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Reação - Marx explicou o capitalismo, Natan Oliveira e o fetichismo da mercadoria

[Música]
[Música]
Fala meus queridos e minhas queridas
amigas, tudo bem com vocês? Eu espero
que esteja tudo bem com vocês.
No vídeo de hoje, eu quero contar para
vocês que eu conheci um canal muito
interessante do ah Natão Oliveira, que é
um marxista
que aparentemente está fazendo mestrado
aqui em Brasília, se eu entendi bem, e
ele tá dando um curso
sobre a relação entre
entre
ciência e a dialética da natureza de
Enos. Pelo que eu entendi, é isso. Eh,
um curso que ele ele é um curso que ele
vai dar, que é um é online. Eu me
informei com ele, dá para você fazer,
não precisa ter o horário da aula livre,
você pode assistir depois. Tem um
precinho, tem um precinho, tem um
precinho, existe um precinho ser pago
por esse curso que ele vai dar. Só que
hã vamos aqui pra parte gratuita da
coisa, né? Então, ele tem um canal no
YouTube, eh eu abri o canal dele, até
fiz alguma divulgação sobre isso. E lá
você tem esses vídeos aqui, ó. Esses
vídeos aqui, você tem duas aulas de 2
horas sobre o fetismo na teoria do valor
de Marx. Mas não se enganem, não é
aquele tipo de texto que é assim, ah,
vou falar de uma vírgula, de um termo,
de Não, não é isso não. Ele vai dizer
que, na verdade, o sistema todo do
pensamento de Marx circunda conceito de
feitismo aqui. Ã,
teve uma vez que um colega nosso aí no
YouTube, o Ian, ele cometeu um erro
falando de feitio, que o pessoal caiu em
cima do cara e etc e tal, e pá, pá, pá.
Eh, vou usar essa eh oportunidade deste
fato aqui que me apareceu para falar
sobre
o sistema do pensamento de Marcos a
respeito do capitalismo, que ele, na
verdade, o sempre me incomoda, né?
Parece que você tem que assistir 18
vídeos de 13 horas cada vídeo para você
entender o sistema de marcas, não é
isso? Não parece? Pois bem, o capital
livro um, eu diria com uma tranquilidade
muito grande que este primeiro vídeo
mata. Este primeiro aqui, certo?
Eu tava aqui olhando aqui meu celular
porque é o seguinte, há um tempo atrás
eu aprendi,
eu conheci essa ferramenta que foi uma
colega que enviou aqui pra gente que é o
brillant, né? Brilliant solving
equations.
Esse solving equations, deixa eu ver
aqui se eu meto aqui para vocês verem.
Ó, ele mostra para você, né? Você vai
solvendo equações com essa demonstração
aqui, essa que você está vendo em tela,
esta exata. Qual é o peso do de um de um
círculo, né? Qual é o peso de um
círculo? Aí você tem assim, quatro
círculos mais cinco
unidades de medida. Aí é igual a três
círculos e sete unidades de medida, né?
Tá vendo aqui, né? Como é que e aí isso
aqui vai se desenvolvendo e etc e tal.
Mas essa forma de demonstrar mostra,
tipo assim, você consegue fazer equações
com números negativos, etc., até porque
número negativo não existe, né? Mas você
consegue fazer e equações com números
negativos, considerando só essas
realidades aqui, por exemplo, né?
O que que eu quero dizer com isso? O que
eu quero dizer com isso é o seguinte, é
que o pensamento que Marx tá querendo
expor quando ele fala de na no capital
livro um sobre hã
sobre valor, sobre trabalho abstrato,
etc e tal, é muito parecido com isso
aqui, tá? De verdade é muito parecido
com isso aqui. É muito parecido com isso
aqui mesmo. De verdade, de verdade, de
verdade, de verdade. Tipo assim, se você
tem alguma dificuldade muito elementar
em matemática básica, certo? Em
matemática básica,
você terá dificuldade de entender o que
que Marcos tá querendo dizer do texto
dele, tá? Essa é a primeira coisa que eu
acho importante, né? Se você tem alguma
dificuldade matemática básica, essa aqui
de pesar coisas e entender as
equivalências e quanto, como é que você
deduz dessas informações, dessas
imagens, contas matemáticas, você terá
dificuldade de entender o que que Marx
quer dizer com a elaboração dele a
respeito de como é que funciona o
capitalismo no capital livro um, tá?
você terá dificuldade para compreender o
que que significa trabalho em abstrato,
trabalho concreto, a comparação entre
trabalhos que tá por detrás da
comparação entre ã mercadorias e a coisa
do linho do do casaco, né? Você vai
ficar assim 3 horas de linha em casaco,
né? 3 horas de linha em casaco, você não
vai entender o que que ele quer dizer
com isso, certo?
3 horas de linho em casaco. Ah, não,
porque um pedaço de linha, outro pedaço
de casaco e o casaco compara com linho.
Aí isso aqui equivale não sei quanto.
Isso que ele tá fazendo é isso aqui, tá?
É isso aqui. É exatamente isso aqui, tá?
Então eu sugeriria, se você tem alguma
dificuldade elementar, você vai para
solving equations aqui no brilliant para
você pegar o espírito da coisa de
verdade mesmo. Certo? De verdade mesmo.
Ah, o que o que Marx faz em linhas
gerais, tá? Ah, o que o Marx faz em
linhas gerais é com e é e eh explicar
como é que se dá o desenvolvimento
de uma estrutura elementar de
capitalismo,
o desenvolvimento de uma estrutura
elementar.
Essa estrutura elementar é uma estrutura
elementar que você pode dizer, ela
existe
desde a Lídia, pelo menos desde a Lídia
quando se inventa a moeda,
mas existem outras formas, não
necessariamente de uso de moeda
metálica, que criam esse procedimento,
certo? Desenvolvem uma espécie de
procedimento de troca. E desse dessas
espécies de procedimento de troca, você
cria um uma estrutura universal para
essa troca, né? Surge o dinheiro assim,
tranquilo? dinheiro sujo dessa forma.
E ele acaba servindo essa ferramenta,
ela serve, ela é uma das estruturas
dentro do processo de generalização
da forma mercadoria como forma de
relação social na sociedade, que na
verdade ele esse dinheiro acaba
expressando
o poder em uma sociedade aonde
há uma generalização da forma
mercadoria. Tá certo? Tranquilo?
Tá? O que eu disse agora em 7 minutos
todo mundo entende. O que eu disse em 7
minutos não é uma coisa que os mais
inteligentes precisa de três doutorad,
não. Isso aqui que eu falei é muito
básico e não diz muito da diferença
entre, por exemplo, o sistema
capitalista moderno e a Grécia antiga,
por exemplo. Não, não diz sobre essa
diferença, tá certo? Não diz, o que eu
disse é muito básico e não diz
absolutamente nada
ainda, né? Ainda
não serve para nada, a não ser você
entender o que que ele tá montando ali,
né? Você entender o que ele tá montando,
mas é necessário você saber o que que
ele tá montando, né? Ele tá montando uma
arena de explicação para te mostrar como
é que esse sistema funciona.
E aí ele precisa dar esses primeiros
passos. Normalmente as pessoas param
nesses primeiros passos. Agora eu já
entendi o capitalismo. As trocas vão se
desenvolvendo, surge uma surge o
dinheiro, o dinheiro vai funcionar ali
de alguma forma para ah para ter um
equivalente universal e etc e tal. ia
ser cap não, não é, não é isso é muito
início.
Isso é muito início, tá? É muito início.
E eu finalmente achei um cara,
finalmente achei um cara que consegue
fazer isso sem dividir em 500 vídeos.
Ah, não. Veja bem, o Gustavo Machado,
ele costuma falar assim: “Olha, você
achou Marx difícil, mas é porque o
capitalismo é difícil”. Eu não gosto
disso do ponto de vista retórico. Porque
quando ele faz esse tipo de fala, parece
assim: “Não, veja bem, é difícil porque
é difícil. Então vamos aqui 8 milhões de
cursos, 8 milhões de horas, tem que ler
em alemão de cabeça para baixo. Mesmo
que ele não diga isso, causa essa
sensação. Então esse vídeo aqui que a
gente vai acompanhar agora, ele tem 2
horas e eu sustento que ele é suficiente
para você entender aonde Marcos queria
chegar, certo? você não vai ver todo o
trabalho que ele vai fazer, até porque
ele vai pro segundo livro do capital e o
terceiro livro do capital, que não foi
nem publicado em vida e etc e tal, mas
aqui dá um panorama bastante razoável do
que assim, você quer entender o que que
o cara queria dizer, tá aqui, tá? E aí
você vai ver que, tipo assim, é
absolutamente absurdo quem acha que tem
algum economista que refutou Marx,
porque o o valor não é o trabalho,
porque se eu aí tem aquelas, né, se eu
cavar um buraco, ah, se eu cavar um
buraco inútil aqui, como é que vai ter
valor? Não, isso tá tudo previsto no
texto, certo? Tá tudo previsto no texto,
tá muito claro no texto. O texto tá
tentando explicar, o texto tá tentando
explicar sem mostrar para você, sem
brigar com o capitalismo, ele tá
tentando dizer assim, ó: “Olha, o
sistema funciona assim.
Para esse sistema funcionar, ele
precisa, além dessas coisas básicas que
a gente tá falando aqui, além dessas
coisas básicas, tem um detalhe a mais
que é o detalhe da exploração do
trabalho, que é pela exploração do
trabalho que você consegue ã acumular
riqueza. E aqui nesse vídeo você vai ver
que isso não é coisa, certo? Eu sempre
digo isso, eu sempre me incomodo que
poucas pessoas dizem isso. As pessoas
acham que falar que o capitalismo é um
problema é falar que grandes
capitalistas com R 1 milhão deais ou com
R 1 bilhão deais são um problema. Não é
disso que se trata. é mecânico,
é uma mecânica de acumulação.
Quando o capitalismo se, ou seja, quando
os cidadãos se percebem em um sistema
capitalista, o a mecânica social vem uma
mecânica de, ela vira uma mecânica de
acumulação e não tem como não virar. Não
é culpa de ninguém, não é culpa do
bilionário, não é culpa do Elon Musk,
não é culpa do do daquele maluco lá da
China que é bilionário. É um o
sistemicamente ele vira um sistema de
acumulação em que os sujeitos, inclusive
os bilionários, eles não têm domínio de
nada.
E por isso é um sistema irracional,
certo? Ele é racional na medida em que
ele tem, né, ele tem a o aspecto da
racionalidade que ele vai gerar uma uma
produção nunca vista na Terra. Ele tem
um sistema de irracionalidade que eh é o
Jack Marando, né? Não é culpa de uma
pessoa, de outra, não. Vocês têm que
odiar capitalista, não, você tem que
odiar nada, você tem que entender o
sistema, né? E aí quando você entende o
sistema, você vai perceber que não
adianta trocar os capitalistas, não
adianta trocar o governo, não adianta
eleger o PT2, né? Quer dizer, isso eu tô
dizendo segundo o marxismo, certo?
Segundo o projeto de Marx, o que ele tá
tentando explicar. Olha, esse sistema
não adianta quem você coloque lá, não
adianta o tipo de pessoa que você
coloca, não adianta se você tem boas
escolas, não adianta. O que ele
produzirá é um processo de acumulação.
Ele necessariamente produzirá esse
processo de acumulação. Isso é
inevitável. É, é a engrenagem interna.
E produzindo esse sistema de acumulação,
ã, você tem uma situação muito curiosa
de a massa que deveria consumir aquilo
que produz esse sistema de acumulação,
ela não acompanha o crescimento da mesma
velocidade e o sistema da peripac do
chave. Essa é a tese, tá? Essa é a tese.
A tese é essa. É um sistema
hiperracional no sentido de que ele
aumenta a quantidade de produção, mas ao
aumentar a quantidade de produção, por
engenharia interna, por estrutura
interna, ele quebra, ele dá defeito.
Então, não tem nada a ver com quem é o
capitalista ou quem é o governo do
estado, se é o PT, se é o PT2, se é o
PSDB, se é o Bolsonaro, se é o Partido
Comunista Chinês, não importa. Ele tem
uma tendência de criar a concentração
por um lado e por outro, a medida em que
ele cria esse processo de super expansão
produtiva, vai ter um momento que ele
vai quebrar, porque ele não consegue
colocar a base do consumo para gerar o
que a gente chama de realização capital,
né? Então o capital não se realizando
por um motivo ou outro, de vez em
quando, de tempos em tempos, o
capitalismo da Peripacto Chaves, tá?
Essa é a tese.
Tranquilo? Essa é a tese. A tese é essa.
Ah, mas eu não sou um, eu não sou
marxista. Eu não passei a minha
juventude estudando, lendo texto de
Marx, etc. e tal. Então, às vezes quando
a gente fala fica parecendo assim: “Não,
veja bem, mas você não conhece, você não
leu, você não sabe, você não conhece,
você não leu, você não sabe.” Eh, tá
bom. Eh, então o texto do Natã, ele é
muito claro, ele é muito óbvio em
explicar essa questão, tá? O texto dele
é muito bom e a gente vai reagir aqui.
Vamos ver se a gente são duas horas de
vídeo, vamos ver se a gente reage aqui
até metade, né? A gente reage, não,
vamos falar sério, vamos assistir junto.
É isso que a gente vai fazer. a gente
vai assistir junto. Mas antes, antes, um
último detalhe que eu queria comentar
antes de começar isso é o seguinte. Eh,
eu queria comentar o seguinte, eh, hoje
mais tarde a gente vai fazer um vídeo lá
no canal da PCE conversando sobre eh
sobre a o que tá acontecendo no Oriente
Médio, a crise que tá instaurada no
Oriente Médio. Hã, como eu já disse para
vocês, eu não tenho hã eu não tenho, eu
não tenho estudado muito o Oriente
Médio, então eu tô um pouco deslocado
dessas coisas, mas quero aproveitar esse
lance que a gente vai conversar lá,
falar o que dá para falar, ã, a partir
do meu pouco conhecimento. Mas o que eu
quero chamar atenção é o seguinte. em em
grupo com a PCE, a gente tá querendo, eu
tô querendo escrever um texto
relacionado a
a o que na função da PCE, etc e tal,
face ao fato de que teve a divulgação de
que 10% ou 9,3%
da população brasileira é considerada
sem religião. É, eu pesquisei assim
rapidamente e eu vi que existem quatro
estados no planeta que tem chefes de
estado que são ateus assumidamente. Um é
a China com Sjinim,
ã, o outro é a Bielor-rússia,
o outro é a Croácia
e o outro é a República Checa.
Eh,
tanto na Croácia quanto na República
Teca, você tem um governo de
centrodireita. Na Bielorrússia você tem
um cara basicamente
eh lá é difícil você dizer porque só tem
um governo, né? Só tem os caras ali da
Bielorrússia e tal, mas difícil difícil
mapear exatamente o que que seria o
governo, mas o cara se desateu. E o Xi
também, né? O X o XI é por determinação
do Partido Comunista Chinês, né? aliás,
é por determinação
do eh do Partido Comunista e Chinês.
Então, nós temos quatro chefes de estado
só, que se dizem ateus no mundo. Quatro.
Quatro. Lukachenenko na Belorússia e os
cara lá que eh que ninguém liga do da
República Teca e da Croácia. A República
Teca tem um lance interessante em razão
da da do socialismo ali que tomou a
região, que também toma, né, que também
toma a região da Croácia, mas na Croácia
você ainda tem uma população muito
católica, muito católica. Na República
Teca, parece que mais de 60% das
pessoas, aqui a gente tem 10%, né? Se
dizem sem religião, na República Checa
parece que de entre 60 e 70% da
população não tem religião e ah 30% se
declara ateu, pelo que eu vi, certo? Eu
preciso só checar essas informações mais
tarde, mas 30% da população da República
Tiaca se declarar ateia é muito legal,
né? É muito legal. É legal para caramba.
Lembrando que as pessoas se declararem
ou não se declararem ah, não significa
que elas sejam ou não sejam, né? A gente
tem o caso famoso do Henrique Cardoso
aqui, do Fernando Henrique Cardoso, que
perguntaram para ele se ele era ateu ou
não e que isso teria constado votos para
ele, etc e tal. E é óbvio que o Fernand
Ricardos era ateu, né? Óbvio,
absolutamente óbvio. Eu não tenho a
menor dúvida disso. Eu tenho convicção
de que o Lula é ateu, embora ele, ah,
não, mas Maria, não sei o quê e etc e
tal, né, para lacrar pro público. Mas o
Fernando Henriqueadores não tem a menor
dúvida de que ele seja eh ateu. Não
tenho a menor dúvida. O Lula
provavelmente é o Lula provavelmente é,
embora ele não se declare. Então assim,
é muito importante, é muito importante
que as pessoas se declarem, né? Muito
importante que as pessoas se declarem. a
pessoa só se e não se declarar, não
adianta de nada, não adianta de
absolutamente nada. Eh, é, eu acho que
ele é, eu acho que ele é, é ateu e ele,
eu já vi a conversa dessa galera, né,
de, ah, como é que eu escolho o meu time
aí, ah, tem que escolher qual time? Ah,
o time que a maioria torce, né? Aí os
caras são no em São Paulo eles são
Corinthians, no em no Rio de Janeiro
eles são Flamengo, né? Aquela tem essa
conversa, tem essa conversa. Então
assim, eu tenho eu tenho uma convicção
muito grande. Eu tenho muita, eu tenho
essa convicção muito grande que o Lulé
teu. Himo,
eu acho que Mussolini era teu e etc e
tal. Eh, gente muito inteligente que
sabe como é que o jogo é, saca?
Eu eu eu tenho convicção muito grande
que esses caras são tudo ateu. Tudo
ateu. Por exemplo, Malafaia tem
convicção absoluta de que ele é teu. Tem
convicção absoluta de que ele é teu.
Certo? Mas mas é isso. A gente precisa
que como a gente não consegue, a gente
não pode entrar na cabeça da pessoa, né?
A gente não pode entrar na cabeça da
pessoa e se ela diz que não é, não pode
fazer nada, mas eu tenho convicção, tá?
Que o Malafai é teu também. Ah, beleza.
Então, o Mas é importante o que que eu
queria dizer, né?
H que eu queria dizer
que os quatro que são declarados são
esses. E de Macedo também, né? Com
certeza, né, de Mac. Com certeza. É, com
certeza.
Ah, enfim. Mas como a gente não pode
entrar na cabeça das pessoas, elas têm
que se declarar,
então a gente não pode dizer, né? É a
minha convicção, é o que eu acho. Não
consigo entrar na cabeça do da da
galera. Ah, bom. Então, eh, existem
quatro quatro pessoas que se declaram,
existem quatro quatro pessoas que se
declaram ateus, né? Então são o Xi, o
cara da Bielorussiael, o presidente da
República Checa e o presidente da da
Croácia. E tem outros caras que também
já se já se declararam ateus em outras
políticas. Na Holanda tem um
ex-preiro-ministro, na França também
tem, tá? Então assim, não é que é
impossível, só é minoritário e a gente
vai trabalhar para que isso com passar
do tempo se reverta e etc. Eh,
foi o Cleiton tá dizendo que a Luciana J
foi a primeira que a presidenciável que
se declarava até, tanto que votei nela
na época só por isso. Eh, bom, por que
que eu tô dizendo isso tudo? Por que eu
tô dizendo isso tudo? Eu tô dizendo isso
tudo por para falar um pouco da China.
Tem outra coisa que eu tô estudando
bastante ultimamente, que é a China. Eu
vi que o Gustavo Machado fez um vídeo
falando assim, ó, eh, como é que é o
título do vídeo? Alguma coisa assim. a
China, não, sulglobal, a pseudociência
ou qualquer coisa assim do do
contemporâneo, alguma coisa nesse
sentido. Eu não assisti o vídeo porque
eu sei que eu vou passar raiva se eu
assistir esse, se eu for assistir aquele
vídeo, eu vou passar raiva. Ah, eu não
sei do que se trata o vídeo. Eu só tenho
o título na mente para falar o que eu
vou dizer agora, tá? Ah, o que eu o que
eu ia dizer é o seguinte. O que eu quero
dizer sobre isso é o seguinte. Veja só,
por exemplo, há uma clara clara clara
clara clara clara clara clara clara
clara clara clara
clara
disputa geopolítica entre China e Índia,
por exemplo, tá? Há uma clara, tá bom?
Tá bom. Há uma clara
disputa ali, tá? Então, concordando com
o que o Gustavo Machado colocou no
título, no título, título.
Se você toma que existe um campo do sul
global que se ama, que não tem nenhum
problema, que é tudo uma um grande
núcleo, que é só, isso é falso, tá?
Pronto. Ponto. Tranquilo. Isso é
absolutamente falso. Tranquilo. Tem uma
disputa muito fundamental entre Índia e
China. Essa disputa é muito fundamental
e empurra a Índia nos colos do no colo
dos Estados Unidos, etc e tal. Isso não.
Então o Gabriel tá dizendo assim, mas
suglobal nunca foi isso, né, e tal. Mas
mas tem essas coisas na internet, tem
essas coisas. a gente brinca aqui, tem a
musiquinha do bricks, etc e tal. Então,
a gente pode acabar gerando percepções
simplistas e toscas de como é que as
coisas são. Então, quem é o grande
aliado em geopolítica ali relacionado à
China?
É o Paquistão, pô.
Não é? É o Paquistão, não é isso?
Então, tem várias dimensões e várias
dinâmicas e várias coisas que hoje são e
amanhã não são mais. que eu queria
comentar aqui, por exemplo, em relação a
a Malzedong, porque eu tô vendo que,
bom, a internet ela é difícil e ela é
traçada nessas coisas estéticas e etc e
tal e etc e tal.
Maltedong, ele foi o líder da vitória da
China contra os nacionalistas de
Tiankaique.
E aí, às vezes as pessoas falasem a
seguinte comparação. Bom, o mundo é
muito simples. Então, você tem
nacionalistas, Estados Unidos de um
lado,
China e União Soviética de Não poderia
ser mais longe da verdade isso.
Não poderia ser mais longe da verdade
isso, tá? Não poderia ser mais longe da
verdade. Não poderia. Difícil algo mais
longe da verdade do que isso. Certo? O
mal já acende já com uma certa
confusãozinha com Stalin sobre o que
fazer ali na tomada da penínscula da
Quaré. Depois que que
depois que hã
cai depois que cai depois que falece,
né, o o Stalin, aí as coisas pioram,
pioram cada vez mais. Boa parte dos
erros, dos problemas que a China teve no
processo de industrialização corrido,
né, grande salto pra frente que deu um
monte de problema, etc e tal. Boa parte
disso tá relacionado com a disputa dele
com a União Soviética. Tá? Geopolítica
pura,
certo?
Antes da ruptura cinoviética, né?
Ruptura. Porque às vezes as pessoas
falam como se a ruptura sinossoética
fosse só, ah, teve umas confusões ali na
fronteira. Não, as confusões houveram,
houve, né, confusões na fronteira.
Exatamente. Porque já tinha uma briga
geopolítica se se alargando por muito
tempo, senão aquelas confusões não
aconteceria.
Hã, e é muito parecido com o que
acontece na Índia. Por isso que eu tô
citando esse caso, que é parecido com o
que acontece na Índia.
H,
eh,
e a, e a,
e a China e a China teve vários
problemas. Então, assim, o o
tanto grande salto pra frente quanto o
como é que é o nome? o a revolução
cultural, tá? Tem a ver com geopolítica.
Se você tomar isso só como uma dimensão
de política interna, vai ler errado, tá?
Vai ler errado. Vai ler errado.
Disputas com a União Soviética geraram
vários problemas pra China, tanto o
grande salto pra frente quanto o
o tanto o grande estado paraa frente
quanto o outro, quanto a revolução
cultural, tá? Quanto a revolução
cultural.
Eh,
beleza.
E
e se você for ver a formação também da,
por exemplo,
da
do Vietnã, você vai ver a mesma coisa,
tá? Você vai ver ora, ora o governo do
Vietnã mais próximo da China, ora mais
próximo da União Soviética também por
causa desse mesmo
problema. se tá perto da China, não pode
estar perto de mim, tá certo? E aí eu
acho engraçado que aqui no YouTube o
pessoal fala: “Nossa, Pedro, mas vocês
aí ficam com briguinha pequena, né? O
ego de vocês, etc.” Porque você não viu
o tamanho do ego do do desses caras que
governaram a a China, o Vietnã,
a União Soviética, porque você não viu o
tamanho do arco deles, né? Você falar
que o problema aqui de YouTube é que as
pessoas têm erco, tipo assim, é
completamente surreal isso,
completamente surreal.
Certo? É completamente eh completamente
surreal. Então eu tô dizendo isso para
falar o seguinte, que
qualquer fala que o Gustavo Machado
tiver feito lá sobre ah, veja bem, as
pessoas são muito inocentes, elas
acreditam muita bobagem, é só o cara
meter um su global, aí pronto, aí todo
mundo igual essa merda. De fato, de
fato, de fato, isso acontece, tá? Então,
mesmo sem ter assistido o vídeo, eu
posso pressupor que ele tenha dito isso.
Se eu pressupus, certo, isso realmente
acontece, tá? Isso realmente é um
problema.
Isso realmente é um problema. As pessoas
super simplificarem as coisas, não sabem
nada de
política internacional e tomam como se
todo mundo fosse igual, todo mundo fosse
amigo, todo mundo tivesse Não, não, isso
não é verdade, certo? Isso não é
verdade. Então, se ele tiver disso dito
isso lá, tá certo. Se ele tiver dito
isso lá,
entretanto, tem o outro lado da moeda,
que é o outro lado da moeda é o que eu
sempre tento representar aqui na
internet, tá? O outro lado da moeda é
que eu quero eh representar sempre, tá?
Gente, o mundo não é simples, tá bom? O
PT não é perfeito e e etc e tal, né?
Não é simples, não é perfeito e etc, mas
é só ruim. É sempre isso que eu
pergunto, certo? Tudo que eu quero fazer
as pessoas eh entenderem é isso, é que
na na na cina
na cina de dizer de dizer que o negócio
não é perfeito, trata como se tudo fosse
ruim. Aí você pode dizer assim: “Pedro,
mas isso é centrismo da tua parte?”
Centrismo só quando você tá ai cara, é
difícil não ofender, tá? É difícil não,
mas é difícil não ofender.
Mas eu tô aqui no no passeio da
ataraxia, tá? Que eu vou dizer o
seguinte, não, beleza. É só ser
verdadeiro com as coisas, tá?
É só ser verdadeiro com as coisas. O que
fazem, O que fazem com o PT é criminoso.
É completamente criminoso. Completamente
criminoso. Eu não tenho a menor dúvida.
Fazem com o PT, com a imagem do PT. é
completamente criminoso. Esse final de
semana eu tava assistindo
eu tava assistindo Global News, né?
Porque eu tava com acesso a Globo News e
eu tava assistindo Globo News. E é muito
engraçado porque Globo News, ela tem a
seguinte tese e é muito óbvio, né? A
tese é eh o presidenciável que a gente
quer é o Tarcismo, certo? Essa é a tese
deles. A Globo News é claramente essa
tese. Eles tentam, eles tentam ã
diferenciar. Veja, não é assim, e é toda
vez essa esse bando de gente muito
inteligente, muito versada na arte da
comédia e do Eu não tô dizendo que é que
eles são pobrezinhos, eu tô falando que
se comete crime contra os cara. É isso,
é criminoso. É, é, é amplamente
criminoso. Eles não são pobrezinhas,
eles são, o [ __ ] eles são o governo do
estado, eles não são, mas o que se faz
contra eles é criminoso. Vocês são
criminosos. Eu não tenho a menor dúvida
disso. Nem, nenhuma dúvida. É crime
atrás de crime atrás de crime. Agora, o
que que acontece?
Essa, esse lance, sobretudo dessa coisa,
né, de ai como eu sou engraçadinho, ai
como eu sou irônico e etc e tal. Eh, é é
assim, é o refúgio dos covardes, né? É o
refúgio dos covardes. Crime, crime,
crime, crime, crime. Aí, ai, coitado
dele. Coitado. Não, não tô falando de
coitado. Tô dizendo que comete crime
porque comete, porque comete. É crime
atrás de crime atrás de crime. Agora, o
que eu quero dizer é o seguinte, essa
postura criminosa que existe dentro da
esquerda, ela tem ela tem ã vocação, ela
tem motivo para ser. É porque a galera
quer ser o PT2.
H, e o que eu quero dizer é o seguinte,
é que assistindo o Globo News, né?
É, então pode ser. Assistindo Globo
News, o que eu percebo é o seguinte, ah,
eh, é, ele, eles são todos engraçados
para caramba. Eles são todos muito
irônicos, etc. Eu tô cansado disso. Mas
veja só, eh, eu não tô dizendo que
ninguém vai ser preso pelos crimes que
vocês cometem. Você vão continuar
cometendo crime, vão continuar tentando
ser o PT2 e talvez consigam. e eu vou
estar completamente alheio a esse
movimento, porque eu não me ligo para
ele. Ah, o que eu quero dizer é o
seguinte, é que
ah,
o governo atual, né, o PT e etc e tal,
ele é o único governo desses todos que
se colocaram,
desses todos que se colocaram, de todos,
da história do Brasil inteiro, tá?
Tirando talvez lá aquela época do
trabalhismo que você tinha uns uns cara
que é trabalhismo é no trabalhismo, no
trabalhismo isso fazia sentido. No
trabalhismo isso fazia sentido, que é o
seguinte, o trabalhismo, certo? O
trabalhismo e agora o Partido dos
Trabalhadores, né? O trabalhismo e os
partidos trabalhadores são os os
partidos que permitem algum diálogo com
forças populares, algum diálogo. Não é
que é um governo de trabalhadores. Vocês
entendem isso? O governo atual é um
governo do PP
e da União Brasil, tá certo?
Eles eles integram o governo. Agora,
existe algum espaço para conversa com
outros setores? Existem alguns cargos
que são dados para pessoas dos outros
setores. Existe um espaço, pelo menos,
para ter uma pessoa ali que se preocupa
com o meio ambiente, no Ministério do
Meio Ambiente. Entende o que eu quero
dizer? Existe um espaço. Eu conheço
pessoas que são do governo federal, que
lutaram, conheço mesmo pessoas que se
formaram comigo e etc e tal, que tem lá
um DAS, qualquer coisa, tá ganhando
dinheiro no governo. Entende o que eu
quero dizer? Vocês entendam o que eu
quero dizer? Então são pessoas com cargo
de chefia, de liderança. Algumas pessoas
de esquerda. Quando você entra com
Bolsonaro da vida, por exemplo, ah,
o governo é centro, né? Centrão ali, etc
e tal, centro de direita, centro de
direita e sei lá, militares, etc e tal.
Não tem um espaço sequer. Não tem um
espaço sequer para um cara que seja de
movimento sindical, alguma coisa.
Entenderam o que eu quero dizer? É isso
que eu quero dizer. É bem simples,
não, mas é óbvio, né? A própria Rita tá
ganhando dinheiro com isso, não tá? Ela
não tá contratada pelo pelo estado.
Isso você sai de 15 pessoas para
nenhuma, por exemplo. Não é isso assim,
o que eu tô tentando dizer, o que eu tô
tentando dizer para vocês, quando vocês
cometem crime contra o PT, dia assim,
dia também é que o que eu tô dizendo é
verdade, gente. Vocês vão me desculpar.
O que eu tô dizendo é verdade.
Certo?
A Rita Von Rante só tá no, ela só tá ali
colada com alguma posição porque porque
porque tá, né? Porque porque é o PT,
porque se fosse qualquer outro governado
de direito não estaria. Então, eh, isso
tem a ver com a minha posição graminiana
de que a gente deve enxergar que tem
espaços maiores numas circunstâncias, em
outras circunstâncias espaços menores.
Seja para você fazer o que você faz,
seja para você consumir mais, seja para
você reagrupar, seja para você fazer um
projetinho aqui ou acular participando
de alguma forma do governo. Agora, o
governo todo atual, ele é todo mesclado.
O próprio, como é que é o nome do cara
do o velhinho lá, o guerrilheiro que foi
nerfado na na Lava-Jato. Como é que é o
nome dele? O Não, Lava Jato, não, foi
nerfado antes, inclusive no mensalão. É,
como é que é o nome dele? O o que o
Jones gosta do PT que fez elogio para
ele. Como é que é o nome dele? Me digam
aqui o nome do cara, pelo amor de Deus.
O [ __ ] esqueci o nome do cara. O
Dirceu, obrigado, Beto. O Dirceu. Ah,
então Dirceu mesmo falou: “Esse governo
é um governo que a base dele é de centro
direita, mas é óbvio que é. É só você
olhar a quantidade de cadeiras que tem
no Congresso Nacional, a quantidade de
cadeiras que tem no governo federal e
etc. Tá certo? Então assim, é bem óbvio
o que não precisava do seu dizer isso,
certo? Não precisava do seu dizer isso.
Tá bom? Tô fazendo essa volta toda para
dizer a mesma coisa que eu digo, né?
Assim, olha, o PT é do mal. Não, não é
do mal. Ele só tá coptado, ele só tá
para governar, teve que abrir as pernas
todas e etc, né? E é isso, né? Dentro de
institucionalidade é isso que tem. Pois
bem, por que que eu tô fazendo essa
volta toda para fazer para fazer a fala
de que eu digo a mesma coisa a respeito
da China? A China eh foi um governo que
eu já falei aqui os problemas de
Malzedon, certo? vários problemas,
incluindo o ego do tamanho de de um
rinoceronte, tirando isso a própria
formação do estado que ele faz com
aqueles projetos, o grande salto paraa
frente e o a o negócio lá, como é tá o
negócio lá
e a revolução cultural tem problemas. Os
problemas não são poucos, os problemas
são bastante graves.
Hã,
de são os problemas são bastante graves,
bastante graves mesmo. Ã, mas tirando
isso, quando ele morre, ele morre, né? E
é isso aí. Eh, a um grupo interno toma o
poder, entra o Deng Shaping e o Deng
Shelping consolida o que já tinha
começado com mal, com a coisa dos
pingpong, com a com a apertação de mão
do Nixon, etc e tal. Ele consolida a
transição e fez uma coisa que o a isso
eu acho legal, Ma desde origem que
quando ele começa seu projeto com todas
as metas, com todas as milhões de
mortes, etc e tal, com tudo. Mas ele
disse quando ele começa a ascensão dele
pro poder,
eu vejo uma China que será gigante,
retomará o seu papel no cenário global e
será aquela que guiará os povos, etc e
tal. Acho isso legal, tá? Eu acho isso
legal, não por causa do nacionalismo
implicado nisso, mas por causa, até
porque eu sou contra o nacionalismo,
vocês sabem, eu sou completamente a vis
nacionalismo, acho que o nacionalismo é
uma doença, mas a a perspectiva que se
colocava era o lugar onde eu moro, né? O
o lugar onde o mal morava, era um local
eh vilipendiado
por causa do desenvolvimento do
capitalismo. Vocês entenderam? É isso
que eu quero chamar atenção. A raiva que
Mal tinha pessoalmente que ele fala
assim: “A gente vai construir uma grande
coisa que vai superar”. Que superação
era essa? A superação do que a China
chama hoje de século de humilhação,
certo? Por que que aconteceu esse século
de humilhação? Por causa do
desenvolvimento do capitalismo? Vocês
entenderam o que eu quero dizer?
Então, a raiva que o mal tinha
perante a existência da sociedade aonde
ele ele existia era a raiva contra o
desenvolvimento do capitalismo. Porque o
desenvolvimento do capitalismo, como a
gente disse no início, ela é muito
eficiente, sim, ela é muito
interessante, sim. Ela é muito a ela é
muito, digamos, produtiva.
A gente só consegue acabar com a fome
agora, muito recentemente, depois da
Segunda Guerra Mundial, é que essa
capacidade se deu a partir da Revolução
Verde. Se antes não tinha como fazer
isso, hoje já é possível acabar com a
fome no mundo por causa do
desenvolvimento do capitalismo, tá? Sim.
Certo? Chapo, com certeza absoluta. Não
tenho a menor dúvida disso. Então, hoje
é possível acabar com a fome global como
nunca foi antes. Possível alimentar
todas as pessoas por causa do
desenvolvimento do capitalismo. Agora,
esse desenvolvimento teve que destruir
tudo no meio do caminho, né? Teve que
destruir tudo no meio do caminho.
Inclusive um país, uma sociedade chamada
China.
Com o desenvolvimento do capitalismo,
você tem a expansão dos mercados, você
tem o neocolonialismo no século XIX e
você tem ou você se torna agente ou você
é derrotado. Isso aconteceu com o Japão
que tinha se isolado e isso aconteceu
com a China que tinha conseguido se
manter fora disso tudo, né? Ela é
forçada a abrir os portos
com concessões dos chamados tratados
desiguais. Isso enfraquece a unidade da
China e vem com o projeto cultural de
republicanismo a partir dessa desse
enfraquecimento do império eh sing, né?
Certo? A Índia ela já tinha sido
detonada antes, né? A Índia já tinha
sido detonada pelo império inglês antes
do desenvolvimento do capitalismo
industrial, mas o Japão e a China tinham
resistido ao capitalismo pré-industrial,
se quiser, e eles caíram com o
capitalismo industrial. O Japão virou
uma potência industrial que imitou o
processo de modernização e a China se
fragmentou, certo?
E mal viu esse processo, né, de
fragmentação por causa do
desenvolvimento do capitalismo mundial.
Tranquilo isso que eu tô dizendo para
vocês?
Pois bem, no final da formação do do
quer dizer, no quando se aproxima a
morte de mal, você tem essa escaramuça
entre mal e o estado soviético e essa
inclinação de aliança com os Estados
Unidos. E aí quando o dengue toma o
poder, ele efetiva isso. E aí o o a
China entra no sistema capitalista
global. Ela entra no sistema capitalista
global, ela entra, certo? Ela entra, não
tem a menor discussão sobre isso. Ela
entra no sistema capitalista global, mas
ela herda uma parada. Ela herda o
sistema político
ah soviético, de inspiração soviética,
herda o sistema político e herda o
processo antiliberal de planejamentos,
que também é estalinista, certo? Ela
herda essas duas coisas. um projeto de
planejamentos de longo prazo e a
estrutura política do estalinismo, né? A
estrutura política do eh do partido
hegemônico que não vai ficar trocando de
parlamento, etc. e tal, porque isso
interessa num sistema liberal a quem tem
dinheiro, né? Independente de quem chega
lá, troca de vez em quando, tá sempre
regenerando e eu tô aqui sempre com
dinheiro, podendo apoiar qualquer um,
né? Então, entrar uma pessoa que eu não
gosto, daqui a pouco eu ponho dinheiro
no próximo, etc. e tal. Então, o sistema
parlamentar que a gente tem, o sistema
parlamentar dito ocidental, ele é de
inspiração inglesa,
ele se espalha pra França e depois pro
mundo. Então, há uma clara
disposição em que prioritariamente a
forma econômica
veio antes da forma política hegemônica
no mundo, que é a forma democrática
liberal, tá? a forma democrática liberal
é um subproduto do desenvolvimento do
capitalismo. Não tem a menor dúvida
disso, certo? São muitos séculos para
você conseguir observar isso. Quando
Montesquier faz a observação de que tem
que ter uma divisão de poderes, o modelo
dele é Inglaterra, certo? Não tem a
menor dúvida. veio primeiro a formação
econômica para na rabiola da formação
econômica vir a formação política que
serve de modelo. Então, se você olhar
pra Rússia, por exemplo, a Rússia
demorou para adotar a o sistema
parlamentar. Quando que ela tomou o
sistema parlamentar? Em 1905, tá? Em
1905.
Beleza? Entenderam?
Então, primeiro você tem a formação do
capitalismo se espalhando, depois tem a
inevitabilidade da forma parlamentar,
que é a forma do sistema capitalista.
Tranquilo?
Entenderam?
Tá. Por que que tudo isso que eu tô
dizendo é importante?
Porque embora Marx tenha feito política,
Marx faz política, tá? Marx faz
política.
Ele tenta organizar os trabalhadores,
mas por que
por que ele não tenta via parlamentar?
Isso, Marcelo tá dizendo primeiro poder
econômico, depois controle político.
Isso aqui é a questão. Vocês entenderam?
Então tem muita gente, sobretudo no
YouTube, que não é marxista. Claramente
não é, quer dizer, pode até ser
marxista, mas porque marxista, marxismo
virou um símbolo, mas a tese de Marx,
ela foi embora muito tempo e ela virou
uma tese geopolítica e identitária.
Geopolítica e identitária. Então, ser
marxista está do lado dos países que
passaram pela revolução. Bom, nem esses
países estavam um do lado do outro entre
si, geopoliticamente falado, entendeu?
A China rompeu com a União Soviética.
A China às vezes estava do lado do
Vietnã, às vezes não tava, certo? Então,
do ponto de vista identitário, essa
nunca foi a questão, certo? Nunca foi a
questão. Mas por que que deu certo a
revolução tanto na União Soviética
quanto na China? Por causa da tese de
baixo, a organização da classe
trabalhadora industrial. Inicialmente,
esse era o plano, esse era o projeto. Na
China tem um porém, porque na China a o
Tankaique junto a estrutura dos
nacionalistas que aglomerava também o
Partido Comunista, elas receberam apoio
internacional. Então a geopolítica já
entra aí, tá? A geopolítica já entra aí.
Não invero nada, cara. É a coisa mais
básica assim, gente. Vocês se vocês são
de porcelana demais. O que eu tô dizendo
é só o que é, tá? Tem muita gente que já
abandonou há muito tempo a a tese
marxista. Então, por isso eu tô falando
isso tudo para dar base de por a gente
precisa ler Marx. Por que que a gente
precisa ser ler Marx? Para entender qual
era a tese marxista. E agora sim a gente
vai paraa reação do vídeo.
[Música]
Mais ou menos 18 anos assim, né? Tava
até contando pro Rafael, né? quando ele
tava vindo para cá, que assim que eu fiz
18 anos, era o dia do meu aniversário,
eu tava começando a fazer a leitura do
capital. Eu não esperava fazer isso
assim, né? Não, não tinha essa pretensão
de estudar o Marx assim tão longe, tão
de maneira tão aprofundada. Eh, questões
do da da minha vida assim pessoal e e do
contexto do do ensino médico que eu fiz
me levaram a descobrir o Márci. Foi
naquele naquele contexto ali, foi um
pelo menos na maneira como foi
apresentado, foi uma coisa interessante
assim que chamou a minha atenção, mas eu
lembro de uma vez ir na Bienal e vi lá
os volumes do capital e tal e falou:
“Pô, eu não vou estudar isso aí não,
isso aí é isso aqui faz história,
humanas, eu sou da física, não preciso
disso.” Mas eu tava interessado em umas
questões de filosofia da ciência, de
epistemologia, esses debates
metodológicos. Eh, e eu tinha muitos
amigos na humanas, né? e fui eh queria
entender assim, né, o que que eu já li
Marx, mas estava querendo entender
assim, pô, será que esse a teoria dele,
né, desse Marx que eu tô aprendendo,
será que ela é verdadeira, né, tipo
assim, uma pergunta meio que de caráter
epistemológico assim, ou seja, como eu
posso saber que é verdade, porque eu não
não quero só acreditar por acreditar e
tal, não quero, não quero seguir uma
cartilha, nada disso. Eu queria um um
fundamento racional para entender e
enfim, talvez concordar com esse tipo de
coisa. Eh, e aí com 18 anos, bom, depois
a professora Virgínia Fonte, que é uma
historiadora marxista, eh, bem, bastante
reconhecida, né, na área do marxismo,
ela me sugeriu que eu lesse o capital,
né, porque porque o capital é a obra é a
obra prima assim do Max, é o o cume, né,
da reflexão dele de vári de décadas. E e
o que aconteceu foi que com ali com
meus, entre meus 18 e 19 anos, eu fiz a
leitura do capital com a disciplina, né,
sobre isso, peguei disciplina em outros
campos na economia lá com professor do
UNEP. E o que aconteceu foi que eu não
sei se vocês já começaram a fazer isso,
estão refazendo esse tipo de coisa, né,
de ler e reler. E o que aconteceu foi
que a leitura, eu já tinha tido a
leitura do manifesto do Partido
Comunista na adolescência, tal, aquela
coisa. A gente se empolga, quer falar
para todo mundo sobre isso, sei o quê,
as pessoas são resistentes. Ah, e deixa
eu só complementar, tá? Para mim essa
foi a melhor exposição introdução ao
pensamento de Marx que eu já vi na vida,
tá? Tá bom. Nunca vi nada melhor do que
esse aqui, tá? Em qualquer outra língua.
Nunca vi. Nunca vi nada melhor do que
isso que a gente vai ver agora. E depois
eu li um outro texto que é Manuscritos
Econômicos Filosófico. É um texto quando
Marx tinha 26 anos assim, né, que também
é muito interessante. Muitas ideias
seminais ali que depois foram amadurecer
e se desenvolver mais à frente no
Capital. Mas quando eu li o Capital eu
tive eh foi uma coisa assim eh eh talvez
vocês possam ter tido isso lendo outros
autores, né? Mas o percurso que eu tinha
feito não, eu não tinha tido isso até
então, que é ler um grande pensador,
assim, concordando ou não. Eh, quando
você li um pensador dessa magnitude, né,
que tem um pensamento super complexo,
ofisticado e foi capaz de criar escolas,
né, de pensamentos, tradições, isso
acontece lendo Aristóteles, lendo
Platão, né, lendo o Espinoza, lendo
vários outros, não é só o Marx, mas no
meu caso, primeiro a minha trajetória
foi o Marx, essa essa figura, né, que
chegou para mim hoje a gente tem no
Brasil também pensador Fanon, né, se a
gente quiser pensar questão autores que
pensam também a questão racial, assim,
eh, todo mundo tem um autor que é
marcante, né? No meu caso foi o Maro
Capital, eu descobri uma obra eh
profunda, rigorosa e que eu costumo
dizer que me deu uma certa eh maturidade
intelectual, que é quando você tem
contato com o pensador desse tamanho,
né? Eu fiquei muito provocado. Foi a
primeira vez que eu tinha lido, de fato,
de maneira sistemática, um eh uma obra
de uma crítica científica, né, radical,
assim, né? Eu tinha, estudava física,
né? Porque eu fui fazendo, eu brinco que
eu fiz duas faculdades ao mesmo tempo,
sem mesmo tempo em física, eu me fiz
todas as cadeiras sobre max e tal e tal,
tanto que eu fiquei eh afetado por isso.
E aí o capital meio que mudou a minha
cabeça assim eh não só no sentido de
concordar necessariamente, né, com o que
ele tá falando ali, até se eu posso
dizer assim, até concordar demorei assim
muitas coisas até entender, mas foi
marcante de de você ver um grande
pensador operando, né, tipo o
pensamento, a linha execução desmontando
os argumentos, né, da economia política,
que era a teoria que ele tava se
confrontando mais diretamente. E eu
fiquei tão pactado com aquilo que eu
falei assim, eu vou estudar tudo mais
assim, porque eu acho que tem, como sei,
a minha sensação foi ele, tem algo
interessante para dizer, quero saber um
pouco mais. Eu fiquei meio fanático
assim, no bom sentido, porque eu fui ler
tudo assim do Max, desde as primeiras
escritas e fui indo e tal, eh, fazendo
disciplinas, participando de grupos de
estudo, né? Eh, enfim, aí isso depois eu
passei, né, também a fazer cursos online
e tal sobre isso. E aí foi por isso, né,
que até a Cláudia me conheceu assim, eh,
que eu fui estudando. Isso já tem
basicamente eh, uns 12 anos assim, nessa
leitura mais sistemática de participar
de congressos, inclusive fora do Brasil.
Eh, eu, sinto que tem uma certa solidez
e vou tentar, e é isso que eu vou tentar
falar para vocês, né? Eh, não daria
tempo assim de discutir, porque o
marcismo tem várias versões, né, digamos
assim, tem várias interpretações
possíveis, umas mais legítimas, outras
menos, né? Tem algumas que têm
fundamento, outras não tanto. Eh, se
vocês quiserem no final depois a gente
pode eh a gente pode conversar um
pouquinho mais sobre isso, assim, se
vocês tiverem curiosidade. Mas o, eh, um
pouco da minha abordagem, né, tô falando
isso aqui, um pouco da minha abordagem é
priorizar essa dimensão que na obra do
Max é conhecida como fetichismo, né? Nem
todo mundo, nem todo, eh, nem todas as
pessoas que leem o Capital ou que leem
Marx dão dimensão para isso como algo
central mesmo, decisivo. Eh, mas tem um
grupo, né, um pouco relativamente
minoritário, mas com pesquisas sólidas,
tanto no Brasil quanto fora, que estão
chamando atenção para isso, né, essa
crítica do feitismo. E aí a Cláudia
sabendo que eu leio a obra dessa
maneira, convidou, propôs, né, de eu
falar sobre isso. que é um um dos
objetivos, né, da da aula de hoje,
principalmente, mas amanhã vai desdobrar
um pouco mais, é o que que significa
isso, né? O que que é o efetivo, o que
que é essa teoria, né? Qual é o
significado disso dentro da obra do
Marx, como vocês viram lá, né, na nos
tópicos que eu coloquei. Olha só, vocês
vão ver que a apresentação dele é
brilhante, tá? Aentação dele é
brilhante, você vai ver que o vídeo tem
2 horas e ele vai falar tipo 15 minutos
de fetismo no final. O que ele vai
querer dizer é que o fetismo é uma
questão culminante no pensamento, mas
não aquelas conversa mole de de que o
aluninho de humanas que pega assim, não,
veja bem, isso aqui que é importante, é
fica 3 anos estudando uma palavra no
Não, não é isso que ele vai fazer, tá?
Só para desarmar a bomba, você não ia
assim, ah, então quer dizer que ele vai
mostrar que não, não, não. Ele vai
mostrar que o feetismo é a parte
culminante. Depois você desenha o
sistema todo, aí você vai entender o que
que se aplica no fetismo a relacionado a
à questão da gente ha,
né, do do a forma que a gente enxerga
mercadoria, mas cara a relação social
que existe por trás da produção de
mercadoria. É isso, tá? Simplificando, é
isso. Não tem nada a ver com você querer
comprar um Corolla, porque o Corolla é
bonito, tá? Tem nada a ver com isso.
Eu vou, eu vou tentar argumentar aqui
com vocês que a teoria do feitismo do
Max, ela é o eixo da da realmente da
obra dele. Eh, ela vai se conectar com
uma outra discussão, né, como na
juventude ela conhecida como teoria da
alienação. E eu diria que esse é como se
fosse assim o tema da vida do Marx.
Desde dos 20 e poucos anos até os 60 e
tanto que quando ele morre, ele tá
perseguindo essa discussão, né? Esse eu
vou logo mais dizer para vocês o do que
se trata. Eh, e ele tá tentando
entender, tipo, o que que é isso, que
que fenômeno é esse? E ele começar a
maior parte da vida dele, ele tá
tentando entender isso. De tal maneira
que ele mobiliza conhecimento de várias
áreas eh do que a gente chamaria de hoje
de economia, de filosofia, de sei lá,
ciências sociais e políticas e tal,
antropologia. E na época do Marx não
tinha essa constituição ainda, se forma
um pouco depois, mas hoje a gente
chamaria assim, inclusive de ciências da
natureza. Isso é interessante também. O
Max é uma coisa pouco conhecida. O Max
também tem estudos sobre química, eh,
matemática, eh, astronomia e tal. nada
assim, digamos assim, revolucionário,
não é um cara que fez descobertas nessa
área, mas ele estudou isso também, né,
como aquela eh cultura bem geral assim,
estudo sistemático da ciência do século
19. Eh, só que aí antes da gente começar
exatamente assim no no miolo, né, da
questão, eu queria só contextualizar
algumas coisinhas da do Marx, porque em
alguns momentos eu vou fazer referência
e só pra gente eh se ir se localizando e
construindo isso junto assim, né? E aí
assim, é só mais uma coisa, né? Eu sou
pouco antigo, né? Eu dou aula muito
tempo, eh, então, muito antes dessa
coisa dos slides serem serem mais
comuns. Eh, eu sempre dei aula também no
bairro, assim, no meu bairro
praticamente de aula para todos os meus
amigos da minha rua e outras pessoas
assim, toda a minha rua foi, acho que
fui explicador de matemática, de física.
Eh, então eu tô lá era, arrumava um
cantinho, pendurava um quadro e as
pessoas sentavam e dava aula. Então, tô
muito acostumada a dar aula eh com
quadro, né? Por isso que eu pedia assim,
se fosse possível, né, pra organização
aí eh as coordenadoras arrumar um
quadrinho para eu eu poderia até tentar
dar uma argumentação pedagógica para
isso, mas para resumir eh eu diria que é
porque eu acho duas coisas. Primeiro que
eu acho que o quadro ajuda a visualizar
melhor talvez do que os slides em
algumas ocasiões, mas conectado com a
segundo ponto que eu acho que é o mais
importante, que o quadro eu acho que
permite a gente ver as ideias se
desenvolvendo, né? Eu acho que no slide
isso é dialético para [ __ ] Ele ele
eu eu assim eu também não dou aula com
slide não. Eu prefiro dar aula com
quadro. Eu faço ó minhas canetinhas
aqui, minhas coisinhas que não me deixam
mentir, tá? Eu prefiro dar aula assim,
exatamente pelo mesmo motivo. Pelo mesmo
motivo, porque quando você é [ __ ] é
[ __ ] Tipo assim, quando você tem muito
fluxo de trabalho, não dá para você
fazer com todas as turmas isso. Você tem
um fluxo de trabalho, o ensino médio
hoje não permite que a gente faça isso,
certo? Mas é muito melhor você
escrevendo na frente do menino, olha
daqui, desdobra nisso, desdobra, né?
Enquanto você explica, você vai
escrever, mas não dá tempo, né?
Infelizmente, por causa do fluxo de
trabalho que a gente tem, não dá tempo.
É para morrer, você ter que escrever 20
vezes a mesma coisa, mas é muito mais
eficiente do ponto de vista didático
isso. Já coisa vem muito pronta. o que
eu faço da aula com slides também. Eh,
mas só para vocês entenderem porque
talvez diferente de outros professores,
eu vou fazer com vou usar um quadro e aí
eu não sei assim como que dinâmica vocês
acha interessante. Eh, eu muitas vezes
eu falo que o quadro é para mim assim,
né, para eu me organizar e conseguir me
comunicar com vocês. Não sei se vocês
vão querer copiar e tal, se é o caso,
porque tudo que eu vou falar aqui tá nos
textos de alguma maneira e tal, eu vou
amarrar de uma maneira peculiar, mas tá,
as ideias estão distribuídas aí. Depois
posso, quem se interessar por um outro
assunto pode me perguntar, eu indico
mais referências de maneira específica.
Eh, então aqui eu vou tentar fazer isso
aí, se for car vocês tirem foto, vocês
se sentirem à vontade, né? Eh, então a
primeira coisa que quero dizer é o
seguinte, o que o Max faz, se ficar
muito pequeno, né, vocês vão me falando
aí, se tá dando para ver
o projeto do Max de maneira geral, ele
pode ser, não sei se eu vou também só
questões didáticas, né? Não tô
subestimando ninguém, muito pelo
contrário, mas eu vou em alguns momentos
ser talvez muito, não simplório, mas
simplista, né? Só porque para ter um
nível comum, todo mundo a gente subir
crescendo junto, né? Eh, então talvez eh
vocês podem podem achar, talvez foi já
discutido antes, mas ele é fofo, né? Mas
ele tá pressupondo que é todo mundo
burro. Tem que pressupor, velho. A gente
tem que naturalizar que a gente é bom.
Pô, eu vou partir como se fosse todo
mundo super iniciante, só pra gente
ninguém se ficar perdido. E se alguém em
algum momento mesmo assim se perder,
levanta a mão aí e fala. Pode ser que às
vezes por questão de tempo eu corro em
algumas falha alguma palavra, algum
termo técnico, você fala, não sei o que
que é isso. Aí vocês me me lembrem só
para eu situar, porque também são
pessoas distintas, tem leituras
distintas. Então, crítica da economia
política seria eh digamos assim, o
grande projeto do Marx toda a vida dele,
que ele começa, ele descobre isso em
1844,
nesse texto que a gente chama de
manuscritos econômicos, filosóficos.
Eh, eles são manuscritos também no
sentido, não só porque foram escrito à
mão, mas que não foram publicados, né?
Eh, em vida do Marx. Eh, ele, o Marx
estava em Paris nessa época, né? Apesar
de ser ter nascido num lugar que a gente
chamaria hoje de Alemanha, né? Na época
ainda não era Alemanha propriamente
dito. E olha só, falando sério para
vocês, vocês estão em casa agora, você
quer estudar marxismo,
abre o caderno agora. É sério, tô
brincando, não. Abre o caderno agora.
Anota o que ele tá falando. Faz uma
linha do tempo. 1844
manuscritos, manuscritos
econômico-filosóficos de Marx, três
manuscritos, etc. Aí ele vai falar da
influência de Engels, a publicação,
certo? Faz isso. Anota, anota.
faz isso mesmo.
Eh, ele descobre isso que a gente vou já
dizer o que que é economia política a
partir do contato com com seu grande
amigo e colaborador intelectual de de
vida, que é o Engels, né, Freedrich
Engels. Eh, o Engel estava estudando
economia política. Economia política, só
pra gente ter assim uma definição
mínima, né, pra gente eh ir conversando,
a gente pode pensar como uma teoria
social, né, daquela época, embora não se
reconheça assim. Alguns também falam que
é uma ciência
preocupada com eh a fonte da riqueza,
né? das nações, como é o título, por
exemplo, do Adam, do livro do Adam
Smith, eh, tentar, ou seja, dar uma
explicação racional para fonte da da
riqueza dessa sociedade moderna que tá
surgindo, né, que é diferente disso,
eles reconheciam essa sociedade, ela é
diferente do que a Europa, por exemplo,
né, vive, por exemplo, ele vai ele vai
explicar aqui para vocês por que que se
chama crítica
crítica. Por que que se chama crítica da
economia política? Porque muita gente
diz: “Olha, tem economia política e o
Marx escreveu uma crítica”. Mas o que
que isso significa? Nesse vídeo você vai
aprender,
viu? Oi.
Claro.
Eh, ou seja, a sociedade moderna, isso
aí, Marcos, que século XV, século X, tá
surgindo um novo tipo de sociedade cuja
riqueza, eh, cuja riqueza também é muito
específica e a gente vai discutir isso
logo mais. Eh, e o por conta que isso tá
associado ao desenvolvimento da
indústria, né? Então, por isso na
Inglaterra começa começam esses estudos
e esse esse tipo de ciência, esse saber
sobre a riqueza na sociedade moderna,
nessa teoria social, vai ser conhecida
como economia política, tá? Os
economistas políticos são esses, tá?
Todo mundo entendeu, né? Economia
política era uma área da ciência que
explicava o acúmulo de riqueza de uma
sociedade, né? Por isso chama economia
política, porque o oposto disso era
economia doméstica e etc e tal. Então,
como é que gera riqueza, como é que se
produz, etc. Porque crítica da economia
política? Porque crítica ficar rico?
Não, não é isso. Vários autores desde o
século X até mais ou menos metade do
século XIX, pelo menos é como o Max
periodiza, estão tentando lidar com com
esse tema geral e com vários problemas
específicos dessa desse campo. E aí a já
começa a surgir a pergunta, né, tipo pô,
economia, política são esses esse grupo
de pensadores intelectuais que estão
pensando problemas vinculados à
indústria de riqueza. O que que é então
a crítica da economia política, né?
Então existe esse saber da economia
política que o Max vai oferecer uma
crítica, seja, então o Max vai fazer uma
crítica da ciência de um certo um certo
campo de conhecimento. E eu vou eh
caracterizando isso aos poucos. Eh, e aí
o meu ponto é na no eixo, né, da digamos
o eixo mesmo, igual esse esse apoio aqui
do do Flipchart, o que dá o que apoia a
a crítica da economia política do Marx,
é isso que eu tô chamando aqui, né, que
é o tema da aula, a teoria do fetismo,
certo? Então essa para vocês entenderem
a estrutura. E a teoria do fetismo ela é
a pedra angular de como era o debate da
época, né? Era chamado de teoria do
valor, certo? Então, eh, na a crítica da
economia política do Marx é o Marx
elaborando a sua teoria do Valor. Então,
Valor, a gente já vai ver que tem a
relação com a riqueza aí da sua
sociedade. E o que torna, o que torna
Marx, o Marx, não qualquer outro
pensador na história da humanidade é a
teoria do fetismo. Essa é a leitura que
eu defendo, vou tentar apresentar para
vocês. O Marx descobri isso então com
Engels. Então, Engels é o primeiro, ele
escreve isso tudo no que seria um
jornalzinho da época a tentar fazer uma
crítica da economia política, uma
crítica ao Adam Smith, David Ricardo e
outras figuras assim da época. O Mar lê
esse trabalho do Eng, esse foi
publicado, tá? Ele saiu com título
esboço para a crítica da economia
política, isso foi publicado já em
português. Eh, o Max toma contato com
isso e isso explode a cabeça dele,
porque de algum Max era formado ele é
formado em direito e filosofia e ele
percebe que aquilo que ele tá estudando
na filosofia tem uma conexão com isso
que os economistas políticos estão
falando e especialmente na abordagem
crítica que o Has tá fazendo, né? Só que
no manuscrito econômico filosófico ele
ainda faz uma discussão, como diz o nome
que for foi dado depois, uma discussão
com com o termo central e alienação.
Alienação. Então, olha só o que o que
Marx estava tentando elaborar quando ele
tava falando de alienação é algo mais ou
menos assim.
Ora, Hegel falou em alienação, Foerba
falou em alienação, mas não existe
alienação de assim, não é a questão
mental alienação. Alienação é uma parada
que acontece da nossa própria
existência, porque a gente a gente tá
funcionando dentro de um sistema em que
a gente a gente é alienado de nós
mesmos. O que que isso significa? que a
gente alienado, a gente olha, eu deveria
ser, eu sou um ser físico. A eh Marx é
ateu, tá? Esse raciocínio só funciona se
você é ateu, tá? Isso é muito importante
olhar na cara de vocês. Esse raciocínio
de Marx só funciona porque ele é ateu,
tá? Não tem como funcionar esse
raciocínio se você não for ateu. Então
veja, nós não somos seres espirituais,
nós não somos seres mentais. A estrutura
mental é um subproduto da materialidade
que existe no fundo. Então isso nem é
tão relevante assim: “Ah, não, porque aí
tem o Deus aqui, não sei o que.” Isso
não é o que é a humanidade. O que é a
humanidade mesmo é a questão material
que a compõe e que a permite continuar
existindo. Então, o que que a a compõe e
a permite continuar existindo? A forma
de trabalho que vai criando toda a
realidade social e a forma de trabalho
que a gente tem cria inclusive as nossas
potências culturais. a gente só tem como
ter uma cultura, uma religião ou alguma
coisa, etc e tal, sob a base da forma
que a gente produz. Então quando você se
aliena quando na visão marxista que já
tá se afastando de Heiger e de Foiaba,
porque ele tá dizendo assim, alienação
em sentido próprio é a alienação que
você tem, você separação de você com
você mesmo a partir da atividade do
trabalho. Essa era a reflexão filosófica
que ele tá fazendo. Perceba que essa
reflexão filosófica não precisa estar no
capitalismo para ela existir. Vocês
notam o que eu tô dizendo? Você não
precisa estar falando de sociedade
capital, não. Olha só, a gente tem uma
forma de trabalhar e a para existir a
gente tem que trabalhar e e a a vida
nossa é dependente do trabalho e eu não
sou dono do meu próprio trabalho. Isso
pode aparecer no escravismo, isso pode
ter aparecer no feudalismo, isso pode
aparecer numa forma antiga qualquer que
eu não conheço ainda. Vocês entendam o
que eu quero dizer?
Então, Marx estava falando sobre essa
questão da alienação que pode acontecer
em qualquer, mas é o o Engs que dá para
ele assim, ó, o tema tá na economia
política, que agora teve um
desenvolvimento de uma forma de trabalho
específica que no nosso momento
histórico específico cria uma forma de
alienação,
tá? Eu eu vou não vou explicar em
detalhes o que é alienação, a gente pode
voltar depois, né? A gente tem uma
relação sobre isso, é um debate eh
secular sobre que a alienação, com a
relação da alienação com o feeto.
Inclusive é um con alienação, mais até
do que o feitmo é um conceito que se
desdobra para muito além do âmbito do
marxismo e tal. Outros pensadores
filósofos, sociólogos também usam esse
conceito de maneira isso. Porque o Marx
tava tentando ressignificar isso. Ele
tava nessa tarefa de ressignificar isso
que você enxerga nos manuscritos
filosóficos econômicos. O que que é
alienação para mim no texto de Marx?
diferente um pouco do de Reg, diferente
um pouco do de Foerba, ele tava caçando
essa essa alienação dele e aí ele vai
encontrar em quem? Em Engels, diferente,
mas só para que vocês terem isso na
mente. E o Marx fez várias outras
coisas. Em 48 ele publicou o manifesto,
o livro mais famoso, etc. Só que aí eh,
na década de 50, né, vou botar assim,
ele retoma esses estudos porque nessa
época, em 1844, como ele tava em Paris,
ele tá estudando usando fontes
francesas. Então ele lê as traduções
francesas dos dos desses intelectuais,
né, nos teóricos da economia política. A
maior parte deles são eh escoceses,
ingleses, né, mas tem também pessoas na
França e tal. Só que em 1850, depois que
tem a derrota e a repressão de um
processo revolucionário na Europa, né,
um levante dos trabalhadores, teve assim
o que foi inclusive o manifesto
comunista de alguma maneira tá tentando,
né, influenciar o Marx, ele é exilado,
né, da cidade que ele tava, né, nas em
Bruxelas e na década de 50 ele vai para
Londres,
certo? Eh, e aí ele recomeça, porque
quando ele vai para Londres, ele vai pro
centro do desenvolvimento industrial,
né? E aí ele tem acesso a muitas fontes
de estatística, de, enfim, de pesquisas
sobre trabalhadores, sobre condição dos
trabalhadores, etc. E aí em Londres ele
vai acessar o Museu Britânico e ele vai
ter então acesso a essas fontes e ler os
e ler parentes, né? O Marx é um cara que
lia, já aprendia vários idiomas. Eh, o
camarada fez uma fala aqui, ó, mas a
manutenção desse sistema capitalista que
já se mostrou socialmente danoso e
insustentável cientificamente depende da
ativa e metódica alienação popular? Não,
não tem nada a ver por parte da
oligarquia. Não, não é isso que é
alienação. Não é isso que é alienação.
Não é isso que é alienação. Certo? No
texo Marx não é isso que é alienação.
Alianado não é o cara que, ah, meu Deus,
eu não consigo entender. Não, não é, tá,
não é. Tá em Marx, não. Em outros
autores, pode ser. E Marxes, não tá?
Esse vídeo aqui fala sobre isso. Mas né,
do Pelit, certo? Para em vez de a gente
começar a falar, ah, alienado é o cara
que não entende. Não, não é isso. Nunca
foi em Marx, não. Ah, fetichismo é
querer usar strepion. Não, não, não. E
Marx não. Marx é outra coisa, tá? oito
idiomas, inclusive o português, ele
tentou aprender um pouquinho. Então, no
Museu britânico, ele vai acessar os
economistas políticos no original em
inglês, né, que a maior parte deles
estão escrevendo em inglês. Eh, e aí o
que que acontece nesse desenvolvimento
ao longo dos anos 40 do século XIX, o
Marx tá tentando fazer a crítica da
economia política, mas ainda muito preso
aos pressupostos, aos parâmetros da
própria economia política, sabe? É como
se ele eh é como se ele é como se fosse
o adversário dele. E aqui na década de
40 ele ainda tá jogando no terreno do
adversário, no campo do adversário, né?
Então você fica um jogo de futebol, é
aquele momento que o Gandula esconde a
bola, né, para te prejudicar e tal.
Então o Marx ainda tá jogando no terreno
da economia política. Ele ainda não
conseguiu sair ao longo da década de 50,
né? Ele começa a encontrar elementos que
vai fazer com que ele saia do campo da
da economia política e consiga criar o
seu próprio terreno. Então tem algumas
obras que são importantes. Por exemplo,
em 1800, entre 1857 e 58, ele tá ele tá
estudando tudo de novo. Eh, tudo de
novo, assim, o Mar parece que reinicia o
estudo dele de crítica da economia
política, como se não tivesse estudado
isso ao longo de uma década, na década
de 40, tá? Ele ele ele fala isso numa
carta tal para outras pessoas falar: “Eu
tô reiniciando meus estudão, ele começa
a ler tudo de novo no inglês e ler muito
mais gente.” Isso, isso tudo tá foi
escrito, então tá documentado. E tem um
projeto que vem do desde ao longo do
século XX, que é publicar tudo que o
Marx escreveu, Marx Eng. E e a projeção
era de 114 volumes, imagina 114 volumes
de coisa escritas. Então eles reuniram
tudo o que acharam depois que o Max
morreu. Isso virou um grande espó
literário que ficou sob responsabilidade
inicialmente do Engis do Partido
Social-Democrata alemão e enfim depois
outros institutos. Essa coisa funciona
até hoje na Alemanha e na em alguns
institutos da Holanda. Não, veja, veja,
o Luiz tá brincando ali, então sou
alienado, etc. Veja só, é importante
notar o seguinte, olha só, presta
atenção, presta atenção. Eh, a gente não
tá falando palavras, podem significar
qualquer coisa. É importante entender o
que a palavra significa no contexto do
autor para entender o que o autor quer
dizer, tá? É por isso que é importante.
Ah, o, a palavra pode ser qualquer
coisa, como eu brinquei aqui com
fetiche, etc e tal. Fetiche pode
significar qualquer coisa, certo? O que
significa no contexto do texto é
importante para entender o que o texto
quer dizer, certo? Entender o que que
Max queria dizer quando ele tava
dizendo, as pessoas são alien, ah, é
porque eu não entendo como o capitalismo
funciona, não é isso, tá? Não é isso. É
para tentar mostrar como para todo mundo
há uma espécie de naturalização das
relações que são eh sociais e históricas
na forma de produção de a gente tem, tá?
A gente não consegue enxergar.
É isso que é o feitiço do sistema,
certo? Esse aqui é o feitiço do sistema.
A gente não consegue enxergar
no cotidiano da nossa vida que a forma
que a forma de que a gente se relaciona,
vou no mercado, vou comprar um chinelo,
ah, vou contratar uma massagem, como se
isso fosse o normal do mundo. Mas na
verdade isso são comparações de trabalho
que acontecem dentro de um sistema de
poder. Isso que a gente não consegue
enxergar. É por isso que a gente fica
enfeitiçado pelas mercadorias. A gente
olha pela mercadoria, acha que a
mercadoria tem um valor. Não, não tem um
valor na mercadoria. O que tem valor é
um sistema dentro de um sistema social
onde se aceita colocar preço dentro de
uma mercadoria que só existe por causa
de um trabalho específico e as
comparações são feitas são comparações
de trabalho. Esse sistema em feitiça,
gente, ele não consegue enxergar que
existem relações sociais e a gente acha
que a própria mercadoria vale 50, vale
80, vale 120, mas na verdade isso é uma
expressão de uma relação social. entre
várias pessoas que acorda comparações. E
aí era o que eu tava falando sobre isso
aqui, ó. Deixa eu colocar na tela de
novo. Se você coloca isso aqui, ó, você
fala assim, ó, três, não, quatro eh,
quatro esferas, né? Aqui é círculo, mas
assim, quatro esferas mais cinco
strubbles, né? tem o mesmo peso de três
esferas mais sete strubbles, não importa
quanto seja strubble de um lado de
outro, ou seja, não importa seja 7 kg, 7
cm, 7 pounds, não importa o que que seja
aquele sete ali. O que importa é que
quando eu coloco a relação dessa forma,
eu consigo enxergar que eu tô fazendo
uma comparação de outra coisa que eu não
enxergo, enxergo, que é a massa. A massa
eu não enxergo, entende? Então o que o
Marx tenta mostrar é que essas
comparações entre si de coisas que são
trocáveis e viram
e são trocáveis por dinheiro e o
dinheiro vira esse represent esse
representante universal, ela serve para
comparar coisas. Mas se coisas
diferentes são comparáveis, o que que
elas têm comum para elas serem
comparadas? O trabalho.
E se eu mostrar aqui para vocês, né? Se
eu disser assim, ó, é 7 kg, é 7, é 7 g,
é 7 pounds, não interessa. O que que eu
sei que tá comparando aqui? A massa.
Entenderam? Esse é o raciocínio que Marx
faz. É exatamente esse raciocínio que
Marx faz. Olha, para eu comparar coisas
que são diferentes entre si, elas têm
que ter algo em comum. Que que é esse
algo em comum que elas têm? Trabalho
abstrato. Entenderam?
Esse é o debate. E aí é que se coloca.
Marx demonstra
que esse sistema social ele funciona
compando trabalhos e dando preço para
esses trabalhos. As mercadorias estão na
ponta, parece você tá comparando as
mercadorias, mas de fato que está
comparando, tá sendo comparado é a
relação social que gera as mercadorias,
certo? Num sentido econômico, não faz
sentido falar em preço de uma camisa do
ponto de vista econômico paraa estrutura
de uma sociabilidade de produção, mas
faz sentido falar em preço médio da
camisa, entendendo?
que aí você começa a mostrar, olha o
trabalho concreto, né, de fulano de tal,
cinco pessoas para fazer uma camisa de
seda com essa tecnologia que já existe,
já é utilizada em mercado internacional,
quantas horas destes trabalhos dessas
cinco pessoas valem o trabalho de um
médico aí? Não é o médico, o cara que
faz a camisa, é socialmente, entendeu?
Aí a gente pode falar, olha, uma hora de
trabalho de um médico dentro da
sociedade brasileira equivale claramente
a quantidade, certo? Você faz
comparações de grupos de trabalho e não
de uma unidade de trabalhador, certo?
Não existe isso, porque isso não define
preço de mercado. Vocês entendem? O que
o Marx mostra é como se define preço de
mercado. Ah, mas eu tenho uma camisa
aqui, eu vendo essa camisa do Botafogo
falsificada por R$ 500. Compra quem
quer, compra quem quer. Você é
individual, mas isso não pauta o preço
no mercado. O preço no mercado ele é
pautado por essas escalas de comparação.
Certo, Marcos explicou. É assim que
funciona, meus queridos. Você vão me
desculpar. É assim que funciona.
Você comprar, se você compara as 500
camisas, você vai falar no final das
contas, para fazer essas 500 camisas, eu
preciso de quanto trabalho concreto? Aí
eu consigo trabalhar eh eh comparar a
quantidade de trabalho concreto de um
cara fazedor de camisa e a quantidade de
trabalho concreto que vale a a atividade
de um médico. Eu consigo comparar,
certo? no extenso e não não indivíduo.
Você você você consegue colocar o preço
de mercado, você tá E aí o que Marcos tá
mostrando é isso. Quando você tá falando
dessas valores de mercadoria, etc e tal,
você tá comparando, na verdade, o
trabalho concreto. O trabalho concreto
para eles terem alguma coisa em comum
para serem comparados, eu tenho que
pressupor a massa, como se pressupõe a
massa quando você faz peso das coisas,
certo? Então eu tô compando para o
trabalho abstrato. Há uma coisa em comum
entre todas essas atividades. Todas elas
são trabalho abstrato. Mas eh eu só tô
dando spoiler, tá? Para vocês saberem
onde é que vai chegar. Mas ele explica
muito melhor do que eu. Então vou deixar
ele explicar. Então eh tudo que do
Marcos Marcos anotou um telefone, não
tem esse não, mas anotou um telefone no
guardanapo. Eles publicaram isso depois,
né? Tem esse grande projeto. Isso ainda
tá sendo publicado, não foi tudo
publicado. Algumas pessoas só que
conhecem o material. E olha que o Marx
tinha uma letra muito feia, né? Se vocês
olharem lá. Então você não imagina o
trabalho que é para decifrar esse tipo
de coisa. E aí, eh, ele tá retomando os
estudos em 1857, 58 ele vai escrever uma
coisa que o título que ficou conhecido
do livro é em alemão. Se vocês jogarem
no Google esse título, Grundrice Marx,
vocês vão ver o livro que já foi
traduzido com português, se chama
Grundris. Os Grundris eles são o
primeiro manuscrito assim, né, o que já
tá disponível que a gente vê o Marx
nesse projeto de crítica da economia
política, mas agora nesse novo marco. E
o que que muda daqui da década de 40
para cá? Justamente que ele tá
conseguindo desenvolver a sua própria
teoria do valor, não mais associada com
a teoria do valor que que eles tinham
também os economistas políticos. Eu já
vou depois dizer por, só para vocês
terem o cenário na na cabeça. Grundrice
é só o primeiro título, né? Se chama, na
verdade, grundrice da crítica da
economia política, só que em alemão, né?
Tudo em alemão. Eh, grund seria traços
fundamentais, né? Eh, o Grund é
fundamento e risia tipo um risco, né? Um
traço. Então, seria linhas gerais da
crítica da economia política. Então, ele
tá pensando nesse grande projeto, né?
Em 1859
ele publica um livro chamado Paracrítica
da Economia Política, que é quando o
Marx volta
a cena pública sobre esse tema, porque
ele já tinha falado algumas coisas sobre
isso nos inscritos da década de 40 e ele
tinha sumido do cenário, tava fazendo
atividade política e tal, ele era
conhecido na militância socialista,
comunista e tal. Eh, e aí ele volta em
1859, tanto que o prefácio desse livro
ele se apresenta, olha, eu estudei isso
ao longo da minha vida, etc. e tal. Só
que isso aqui foi publicado, tá? Ah, vou
botar assim em vermelho com um chaquin.
Isso foi publicado, isso não foi, tá?
Isso aqui também não foi. Então veja que
a gente tem coisas que foram publicadas,
se tornaram disponíveis tanto para
militante quanto para estudiosos e
outras coisas, pelo menos na vida do
Marx. Essas outros textos foram, claro,
publicados, mas postos normente muito
depois. Então, por exemplo, o manos
escritos econômicos filosófico, eles
foram publicados em 1932.
Então, tipo, por exemplo, Lenin, eh,
Grams, Rosa Luxemburgo, são grandes
figuras do do movimento, né, associado
ao Max, tradista, não conheceram esses
esse material e, portanto, não puderam
acessar essa discussão sobre alienação,
percebe? Assim como eh os Grundris, eu
não sei o ano certinho, mas ele vem ali
na no final dos anos 30, início dos anos
40 e depois ele tem uma publicação ali
no finalzinho dos anos 50, já no século
XX.
Se vocês forem depois se desafiarem a
ler, etc, e tal, os grundes, que é um
livro, tem um filósofo inglês que fala
que os grund é a obra mais genial do
Marx. Por que ele diz isso? Porque o
Marx no Grundrice ele se permite errar e
aí você vê tipo sacadas geniais e ao
mesmo tempo erros boossais assim, sabe?
E isso torna coisa interessante. Eh,
porque ele tá pensando, ele tá é igual
quando você tá falando alto, né? Tipo
pensando alto, tá falando com alguém
assim, então vai sair coisas
interessantes, às vezes não, né? tipo um
processo eh se lá terapêutico, alguma
coisa, tá falando um monte de coisa. Aí
no meio do nada, ih surgiu uma coisa da
forma escrita, é um pouco isso. Eh,
então imagina os parte da tradição
marxista não conhecia isso até
especialmente na década de 30, 40,
apesar de ter sido publicado, isso não
foi muito acessado por conta da Segunda
Guerra Mundial, né, e do nazismo, no
caso da Alemanha. Então foi publicado,
mas ficou esquecido. Então retoma na
década de 50. Então por exemplo, a
década de 60 do século XX são as pessoas
descobrindo Grundrí e isso faz traz o
oxigênio debate. Beleza? E aí, eh, em
1859, o Max publica isso e, eh, depois
ele só vai publicar de novo em 1800,
quer dizer, 67, que é quando sai a
primeira edição,
né, de O Capital.
Nesse meio do caminho, dá para ficar um
pouco tortinho aí, mas acho que dá para
vocês entender. Eh,
entre 57 e 58, 67, vejam, 10 anos, o
Marx muda o plano, os planos de escrita.
Então, aqui entre 57 e 59, ele tinha a
ideia de fazer de uma maneira. Ele vai
estudando e no meio do caminho fala:
“Bom, desse jeito não dá para fazer, eu
vou mudando e tal.” Ele o meu, o Adrian
tá falando ali sobre o preço em Marx e
que o Marx não explica direito o preço,
é porque o preço não é a mesma coisa que
o valor. Eh, veja só,
ele não tava tentando fazer uma teoria
de prever mercados, certo? Marx não
tinha uma função de prever mercados. Ele
tava querendo mostrar que não tem como
nesse sistema ele se fundamentar para
crescimento ininterrupto da produção de
riqueza. Essa é a função. A função não é
prever, não é adotar Marx para colocar
na Globo News e ela prevê para onde vai
aqui. Não, veja bem, aqui é mercado de
cachaça e etc e tal. Ela não serve para
isso. Ela serve para mostrar que há uma
tendência desse sistema dele não
funcionar. É só isso, tá? É só isso. E o
que se revelou e todo mundo assustou em
29, quando a bolsa de Nova York quebrou
numa crise de superprodução, né, que
todo mundo falava: “Ah, mas crise de
superprodução acontece, mas em pequena
escala, é, estourou em escala global em
29, né? Então, o movimento que ele
queria fazer era provar que esse sistema
ele acontecerá e ele quebrará
regularmente porque ele tem um problema
interno, né? Acumulação infinita não
acaba na realização que se projetava.
Ponto. Ele tá pesquisando, então ele tá
descobrindo o que ele tem que falar. Em
67 ele publica Marcos não era
econometrista neoclássico. Pelo amor de
Deus. Certo. O colega aqui vai explicar
melhor do que eu, mas muito melhor do
que eu. Mas muito melhor do que eu. Tem
a primeira edição, 1867. O subtítulo do
capital é o capital, crítica da economia
política. Então o projetinho dele lá de
toda a vida dele aparece como subtítulo
do livro, certo? E aí o que que acontece
depois disso? Lá mais ou menos em 1872
e 73, ele publica a segunda edição de
capital.
na Alemanha e também sai uma tradução
francesa. Vocês já vão entender porque
eu tô fazendo essa historinha. Eh, e
aqui tem uma coisa interessante da
segunda para primeira edição que ele
muda os primeiros capítulos um pouco do
livro, sobretudo o primeiro, né? Ele
muda da primeira paraa segunda edição.
Qual é a mudança talvez mais decisiva? A
teoria do feismo, ela ganha um destaque
da primeira paraa segunda. Então, veja
só, o Marx tá estudando desde 1844 esse
assunto e 1857, 58, ele começa a achar a
própria forma dele de entender toda essa
discussão, mas entre 67, 72 e 73 ele
ainda tá realmente o Diego tá afirmando
aqui, ó, que o Marx tem uma teoria da
transformação de valores de produção em
preço no livro três, aquele que é um
monte de rascunho, né? Aquele que é um
monte de rascunho do E, né? o texto do,
né,
formular, porque os os rascunhos, o o
capital três, ele não tem, ele não é
livro, né? Eles são os rascunhos que o
Engou, né? Reestruturou e publicou não
só a sua teoria do valor, mas exatamente
a sua teoria do fetino. Então, notem que
ele ficou o quê? 30 anos praticamente
para conseguir chegar nisso, né? Tipo,
foi realmente a ideia de uma vida assim
que ele chegou. Eh, e aí, enfim, vai ter
outras, terão outras publicações, né, de
outras edições do capital que depois que
ele morreu. E 1800
85 só o volume 2 e 1894 só o volume 3,
tudo editado pelo Eng. Max só tinha os
manuscritos. Então, é como se pegou as
notas de estudo do Marx, deu uma
organizada e publicou. Então, as pessoas
acessaram meio que o as notas de estudo,
assim como os grandí, se vocês lerem,
tem é muito fragmentar, são notas de
estudo. Eh, o livro dois e livro três
foram publicados depois. Então, eh, tudo
isso, né, Grundício para a crítica da
economia política. Os três volumes do
capital formam a crítica da economia
política. esse grande guarda-chuva que é
constituído por todos esses livros,
beleza? Que alguns publicados pelo Marx,
sobretudo só esse, né? E esse aqui,
botar aqui de vermelhinho também. Eh, e
tudo mais foi publicado eh depois. Por
que eu tô contando isso? Primeiro para
dizer o seguinte: “Foi difícil pro Marx
chegar à formulação da teoria do
fletivo. Ele levou muito tempo e vocês
vão vou agora passar a explicar, vocês
vão entender porque foi difícil para ele
realmente formular isso, porque ele
ainda demorou anos, tipo daqui para cá,
tipo, eh, 20 e poucos anos ainda para
poder realmente aquilo que eu falei,
passar do terreno da economia política
pro ele próprio, que é o da crítica da
economia política. Eh, e segundo, né,
mesmo já no capital, ele ainda fez
modificações. Vou registrar sua fala
aqui, tá, Diego? Assim como os grungis
são rascunhos e por isso que tá cheio de
erro. Mas nos textos do livro três
estava o desenvolvimento eh dessa
transformação, ou seja, tinha pelo menos
uma intenção.
OK?
E depois que ele publicou, ele ainda
continua estudando, ele conseguiu
entender melhor algumas coisas que ele
desenvolveu um pouco melhor aqui, fora
outros manuscritos dessa época que foram
publicados. Então você tem assim sobre
esse assunto da teoria do feismo, você
tem tipo quatro versões diferentes que o
Marx escreveu, né? E veja que esse eh
muita parte dos do material foi
publicado muito depois também, né, dos
manuscritos que levaram a isso. Então,
eh boa parte da tradição do século XX
não conheceu essa discussão dessa
maneira, percebe? Porque não tinha mais
fontes para isso. Então é por isso que
tô falando isso, porque essa
interpretação que eu vou apresentar para
vocês, ela também é meio nova assim, em
certo sentido, né? Porque ela ela ganha
força a
por não foi o texto publicado, cara.
Cara, eu vou queimar todas as coisas
quando tiver para morrer para ninguém
publicar minhas anotações. A partir da
década de 60, de 70, né, de em alguns
grupos de estudo e ela tá hoje, até hoje
sendo trabalhada, difundida e tal, essa
leitura do Marx assim, certo? Bom, qual
foi o resultado? Posso pagar aqui? Tudo
bem. Qual foi o resultado? Algumas
coisas que eu falei aqui, eu vou voltar,
mas eh dando outros conteúdos, né?
Então, eh
no Capital, né, especialmente nos
primeiros no primeiro capítulo, né, lá
que eu até indiquei como sugestão de
leitura.
O Marx, olha, o que que o Marx tá
perseguindo, assim como os economistas
políticos, ele tá perseguindo o que que
é a riqueza nessa sociedade moderna, né?
Tá vinculado com o desenvolvimento
industrial e vários outros tipos de
relação, né? O que que o que que é
peculiar? O que que é da da sociedade
capitalista, como ele vai chamar, né?
Ele não chama exatamente sim, chama de
modo de produção capitalista, sociedade
onde rege o modo de produção
capitalista. Eh, então a produção
capitalista, o que é o que é da produção
capitalista e não é de mais nenhuma
outra produção, não é da produção
feudal, não é da produção escrava, né,
vamos dizer assim, escravista, não é da
produção eh sei lá, do escravismo
antigo, né, como era na Grécia antiga,
etc. ou qualquer outra forma, né? E que
não vai ser se a gente tiver uma outra
sociedade pós-capitalista, né? Se for
possível isso, eh também não vai ter,
porque se tiver a gente não tá lá, a
gente tá aqui, porque é o que torna o
capitalismo capitalismo, sabe? Ele
começa a perceber que isso vai ter
justamente a ver,
vou fazer um comentário aqui muito
importante. O Ale diz assim: “O Botafogo
derrotou o melhor time do mundo, deve
ter aliviado o infarto um pouco.” Eu não
ligo a mínimo, a mínimo,
a mínimo. Não ligo a mínima com a forma
da riqueza, da própria riqueza já.
Ele abre. Eu sei que os os youtubers
gostam de sinalizar como tu gosta de
futebol. Eu não ligo a mim. Tá falando
isso.
Fala na sociedade, né? Cláudia até tá
com livro aí que vai não vai me deixar
mentir na na é a primeira o primeiro
parágrafo da do capital depois que você
leu os préf os os prefácios. O capítulo
um é isso. Ele fala, né? Mais ou menos
assim, você tá de cabeça. A eh a
sociedade onde reino, mod, a riqueza, aí
tem uma palavrinha muito importante,
aparece,
tá? como uma imensa coleção de
mercadorias. E olha que não existia
shopping nessa época ainda, né? Mais
mais trás que uma vitrine de um shopping
cent forma da riqueza aparece. Então a
primeira coisa é a ligação que tem entre
a riqueza e isso que é a mercadoria. A
gente já vai ver o que que é. E essa
coisa de aparece. Então tem uma ideia
muito interessante que ele ele ele
recolhe da filosofia que é uma noção de
aparência. Já depois a gente vai voltar
a isso. Fiquem com a com a pulga atrás
da orelha. Aparência. Então muitas vezes
vocês fizeram uma leitura atenta, muitas
vezes mais falar tal coisa aparece
assim. Aparece. Então pensa só para para
facilitar até escrever, vou vou ser
colorido hoje, hein? Eh, pensem e não é
à toa na coisa teatral. O teatro, o Marx
tem muita inspiração nos grandes
escritores da literatura, no no
Shakespeare, no Balzac, tal, né? Eh, até
as formas da escrita, ele tá brincando
muito com isso. Então, ele vai falar
assim: “A relações no capitalismo elas
ganham máscaras, elas são forma de
máscara, como que se a gente tivesse
colocando máscaras para se relacionar”.
Então ele brinca muito com essa ideia do
teatro, não é? Então ele tá falando
assim, é como se a riqueza na sociedade
capitalista ela assumisse o personagem
inicialmente, assumisse o personagem da
mercadoria. Parece que a riqueza da
sociedade aparece, ela some essa esse
personagem, tá, da certo? A riqueza das
nações é a soma de mercadorias
produzidas, etc. e tal, tá? Beleza?
Riqueza da nação é tanto que de
mercadoria que tem ali sendo produzido,
circulante, etc e tal. Ele vai, o ponto
dele é mostrar que não é por aí, né?
Mercadoria. Aí é como se o Marx passasse
o filme, ou seja, lê-se a gente lê o
capital até o final, né? Vou dar um
spoilerzinho aí. No final, Marx vai
dizer: “Ó, então a riqueza ela aparece
como mercadoria”. Ou seja, a primeira a
primeira cena da riqueza, ela vem como
mercadoria. A gente fica vendo ela, ela
vai fazendo algumas coisas, aí no final,
lá no final do do da peça, ela aparece
como capital, que é real que é o que ela
é no sentido mais profundo, né? Então,
eh, isso eu já vou adiantar, isso a
gente só vai ver com mais detalhes mesmo
assim amanhã, né? Como essa coisa da
mercadoria vai virar o capital. Eh, mas
inicialmente é isso. São primeira
primeira roupa, né, que que a riqueza
moderna ou burguesa assume é a da
mercadoria. E aí o Max fala, a
mercadoria ele é com uma célula
econômica, ele dá essa imagem da célula.
Então, tipo, tem um modo de produção
capitalista, é como se fosse o corpo
complexo, vários tecidos, e você tem eh
a célula, a unidade básica, que é a
mercadoria. Então ele falou, vamos
analisar então a mercadoria, já que ela
é a forma básica. Percebe que esse esse
tipo de papo só faz sentido para um
materialista, né?
Contendo esses mecanicistas, inclusive,
né? Você consegue enxergar, né? A célula
do sistema é a mercadoria, porque ela em
movimento, né?
Beleza, vamos lá. Ele diz: “Por que a
mercadoria, né,
ela é a forma mais imediata. Qualquer
pessoa nessa sociedade capitalista se
relaciona com a mercadoria. Ela pode
trabalhar, não pode trabalhar, pode ser
um uma pessoa em situação de rua, em
algum momento ela lida com a mercadoria.
Nem ela assim, ela tá fora de todas as
relações de trabalho capitalista, ela tá
ali vendo a situação de rua. Mas em
algum momento da vida dela, ela tem que
lidar com isso. Tem que ela pensar: “Ah,
me dá um trocadinho aí para eu comprar
um negócio, se ela tem que comprar um
negócio, é porque ela vai se relacionar
com a mercadoria”. Certo? E o Mar, então
vamos analisar a mercadoria porque é a
relação mais imediata assim, né? maneira
que todo mundo se relaciona. E aí ele
vai falar: “Bom, a mercadoria ela tem
uma utilidade,
né? Uma utilidade. Então, a cadeira que
vocês estão vivendo, estão sentado, ela
tem uma utilidade. Sentar pode ser até
para outras utilidades, apoiar, colocar
alguma coisa, tal, às vezes usar para
subir, para mexer numa lâmpada, mas ela
tem uma utilidade. Ele vai chamar essa
utilidade de valor de uso, ou seja, ela
tem um valor que é o valor que
corresponde ao uso dessa mercadoria,
certo? E aí o Mar fala, a mercadoria ela
pode satisfazer as necessidades, né, que
é a realização do seu valor de uso.
Então, se eu sento na cadeira, eu tô
realizando o valor de uso. E esse valor
de uso ele é determinado pela sociedade,
né? A gente vai criando, a sociedade vai
criando coisas, essas coisas têm certas
utilidades, né? E que a gente, algumas
você descobre depois, outras já são
estabelecidas, né? Esse é o o valor de
uso eh da mercadoria, né? Assim que el
chama. E esse valor de uso, ele pode
servir para satisfazer o estômago, como
ele fala, pode ser um uma mercadoria, um
alimento, satisfaz a o estômago, ou pode
satisfazer a fantasia, pode ser uma
coisa puramente mental, sei lá, o que
que é um serviço de stream hoje? O
Netflix não não satisfaz necessariamente
o estômago, né? Satisfaz uma certo?
Então, todas as mercadorias elas são
produzidas enquanto mercadorias porque
elas têm um valor para serem usadas, né?
Então isso é valor de uso, né? Que é
diferente do que vai ser visto aqui como
valor de troca, tá bom? Então, primeira
coisa, ó, mercadorias tem valor de uso,
né? Você troca as coisas ali, vende
aqui, faz não sei o quê. Exatamente.
Porque alguém usa essas coisas, tá bom?
Tem uma finalidade, né? Uma teleologia
de porque você foi lá comprar um negócio
e usar, né? Valor de uso, valor de
troca, outra coisa, uma imaginação, tal,
uma um entretenimento. E ele vai dizer:
“Bom, mas a mercadoria ela não é só
valor de uso, não é só a utilidade,
porque isso você tem que comprar ou
vender.” Então tem outro tipo de relação
que a mercadoria também passa, ele vai
chamar, né? Isso ele vai dizer que isso
está associado à troca.
E lei entendam troca aqui como compra
e venda.
Uma coisa que eu não falei que é
importante falar e eu vou ir explicando
isso ao longo do das aulas que é pro
Marx essa forma de mercadoria já estamos
no capitalismo, tá? Então quando se fala
de forma mercadoria da riqueza é
capitalismo. Então a primeira frase lá
primeiro parágrafo, é, né? N nessa
sociedade onde rei no modo de produção
capitalista, a riqueza aparece com a
mercadoria. Então, já estamos falando de
capitalismo e aí a gente vai
descobrindo, né, o que que significa aí,
eh, por quê, né, porque a utilidade, né,
das coisas, dos objetos, também existe
em outras sociedades. Você também produz
coisa, uma roupa, etc., em outra época,
e ela satisfaz alguma necessidade.
Então, Mar tá falando, bom, o que torna
a mercadoria, mercadoria, ou seja, o que
faz ela ser específica do no capitalismo
não é da sua utilidade, porque essa
utilidade ela existia em outra
sociedade. Então, não é o valor de uso
que faz a gente ver a especificidade do
da riqueza no capitalismo. Tem tem
alguma outra coisa. Ele vai olhar e
fala: “Bom, acho que tem a ver com isso,
a compra e a venda, né? Ele vai chamar
isso inicialmente. Não, Luiz, nada a
ver. Olha só. Eh,
não, a alienação ou ela não tá, não tem
nada a ver. O que eu tava falando de
futebol é porque eu não gosto de
futebol, não vejo graça, é chato para
[ __ ] Tem outros esportes muito mais
legais. É só isso, né? Não gosto de de
futebol, acho paia. Acho paia. O, a
questão relacionada aqui aos conceitos
não tem nada a ver com o que eu tinha
dito. Era só porque o cara me
interrompeu para falar de futebol, o
esporte mais sem graça do planeta. Ah,
tá bom. Vou continuar de valor de troca,
essa capacidade das coisas serem
trocadas, ou seja, comercializadas,
compradas e vendidas, né? Compradas e
vendidas. Eh, beleza. Ele fala,
começamos a analisar, ele fala, bom, a
mercadoria ela tem então tipo uma dupla
personalidade, né? Aí eu gosto de
brincar dizendo o seguinte: “Você entra
no mercado, você acha, tá lá, você vai
comprar, vem, eu tenho um neném ali,
você vai comprar uma um alguma sopinha,
vamos dizer assim, você chega lá, você
vê lá tem uma embalagem, uma sopinha,
tal, com as nutrientes específicas, tem
as qualidades ali, né? Então você vai
olhar para pro valor de uso e ver as
qualidades que vão satisfazer sua
necessidade. Ah, tem tantas nutrientes,
tem isso, tem aquil lá, isso aqui não
pode, tal, beleza? E tem uma etiqueta,
custa tanto R$ 15, sei lá, no nossos, na
nossa moeda aqui, R$ 20, R$ 50, etc.
Dependendo que você quer, tem uma
etiqueta, né? E aí o Marx diz: “Bom, o
valor de uso ele tá relacionado com a
propriedade das coisas. Então eu não
posso jogar bola com uma cadeira porque
o formato dela, do que ela é feito, etc.
Não favorece usá-la como uma bola de
futebol, certo? Existe a bola de
futebol, não dá para sentar numa bola de
futebol porque ela é redonda, etc. De um
certo material que não não funciona.
Imagina todo mundo em cima de uma bola
de futebol, não funciona, né? Então ele
tá falando as propriedades da coisa, né,
daquilo que foi criado determino.
Aí ele vai falar: “Bom, e o que
determina o valor de troca?
É a propriedade das coisas, será?”
Então, o que faz com que uma cadeira
tenha uma determinada etiqueta e o que
faz com que, sei lá, eh, um ventilador
tenha outro. É só, é só o formato. Mas
falam, mas esse tem a ver com as
propriedades, tem a ver com valor. Ô,
seu Gab, presta atenção aí. Ah, então
veja como é que você compara coisas que
não tem nada em comum. Essa que é a que
é a questão ah que eu tava falando que
remonta a comparação dos pesos, né? Como
é que você pesa coisas? né? Porque os
pesos
refletem alguma coisa que todas essas
coisas t em comum, que é a massa, né?
Mesmo que você não enxergue a massa,
mesmo que você não saiba o que é a
massa,
você tem algo em comum nessas coisas
para vocês dizerem que ela tem o mesmo
peso. É isso que ele tá conversando
aqui, tá? Presta atenção aqui, bando de
imbecil que gosta de futebol. Tô de uso,
tem que ter a ver com alguma outra
coisa. E aí o Márcio fala assim: “Então
vamos, vamos olhar um pouquinho mais
para esse valor de troca”. E ele vai
começar a olhar pro valor de toque.
Então ele tá pensando assim, você tem,
né, ele gosta de fazer assim, né, de
maneira genérica, você tem uma
mercadoria A e ela vai ser trocada como
uma mercadoria B.
Só Max pergunta assim: “Bom, mas isso aí
o camarada que perguntou através da
mercadoria que expressa o valor
equivalente das demais mercadorias”.
Exatamente. A gente tem várias
mercadorias, você pode escolher uma
delas para pesar as outras, para medir
as outras, né? Igual você faz com peso.
Exatamente. Você pode pegar uma barra de
qualquer coisa e falar assim, ó, essa
barra de qualquer coisa, ela pesa o
mesmo que dois negócios desse aqui. Aí
você vai falar essa barra de qualquer
coisa agora eu vou chamar de um um
quantum. Eu vou chamar isso aqui de um
quantum. Então isso aqui pesa um quanto.
Se eu colocar, se eu dobrar, isso aqui
vai pesar dois quanto? Então você faz a
comparação. Você escolhe arbitrariamente
alguma coisa que faz a comparação. Você
escolhe uma peça base e compara com as
outras coisas. Então você pode falar de
qualquer coisa. Qualquer coisa serve ou
quatro, eu posso chamar esse, esses
quatro,
essas quatro pincéis, essas quatro
canetas, eu posso chamar de um, um eh
cançar a chamar isso aqui de um CAN. E
aí, beleza, a partir de um CAN, eu
consigo medir todas as outras coisas.
Qualquer coisa pode ser usada como
medida de peso para as outras coisas.
Esse é o ponto. Então ele ele perde um
tempão mostrando como é que esse sistema
funciona, como qualquer coisa poderia
servir para medir qualquer outra coisa
em processo de medição. E aí ele fala:
“Só que no processo do capitalismo, uma
das coisas salta como esse referente
universal que vai ser o dinheiro, tá?
É isso. Ou seja, se você prestar
atenção, ele tá mostrando, gente, olha
só, se você prestar atenção, presta
atenção, quanto isso é importante. Se
você prestar atenção direito, ele tá
dizendo o seguinte: “Num sistema de
troca de mercadorias é natural que surja
dinheiro.” É isso que ele tá dizendo,
tá?
Ele tá mostrando que num processo onde
mercadorias são trocadas, é natural que
uma dessas mercadorias seja eleita para
a base de representação sistemática de
troca como unidade de medida das outras.
Ela salta de uma unidade de medida e
vira a unidade que expressa o valor de
todas as outras coisas.
Eh, eh, o que ele tá expressando é que
socialmente é natural que surja o
dinheiro. É isso mesmo. É, é isso mesmo.
Num processo de trocas, as trocas vão se
generalizando e eventualmente pode
surgir alguém que perceba que tem que
criar uma mercadoria especial para
trocar todas. É, é isso mesmo que ele tá
mostrando que é natural. Ele tá
mostrando que o processo social de
surgimento do capitalismo, ele
desenvolve da própria célula de trocarem
mercadorias. É isso que ele tá dizendo,
certo? É isso que tá no texto. Se você
for trocando mercadorias, tem uma hora
dentro desse sistema que surge isso. Ele
tá, ele tá mostrando como é que esse
negócio emerge
do próprio sistema.
Beleza, você tem a troca. Mas como
existem as coisas para serem trocadas?
Como que chega ali a mercadoria, né? Ela
aparece e tal, mas da onde ela vem? El
fala: “Bom, ela é produto do trabalho,
né, de uma certa ação humana. alguém fez
a cadeira ou um grupo de pessoas fizeram
a cadeira e tal, assim como alguém foi
lá, fez a sopinha ou fez o ventilador e
assim por diante, a partir da dos certos
materiais da natureza que foram sendo
modelados e foram criando determinados
objetos diferentes. Então veja que
trabalhos diferentes, vou botar assim,
trabalhos
diferentes produzem e isso é importante
pra gente entender que não tem
capitalismo na Grécia antiga, certo?
Certo? Porque são passos dialéticos da
formação de certas etapas. O fato de que
tinha uma moeda de prata em Atenas
significa que tinha capitalismo em
Atenas? Não, porque tem alguns
elementos. A quantidade de de trocas que
existem em sociedade vai parir a
necessidade da moeda. A necessidade da
moeda vai parir outras estruturas. você
vai estruturando o sistema, ele vai
ganhando igual na evolução da Armeniana,
gente. É exatamente isso, tá? É
exatamente isso, tá bom, meus queridos?
É um desdobramento dialético. Você tem
mercado, qualquer sociedade tem mercado,
qualquer sociedade tem dinheiro, não.
Qualquer sociedade tem mercado, vai se
generalizando, puf, dinheiro. Aí vai se
generalizando, puf, entendeu? com a
quantidade de relações sociais que vão
gerando uma necessidade, vão emergindo
outra outras organelas no sistema
capitalista. Entenderam? Por isso que
não tem capitalismo na antiguidade.
Então vamos lá.
Tem valores de uso diferente. O trabalho
que produz a cadeira não é o trabalho
que produz o ventilador, o que faz lá a
sopinha ou que faz o que seja, certo?
Eh, e aí o Mar vai dizer, então, para eu
fazer ou uma cadeira ou um ventilador,
eu vou precisar de materiais diferentes,
de um determinado habilidade, uma
técnica de produção diferente, tal, né?
E ele vai chamar isso de
trabalho concreto.
Por que concreto? Justamente por isso.
É, é realmente é inclusive, é tangível,
é concretudo. Você vai lá, você pega o
couro ali do cara que faz o sapato, não
sei o que, a qual é a lã, tecido
específico, que vai fazer um determinado
casaco, tem material específico, você
pega da natureza e tal. A gente vai
chegar lá depois. Ah, como que faz isso?
como é que pega na natureza? Como é que
é esse tipo de trabalho? A gente vai
depois discutir isso. Mas ele só tá
falando o trabalho das quad. Exatamente.
Dinheiro é uma tecnologia social.
Exatamente. É isso. Dinheiro é
tecnologia social. Exatamente isso. É
assim mesmo que você tem que pensar.
Dinheiro é uma tecnologia social. Ela
emerge da generalização das trocas. É
exatamente isso. Também diferentes,
inclusive em sociedades diferentes, em
momentos diferentes, em histórias
diferentes, tá? É importante dizer isso.
Que vai dar resultados diferentes um
trabalho concreto. Beleza? entendemos a
parte do valor de uso e ao valor de uso
tá conectado ao trabalho concreto, que é
os diferentes trabalhos, sapateiro,
capinteiro, etc. Aí ele vai olhar, fala:
“Então, o que que é o valor de troca?
Essa relação de compra e venda significa
inicialmente, imagina que eu tenho esse
apagador aqui e eu quero trocar com o
celular da L, quantos apagadores eu
tenho que dar para poder realmente
conseguir o celular entrar?” Como é que
se determina isso? O número de de
apagadores que equivale ao celular ou a
cadeira. Então ele tá dizendo, quando a
gente tem a troca significa como se
existisse uma igualdade aqui,
tá? Pensa a mercadoria A como apagador e
a mercadoria B como celular, por
exemplo, né? O Marx tá pensando na
indústria, né? Na revolução industrial.
Então o exemplo que ele dá é o linho e o
casaco, porque é a mercadoria
principalmente. Então vamos lá. O Luiz
falou assim, ó: “Ah, mas a ganância pela
acumulação precede o capitalismo?” Sim,
só que não é possível acumular como se
acumula no capitalismo. O capitalismo é
uma tecnologia social, não. Certo? O
capitalismo é uma ferramenta que se
apropriou ah para atender a ganância de
poucos. A questão nunca é, Luiz, nunca
é, pessoal. Nunca é, pessoal. É o
sistema capitalista, ele vai criando,
vou repetir o a metáfora, organelas que
vão criar um sistema de produção que
permite a acumulação como nunca foi
possível antes, certo? Mas é uma questão
mecânica, não é? permite a ganância. Não
é subjetivo. Não é subjetivo. Eh, a
acumulação agora vai ganhar capacidades
que nunca existiu antes. Essa capacidade
vai permitir, por exemplo, engendrar a
indústria. Sem a acumulação que acontece
no desenvolvimento da Europa, não
poderia ser feita a indústria. Como você
teve uma grande sociedade desenvolvida
na Grécia, na na Roma antiga, que não
agendou indústria, certo? Capitalismo
não é acumulação. Capitalismo permite a
acumulação como nunca antes visto. É
porque sistemicamente é como se você
tivesse dizendo assim: antes do
capitalismo não tinha como lançar o
homem na lua, não tinha. Porque para
você construir o equipamento que você
tem que construir para lançar o homem na
lua, você precisa de uma acumulação de
capital para expressar aquele lançamento
que não era possível ter antes. É disso
que se trata, certo? Não é de ser do mal
ou de ser do bem. É uma capacidade que o
sistema vai criar de acumulação que
nunca existiu antes da Terra. Daquela
época era a indústria têxtil. Quando ele
pensa linha e material para fazer também
as coisas e o casaco é o produtor que dá
os primeiros exemplos que ele dá tem a
ver com isso. E aí você tem uma
quantidade específica, lembra? Não dá.
Poderia ser um apagador equivale a um
celular. Será 100 apagadores equivales?
Assim, dá para fazer uma troca?
interessante. Então, tem uma determinada
quantidade, Walter, eh,
capitalismo, em poucas palavras, é um
sistema de produção especial surgido a
partir da generalização da forma
mercadoria. É isso, em poucas palavras,
ele se desenvolve na Europa moderna, ele
começa o desenvolvimento no fim do da
Idade Média e vai se desenvolvendo até o
seu período alto, que é o período
industrial. O capitalismo se assenta na
generalização da forma mercadoria. Só
isso. E você tem que entender que o que
é possível de se fazer no século 19 é
incomparável o que era possível de de
ser feito na Grécia antiga. Simplesmente
que na Grécia antiga, embora tenha
mercado, embora tenha moeda, não tem
capitalismo. É isso que que você tem que
calar a boca e prestar atenção para
entender, tá? Porque você tá aí muito
rindo.
Escuta, escuta um pouco mais. Escuta um
pouco mais.
da mercadoria A, que corresponde a uma
determinada quantidade, né, da
mercadoria B, chamando de X e Y, né,
como incógnitas. Pode ser, né, pode ser,
sei lá, 10 garrafas de água
equivale, sei lá, a uma quentinha.
Como é que você determina esse um e esse
10, né? E aí tem uma coisa interessante
que tá acontecendo aqui que o Marx tá tá
investigando, que é o seguinte,
eh, quando você faz essa troca, você tá
dizendo eles, eles são equivalentes 10
garrafas de ou cinco garrafas de água
equivale a uma quentinha. Eu tenho a
quentinha, o valor da quentinha, o valor
de uso da quentinha não é, não serve
para mim, porque se servisse eu comi a
quentinha, eu ia realizar o valor de
uso. Então repare que se eu tô trocando,
significa que aquilo não vai não tô
usando, não tem como eu usar o que eu
vou trocar, que eu vou vender o que eu
vou, né, desfazer. Então eu, perceba só,
se eu tô trocando, eu tô cedendo aquilo
que eu tenho em troca de algo, significa
que aquilo que eu tô cedendo, né,
alienando, né, uma palavra que vinha do
do direito, não me é útil. Então o valor
de troca ele é o oposto do valor de uso,
porque quando eu troco, eu não uso e
quando eu uso eu não troco.
O Gustavo perguntou: “Qual é a diferença
entre capitalismo e imperialismo?”
Imperialismo.
Imperialismo. É porque, meu Deus,
Walter, você é muito desqualificado.
Presta atenção. Todo mundo já explicou
isso e já tá escrito em Marx. Isso.
Ninguém tá dizendo que a você não pode
colocar milhões de reais na cueca da sua
mãe ou qualquer coisa nesse sentido.
Você pode colocar isso. Não pauta o
preço do mercado. Essa que é a questão.
Não tem como fazer 500 milhões de cuecas
da sua mãe, por exemplo, entendeu? Que
ninguém vai comprar. Você pode, porque
ela é exclusiva vender e tal, mas isso
não pauta o preço do mercado para
entender como funciona o mercado e não
uma cueca da sua mãe, né? Eh, é aí neste
caso que você consegue enxergar que o
mercado cria preço médio através das
relações de trabalho. É isso, certo?
Para você entender como funciona o
mercado, não a cueca da sua mãe, tá bom?
Importante entender isso, tá bom,
querido? Então, olha só, qual a
diferença entre capitalismo e
imperialismo? Em, e Gustavo perguntou,
imperialismo
em Lenin é o desenvolvimento da fase do
neocolonialismo, que a gente chama assim
em historiografia neocolonialismo, que é
quando o capital financeiro,
imiscuindo-se com o capital industrial
começa a fazer igual os impérios romano,
napoleônico e etc. O que significa que o
capital tem que saltar para além da
fronteira. ele não consegue se realizar
dentro do terreno de um território
nacional e ele precisa ser expandido
para além da fronteira. E aí ele tem
esse esse esse comportamento
hão,
ah, como é que é o canibal. Ele vai
canibalizando e vai tomando a esfera
internacional. E para isso eles ele
precisa que o Estado nacional venha
reboque defendendo, que vai gerar a
primeira guerra mundial, né? disso que
tá se falando. A Primeira Guerra Mundial
é por causa da expansão dos mercados e a
disputa de mercados globais, que fica
muito claro no século XIX, a partir da
conferência de Berlim, onde todo mundo
senta e divide a África ali, olha, isso
aqui é meu, isso aqui é seu, porque já
tava todo mundo enxergando os problemas
dessa disputa imperial de capitais, né?
Para onde os capitais vão e etc. Tá
certo? Essa é a diferença. O
imperialismo em Lenin é quando o
capitalismo ele tá ganhando a faceta
imperial. Não é não é uma dicotomia, é
uma fase do capital. O capital se
transforma em imperial como ela quando
ela começa a fazer quando ele começa a
fazer igual fazia o império romano com
armas na mão ou Napoleão com armas na
mão. Ele começa a se expandir para além
do território e aí eles começam a se
fagocitar entre si os capitais, certo?
os capitais começam a brigar uns com os
outros por despojo universal,
certo? Quando tá um, não tá o outro,
percebe na relação. E mais do que isso,
se eu tô igualando, equivalendo uma
certa, né, uma certa mercadoria com
outra, eu tô dizendo essa mercadoria ou
uma certa quantidade dessa mercadoria é
igual, e aí o sinal é muito importante,
é isso, é igual uma igualdade
é igual a uma outra quantidade de uma
outra mercadoria. Veja que tem que ser
mercadoria diferente, certo? Porque
imagina, eu tenho uma garrafa d’água,
troco por outra garrafa d’água. Pode só
se você for tipo quente, frio, alguma
coisa assim, ou água com gás, água sem
gás, mas veja que já tem uma qualidade
diferente, uma água com gás, uma água
sem gás, né? Então ninguém faz isso em s
consciência, assim, não, imagina todo
mundo sai trocando uma garrafa d’água
para garrafa d’água aí na sociedade, é
meio que uma prática estranha. Então a
gente troca coisas diferentes, mas
justamente por ser diferente tem essa
igualação.
Aí a pergunta que o Marx quer responder
é: por que coisas diferentes são
igualadas? O que que permite igualar
coisas absolutamente diferentes? O
trabalho concreto, o trabalho concreto
que produz a sopinha lá do bebê e o
trabalho concreto que produz hoje é um
pouco mais complexo, né? Marx tava
pegando exemplo mais simples. Trabalho
concreto que produz lá o ventilador são
absolutamente diferentes, mas na hora
que você troca um ventilador por um
tanta quantidade de sopinhas, você faz
aquele aquelas mercadorias serem iguais
e portanto o trabalho que foi feito,
aquelas mercadorias serem iguais. Todo
mundo entendeu isso, gente? É a certo,
todo mundo entendeu isso? Se eu peso
esse celular junto com esse negócio aqui
e eles ficam no mesmo tamanho da
balança, o que eu tô equivalendo é que
eles têm algo por trás deles, né? Tem
algo dentro deles que tá sendo
comparado. O que que tá sendo comparado
dentro deles? No capitalismo está fora.
É o trabalho concreto. Então eu tô
compando. Se eu digo assim, se eu faço
uma sopa e vendo a minha sopa por R$ 10
na loja toda vez, né? Não pode ser
assim: “Ah, eu vejo essa sopa
e essa sopa é uma rifa e essa sopa,
portanto, vale 500.000.” Não, não é
isso. É eu todo dia acordando e fazendo
sopinha e vendendo sopinha. Se eu demoro
uma hora para fazer a sopa, e eu tô
dizendo que a minha sopa vale R$ 10 e eu
tô vendendo lá na UnB, todo dia eu vendo
sopa, aí eu vendo a sopa. Aí depois no
outro dia eu compro o o o brigadeiro do
menino que vale R$ 10. Então, o que que
eu tô dizendo? E o menino demora 5
minutos para fazer aquela quantidade de
brigadeiro. Eu tô falando que 5 minutos
do trabalho dele concreto vale a minha
uma hora de preparação de sopa. Vocês
entenderam? Ignorem que eu usei 5
minutos para falar do brigadeiro. Por
favor, faça esse esforço. Então, vamos
supor, o menino demora meia hora para
fazer o brigadeiro ou demora uma hora
para fazer a sopa? Se eu vendo a sopa
pro por eh por R$ 10, sempre eu sempre
vendo a sopa por R$ 10 e ele sempre
vende o brigadeiro por R$ 10 e ele
demora meia hora para fazer o que eu tô
dizendo que o trabalho concreto dele
para fazer aquela sopa vale
o dobro do meu trabalho concreto, certo?
O que que nós estamos comparando
o trabalho abstrato, tá? Tô dizendo, o
nosso trabalho concreto vale diferente.
A gente tá dizendo que o nosso trabalho
concreto vale diferente. O que Marx tá
tentando apontar é que as próprias
regulações de por que um trabalho vai
valer mais do que o outro, certo? Porque
é, na verdade, tem relação com a cadeia
de eventos que forma aquela coisa. Então
é muito é muito fácil entender porque
que o trabalho de um médico vale mais
sendo se você trabalha uma hora como
médico, vale mais do que uma hora de
empiliador de de panelas, né? A gente
sabe por quê? Porque tá embutido nesse
trabalho concreto que o cara executa
todo um processo de formação atrás.
Então, os trabalhos concretos, os
trabalhos concretos que vão aparecer
comparados aqui, eles têm valor
diferente de fato, mas é porque tem uma
acumulação de trabalho abstrato nos
trabalhos concretos de cada pessoa
dessa.
Gente, não é tão difícil assim isso
aqui, tá? É um pouco abstrato, é um
pouco, cometer alguns erros aqui, etc e
tal, tá? Mas o que tá sendo colocado é o
seguinte, que a própria regulação
dos valores que a gente coloca em
mercado, elas são por causa desse
processo do trabalho abstrato que é
incorporado na atividade que as pessoas
fazem durante a vida toda, durante as
relações sociais, certo?
No fundo da discussão, tá aí. Ah, mas
ele não falou isso. Mas a vírgula. Mas
no alemão, tá bom, gente. No alemão, na
vírgula, na [ __ ] que pariu. Mas, ó, o
que ele tá querendo dizer em suma, é que
você consegue entender porque certos
trabalhos custam mais do que outros na
regularidade do dia a dia, percebendo
que tem um uma quantidade de trabalho
abstrato sendo incorporado nessas
atividades. É por isso que você nunca
vai encontrar uma um carro a preço de
mercado sendo vendido por R$ 5. Ninguém
vai
ai porque eu sou muito disruptivo, eu
vou vender meus carros na minha loja R$
5. Não vai nunca. Não vai. Não tem como.
Você pode pegar os seus carros e vender
15 carros a R$ 5, pode. Só que vai
acabar rapidinho. Isso nunca vai se
reabilitar e não vai ter um mercado
dali, entendeu? Não tem a ver com cavar
um buraco, não tem a ver com um negócio,
tem a ver com o sistema de produção.
Então o sistema, no nosso sistema de
produção, o carro vai ter sempre um
valor muito mais alto do que uma
bicicleta. Ah, mas eu fiz uma bicicleta
chique, não sei o que e etc e tal. Sim,
mas na estrutura do mercado, todo mundo
vai olhar para uma bicicleta cara e vai
ter a plena consciência de que, [ __ ]
14.000 1 numa bicicleta. Tem algo muito
esquisito aqui. Todo mundo vai ter esse
sentimento porque todo mundo entende que
a produção não é o preço que a gente
quer. A gente não vai sair colocando o
preço que a gente quer nas coisas. A os
preços acompanham o valor que vai sendo
acumulado através desse trabalho
abstrato colocado nas atividades
econômicas. Por isso que é previsível
que um carro não custa uma máquina de
lavar.
Só que por quê? o que que como posso
igualar coisas diferentes de de
materiais diferente, de trabalho, né,
diferente, etc e tal. E aí o Mar vai
falar: “Bom, essa igualação
das mercadorias e do trabalho que é
representado nelas, ele vai dar um nome
específico.” Então ele vai falar: “Bom,
o que permite a igalação é porque ambos
têm uma coisa em comum, né? Se você tem
coisas diferentes, você tá igualando,
tem alguma coisa em comum entre as duas
coisas que eu penso consigo reconhecer”.
Ele vai dizer que essa o fundamento,
vamos dizer assim, dessa igualdade
é o trabalho,
não? E veja só, então o o camarada aqui,
o Thiago, ele diz assim, ó: “Existem
exceções, mas a regra geral é essa.” É
porque você tem que pensar sempre que
isso tá falando sobre o sistema e não
sobre você comprar um celular por 10
conto, como eu comprei essa merda por
oito e eu posso vender para você por 50.
Mas na prática o que que tá acontecendo?
Eu tô transferindo o valor para você.
Todo mundo sabe disso. Se eu pego um
celular que ele custa R$ 8.000 o preço
dele para comprar esta merda e e eu
vendo para você por 50, todo mundo sabe
que no fundo eu tô fazendo uma doação.
Todo mundo sabe que eu tô fazendo uma
doação. Todo mundo vai olhar e se eu se
eu pegar um celular de 8.000 e tô
vendendo por R$ 50, todo mundo enxerga
que o que tá acontecendo é que eu tô
transferindo o valor. Todo mundo sabe
disso. a estrutura de mercado. Essas
coisas são tão óbvias, são tão
generalizadas e são tão absolutas que a
gente consegue perceber que quando tem
uma mudança na tecnologia
que, por exemplo, vai entrar iá para
caramba no mercado a de qualquer coisa
que seja de advogados, o que que vai ser
o a tendência do sistema cair. Vai
começar a cair o preço dessa coisa. Por
quê? acompanhando o valor, acompanhando
o valor, as estruturas que a gente tem.
E aí é esse era o grande lance,
inclusive do do Marx no início, né? É
que olha só, no início esse sistema todo
é racional, é bonitinho, mas o que que
vai começar a acontecer? No começo você
vai começar a fazer um monte de camisa a
partir da máquina que faz camisa. Aí
você vai substituindo o trabalho e você
vai colocando da da parte do capital,
vai ter um capital de um tipo que exige
trabalho e uma outra parte de um capital
que é de outro tipo que não exige mais o
trabalho. É, a máquina já tá pronta e
você não tem que ficar apagando o
trabalho. Só que o que que você vai
fazer? Você vai ter mais produtividade,
menos custo de produção. Aí você tá
falando: “Caramba, então vamos produzir
mais, vamos produzir mais”. Só que esse
próprio cara que trabalhava aqui, que
podia comprar camisa, agora ele tá
desempregado. Então, na escala, qual é a
tendência? Por isso que é importante
entender que o marxismo não tá tentando
explicar o preço. Entenderam? Ele não tá
tentando explicar o preço, não está. O
que ele tá tentando mostrar é que há uma
tendência dentro desse sistema que com o
passar do tempo ele se torna cada vez
mais produtivo, cada vez ele custa menos
para fazer a mesma coisa, cada vez é
mais rápido, cada vez chega em mais
pessoas, mas ao mesmo tempo que ele faz
isso, ele vai desalojando a pessoa que
poderia consumir essa coisa que cada vez
mais o sistema produz. O que que você
tem no capitalismo que não tem lugar
nenhum do mundo? crise de superprodução,
certo? É para isso que serve o texto de
marx. Não é para dizer qual é o preço,
não é para dizer como é que é o sistema
aqui. Não, não é os o texto de marc
serve para explicar isso que eu acabei
de dizer para que você tenha um sistema
que ele tem uma tendência de diminuição,
inclusive das taxas de lucro cada vez
porque você tem cada vez mais
tecnologia, cada vez mais produtividade
e você não tem quem consuma. Esse é o
esse é o que Marx quer explicar. É isso,
tá? Ele não quer explicar para você
quanto é que vai valer o gás, certo?
Ele não quer explicar quanto que vai
valer o gás, tá? Não quer prever quanto
que vai ser a cotação do dólar, tá? Ele
é produtivo e ele vai ser produtivo,
cada vez mais produtivo, só que ele
quebra porque para ele ser produtivo,
ele precisa fechar enquanto sistema de
realização. Se ele não realiza, se ele
não, ele tem um sistema, ele é
funcional, ele tem um objetivo, eu
produzo para vender. Se eu tô
produzindo, produzindo, produzindo,
produzindo e eu não consigo vender,
quebrou o sistema,
entendeu? Então ele tenta mostrar uma
tendência sistêmica.
Ele tenta mostrar uma tendência
sistêmica. Ele vai produzir mais, ele
vai jogar a parte trabalhadora numa
incapacidade de produção, de consumo,
porque tem uma uma
tem um choque de interesse fundamental
entre o cara que consome, que é a
questão da maisvalia. A questão da
maisvalia, meus queridos, não é para
dizer:
“O trabalhador chora, o trabalhador
explorado, não é para isso, é para
mostrar o sistema”. Olha, existe um
produtor, ele quer cada vez pagar menos
pro trabalhador. Claro, óbvio que ele
quer pagar menos pro trabalhador. Então,
se ele puder substituir 500
trabalhadores por 200 máquinas, ele vai
fazer, ele vai fazer. Só que quando ele
faz isso individualmente, não tem
problema. Agora, quando isso acontece em
todos os bancos, em todos os caixas
eletrônicos, em todos os eh ônibus, isso
vai acontecer sistemicamente, que cada
vez o sistema tá mais produtivo, mas não
tem gente aqui para consumir o que o
sistema tá produzindo. Se o sistema
voltado ao lucro e o cara tá aumentando
a margem de lucro, expulsando os
trabalhadores na limite dos interesses
pessoais, o sistema quebra. A tese é
essa. A tese não é eu sou explorado. Não
é essa tese. A tese é mecânica.
A tese do capital é mecânica. A tese do
capital é naturalista. A tese do capital
não é chore se você chorou. A tese do
capital não é essa. A tese do capital
nunca foi chore se você chorou. Você
sabia que tem pessoas que sofrem? Não. A
tese do capital não é essa. Nunca foi.
Nunca foi. Entenderam?
Isso é o pressuposto que ele sempre tem,
Daniel. O o existem crises cíclicas de
produção no capitalismo. Por quê? Porque
é mecânico.
Essa é a tese, certo? Então aí o Marx
vai dizer em vários momentos, olha, é
claro que se você ajustar uma porca
aqui, um parafuso acular, se você
ajustar um negócio aqui, você pode
evitar que a crise seja tão profunda,
você pode recuperar mais rápido da
crise. Inclusive, é para isso que serve
a teoria de Keines. Quebrou a economia
toda, o que que a gente tem que fazer? A
gente tem que que mandar fazer buraco e
tapar buraco, porque aí eu aqueço a
economia. Então aqueles caras que, ó, tá
tudo, tá tudo estagnado, ninguém produz
nada, ninguém faz nada, dá, ninguém quer
comprar nada, tá todo mundo com medo,
mano. Emprega um monte de gente em fazer
[ __ ] nenhuma, se for o caso, porque
essas pessoas empregadas vão começar a
consumir, elas vão precisar almoçar. Aí
quando ela começar a almoçar, ela vai
estimular a lojinha vender. Aí a lojinha
vendendo, a economia começa a rodar.
Então, Keines, ele é uma maneira de
salvar o capitalismo. Salvar o
capitalismo como? Incentivando.
Incentivando de maneira arbitrária. Se
você precisar fazer um buraco para cavar
um buraco, faça. Mas ele ele fala isso
de maneira hiperbólica. O que ele tava
querendo dizer é o seguinte: “Olha,
vamos fazer infraestrutura doidado
porque aí vai ter emprego. Aí para fazer
a infraestrutura vai renascer a
indústria lá do ferro. Aí renascer na
indústria do ferro, aí vai renascer a de
a de transporte. E aí você estimula a
economia, depois você tira o corpo e
deixa o negócio rodar sozinho. Mas seja
kees, seja qualquer outro exemplo de
modificação do capitalismo, você vai
salvar momentaneamente. Aí depois vai
voltar a rodar e o sistema vai fazer a
mesma coisa. Ele vai concentrar a
produção, expulsar a gente da base
produtiva. Você você aumenta a produção,
mas não tem que consuma, quebra. Toda
vez é isso. Toda vez é isso. É um
desdobramento disso. Claro que eu tô
super hiper simplificando, mas a tese é
essa, que o sistema ele tem
hiperprodução, mas ele não tem como dar
eh desaguar o consumo. Se ele não
consegue desaguar o consumo na
velocidade que ele produz, o que que
acontece? Puf, quebra com o sistema. Por
isso que ele não tem salvação. Ele
sempre vai ser renovado para fazer a
mesma o mesmo percurso. Ele cresce,
produz, produz, produz, produz e aí não
tem onde desaguar, quebra. seja num
setor específico de economia só, porque
aí quando um setor da economia quebrar,
quando você quebrar a, sei lá, Ford, né,
a GM, quando você quebrar a GM, não, não
tem como um gigante quebrar, ele é to
big to fall, né? Então quando ele
quebra, ele quebra, só que ele tem uma,
ele tem uma relação com o banco, aí ele
quebra, não consegue pagar o banco, aí o
banco quebra, aí o banco quebrando, aí
você que tinha um dinheiro lá no banco
perdeu o dinheiro. Não, mas aí aí sai
quebrando tudo de uma vez. Essa é a
tese. Essa é a tese, certo? Não precisa
ser uma quebrância generalizada. Você só
precisa acertar um local que é muito
forte na produção. Quando você quebrar
isso, vai tudo quebrar ao seu redor.
Quem salva isso? Queesianismo.
Queinesianismo salva isso, jogando lenha
na fogueira para reaquecer a economia
depois de quebrar. Só que o que que o
marxismo tá avaliando? que sempre
quebrará de novo. Essa é a tese no
marxismo. Ele tá tentando te explicar
porque sempre quebrará de novo. Você
pode aceitar ou não, mas a tese é essa.
Que que mais tem em comum entre elas e
se elas são diferentes em tudo? Que
ambas são um produto do trabalho. Eu
trabalhei para produzir uma cadeira, eu
trabalhei para produzir um apagador. Eu
digo assim, né, sociedade e tal. Eh, só
que ele vai chamar, veja, esse trabalho
é diferente desse, porque esse trabalho
concreto você tem materiais diferentes,
tempo diferente de execução. Não pode
ser trabalho concreto também, porque
agora eu tô falando de uma igualdade de
coisas diferentes. Aqui eu tô falando da
produção da diferença no trabalho
concreto. Aqui eu tô falando da
igualdade dessas diferenças. Alguma
coisa eu tô ignorando. Então essa essa
esse ignorar, o mais fala que é
abstrair. Eu tô abstraindo as diferenças
do material, do tempo que você leva para
fazer, do tipo de trabalho que você leva
para fazer. Então, já que eu tô
abstraindo da diferença, ele vai chamar
de trabalho abstrato, certo? Então, o
que que tem em comum em todos os
trabalhos, os trabalhos concretos,
específicos, para eles serem comparados,
é igual a massa. A massa é o que tem
comum em todas as coisas pra gente
compará-los com o peso. Todos eles têm
massa. Então, como todos os objetos têm
massa, todos os trabalhos diferentes,
com tempos diferentes, com formações
diferentes, o que que eles têm em comum?
Todos eles são trabalho abstrato. Em
abstrato, todos são o quê? O que que
eles têm igual? A única coisa que
permite a comparação entre eles, todos
são trabalho. Por isso que chama
trabalho abstrato. Entenderam?
Por exemplo, se você vai, agora, isso
aqui é muito importante. Se você vai, o
que que um botânico faz? pessoa que
estuda plantas ou quem tem casa também
sabe disso, tem um jardinzinho, você tem
uma determinada plantinha, uma ou uma
árvore, né, alguma árvore específica,
sei lá, você tem a macieira e você tem é
a bananeira, uma da maçã da banana,
frutas completamente diferentes que tem
no mercado, inclusive valores de preços
estão diferentes. O que que me permite,
por exemplo, e o conceito de árvore, né?
Eu digo bananeira e macieira. Ambas são
árvore, mas árvore de uma coisa
diferente. Tem alguma coisa que elas têm
em comum que aí a biologia estuda lá e
tal, bem um reino vegetal específico,
não sei quê, que eu tenho essa ideia,
esse conceito árvore que é um conceito
abstrato, porque quando eu falo árvore,
eu não sei se é macieira ou se é
bananeiro, percebe? Perceberam?
É a mesma reflexão sobre abstração
mesmo. O que que as coisas têm em comum
para serem consideradas árvore? A ideia
de árvore não, elas têm nelas próprias
algo, mesmo que seja a bananeira para um
lado, a macieira pro outro. O que que
elas têm em comum? Todas são árvore.
Árvore é um universal que tá em cada uma
dessas coisas. Entenderam?
Veja, para um platonista isso é muito
fácil de entender. Para qualquer
platonista isso é fácil de entender.
Certo?
Só que é muito difícil explicar isso
para as pessoas. Então, o que que é o
trabalho abstrato? É a mesma coisa
quando você fala assim, a árvore, o
homem. Não existe homem, é só uma
abstração. Uma abstração que reúne as
características de todos os homens que
existem. Todos os homens que existem,
eles têm uma coisa em comum, ser homem.
Essas características mais genéricas que
todos os homens têm é o homem, entendeu?
Só existe conceitualmente, mas existe
conceitualmente.
É a mesma coisa do trabalho abstrato. Os
trabalhos concretos são todos diferentes
entre si. Eles são incomparáveis se
fossem diferentes entre si. O que eles
têm em comum? o fato de que todos são
trabalho,
todos são trabalho de tipo ideal, todos
são trabalho. O que que tá sendo
comparado na prática? O trabalho dessas
pessoas. Entenderam?
Ou seja, o ente fantasmagórico tá sendo
comparado é o fato de que todos são
trabalho.
Ou quando eu falo planta, eu não sei se
é uma ou outra e tal, ou flor. Então eu
tenho conceitos mais abstratos que
abstratos nesse sentido. Eu eu é como se
eu perdesse um pouco de Eu concordo
perfeitamente com o Guilherme. Não
existe não existe substância. só em
relação. Você só fala em substância
porque você enxerga todas essas coisas
que tem algo em comum. E aí você do
tipo, você universaliza essas
características em comum como a
abstração. Você abstrai as coisas em
comum que eles têm para criar a entidade
eh substância, né? Então é a mesma coisa
que trabalho em geral, né? É o trabalho
abstrato, formação, todos são trabalho,
mas porque eu tô tentando reconhecer uma
coisa em comum entre o Mar, bom, essa
coisa em comum é o trabalho abstrato,
né? Quer dizer, na verdade, a gente até
para adiantar essa coisa comum, ele vai
dizer é o trabalho abstrato e ele é
representado como valor, né? Aí ele diz,
né, para falar de maneira técnica. Ah, o
trabalho abstrado ele é a substância do
valor. O valor é essa propriedade em
comum, certo? Então o que que todo mundo
tá comparando quando compra e vende no
mercado? Tá comparando o valor de seu
próprio trabalho. O valor é esse
trabalho abstrato que cada um faz e que
quando vai pro mercado eles se comparam.
Entenderam?
É, o valor tá relacionado com esse
trabalho que todo mundo faz. Quando a
gente tá comprando e vendendo o iPhone o
dia todo, comprando e vendendo isso aqui
o dia todo, o que que tá sendo comparado
sistematicamente do ponto de vista
social? O trabalho relevante paraa
produção de cada coisas, sacaram?
É assim que funciona o capitalismo, meus
queridos. seja da a cueca do nosso amigo
lá, da da mãe do nosso amigo lá, ou o
buraco que se cava, não tem a ver como o
mercado funciona. O mercado funciona
assim, o mercado funciona com essas
comparações de valor de trabalho que
cada uma das empresas precisa para
produzir alguma coisa que tenha valor de
uso. Que tenha valor de uso. Uma vez
existindo valor de uso, o processo é
tendencial. Inclusive, se você tem uma
um negócio desse aqui de apagador para
vender na cidade, vai ser caro para
[ __ ] Mas qual vai ser a tendência
social? Que que não tem um cara só
vendendo. Se tiver um cara só vendendo
com R 1 milhãoais, vai ter que, né, isso
aqui por R 1 milhãoais e todo mundo
precisa disso aqui, porque que rapidinho
vai aparecer um outro que vende por
500.000.
E aí a medida da relação social vai ser
estabilizando as coisas para perseguir o
valor. Então isso aqui nunca vai custar
R 1 milhão deais. Pode custar na feria
da dona Zeca em uma hora. Ela coloca lá
vendo por R 1 milhãoa. Aí pode ser um
idiota que vai lá e compra. Mas o
mercado vai se estabilizar para fazer
isso aqui nunca custar mais que um
carro. Porque no mercado eh existe uma
coisa mecânica que opera frente a a a ao
oferta e procura, que a oferta e
procura, inclusive a a oferta se
estabiliza. Se só tem um maluco vendendo
isso aqui por R 1 milhão deais na
cidade, qual vai ser a tendência social
do sistema? Apareceu um segundo maluco
vendendo por 500.000, depois aparecendo
um terceiro maluco vendendo isso por
100.000
E aí a coisa e caminhando para perseguir
o valor. Isso aqui não pode custar mais
que um carro. Entenderam? É isso que
Marx explica. Vocês entenderam? O Marx
explica por que é a [ __ ] da da da
do preço que você vai colocar nisso
aqui. Não tem como se sustentar
socialmente. Ele persegue o valor, ele
inclina-se pro valor, certo? Se você a a
a oferta e a demanda, ela ela vai puxar
para um valor específico. Isso aqui não
tem como custar um carro. Entenderam?
Ah, mas eu compro quanto que eu quiser.
Eu eu cobro quanto que eu quiser na sua
casa. No mercado não. Entendam? No
mercado não. No mercado a tendência
disso aqui não pode ser custar um carro.
É essa que a questão. Isso aqui não vai
custar um carro no mercado. Ah, mas eu
tenho um que eu coloquei na Amazon. Tá
bom, você tá transferindo valor, mas no
mercado isso aqui nunca vai custar um
carro. Se isso aqui começar a ter
escassez a ponto disso aqui valer um
carro, as pessoas vão trocar o bem. Eles
vão comprar uma outra coisa ou vão
apagar com a mão. Olha só que legal.
Entenderam? É isso, é isso que Marx tá
explicando. Marx tá explicando a
tendência do sistema de representar a
busca que o preço vai fazer, afinal das
contas, do valor. E o valor é a
quantidade de trabalho abstrato aplicada
no no negócio. Entendendo? É isso que
Marx explica. E nesse sistema que
funciona assim, sim, ele funciona assim,
sim. É por isso que você nunca vai ver
oferta de apagador por perço de carro.
Você não vai ver grande ferão do
apagador com preço de carro. nunca vai
ver isso, porque o preço persegue o
valor.
Como isso é sistêmico, como isso é
sistêmico, nesse sistema específico tem
uma relação na produção em que o dono do
capital ele legitimamente dentro dessa
estrutura, ele tá querendo cada vez mais
ter menos custo de produção, não porque
ele é mau, mas porque ele precisa
competir com o vizinho, o vizinho que
oferece aquele mesmo material. Quando
esses processos se dão naturalmente,
organicamente, mecanicamente, não
precisa ter ninguém do mal, o que vai
acontecer é que tendencialmente vai
haver uma substituição do trabalho. Você
precisa do trabalho gerando esse valor.
Esse valor vai sendo absorvido por esse
cara. Ele vai acumulando o valor. Quando
ele acumula esse valor, ele reinveste na
própria empresa. Por isso que tem
indústria, certo? Por isso que tem
indústria. Então, quando você tem 500
pessoas trabalhando para você para ser
tercelão, você absorve muito mais valor
do que um vendedor de escudo.
Ah, na Grécia antiga com 200 escravos.
Você com 500 pessoas trabalhando para
você num sistema assalariado, numa
sociedade de trabalho assalariado com
expansão de mercado ultramarino, aí você
consegue vender a quantidade de camisa
necessária para absorver um valor
necessário para daqui a pouco eu não
preciso mais dessas 500 pessoas. Eu
meto-lhe uma máquina e agora eu preciso
de 200 operadores de uma máquina que vai
gerar a mesma coisa que há tempos atrás
eu criava com 500 pessoas. Que que vai
acontecer com essas 300 pessoas que
saíram da minha da minha loja? Essas 300
pessoas que saíram da minha lógica vão
pro mercado, vão pro mercado de
trabalho, contrato, eles vão para
situação de cadastro de reserva, eles
estão esperando algum lugar para arrumar
um emprego. O que que vai acontecer com
o preço que eu vou pagar pros meus pros
meus trabalhadores? Eu posso pagar um
pouco menos? Porque tem muita gente
desempregada nesse embate que ninguém tá
controlando. Não é porque o capitalista
é malvadão, não é porque ele quer ficar
bilionário. Se ele não fizer isso, ele
ele quebra da concorrência. Se ele não
fizer isso, ele quebra da concorrência.
Então, nesse sistema, nesse sistema,
tendencialmente tem altas forças de
tendência que pressionam a situação para
cada vez você ter mais produção, mais
produção eficiente e o cara que ia
consumir, ele não consegue consumir.
Então você o sistema quebra, entendeu?
Essa é o marxismo é sobre isso, gente.
Marxismo não é sobre como o trabalhador
sofre. Entenderam? Vocês entenderam que
o marxismo não é como sobre como o
trabalhador sofre, é como você entender
que o sistema é cada vez mais produtivo,
mas a própria engrenagem interna da
produtividade dele gera com que não
tenha capacidade de realização. Em um
setor que isso acontecer, onde você tem
uma produção muito grande, o sistema vai
pipocar e aí tudo quebra em cadeia, como
aconteceu na crise de 29, não por causa
de camisa, mas por causa dessa super
produção. superprodução, superprodução e
não capacidade de realização, que pode
ser em qualquer setor da economia as
mercadorias. Então, as mercadorias ambas
tem valor, né? Porque se elas são valor
de troca significa que ambas são valor
e, portanto, são trocadas. Mas o
fundamento do valor, seja o que permite
a igualção, é o trabalho abstrato,
certo? Agora vou aumentar o grau de
complexidade, vou começar a dar um nó
nas coisas que é o seguinte, tudo bem?
Tá aqui, né? Você viu que tem até um
fundo musical, é? Qual é o trabalho que
gera valor? É o trabalho agrícola.
Trabalho na terra é muito importante,
né? lá vem maior parte dos produtos,
etc. e tal, que comercializar. Ela
falou: “Será que é o trabalho agrícola
que gera valor, você gasta um certo
tempo, etc e tal, uma certa habilidade”.
E os desenvolvimentos da economia
política começou a se embananar assim,
eles não conseguiam realmente explicar.
Ou seja, que tipo de trabalho gera o
valor? O Marx falou assim: “A economia
política ela toca e não toca”. Então,
eh, Teodoro disse assim: “Nossa, eu acho
que eu vou começar um canal de análise
marxista também. Aparentemente qualquer
um pode, pode, pode. Mas veja, muito
mais importante do que vocês ouvirem o
que eu tô falando é ouvir o Natã, porque
o Nathan eh estudou a vida dele toda,
isso, certo? Ele estudou a vida dele
toda, isso. E a única coisa que eu tô
fazendo é tentar colocar em termos que
qualquer criança conseguir entender, tá
certo? Para compreender com uma clareza
muito óbvia que o marxismo não é sobre
administrar o capitalismo. Entenderam?
Não é, é sobre mostrar como ele não
funciona. É isso. Certo? Não precisa
acreditar em mim. Se você lê o texto do
Marx até o final, você não vai ver que é
assim, não. Veja bem, e aí o controle do
valor e aí os juros. E não, não é sobre
isso. É sobre mostrar como esse sistema
é insalvável por causa do próprio da
própria da própria estrutura interna que
ele tem. Aí veja, dá para fazer igual na
China e administrar o capitalismo
melhor? Dá. Mas o que Marcos estava
dizendo é que você vai administrar de um
jeito melhor ou ou melhor um pouquinho,
né, e tal e pá e pa pá e pá pá. E você
vai conseguir Ah, você vai conseguir só
administrar um negócio que vai quebrar
no futuro do mesmo jeito. Você vai
conseguir diminuir as mazelas de algo
que vai quebrar no futuro do mesmo
jeito. Você vai, certo? Esse é o projeto
de Marx, não é o meu. Aí se você não
sabe ler português, aí o problema é de
vocês, cara. De boa, o problema é de
você. O o projeto de Marx era mostrar
esse sistema é ingovernável. Ele sendo
ingovernável é necessário organizar a
classe trabalhadora não para governar
esse sistema, mas para transicionar para
um sistema em que essas regras de
mercado não se imponham mais, porque
enquanto elas se impuserem, esse sistema
quebrará. Esse não é o meu projeto,
entendeu? Esse é o projeto de Marx, não
é o meu projeto. Vocês entenderam isso?
Certo? Então aqui falando pro para esse
gordinho aqui metido esperto. Cadê o
gordinho metido esperto?
Cadê o gordinho metido esperto? Sumiu.
Boquearam o gordinho metido esperto. Tá
bom. Gordinho metido esperto faz, cara.
Faz. Agora eu eu garanto com toda a
certeza do planeta, certo? do planeta,
que quando você lê o capital, você não
vai ler uma proposta do tipo assim: “Ah,
o capitalismo funciona assim e é por
isso que devemos nos eleger pra gente
administrar o capitalismo conforme quem
entendeu que funciona o capitalismo.”
Não é esse o projeto, certo? O projeto,
o projeto é dizer, olha, toda vez que
você tentar fazer qualquer coisa com
esse sistema, ele quebrará, porque a o
sistema funciona assim, ele cada vez
acumula mais capital, ele cada vez faz
com que a produtividade aumente. Porém,
entretanto, contudo, ele gera uma
situação na qual você desaloja uma
pessoa, um pessoal para capacidade de
consumo, ela perde isso, você gera cada
vez mais uma produtividade que não se
realiza. O problema essencial do
capitalismo é um problema de realização.
E ele não é porque administram mal, não
é porque o PT isso, porque o PSDB
assado, porque não é sobre isso, certo?
é sobre como sistematicamente,
mecanicamente, por causa da lógica
interna, ele é ingovernável. Esse é o
projeto de Marx e não o meu, certo? O
meu projeto, o meu projeto, o meu
projeto é criar uma cultura
social que nada tem a ver com a economia
e que sobreviva a qualquer web comunista
que vai tentar ser presidente da
República ou a qualquer presidente da
República fascista ou qualquer coisa.
Porque quando a gente ah quando a gente
for produzir cultura, ela vai sobreviver
a qualquer intempério dessa, porque a
gente vai criar a cultura e a cultura
fica. Como o cristianismo passou por
pelo sistema eh romano, passou pelo
sistema feudal e passou pelo eh pelo
pelo sistema capitalista e tá aí até
hoje catando cavaco, mas tá. Então, meu
meu meu projeto é criar cultura que
sobreviva toda essa merda. Porque o que
tem de gente que se diz marxista e que
não passa nem perto da defesa do
marxismo na internet, não tem. Marx
virou um signo, um símbolo, uma coisa
para você pregar no seu quarto, tá? Uma
coisa para você pregar no seu quarto.
Serve para isso, você pregar um negócio
no seu quarto. Eu tô mostrando para
vocês um cara que ele sim é estudioso de
marxismo, ele sim compreende, né? Ele
sim compreende o que o texto quer dizer.
E eu tô tentando chamar mais pessoas que
se dizem marxistas para que elas leiam o
texto. Quem de vocês se diz marxista e
nunca leu capital? Livro um.
Então, já que vocês não vão ler mesmo,
então vamos tentar apresentar cada vez
que eu vou colocar o camarada aqui para
falar para ver se ele explica para
vocês. Aí o que que vocês vão fazer? Eu
vou soltar mais 10 minutos desse vídeo.
A gente vai terminar de ver esse vídeo.
Qual é o dever de casa? Você vai
terminar de ver esse vídeo, a aula um,
fetismo na teoria do valor de Marx e vai
continuar pra aula dois, que esse cara é
formado em Marx, não eu. Toca nisso. Ela
não percebe que o trabalho abstrato não
existe.
Quer ver? Ó, eu falo para vocês, pô,
pega uma banana na bananeira. Então, eu
discordo. O Adrian tá falando, pior que
o livro um é difícil para [ __ ] Eu
discordo. Eu discordo. Eu discordo. Eu
eu digo e eu digo, nesses dois vídeos do
Nathan, vocês conseguem ver exatamente o
que significa o livro um. E esse negócio
de que o livro um é difícil para [ __ ]
é desculpa que eu tô percebendo isso
acontecendo. É desculpa paraa Web
comunista não ler, falar qualquer coisa
que passar na cabeça dele e dizer assim:
“Mas eu sou comunista”. Por quê? Mas eu
sou um comunista atualizado. Eu uso
YouTube, pô. Eu sou YouTube, pô. E aí
esse negócio substitui as pessoas
entenderem o que o Marcos estava dizendo
que era para fazer.
As pessoas ouvem os youtubers e o
YouTube diz: “Sou comunista”. E as
pessoas passam a seguir o YouTube ao
invés de entender o que que Marx estava
dizendo que era para fazer. Porque 90%
das pessoas que se dizem marxistas no
Brasil hoje é um número completamente
arbitário da minha cabeça, eles não
fazem o que Marcos dizia que era para
fazer, tá? Ponto, ponto, ponto.
Vocês vão lá na bananeira, tira o cacho
de banana. Se eu falo para vocês, pô,
pega uma maçã na macieira, vocês vão lá
e pega a maçã na macieira. E se eu falar
assim, traz um uma fruta da árvore, qual
é a árvore que vocês vão? Tem a árvore?
A árvore. Você tem masira, bananeira,
bandeira, etc, etc. Não tem a árvore. Um
outro exemplo, eu posso ir ali e apertar
a mão da Cláudia. A Cláudia apertando a
mão de um ser humano específico. A
Cláudia, posso apertar a mão da, posso
apertar a mão do Rafael, posso apertar a
mão do humano ou humano. Existe ou
humano. Chega aí, humano, vou te
abraçar. Percebe? Todo mundo faz parte
dessa coisa em comum que a gente chama
de humanidade. Mas o humano não sai
andando pela rua, percebe? Porque é uma
coisa abstrata. Essa é a diferença do
abstato concreto. Então o Mar tá
falando, pô, que esse troço que é o
trabalho abstrato, ele não existe assim,
tipo, ele não é tangível, você não pega
ele em lugar nenhum, mas ele é o
fundamento da troca. Ele é intango da
troca. E aí Marc, bom, beleza. Como é
que você mede o valor, né, cujo
fundamento é o trabalho abstrato? Quando
como eu sei que tem mais valor ou menos
valor? Quanto mais trabalho abstrato e
menos trabalho abstrato tiver. E aí ele
fala: “Bom, isso se conta como se ele
fala, conta pelo tempo. Agora vou
começar a dar nós nas portas. Mas qual é
o tempo que você gasta para fazer alguma
coisa? É o tempo do trabalho concreto,
não é? Quando você quer produzir uma
cadeira, quanto tempo você gasta
trabalhando abstratamente?
Não faz sentido muito, né? Você faz um
trabalho específico, você usa
determinados materiais, você fica, né,
tem que ter uma habilidade para fazer a
coisa, etc e tal, ou um grupo de pessoas
tem que se organizar e tal, você faz o
trabalho concreto.
Como quando é que aparece o trabalho
abstato? Mas o primeiro momento que ele
aparece é na troca, porque quando você
troca, você é obrigado a igualar coisas
diferentes. Então na troca o trabalho
concreto, que é que o trabalho que faz A
é um, o trabalho que faz B é outro, mas
na troca eles fazem iguais. Então na
troca você faz com que o trabalho
concreto vire o trabalho abstrato.
Entenderam, né?
Aí o Max tá falando bom, a economia tava
tentando entender. Então o valor vem do
trabalho abstrato, mas o trabalho
abstrato, ele é uma coisa que você não
pega, certo? Tudo bem? Até aí tá dando
para ficar mais estranho até amanhã vai
ficar muito pior. Eh, e aí ele vai
falar: “Bom, como é que você mede?” Você
mede pelo tempo.
Que loucura isso, cara.
O tempo, mas não é o tempo do trabalho
concreto.
Como você mede o trabalho abstrato, mas
professor, tipo, eu fico o tempo todo
trabalhando conteúdo para aula. Isso é
trabalho concreto. É o perguntar qual é
o tempo do seu trabalho concreto. Eu vou
falar. Sim, sim. Isso. O tempo de
trabalho concreto 18 horarios do
trabalho abstrato.
Percebe? É, é difícil de pegar o
trabalho abad. Eu quero que vocês tenham
essa coisa na cabeça. Eh, então o tempo
ele ele vai se referir à medida do
trabalho concreto. Percebe isso? Só que
o Marcos vai falar quando você vai paraa
troca, o tempo de trabalho, 18 horas que
você gasta dando aula, pensando em aula,
etc., é igualado com o tempo do trabalho
concreto de outra pessoa.
Quantas horas eu preciso fazer de alguma
coisa para equivaler as duas horas de
uma fazer uma outra coisa? Percebe? Nós
trabalhamos concretamente, gastamos,
medimos, vocês entenderam? É porque aqui
você não pode roubar, entendeu? Se você
fala assim, olha só, presta atenção. Se
você dizer assim, eu trabalho 8 horas
dando aula por dia, eu trabalho, sei lá,
4 horas dando aula por dia, só que eu
preparo as minhas aulas lá em casa, eu
demoro 18 horas para preparar as suas a
as minhas aulas em casa. Aí alguém vai
dizer: “Tá, mas aí eu quero que você se
foda.” Se você demora 18 horas para para
preparar sua aula em casa e todo
professor que se pr demora 2 horas para
para preparar o trabalho em casa, o que
que vai acontecer? essas 4 horas de aula
mais as 2 horas de preparação, digamos
assim, vai valer o mesmo das suas 18 que
você fica demorando para para preparar
sua aula. Então você pode ficar 18, 15,
25.000 se você quiser, mas no mercado,
indo ao mercado, o que que vai ser
comparado? O trabalho médio de uma
pessoa normal atividade com aquelas
ferramentas que aquela sociedade tem. Aí
você vai comparar a capacidade concreta
que as pessoas têm para fazer aquilo. E
aí veja, ah, mas eu eu faço essa minha
eh e eh essa esse meu trabalho
tendencialmente em 6 horas,
tendencialmente uma pessoa com trabalho
social necessário para ela realizar que
é isso. Mas aí chegou uma ferramenta
nova, vai bagunçar tudo. Vai bagunçar
tudo. Se se aquele negócio que eu fazia,
eu fazia em 2 horas e agora chegou uma
ferramenta nova que eu faço aquela mesma
coisa em 5 minutos, isso vai mudar os
preço, porque o preço vai perseguir o
valor. Entenderam? É isso que a gente
que Marx tá tentando dizer. O sistema
funciona assim, certo? Não é assim, ah,
mas eu se eu quiser cavar um buraco, eu
demoro 500 vezes. Não, não interessa o
quanto você demora. Demora o trabalho
socialmente necessário para realizar
essa tarefa. Você fez essa tarefa nesse
menor tempo, o que que vai acontecer no
mercado? ele rapidamente vai integrar
aquilo e aqueles valores vão mudar, o
preço das coisas vão mudar, certo? Se
antes eu precisava de 30 pessoas para
fazer uma camisa e e etc e tal, porque
eu tenho um negócio que cava ali, não
sei o quê, e aí eu sistematizo,
crio uma uma linha de produção, aí tem o
algodão que sai dali que todas as 8
horas da manhã de não sei quanto, o
algodão vai ser transportado de lá para
cá, vai mudar o preço da coisa,
entendeu? É essa que que é a questão,
certo? Se você mete uma estrada de chão
e antes tinha uma estrada de terra, o
valor era outro. Por que que tá sendo
agregado nisso aqui tudo? Valor eh
trabalho abstrato. Entenderam?
Na medida em que você vai incorporando o
trabalho, vai mudando o preço, porque o
preço segue o valor
do tempo de um trabalho concreto, mas
quando a gente troca, o meu tempo é
igualado ao seu. Oi, diga. Vê se eu
entendi uma vez vídeo que falava assim
que você não paga para médico, o valor
que você paga para o Uber em termos de
hora e que o que o médico faz tem um
valor maior do que o que o Uber faz. O
médico faz Uber. Foi mais ou é mais ou
menos eh mais ou menos, não tanto porque
eh nesse aí a gente pode até discutir só
amanhã a gente vai ter mais elementos
para isso, mas a diferença aí é que tá
falando assim eh tem a ver com o
pagamento digamos assim o o valor de
trabalho diferente, mas o Mar vai dizer
qual é a diferença, por exemplo, do Uber
pro médico é que o trabalho do médico,
pensando já dentro dessa lógica, né, o
trabalho do médico ele é mais complexo
do que, vamos dizer, o trabalho do Uber,
mas hora ele ele se especializou, tipo,
concretamente falando, ele teve que
desenvolver habilidades lá um cirurgião,
é leva mais horas. Então o valor, então
o trabalho concreto desse médico tem um
tempo, digamos assim, maior do que seria
o tempo do do Uber, certo? Só que veja
que quando eles se igualam, quando o
médico pede Uber, o trabalho dele é
igualado, percebe? Então, tipo, se ele
gastou 30 horas para Isso aí você
compara fatias, né? O meu trabalho vale
mais do que o seu. Por quê? Porque
socialmente se acorda isso, que o
trabalho do médico Agora, por que,
gente? Por que que o trabalho do médico
vale mais? Por quê? Por quê? Exatamente.
Porque todo mundo conscientemente uma
estrutura social em que se sabe que o
custo de trabalho abstrato para ser
gerar um médico é maior do que o
trabalho para gerar um Uber,
certo? Incorpora-se no trabalho concreto
do médico
o processo de qualificação que ele
levou. É, a gente sabe que isso acontece
mesmo que não é uma questão de saber
medir, saber o preço e etc. Certo? Não é
porque esse aqui é superior ao outro, é
porque a gente no sistema, o sistema
computa esse trabalho abstrato
absorvido,
entendeu? Não é porque, ah, tem um pacto
do mal e etc e tal. Ah, é porque a elite
brasileira. Ah, não, é porque a
psicanálise não, não, Marx não é sobre
isso.
Marx não é sobre isso. Então, veja, a a
a estrutura de explicação que Marx tá
querendo fazer é como o capital
funciona. Como é que ele funciona? Ele
funciona a partir, na verdade, não de
comparação de preços e de coisas
arbitrariamente escolhidas. Elas vão
sendo escolhidas, sim, elas são
escolhidas, tem o aspecto subjetivo, mas
esse aspecto subjetivo, ele é pautado
por quanto que custa o trabalho em
trabalho abstrato. Ele vai, é, esse
trabalho abstrato que tá no fundo, ele
vai puxando as coisas pro seu lugar. Por
isso que você nunca vai ver isso aqui no
preço de um carro. Nunca vai ver. Ah,
mas eu vou colocar lá na Amazon só para
provar que você tá errado. Grande merda,
certo? Você nunca vai ver mercado disso.
Você nunca vai ver as pessoas comprando
isso aqui por um valor de um carro. Não
vai. Ah, mas e se acabar? Se acabar,
troca. Limpa com a mão, limpa com a
língua, mas não vai comprar isso aqui
pelo valor de um carro. Certo? E por que
que as pessoas pagam tanto e divide em
500 bilhões de vezes o carro? Porque
existe nesse sistema de produção a
consciência da a quantificação de
trabalho abstrato. É isso. É por isso
que o sistema funciona assim. Por que
que ele funciona assim? Porque que o
carro não é dessa maneira? Não é só
oferta de procura, a própria oferta eura
procura se estabiliza a partir desse
fenômeno hã de eh de perseguição do
valor. Fazer uma cirurgia e o Uber faz
50 minutos de uma corrida, quando iguala
o trabalho dele é igual ao trabalho do
Uber. Esse é o trabalho abstrato, que
concretamente o médico e Uber são
completamente diferentes. O Uber dirige,
etc, etc. O médico, dependendo da qual é
a função médica, ele vai ter um
determinado serviço de saúde.
Concretamente são de coisas
completamente diferentes. Um trabalha
com meio de transporte, outro com outros
equipamentos. Entenderam? Entenderam?
Então vamos dizer que o preço de uma
cirurgia de um médico em preço de
mercado vale R$ 200.000. Então assim, em
quantas voltas de carro que esse cara dá
que vale no lá no preço do do trabalho
do Uber, certo? Se supondo que há um
preço de mercado e uma cirurgia em que
realmente o cara afira como como
dinheiro de seu salário R$ 200.000.
Vamos supor, né? Acho difícil. Acho
difícil. vão ser mais modesto, vamos
supor, vão ser mais modesto. Então, numa
cirurgia dessa, vai ter que pagar um
monte de gente, não só o médico. A
cirurgia pode custar 200.000. O salário
do médico relativo ao proporcional
daquela semana pode ser R$ 5.000, R$
2.000. Então, vamos dizer que ele roda o
Brasil todo, passa duas semanas andando
de carro por uma hora de trabalho dele.
Vamos supor que seja isso. Vamos supor
que seja isso. Vamos supor que seja
isso. Bom, supondo que seja isso, por
que que é possível comparar uma hora do
médico, desse médico doido aí de de R$
5.000, uma hora dele com a duas semanas
de Uber? Por que que é comparável uma
coisa com a outra? Porque eles têm uma
coisa em comum. O que que os dois têm em
comum? Todos são um trabalho abstrato.
Todos são trabalho abstrato.
Entendam. Mais importante do que a
nuance do se eu tô usando o termo certo,
não tem problema cometer um erro aqui
acular, até porque a minha promessa é
que a gente vai ler o texto, tá? A gente
vai ler o capital. A gente vai ler o
capital. Minha promessa é a gente vai
ler o capital. E aí a gente vai anulando
esses erros de interpretação. O que é
importante, que eu quero que se tenha
agora, é a compreensão de que o texto
geral de Marx serve para o seguinte,
dizer que o capital, o capitalismo é um
sistema quase mecânico de relações
sociais de poder que tendencialmente
tende a quebrar, tendencialmente vai à
quebra. Essa essa é a tese do texto, mas
na hora que eles vão pro mercado e aí o
médico quer o serviço de go vice-versa,
o o motorista de precisa de um
atendimento médico na lógica da troca,
eles se igualam. E aí você tem essa aí,
o que que você tem? A proporcionalidade.
Quanto do trabalho do médico corresponde
a um tanto do trabalho do Uber? Percebe?
Então você consegue dizer 10 horas do
trabalho do Uber equivale a 50 horas do
trabalho do médico. Então um Uber ou
melhor um médico não. O melhor não é
começar por salário para esse lucro não.
Isso aí é pros fracos. a gente vai
direto pro capital e deixa de ser
fresco. Vale, são cinco Uber, sabe?
Então seria que um médico são igual
cinco Uber. Então veja que concretamente
são coisas diferentes, mas quando você
vai pro mercado e iguala, eles se tornam
iguais, sendo que eles são absolutamente
diferentes, certo? Não tinha como
trocar. Então os trabalhos que são
concretos, o trabalho do Uber e o
trabalho do médico que são completamente
diferentes, na troca eles passam ser
iguais e o tempo também. Por mais que
você tenha isso aqui, fazer um ajuste 10
horas do Uber que vale a 50 horas do
médico, mas aí tem um tempo ali, então
existe também uma habitação no próprio
ideia do tempo. Mas aí alguém podia
perguntar, bom, mas se o o médico é meio
preguiçoso, ele dá uma r porque veja só
o eu esqueci seu nome cara, é Carl Marx,
né? A questão que se coloca é o
seguinte: não pode ser uma aventura de
vida toda, você entende? Ah, vamos
começar, vamos ler lá o livro de
juventude do Marx, mas antes da gente
começar, vamos lá no nos grandes
astecas, né? Que [ __ ] que pariu, tá
ligado?
Tem uma galera que faz o canal de
YouTube da vida dele. Não, vamos lá. E a
gente volta lá atrás e para explicar
isso não. Gente, olha, teve um dia que
esse cara sentou a bunda na cadeira e
falou: “Vou escrever um livro que tem um
significado e não pode ser uma coisa
que, ah, não, a gente tem que ler 18
livros.” Não, não pode, gente. Não pode,
brother, não pode. Não pode. É um livro,
cara. Não é possível. É um livro. É um
livro, gente. Não é possível. Não é
possível. É um livro. Ele tem um texto.
E assim, vocês vão me desculpar. O texto
não é secreto. Se vocês entenderem esses
essas coisas aqui que a gente acabou de
ver que ele tá falando, não é tão
difícil. Não é tão difícil assim porque
ah, mas aí será que aqui no alemão ele
queria dizer, gente, tá bom, pode ser
que uma leitura mais complexificada
no alemão você não saiba se aqui há isso
ou se aqui é s, mas isso não pode ser
desculpa pra gente não entender o
sentido geral do texto, porque senão
vira Bíblia e hermetismo. Ah, veja bem,
tem que ler em grego para notar que
Jesus não gostaria da ideia de você
odiar pessoas por causa da condição
sexual que a pessoa tem a opção sexual,
seja lá do jeito que a pessoa Não, cara,
você não precisa ler em grego. Não
precisa ler em grego o Novo Testamento
para saber que Jesus do texto do Novo
Testamento, ele não gostava da ideia de
que pessoas ricas se beneficiassem da
política. e das estruturas religiosas.
Não precisa ler em grego. Não precisa
ler em grego. Não precisa ler em grego
para entender que no Novo Testamento o
texto bíblico não é defensor de
violência, não é um atratado militar.
Ele não é possível ler em Não é preciso
ler em grego para você entender que
quando ele chega e fala pro cara: “Ah,
você é e é é soldado romano”. Tudo bem,
você é soldado romano, mas veja bem, a
vida é complicada, você tem salvação.
Ele não tá dizendo: “Pois bem, matem
ele tá dizendo assim: “Apesar de você
ser um merda, todo mundo na sociedade
tem papéis merda. Então eu perdoo a
todos”. É um texto sobre perdão e não
sobre o elogio da espada. Depois que o
cara corta a orelha lá do do do menino
que ia resistir a captura de Jesus, etc
e tal. Aí ele fala assim: “Ol, solta
essa [ __ ] dessa arma. a gente não tá
aqui para brigar e etc. Não é preciso
ler em grego. Não é preciso ler em
grego. Do mesmo jeito que não é preciso
ler em grego para saber
que o texto de ah do Novo Testamento é
um texto sobre a figura de Jesus, é um
texto sobre reunião de pessoas fracas
para fazer política. A partir daí a
gente se reúne, deixa o pautorar lá na
política nacional. Deixa o pautorar.
Esse caminho não é o nosso. O que a
gente quer fazer é se reunir entre os
nossos, pregar a nossa palavra e seguir
parada. O texto é sobre isso. O texto do
Novo Testamento, a figura de Jesus no
Novo Testamento, o texto é sobre isso.
Como é que a gente se reúne aqui na
nossa galerinha para continuar fazendo o
que a gente acha que é certo e deixa o
pautorar lá em cima na política? A gente
não tem nada a ver com isso. E é assim
que a gente vai construir a nossa
unidade. O texto é sobre isso. Não
precisa saber. Ah, mas veja só, hum, na
parábola fulana de tal, eu te garanto,
tu não vai achar numa parábola, numa
vírgula, numa nova tradução do grego.
Não vai achar. Não vai achar. Não vai,
não vai, não vai, entendeu? Não vai. Aí
veja, é possível você fazer uma segunda
leitura mais complexa e aí achar o
detalhe. Não, veja bem, aqui em Marx, o
valor abstrato não é o mesmo que o
concreto. Ele tem um significado igual
a, eu de dei de os exemplos aqui da
massa e etc. Não, não significa massa,
significa na verdade uma questão
conceitual. Aí eu vou falar assim para
você, cara, massa você, [ __ ] Tô ler
Marx em alemão. Tu dá mortal paraa
frente, dá mortal para trás. Você é
[ __ ] Você é [ __ ] Você é [ __ ] para
[ __ ] Ninguém liga.
Ninguém liga no detalhe. Não, aqui na
metáfora que Marx usou quando ele queria
dizer, ninguém liga, não muda o
significado. Pode tá certo, você aí lê
Max para [ __ ] fazendo barra de
cabeça para baixo. Mas veja, ninguém
liga no detalhe, não. Veja bem, é porque
o fetiche não é tão importante assim,
porque na verdade ninguém liga, ninguém
liga. Zero pessoas ligam. Zero pessoas
ligam. O que eu quero dizer é para você
ler o texto e tirar um significado
elementar, aí eu vou fazer o seguinte,
certo? Vou parar, a gente acabou o
vídeo, a gente vai pra capital, a gente
vai para capital,
certo? Porque ele, veja, vou mostrar
para vocês. Capital, Marx,
PDF, não, vamos, vamos pro marxist.
Vamos pro marxist,
certo?
Não tem segredo, não precisa ler em
alemão. Isso é conversa mole de gente
sacana para Ó, tô aqui no último, eu
quero, eu quero ir pro penúltimo
capítulo do capital um, tá? Quero cair
aqui. Os textos são muito claros, tá?
Muito claros, muito, muito, muito, muito
claros. Muito claros,
muito claros, tá? É isso aqui, ó.
Tá? Aí ele vai, explica tudo e não sei o
quê, etc e tal. Vamos lá, ó. Processo de
produção do capital, sétima sessão, o
processo de acumulação do capital, 24º
capítulo, a chamada acumulação eh
original. O texto é pequenininho, tá?
Texto é pequenininho. A gente vai ler e
aí vocês vão ver se Vamos lá, vamos ler,
ó. Em que é que vem a dar a acumulação
original do capital?
É, é isto é a sua origem histórica,
enquanto não é transformação imediata de
escravos e servos em operários
assalariados e, portanto, uma mera
mudança de forma, apenas significa a
expropriação dos produtores imediatos,
isto é, a dissolução da propriedade
privada assente em trabalho próprio.
propriedade privada como oposição à
propriedade social coletiva subexiste
apenas ali onde os meios do trabalho e
as condições exteriores do trabalho
pertencem a pessoas privadas. Porém,
consoante essas pessoas privadas são
operários ou os não operários, a
propriedade privada tem também um
caráter diferente. Então, que vai
começar a mudar, tá? Vou continuar lendo
aqui, ó. Os infinitos matizes que ela à
primeira vista oferece refletem apenas
as situações intermediárias que ficam
entre esses dois extremos. A propriedade
privada do operário, sabe que eu sempre
tô falando, né, do operário sobre os
seus meios de produção, é a base da
pequena empresa. A pequena empresa é a
condição necessária para o
desenvolvimento da produção social e da
individualidade livre do próprio
operário. Sem dúvida. que este modo de
produção também existe no interior da
escravatura, certo? Que eu sempre falei,
olha, não significa que lá quando tinha
escravidão não tinha formas parec tá
tudo aqui, tá? Para eu dizer para vocês,
eu não, cara, eu achei que tava no
texto. Ah, [ __ ]
Eh, só o meu carão, né? Mas veja só,
então o o que eu tô tentando mostrar
para vocês é que as coisas que eu digo,
né, que eu fico repetindo, é porque tá
lá, pô, né? Tá lá, é só você ler, né? Só
que ninguém lê. Aí complica tudo, né?
Então, mas só floresce, só lança toda a
sua energia, só conquista a sua forma
clássica adequada ali, onde o operário é
proprietário privado livre das suas
condições de trabalho, por ele próprio
manejadas, o camponês do campo que ele
amanhã,
ah, o artesão do instrumento em que ele
toca como um virtuoso. Este processo de
produção suprõe uma fragmentação da
Terra que aconteceu na Inglaterra, né,
os cercamentos e dos restantes meios de
produção, assim como exclui a
concentração destes últimos, exclui
também a cooperação. Por isso você vai
ver na formação de todos os estados
capitalistas o sistema da reforma
agrária acontecendo, a divisão do
trabalho no interior dos mesmos
processos de produção, a dominação e
regulação sociais da natureza, o livre
desenvolvimento das forças produtivas
sociais. só é compatível com barreiras
naturais estreitas da produção e da
sociedade. Querer etimizá-lo
significaria, como pecur diz com razão,
decretar a mediocridade em tudo. A
partir de um certo grau superior, ele
traz ao mundo os meios materiais do seu
próprio aniquilamento, certo? Então não
tem a ver com juntar um partideco de
youtuber e conquistar o poder, né? Então
assim, ele próprio vai gerando a
necessidade. Qual é essa necessidade? A
organização da classe trabalhadora
industrial. A partir desse momento,
agitam-se no seio da sociedade forças e
paixões que se setinham agrilhoadas por
esse sistema que cada vez se desenvolve.
Ele tem que ser aniquilado. Ele é
aniquilado o seu aniquilamento, a
transformação dos meios de produção
individuais e fragmentados em meios de
produção socialmente concentrados.
Então, no capitalismo você tem o cara
que é dono
ou na a questão não é ser o cara, tá?
Esse é um sistema de produção dono do
Walmart. Então, o Walmart se espalha
pelo planeta Terra inteiro. Aí você tem
o xoxo lá, né? Como é que é o negócio
que tem em São Paulo, o mercado lá, o
xocho, né? Aí você tem um monte de
mercado que que começa a se produzir em
escala, você tem uma Ford que toma o
mundo, você tem uma produção de de de
aviões que é só a Boing e aqui a
brasileira e não sei o quê. Então é essa
concentração é natural no sistema
capitalista, não poderia ser evitada,
ela é natural. Então eh então cada vez o
sistema mais concentrado, portanto a
transformação de propriedade anã de
muitos na propriedade maciça de poucos.
Portanto, a eh expropriação de terra dos
meios de vida e dos instrumentos de
trabalho da grande massa do povo, está
esta terrível e difícil expropriação da
massa do povo forma a pré-história do
capital. Então, cada vez você tem uma
concentração maior, cada vez você não
tem como, você tem uma lojinha, você tem
que ser contratado por alguém. Então,
todo mundo vai virando esse eh eh essa
divisão entre pessoas que não têm e
trabalham para ter e pessoas que cada
vez vão aparecendo uns que domina o
mercado inteiro e o resto é só
terceirizada de terceirizada de
terceirizada. Então, se o cara tem R 1
milhãoais, ele é pobre, mas ele compra o
McDonald’s. O que que ele faz ao comprar
o McDonald’s? Ele é um braço da
estrutura que é mundial McDonald’s. Eu
tô aqui, eu tô na Grécia, eu como mesmo
McDonald’s. Por quê? Porque tem uma
concentração. Essa concentração é o
sistema capitalista que faz, certo?
Então tem pizza hut aqui, tem pizza hut
na Grécia com o mesmo gosto. Essa é
desgraça. Por que que tem o mesmo gosto?
Porque você tem uma unidade de produção
que vai se espalhando por todas as
esferas da realidade e não só da
produção industrial. Ela abrange uma
série de métodos violentos dos quais nós
só eh passamos em revista o os que
fizeram época como métodos de acumulação
original do capital. A expropriação dos
produtores imediatos foi completa eh foi
completada com o vandalismo mais sem
piedade e sob o impulso das paixões mais
infames, mais sórdidas e mais
mesquinhamente odiosas. A propriedade
privada adquirida pelo trabalho próprio,
por assim dizer, assente na fusão do do
indivíduo trabalhador singular,
independente, com as suas condições de
trabalho, foi suplantada pela
propriedade privada capitalista, que
assenta na exploração do trabalho
alheio, mas eh formalmente livres,
certo? Então, por que que assenta na
exploração? Porque uh o trabalhador
chora, não é? Porque você precisa da
exploração para gerar a acumulação, para
gerar o crescimento, para continuar
rodando a máquina. É só por isso. Não é
uma ofensa, não é ruhu. O trabalhador
chora, não é sobre isso esse texto, tá?
Tenha certeza. Quando você for ler esse
texto, você vai descobrir que não é
sobre, ai meu Deus, precisamos chorar.
Ó, logo que este processo de
transformação decompôs de alto a baixo
suficientemente, não 100%, a velha
sociedade, logo que os operários foram
transformados em proletários e as suas
condições de trabalho em capital, logo
que o modo de produção capitalista ficou
de pé, a ulterior socialização do
trabalho e a ulterior transformação da
terra e outros meios de produção em
meios de produção explorados
socialmente, ou seja, por grandes
grupos. Ou seja, você tá falando de não
dá para ter mais produção familiar. O
que que o capitalismo faz? O capitalismo
faz reforma agrária. Por quê? Porque
essa concentração não é viável. Essa
concentração atrapalha o sistema
capitalista. É o fim da linha do
capitalismo essa concentração. Aí eles
vão e falam pro Rockefeller:
“Rockfeller, pelo amor de Deus, você tem
que dividir essa empresa em 10”. Por
quê? Porque esse caminho da concentração
é o caminho natural, é a essência
natural do capitalismo é a concentração.
Então o próprio governo capitalista, ele
ele opera, por exemplo, para dividir um
Rockefeller, porque o Marx tinha razão.
A concentração é natural. A concentração
é natural no capitalismo. A concentração
é natural porque você ganha a competição
pela escala. E a escala você ganha por
quê? Porque o trabalho tá sendo
explorado. Quanto mais escala você tem,
mais exploração por indivíduo você tem.
E aí você tá sempre na fronteira
tecnológica, você não vence. Isso é
invencível isso. Por isso que o
capitalismo tomou o mundo. Portanto, em
meios de produção comunitários, por
conseguinte, o a ulterior eh
expropriação dos propriedos privados
ganha uma forma nova. O que agora é
despropriar já não é mais o operário
trabalhando para si, mas o capitalista
que explora muit muitos operários. Esta
exploração completa-se pelo jogo das
leis imanentes da própria produção
capitalista. Leis imanentes não é por
causa do capitalista do mal. Não é o
Jeff Bezos, não é o cara, ó meu Deus,
isso é gente esse negócio de que tem
cinco caras governando o capitalismo é
papo de fascista. Os fascistas é que
dizem isso, tá? Esse negócio de
globalismo, não sei que isso é papo
fascismo para o marxismo são leis imanes
da estrutura do capital que vai
concentrando cada vez mais. Se você
trocar o best, tirar todos eles, se você
colocar toda o partido comunista da
internet no poder, ainda continuará
operando esse mesmo sistema. Entenderam?
Entenderam?
Certo? entre o Partido Comunista todo do
Brasil, do YouTube, na no governo todo,
certo? Não tem Master of Puppets, não
tem, não tem, é o sistema que roda
assim, certo? Então, completa-se pelo
jogo das leis imanentes da própria
produção capitalista, pela concentração
de capitais. Um capitalista mata sempre
muitos, né? Absorve uns aos outros de
braço dado com essa eh centralização ou
com essa expropriação de muitos
catalistas por poucos. A forma
cooperativa do processo de trabalho
desenvolve-se. Por quê? Porque para você
manter uma Amazon, você precisa, sei lá,
500.000 pessoas trabalhando. É isso que
tem na Amazon. Então, cada vez mais
concentração, portanto cada vez mais
absorção de mais valia por cabeça, né?
Então você consegue ter uma inovação
muito grande, uma empresa de ponta e etc
e tal e etc e tal. Mas junto a isso, o
que que o capitalismo engendra também? O
trabalho cooperativo. Então, para a
Amazon rodar você precisa de ter 500.000
1000 pessoas sabe-se lá trabalhando
aonde no planeta Terra, todos em
cooperação para Amazon rodar. Então, eh,
a forma cooperativa do processo de
trabalho desenvolve-se numa escala
sempre crescente. Desenvolve-se a
aplicação técnica consciente da ciência,
a exploração planificada da Terra, cada
vez mais científico, a transformação dos
meios de trabalho em meios de trabalho
utilizáveis apenas comunitariamente. A
economização de todos os meios de
produção através de seu uso como meio de
produção de trabalho social, combinado?
Em que fase tá o capitalismo da China?
Nesse trabalho, enquanto os outros
países, né, às vezes eles tentam lutar
contra a concentração, a China diz:
“Não, é isso mesmo, eu preciso da
infraestrutura toda centralizada no”. Ou
seja, eles fazem capitalismo de estado
assumido. Por isso que tá na fronteira
tecnológica, por isso que tá na
fronteira de disputa. Vocês entendem o
que que isso tinha a ver agora com a
discussão inicial que a gente fazia?
Marx preveu, ou melhor dizendo, previu,
ele previu que os estados que concentram
e fazem o capitalismo ser concentrado
mesmo, são esses que vão desenvolver de
verdade, porque o capitalismo funciona
assim, ele ganha a escala. Então, quando
você tiver uma empresa lá chamada Bild
que faz, enfia dinheiro nessa merda,
soca dinheiro até o infinito, pega todo
o dinheiro da sociedade e enfia dinheiro
nesse negócio, porque quando a gente
ganhar escala, a gente vai absorver
tudo. Nosso sistema capitalista é assim
que se faz. O que eu tô dizendo é, a
China faz um capitalismo de estado
absolutamente evidente. Absolutamente
evidente. Então, lá na ponta eu tenho
sistema de tecnologia que vai pra bolsa
e não sei quê, mas para chegar lá na
ponta, na base do trabalho abstrato, o
que que eu preciso fazer? Ferro barato.
Ferro barato. Então, o que que o estado
chinês faz? Ele absorve toda a estrutura
de fazer infraestrutura. Então a gente
vai negociar, vai ter empresa pública
para fazer minério de ferro, ferro,
ferro, ferro, ferro, aço, não sei o quê,
etc e tal. Por quê? Porque aí o tanto
que vai ser acumulado, a sociedade vai
toda se voltar para produzir aquele
negócio. Quando sair o o produto no
final, eu vou fazer pistas tão lisinhas
que quando o cara for vender os os
textos do BYOD aqui,
na hora que for vender esses esses
carros, a infraestrutura que a gente
montou em cima roda lisinho. Então o
preço do BID vai acontecer o que com
ele?
Entenderam?
Entenderam?
Então, por que porque é óbvio que Marx
tem razão, é porque óbvio que Marcos tem
razão de como é que funciona o sistema
de preços, o o sistema de valores, o que
que o Estado chinês faz na base dele?
Ele faz com que toda a estrutura opere
em capitalismo de estado, certo? Em
capitalismo de estado, assim. E a
diferença não é que os outros países não
fazem, é que a China é desvergonhada,
pô.
A [ __ ] dos Estados Unidos tem que ficar
dando satisfação. Não, veja bem, é
porque tem as competições, é livre
competição. Não tem não. Não tem não.
Não tem não. Faz uma base produtiva bem
organizada, faz uma que na competição
por capitais a nível internacional, quem
vai ganhar? A China. vai ganhar, vai
ganhar. Se ela não for nucada no meio do
caminho, vai ganhar, porque essa, isso
aqui é matemático, gente. Isso aqui é
ciência natural, tá? Ciência natural. É
exatamente assim. Então, a tendência do
capitalismo é a concentração, porque na
concentração você ganha na escala,
certo? E a China faz isso. Capitalismo
de estado. Capitalismo de estado mais
evidente do planeta. Mas veja, o projeto
do Marx era entender que o capitalismo
funcionava assim para fundar o
capitalismo de estado. Não, nunca foi.
Nunca foi. Era para dizer que esse se
todos os países fizessem o capitalismo
de estado que a China faz, se todos os
países do planeta fizerem a mesma coisa,
sabe o que que vai acontecer com o
planeta? O planeta implode, implode. O
planeta implode. Então o projeto de Marx
não era sejamos todos um capitalismo
chinês de estado, é sejamos todos um
sistema além desse. Entenderam?
Entenderam? O projeto é diferente,
certo? A China só não faz
neoliberalismo. Ela só gira, ela só gira
o capitalismo dela em capitalismo de
estado, sem medo de ser feliz, de
concentração econômica. Sem medo de ser
feliz. E o China faz isso. Mas o projeto
não pode ser 500 China um por met
quadrado, não cabe. Porque aí senão
estaria todo mundo competindo para fazer
a mesma coisa, rodar uma economia mais
rápida, mais produtiva. Não sei. Não dá,
não dá. Esse não é o projeto de Marx. Eu
vou continuar mostrando para você que
não é. Então, ó, de braço dado, com essa
centralização ou com essa expropriação
de muitos capitalistas por pouco poucos,
a forma cooperativa de trabalho
desenvolve-se numa escala sempre
crescente. Desenvolve-se a aplicação
técnica consciente da ciência, a
exploração planificada da Terra, a
transformação dos meios de trabalho em
meios de trabalho utilizáveis apenas
comunitariamente, a economização de
todos os meios de produção, porque
quando você faz quando você faz
concentração de produção, isso também
acontece através do seu uso com meios de
produção de trabalho social combinado o
entrelaçamento de todos os povos na rede
do mercado mundial. é aqui que a gente
tá. E, portanto, a China faz parte do
sistema capitalista, ten menor dúvida
disso. E com isso, o caráter
internacional do regime capitalista, com
o número continuamente decrescente de
magnatas do capital que usurpam e
monopolizam todas as vantagens, ou seja,
o número de super ricos vai diminuindo e
a quantidade de acumulação vai
aumentando. Esse processo de
transformação cresce a massa de miséria,
da miséria, da opressão, da servidão, da
degeneração, da exploração, mas também a
revolta da classe operária, sempre a
engrossar e ensinada, unida e organizada
pelo mecanismo do próprio processo de
produção capitalista. O monopólio do
capital torna-se um entrave para o modo
de produção. Ele produzindo mais, mas
ele próprio quebra o sistema. A
centralização dos meios de produção e a
socialização do trabalho atinge um ponto
em que se tornam incompatíveis com seu
invólucro capitalista, porque já tá tudo
socializado. Se você tem uma Amazon que
depende de 500.000 trabalhadores para
produzir, essa não é uma produção
social? Entenderam? Aí por isso que ele
fala a não é o socialismo, ele emerge,
segundo Marx, do próprio sistema
capitalista. Foi os próprio sistema
capitalista que começou a criar as
indústrias. E antes você tinha 10
pessoas produzindo que eram amigos
contratadas por alguém. Daqui a pouco
você tem 500 para um cara que é gerente.
500 cara produzindo para um cara que é
gerente. Você já tem uma produção social
do trabalho. É isso que Marx tá dizendo.
Por isso que é, gente, vocês entendem
que é natural. Vocês entendem que é
natural. Vocês entendem que no texto de
Não é o que eu tô dizendo. Vocês
entendem que no texto que a gente acabou
de ler aqui,
o crescimento do socialismo, ele é
engendrado naturalmente dentro do
desenvolvimento capitalista. Vocês viram
isso? Vocês entendem que não sou eu que
digo isso, quem diz isso é Marx.
Vocês entenderam?
É tipo assim, não é para gente inventar
uma tese, é para você olhar pro mundo,
se juntar todo o porto de Santos, fecha
o porto de Santos, o pessoal que
trabalha no Porto de Santos manda no
Brasil. É isso.
Se você juntar todas as pessoas que
trabalham no metrô de São Paulo, fecha o
metrô de São Paulo e fala assim: “Agora
quem manda no país é a gente”. Metrô de
São Paulo, Po de Santos, Isabésp. Esses
caras manda no país, Petrobras, Porto de
Santos, essas pessoas que falaram assim:
“Eu cruzei os braços agora e agora eu
vou dizer quais vão ser as regras. Eu
vou dizer se pode banheiro trans, se não
pode banheiro trans, vai ser os
trabalhadores organiz”. Eu tô dizendo
para vocês, o projeto era esse, era
dizer essa galera que produz o né, a
estrutura. Então, e por que não faz? Diz
o Júlio, porque os marxistas estão
ocupados em ser eleito, né? Na época de
Marx eles organizavam. Qual foi o
efeito? foi a tomada de da Rússia e a
tomada da China. Agora os caras estão
preocupados sem eleito, é por isso que
não faz, porque qual era o papel do
intelectual? Pelo mesmo motivo era
mecânico, mecânico, mecânico, mecânico.
A metáfora é mecânica. Então a tendência
já tá aí. Por que que não faz? Você
precisa da inteligência os intelectuais,
porque não não adianta você só sentar do
do lado do cara. Você precisa mostrar
como é que faz uma organização, como é
que faz uma assembleia, como é que você
estrutura as pessoas para votar, como é
que faz quando perde, você precisa de
advog, certo? Então, Leni era advogado,
eh, advogado não, né? Tinha formação em
direito. Marx tinha formação em direito,
certo? Então ele fez uma organização
chamado organização da Internacional dos
Trabalhadores.
Leni fez uma organização, ele foi a
cabeça do Soviets,
foi a cabeça, foi a cabeça que eu quero
dizer. Ele foi acima. Ele ele se colocou
acima e diz: “Olha, agora vocês se
organizaram, tem que fazer X”.
Mas aí como é que você quer fazer isso?
Se todo o comunismo do Brasil são três
youtubers, me explica, se todo o
comunismo do Brasil são três youtubers,
vocês entendem?
Tem que ensinar essa galera como é que
se organiza, como é que faz, como é que
luta pelos seus interesses e converte o
luta dos interesses econômicos, salário,
não sei quê, em luta política. Quando se
converter a luta dos interesses
econômicos em luta política, acabou,
certo?
vai o os o sindicato dos metroviários de
São Paulo lutar por salário. Ah, mas
agora também a gente tá lutando pro
salário, aprendeu como é que faz, tem
reunião, sabe como é que vota, não sei o
que e tal, quando perde, quando né, tem
que aceitar que perdeu, etc. que os
caras aprendem a fazer luta econômica
sem brigar, sem rachar, por causa do
partido do PC do B, por causa do partido
do PCB, por causa do partido PSTU. Em
vez de ficar brigando por feudo, feudo,
sabe? Feudo de Congresso Nacional,
feudo, aprende a se organizar e lutar
por uma pauta econômica do, por exemplo,
salários mais altos. Quando eles fizerem
isso, aprenderem a se organizar e
mostrarem pro país que eles se
organizam, eles podem começar a fazer
luta política. Luta política. Veja bem,
se passar a escala 4x3, se não passar a
escala 4x3, a gente não trabalha mais,
certo? E começa a pautar. E aí começa a
acontecer o contrário. A invés da gente
usar o youtuber para pautar a política,
os trabalhadores da indústria de São
Paulo vão pautar a política. Acabou.
Quando isso acontecer, acabou, entendeu,
Júlio? Entendeu? Isso era marxismo. Isso
era marxismo. Quando o trabalhador
começar a pautar a política, seja em
cenário de não vamos ou vamos pra guerra
ou qual vai ser a pauta nacional, em vez
de ser o youtuber, quando isso
acontecer, acabou. Só que esse não é o
projeto do YouTube maxista. Não é. O
YouTube maxista, não é esse projeto. E
por isso que eu tô fora para [ __ ]
certo?
Tô fora para [ __ ] Tô fora para
[ __ ] Entendeu? O projeto seria esse,
organizar a classe trabalhadora
industrial. Enquanto não for organizar a
classe trabalhadora industrial, eu vou
fazer robô. Beijo no coração de todos.
Falou, valeu e até mais.
[Música]
Do irracionalismo ele se cansou. Das
brigas, intrigas ele desanimou. Parou a
treta e foi fazer robô. O até o robô
plantou a bomba e se esquivou. Até o
robô. Até o robô. Agitou a internet
contra os pósmodernos e depois se mandou
o até o robô.
Até o robô. Vocês podem ficar aí citando
Foucault que o ateu cansou foi fazer
robô, mas fiquem espertos que ele vai
voltar sempre dizendo que verdade a Mas
por enquanto foi fazer robô. A teu robô,
bateu o robô. Oh,
plantou a bomba e se esquibou.
Até o robô agitou a internet contra os
pósmodernos e depois se mandou o até o
robô.
Até o robô.
Oh.
dizendo que pouco vídeo ele fará, que
infelizmente irá nos deixar, mas como
sempre ele nos trollou. O até o robô, o
até o robô impável mesmo se cansou. Ele
segue a fazer vídeos de valor, mesmo
jogando no ará continuar, nos ajudando a
estudar. Mas não se esqueça que ele foi
fazer robô. Teu robô. Teu robô.
[Música]
Plantou a bomba e se esquivou até o
robô. Até o robô. Agitou a internet
contra os pós modernos e depois se
mandou. Até o robô.
Até o robô.
Oh.
[Música]
Robô.
Vocês podem ficar aí citando Fou que o
Au cansou foi fazer robô, mas fiquem
espertos que ele vai voltar. Sempre
dizendo que verdade a Mas por enquanto
foi fazer robô. A teu robô. A teu robô.
Teu robô. Oh,
plantou a bomba e se esquivou. Até o
robô. Até o robô. Agitou a internet com
os pós modelos e depois se mandou o até
o robô.
Até o robô.
Até o robô.
Até o robô. Dizendo que pouco vídeo ele
parar, que infelizmente irá nos deixar.
Mas como sempre ele nos trollou. O teu
robô. O teu robô. Imparável mesmo se
cansou. Ele segue a fazer vídeos de
valor, mesmo jogando no ar de our
continuar nos ajudando a estudar. Mas
não se esqueça que ele foi fazer robô. A
teu robô atuô. Oh
oh oh teu robô imparável. Mesmo se
cansou ele segue fazer vídeos de valor.
Mesmo jogando no ar irá continuar nos
ajudando a estudar. Mas não se esqueça
que ele foi fazer robô. Oh
o teu robô.
Teu robô.
[Música]
Robô
teu robô.
Teu robô.
Cavalo.