma
nebulosa
antes de ter a via látea, antes de ter a
estrutura dos planetas, ela se formou.
Aí ela se formou por quê? No
materialismo porque tem uma lógica
interna, tem uma estrutura interna. O
logos do mundo pro materialista, ela não
tá fora do mundo ou anterior ao mundo. O
Logos do mundo tá interno ao mundo. E é
por isso que você consegue estudá-lo. É
por isso que o humano quando desenvolve
o raciocínio, ele consegue dominar o
mundo. E a perspectiva disso é tão
importante, tão importante, tão
importante, que o texto do capital é
exatamente, olha, primeiro a humanidade
dominou a natureza. Dominou a natureza
por quê? Porque entendeu o logos do
mundo, entendeu que para eu colocar a
tipo assim, tem uma estrutura que as
coisas vão se desenvolvendo
aleatoriamente. Aleatoriamente o
[ __ ] Tem um logos no mundo.
Aleatoriamente uma [ __ ] Se eu entender
como é que faz a plantação, se eu
entender como é que a coisa se replica,
eu consigo artificialmente fazer com que
eu plante frutas, né, de maneira
intencional. Porque eu entendi o
raciocínio interno do processo. E aí o
que o Marx tá dizendo é o seguinte: a
gente entendeu o raciocínio do processo
interno da formação de plantas. A gente
entendeu o raciocínio do processo
interno do cuidado de porcos. A gente
entendeu a estrutura do raciocínio
interno para dominar uma máquina e fazer
com que eu ande mais rápido em cima de
trilhos de trem. Eu entendi o raciocínio
interno da estrutura da natureza. Sabe
do que que a gente não entendeu o
raciocínio interno ainda? Da estrutura
das relações sociais. Por isso que eu
escrevo capital. O capital, como Darwin
entendeu a estrutura interna do
desenvolvimento dos animais, eu quero
entender a estrutura interna das
relações sociais que replicam a
estrutura do capitalismo. Então, o
marxismo só faz sentido em contato com
as ciências da natureza. Ele só
desdobra, ele desdobra das ciências da
natureza como uma complementação de
dizer: “Olha, é do mesmo jeito que dá
para entender como é que funciona a
plantação de soja e você
intencionalmente
mexe no logos, no raciocínio interno da
estrutura e a aperfeiçoa. Eu eu vou
plantar dessa desse jeito, com essa
quantidade de sol, com essa quantidade
de água e o humano domina a natureza. O
humano não dominou ainda a própria
estrutura das relações sociais. E o
socialismo é desdobramento disso. A
gente deixa, a gente deixa as relações
sociais irem no automático qu do mesmo
jeito que a gente deixava as plantas
nascerem no automático quando não
entendiam como elas funcionavam. Quando
a gente entende como estrutura essas
relações sociais dentro do capitalismo,
aí você pode dizer: “Agora a gente pode
moldar uma sociedade que se beneficia
das vantagens do capitalismo. Se
beneficia das vantagens do capitalismo
ao mesmo tempo, que quer dizer nesse
sentido de como é que você aumenta a
produção, como é que você reinveste da
parte da produção para desenvolver a
indústria, para continuar desenvolvendo
a a capacidade produtiva humana, mas sem
os malefícios. sem os malefícios. Que
maleefícios? Um processo de acumulação
de capital, um empobrecimento da base
produtiva, de modo que o próprio sistema
mecanicamente quebra de tempos em
tempos,
sacou?
Então, para mim, uma pessoa que fala de
marxismo sem compreender que isso tem
uma base filosófica em filosofia da
natureza, eu não consigo achar sério. Eu
não consigo achar sério. Eu não consigo
achar sério. Vocês me desculpem, mas eu
não consigo achar sério. E eu fico muito
puto com isso, porque a beleza do
marxismo não é que ela é uma análise do
capitalismo, é que é uma análise do
capitalismo ancorado numa percepção
filosófica da realidade. Ah, e portanto
a questão do número é
como provar é impossível um ceticismo. E
se você quiser descrever de maneira
poética, você não tem que refutar os
argumentos de Canto. Você tem que dizer
exatamente: “Olha, tudo me leva a crer.
Eu tenho uma hipótese firme, antes
realidade, depois a consciência”.
Essa é a hipótese fundamental do
materialismo e impirocriticismo,
certo?
Antes a realidade, depois a consciência,
não tenho a menor dúvida. Antes o real,
o real condiciona a consciência.
Inclusive, isso explica porque a ciência
é falha. Isso explica porque a ciência
evolui. Isso justifica o pensamento
científico evolutivo. Ora, não tem como
no século I antes de Cristo ter física
quântica. Nunca teria.
Não tem como ter matemática organizada
antes de você ter análises geométricas
de solo. Nunca existiria. Primeiro a
prática do mundo real. A consciência se
se apropria enquanto reflexo dessa
prática e descreve na medida do que lhe
apareceu. No desenvolvimento da
história. Aquele aparecimento vai
ficando mais concreto, vai ficando mais
cristalizado, vai ficando mais claro.
Você elimina os erros. Então, o próprio
processo científico não tem como ser
absoluto, ele tem que ser dialético, ele
tem que se desenvolver na história,
certo? O pressuposto da do materialismo
eh dialético, ele explica porque a
ciência não tem como ser eterna. Ele
explica porque que a ciência humana não
é o conhecimento dado e absoluto.
Explica porque não tem como desenvolver
a consciência se não for nas relações
com a matéria. Explica porque o
desenvolvimento do computador tem que
acontecer no quando tinha que acontecer.
Não tinha como ter um computador sem o
desenvolvimento do conhecimento de
energia elétrica. As coisas têm passo a
passo que tem que ser seguidos. Não tem
como você colocar. E é isso, explica
porque que a ciência evolui com o tempo.
E é isso refuta o Olavo, né? Ah, veja
bem, mas aí o Newton errou. Sim, claro
que errou. É óbvio que errou. Naquela
época não tinha como você saber tudo,
não tinha como. É exatamente isso. Por
isso que eh eh o movimento em em direção
e o Enos fala isso no antiduring, o
movimento. O During veio aqui com
sistema fechado. Que imbecilidade, não
tem como ter sistema fechado. Não tem
como ter sistema fechado porque a
humanidade tá enfiada dentro de um
tempo,
limitada pela sua capacidade empírica,
limitada pelo pelos aspectos históricos
recolhidos. Não tem como você vir fechar
o sistema de conhecimento. Inclusive é
poético. Inclusive é aí o cara quer, aí
a galera quer se desarmar disso tudo.
Quer se desarmar disso tudo para dizer
que marxismo é uma análise de
capitalismo. Eu acho nossa senhora. Eu
acho, eu acho, eu acho, eu acho assim
deprimente, pô. Eu acho deprimente no
que se tornou o marxismo. Acho
deprimente, deprimente. Eu acho de
verdade deprimente. Eu fico assim
triste, eu vou dormir na [ __ ] que
merda essa galera, brother
assim. Ah, beleza aí. Ah, então o número
não precisa ser refutado. É uma tomada
de posição na vida. É uma tomada de
posição. Você tem como ter certeza que a
gente não tá num cérebro na Cuba? Você
não tem, tem como ter certeza que você
não tá em suelipicismo? E todas as
pessoas que estão na sua volta são
programas de computador. Não tenho como
ter certeza, mas até segunda ordem, até
que não me mostrem, tudo me leva a crer
que que vem a materialidade antes da
consciência. Tudo me leva a crer e você
toma uma posição na vida.
E o e o legal do texto do
do
do Lenin é que ele fala isso
expressamente. Ele fala isso
expressamente em relação à a à postura
de de Bogdanov. Ele fala assim, ó, o
Bogdanov tá tomando uma posição
idealista porque tá seguindo mar. E na
prática, na prática, na prática da
prática, tudo que esses caras tão
fazendo, quando você diz assim, ó, só o
que me aparece é real, só o que eu só
falo sobre o que me aparece, na verdade
você tá fazendo um recu ao empirismo. Só
o que me aparece é real. Você tá fazendo
um recu cético. Aí é muito engraçado
porque mar deu na interpretação de
Copenhague. A interpretação de Copenhag
é toda derivada de mar. É muito legal
isso, [ __ ] Ele antecipou o movimento,
pô. Ele antecipou o movimento e não tem
nenhum problema sem serem céticos,
queridos. Não tem nenhum problema. Eu
não sei. Eu cérebro na Cuba. Eu não sei.
Pode ser que seja tudo um programa de
computador. Não tem problema. Não tem
problema. Mas tem gente que toma posição
na vida e aí fica bonito para [ __ ] E
aí fica bonito para [ __ ] É isso que
eu tinha a dizer sobre isso. Não tem que
refutar nada não. Você tem que tomar
posição na vida. Aí fica bonito para
[ __ ] Aí Mateus disse assim: “Minha
pergunta é: por que você insiste em ter
algum relacionamento com Jones se ele
não vai mudar a estratégia errada dele e
faz couro com antipetismo?” Bom, mas aí
é a decisão de cada um, né? Aí é a
decisão de cada um. Eu venho aqui pro
mundo falar o que eu penso. Se o
camarada quiser escutar, que escute. Se
ele não quiser escutar, o homem é
adulto, né? O homem é adulto. Ele tem um
ano mais, ele é um ano mais velho do que
eu. Cada um sabe da sua vida. Eu sei que
eu não vou vender minha alma para isso,
gente. Sei que eu não vou vender minha
alma para isso. Eu tenho certeza que eu
não vou vender minha alma para isso. Eu
tô vendo o esculacho que é esse negócio
todo. Não vou vender. Me nego. Me nego.
Me nego. Morro íntegro. Quero saber. Não
pergunta: “Como fica a apresentação
sobre lógica se suas férias foram
transladadas
no ano?
Apresentação. Você tá você tá falando do
nosso vídeo que a gente vai gravar
junto?
do nosso vídeo que a gente vai gravar
junto. Se for o nosso vídeo que vai
gravar junto, não sei. E eu vou pedir
que você me dê tempo porque
porque eu tô confuso ainda. Quarta-feira
que eu vou saber como é que vai est
acertado direitinho o negócio na escola.
Ainda tem o problema da faculdade que eu
tô ainda fazendo matéria. Eu devia estar
estudando. O que que eu tô fazendo aqui?
Eu devia estar estudando. Eu devia estar
estudando para pra prova de APC. Caraca,
eu não recebi um super chat. Tô aqui só
no aguardo do super chat. E é isso.
Certo.
Hã, é isso. Eu acho que eu acabei, né?
Eu acho que eu acabei,
mas a gente vai ter que a gente vai ter
que conversar depois que agora, nesse
momento, tá confuso ainda. Eu preciso
ter mais clareza nas minhas agendas pra
gente conversar,
até tá bom.
A APC, qual matéria é APC? APC é
algoritmo e lógica, não, e programação
de computadores.
Eu tô bem na matéria, mas eu deixei de
fazer pelo menos dois exercícios
só porque eu tô gravando em um até o
infinito, então perdi ponto, né, nesses
exercícios que eu não fiz. E [ __ ] E
a a a qual é a matéria? A matéria é
Python. A matéria é Python.
A matéria é Python
e eh mas a matéria especificamente é
dicionário. Dicionário é difícil para
[ __ ] Tupla. Tupla dicionária. Aí é
confuso porque aí um usa um usa
parênteses, o outro usa colchete, o
outro usa, como é que é o nome disso
aqui? Cochete parênteses. Eh, Chaves. É
confuso para [ __ ] [ __ ] Confuso
para [ __ ]
Enfim. Hã.
Tá bom. Então vamos pro super chats que
já deu uma hora, né? Vai passar na
prova. Obrigado, Fabi. Mas assim, a
prova é quinta-feira, não tô estudando
nada e eu não tenho tempo. Amanhã tem
coordenação de tarde, tem aula à noite,
eu tô [ __ ] Quinta tem aula de tarde.
É uma com [ __ ] A gente te ama,
Josenilton. Eu também te amo, cara. Te
amo, de verdade. Eh, vai estudar, disse
o Renan. Tá bom.
Beijo no coração de todos. Falou, valeu.
Até mais.
[ __ ] eu gosto de falar desse tema de
de Angels. [ __ ] que pariu.
[Música]
[Música]
Ó, o Ranier ainda mandou um aqui nos
acréscimos do segundo tempo. Ele falou
assim: “Sobre ética, qual a função de
código de ética e como elaborar para
organizar os movimentos?” Tem duas
questões. Tem o código de ética
institucional, que é para punir pessoas,
e a gente poderia ter um código de ética
social, né? Que é o que eu acho que você
tá falando. Eh, qual a função do código
de ética? É evitar que vale tudo, né? O
código de ética funcionaria para evitar
que vale tudo. Bom, beijo no coração de
todos. Falou, valeu. Até mais.