amigas, tudo bem com vocês? Eu espero
que esteja tudo bem com vocês. No vídeo
de hoje eu quero fazer um complemento a
um vídeo que o Henry Buugalho gravou,
que eu assisti agora voltando para casa.
Fiquei
até mais tarde no trabalho hoje
porque apagaram o meu quadro. Queria
mostrar para vocês minhas capacidades
desenhísticas, que eu tenho muito
orgulho das minhas capacidades
desenhísticas.
Talvez assim
é assim é melhor.
Olha meu mapa munde que eu desenhei hoje
porque
apagaram meu quadro. Ó meu mapa munde.
Olha,
ó meu mapa mundo. Meu mapa mundi é
bonito.
Eu sei desenharem. seu desenhar,
eh, final de semana teve
prova de concurso e lá o quê, na escola
e apagaram meu quadro. Sempre ficou
muito puto quando isso acontece. Eh,
veja só,
tava voltando aqui e para casa e tava
vendo, ouvindo o vídeo do Henry que ele
gravou sobre 30 ah cristãos e um ateu
feito pelo, né, protagonizado pelo
Daniel Gontio. Daniel Gonjo, que é uma
pessoa fantástica, ele chega a me dar
raiva de tão fantástico que ele é. tão
gente boa, mas tão gente boa, mas tão
gente boa que eu chego fico irritado de
tão gente boa que ele é.
O Gontio, ele ah
é o título, Thiago falou, o título do
Erry. É porque o erro é bom de
clickbait, né?
Eh, ele ele é o rei do clickbait, ele é
bom, ele é bom nisso. Hã, mas o Daniel,
eu não assisti o vídeo, tá? Porque eu
sou bastante contra mesmo. Eu sou assim,
oposição existencial. Esse negócio de um
uma um não sei o que versus 30. Eu eu
sou oposição existencial a isso, mas sou
mesmo, tá? Mas sou mesmo. Ahã. Por
motivos muito parecidos que o que o
Enem, tá? Por motivos muito parecidos
que o Enem. Mas o Hen tava comentando
que o vídeo era muito bom, porque as
todas as personalidades assim, em geral,
aquelas personalidades vão ali
detestando umas as outras. E hã
nesse vídeo diz o Henry, eu não sei, eu
aposto sim que eu conheço o Gontijo,
mas
eu aposto que ele tenha sido educado,
que tenha sido tudo ótimo. Não vi o
vídeo e nem vou ver, mas
o ponto do Enro em geral é que na
verdade não tem nada de passar vergonha
ali, que quem passa vergonha na verdade
pelo próprio modelo da coisa, são as
pessoas que tentam correr disputando
para sentar na cadeira, uma coisa dança
das cadeiras assim, coisa meio feia
isso. Ah, mas que na verdade diz o ah,
toda a conversa foi muito gente boa,
todo mundo respeitava todo mundo e isso
é um exemplo de ética do discurso e etc
e tal. uma coisa que o Henry sempre diz
que ele sempre defende. Eh,
mas tem uma coisa que eu quero
complementar a respeito do que o Ren
falou ali, né, que ele fala que para
isso as pessoas têm que ã não se achar
donas da verdade absoluta e que uma
discussão entre ateus e outros grupos
sociais, eles seria ela seria importante
para que, como numa uma sociedade em que
existe uma religião majoritária, eh, há
uma certa pressão de que a pessoa que
não não é religiosa, ela é um problema,
ela é um defeito, ela não sei o quê,
etc. Ah, é importante eh, naturalizar ou
normalizar as pessoas que são de
convicções minoritárias para que haja
uma espécie de pacificação, né, de de
bom trato em comunidade, etc. E mais
importante, portanto, que mostrar que o
outro está errado em algum sentido,
seria eh aceitar que há gente diferente,
pensando diferente. Bom, eu acho que o
que o En falou não tem nada muito a ser
adicionado de de do no sentido de que
isso é importante, né? Eh, é importante
que as pessoas eh respeitem as outras
pessoas que têm visões diferentes,
sobretudo quando é um tópico como que
não tem como ter certeza e etc e etc e
etc, que as pessoas têm convicção e tal.
Acho de bom tom, né? Acho suave, acho
que é tranquilo.
Eh,
disso, eu acho que isso de fato é uma
questão de boa.
Eh,
mas eu queria adicionar uma coisa, tá?
Por, porém, contudo, entretanto,
todavia, eu queria ah adicionar
uma outra coisa.
Tá, eu queria adicionar uma outra coisa.
Eu tô vendo o comentário que vocês estão
fazendo. Tão, tô fazendo muito, muitos
comentários, um, uns melhores do que
outros, mas muitos comentários
interessantes.
Ah, veja,
Gabriel fez uma fala que é muito padrão
entre ateus, né? falar isso. Veja, ele
diz assim, mas o ateísmo não é uma
convicção religiosa diferente, é uma
negação da fé, sendo a negação de
qualquer fé.
Do ponto de vista da lógica formal, tá?
qualquer convicção, seja ela positiva ou
negativa, o nome que se dá a isso, do
ponto de vista
do padrão discursivo da filosofia, você
ter fé em algo ou não ter fé em algo, o
nome que se dá a isso é crença, tá? uma
crença negativa. Eu acho que isso não
existe. O nome disso é crença. Você não
tem, você não é por causa de como você
tá jogando com as palavras e falando que
uma convicção, não é uma convicção
religiosa, é a negação da convicção
religiosa. O nome disso permanece do
ponto de vista da filosofia formal. O
nome disso é crença, né? Eu creio que
não há gatos voadores em Marte. É
crença, assim mesmo, tá? O nome é
crença,
tá? Não é aí que reside qualquer
superioridade ou inferioridade do
ateísmo. Eh, do ponto de vista da
estrutura, da forma, é crença. O nome,
tá? Eu creio que não existe crença, tá?
Isso,
eh, é, isso dá isso dá um pouco de sono,
porque muita gente diz isso, né, Edmund,
né?
Não, não é, é exatamente isso. Não é
diferente. Do ponto de vista formal,
lógico, da estrutura lógica, eu acho que
não. E eu acho que tem a mesma
estrutura. É precisamente esse o ponto
que eu tô levantando aqui, certo? É
crença. Todo, do ponto de vista da
estrutura formal do raciocínio,
crença que não existe, crença de que não
há e crença de que há é a mesma
estrutura.
Depois de vista da forma, né? O fato de
que tem uma negação na frente não muda a
estrutura, é crença, é a mesma base do
do ponto de vista do raciocínio. É a
mesma coisa. Não é isso que coloca se
tiver alguma coisa, ah,
a se colocar de especial.
Eh,
e veja, e aí isso me leva a a seguinte
questão, que é o seguinte, eh,
a seguinte questão é a seguinte, né? Eh,
raciocínios derrotar, vou vou vou
colocar um negócio na tela para vocês,
tá?
Porque não é isso, não é essa que a
questão. Ess isso é uma pseudo, essa é
uma falsa questão. Raciocínios
derrotáveis. Vou colocar aqui na
Wikipédia para vocês.
Razão derrotável.
Não, não é possível que não tenha na
Wikipédia. Pera aí, rapidão. Só para, só
pra gente se colocar. Isso. Raciocínio
derrotado. Não sei porque que não
apareceu da outra vez, mas só pra gente
se colocar na primeira. na primeira,
na mesma página aqui, tá?
Ah, tá. Porque tem em inglês, tá? No
Wikipédia em inglês, tá? Em filosofia
lógica, o raciocínio derrotável é um
tipo de raciocínio provisório que é
racionalmente convincente, embora não
dedutivamente válido. É quando você faz
assim, ó, até que me demonstre o
contrário, eu tomo isso por verdadeiro.
Isso é um raciocínio derrotado.
Tranquilo? Bem, de boa.
Isso tem a ver. Você consegue enxergar
aí, né?
Deixa eu coloc aumentar aqui.
Raciocínio derrotável. É isso aqui.
Eh, bom, sim. É possível discutir coisas
não demonstráveis
a partir de raciocínios derrotáveis,
inclusive a existência de Deus, a
existência do passado. Você não consegue
provar o passado. Ah, se estamos ou não
vivendo numa matrix, essas coisas assim,
certo?
Eh,
se você estuda outras coisas que não só,
caraca, a galera tá viajando. Veja só,
quando a gente tá falando de de
estruturas de matemática,
eh,
é isso, é isso que eu tô tentando dizer,
é isso, né? tem como você tomar a
atitude de negar ou afirmar, porque de
novo não tem nada, não tem nada de
positivo em você dizer que tá negando
alguma coisa, né? Então, ou negar ou
afirmar alguma coisa até que se mostre o
contrário, é
é uma estrutura razoável, né? é uma
estrutura razoável que você toma ã que
você não encerra assunto, mas você toma
posição.
Tem um monte de discussão, tem um monte
de discussão sobre
que envolve, né, tangencia, unifica dois
temas diferentes, que é esse dos
raciocínios. Isso, por exemplo, quando
você raciocina com base axiôma, por
exemplo,
enquanto você não mostrar que o meu
axioma, né, aqui tudo indica que era
isso ali que eu ia chegar, a gente toma
como se a matemática fosse dada, mas ela
não é dada, você parte de axiomas, né?
Então, olha, isso aqui me parece
evidente. Me parecendo evidente, eu vou
tomar o evidente como verdadeiro e daí
eu vou destrinchando coisa. Vou tomar o
evidente como verdadeiro e vou
destrinchando coisa. Eu não provei o
evidente. Eu eu coloco o evidente em
foco e pergunto: “Você acha que isso
aqui é evidente?” Acho. Então, pronto.
Então, se eu parto dessa premissa e você
também ela é dada como evidente, aí eu
faço lógica em cima dela. Entendeu?
Entendeu? Porque quando a gente tá
falando de lógica, quando a gente tá
falando de lógica, a gente tá falando de
desdobramentos formais a partir de
premissas
normalmente tomadas como válidas. Só que
se se a premissa for ou como
verdadeiras, mas se a premissa for
falsa, isso vai bagunçar as conclusões
que você vai ter, mesmo que o raciocínio
esteja plenamente
perfeito do ponto de vista formal.
Eu não sei se eu tô me fazendo entender,
mas o que eu quero dizer é que nem na
matemática
é tipo cinco axiomas de Euclides, tá?
Tipo, por Vamos, vamos fazer isso. Vamos
abrir Euclides aqui. Eu acho que eu
consigo achar o EPDF de Euclides.
Acho
no archive. Aqui, ó, no archive. Caraca,
os caras colocaram no archive o texto
dos elementos Achupaia, mas tá aqui. Eh,
vamos lá, página 97.
Aqui, ó, definições. Não é exatamente
axioma, é uma definição. Ponto é aquilo
de que nada é parte e linha é o
comprimento sem largura.
Bom, isso são definições, né? Você tá
dizendo, suponha que aquilo que eu chamo
de linha é um negócio com comprimento
sem largura. Suponha que aquilo que eu
chamo de ponto é aquilo de que nada é
parte.
Suponha que extremidades de uma linha
são pontos, né? Eu tô supondo, tô
criando definições.
Tô criando definições, né?
Certo? Eu, no caso, euclides, né? Tem o
grego aqui, não, né? Devia ter o grego.
Eu tô criando definições. A partir das
definições, eu vou abstraindo coisa.
Bom, se as definições
expressam coisas
que de alguma forma refletem
aquilo que há de elemento ah
na percepção empírica, porque é bem isso
que a gente tá fazendo no fundo, é isso
que a gente tá fazendo, né? Então o
ponto é aquilo que na departe alinha o
comprimento sem largura. E você imagina,
né, um comprimento que não tenha
largura, né, uma coisa que é comprida,
mas não tem largura. Você imagina isso e
de alguma forma e de alguma forma isso
representa alguma coisa que está se
fazendo presente na nossa empiria, ou
seja, na nossa percepção imediata.
Eh, daí o cara vai sair construindo a
geometria inteira, geometria plana, né,
a partir de definições de coisa que ele
supõe que é elemento, né, o nome,
inclusive stoikeia, né, o nome do texto,
eh, que são elementos de coisas que são
dadas à percepção humana,
né? Existe uma coisa que tem
comprimento, mas não tem largura. Mas o
que é comprimento? Boa, isso comprimento
é isso aqui, ó. Tá vendo isso aqui, ó?
Comprimento. Entenderam?
Entenderam? O que que eu quero dizer? O
que que eu tô tentando expressar aqui?
é que mesmo na quando você vai fazer
geometria
plana, mesmo quando você vai fazer
geometria plana, você parte de uma certa
quantidade de pressupostos e você toma
como dado. Se eu disser para você, olha,
imagine que linha é é o que eu tô
chamando que é um comprimento.
O que que é um comprimento? Quando você
tem comprido aqui, aqui não tem largura,
certo? Eu tô tentando mostrar para vocês
na imagem assim, eu tô tentando fazer
esteticamente para você entender.
A gente toma isso como dado.
Se você tomar isso como dado, aí eu
consigo sair conversando.
Se eu não se você não aceitar as minhas
definições ou as minhas premissas, a
gente não consegue construir lógica e
afirmações
a partir eh
dessa conversa. Vocês entendem o que eu
quero dizer? Vocês entendem o que eu
quero dizer?
Tá compreensível o que eu quero dizer?
Eu não sei se tá compreensível o que eu
quero dizer, mas o que eu quero dizer é
o seguinte.
Mesmo na matemática, mesmo na
matemática, para você sair fazendo
afirmações, mesmo na geometria plana
de Euclides, para você sair fazendo
afirmações e demonstrações, você tem que
conversar com a pessoa e chegar assim,
ó: “Você concorda comigo que a gente
definiu essa palavra que significa
isso?” E eu consigo demonstrar para você
o que significa, né?
consigo fazer. Se eu não conseguir dar
esse passo, a gente não consegue
conversar sobre nada.
É, então é porque isso não é verdade,
né? O Thigo tá dizendo, eh, é, sempre
tem a galera da matemática objetiva e
etc e tal, que tenta construir esse
raciocínio que o Thiago tá tentando
construir. Sequer é necessário aceitar
os axiomas. É para um Veja, veja.
Beleza. É verdade que o matemático ele
pode dizer assim, ó, você não precisa
tomar como verdadeiro os axiomas, mas
você pode derivar dos axiomas
conclusões. Ele sendo verdadeiro ou
falso, não importa. Porque uma vez que
for verdadeiro seguirá as conclusões.
Mas se você não quiser tomá-lo como
falso, ainda assim eu consigo demonstrar
que se sendo verdadeiro isso, seguem as
conclusões.
Mas se a gente diz que ponto de vista da
estrutura, do de onde você parte, você
chega a conclusões, mas a premissa é
falsa ou o axioma não corresponde à
realidade ou qualquer coisa assim. Então
você anula, quer dizer, você não anula o
raciocínio porque o raciocínio segue se
verdadeira premissa.
Se verdadeira e premissa. Se ela não for
verdadeira, se a gente não aceita a
premissa, não tem como chegar na
conclusão, porque a do a lógica,
sobretudo a lógica formal, ela é
meramente formal. Então, se você tem um
problema, um problema básico entre esse
axioma que você tá postulando,
o axioma que você tiver postulando, ou
do ponto de vista empírico, se é
verdadeira a premissa de qual eu parto.
Se você não concorda com a premissa,
você não consego fazer o raciocínio
funcionar, porque o raciocínio é
meramente formal
e ponto, tá? É isso. Isso não é uma
novidade, viu, gente? Isso não é uma
novidade. Desde o tempo de Aristóteles,
quando ele escrevia sobre lógica, ele
sabia disso,
tá?
Tanto que ele fala, ele fala
ele passa um bom tempo na metafísica.
Qual é metafísica gama? Eu acho
falando sobre protágoras, né? Olha, se
eu tô estruturando os fundamentos de uma
lógica, eu tenho que admitir que uma
proposição ou ela é verdadeira ou ela é
falsa.
Se eu assumir qualquer coisa diferente
disso, você vai assumir que tudo é
qualquer coisa, é o resultado.
E ele cita Protágoras e fala da
possibilidade do um monte de
possibilidade maluca do da trigem ter
perna e eles citam umas coisas que que
resultariam disso. Tem até um princípio
lógico por trás disso. Esqueci qual é o
nome dele, mas tem um princípio lógico
sobre isso. Se você se você assume que
não é da estrutura da lógica
que ou a proposição é verdadeira ou ela
é falsa, deriva daí qualquer coisa,
certo? Deriva daí absolutamente qualquer
coisa. Se é possível que uma coisa seja
verdadeira e falsa, uma proposição seja
verdadeira e falsa na mesma
circunstância, etc., Aí, você consegue
demonstrar,
é o princípio da explosão. Obrigado, eh,
Daviro. Você consegue demonstrar que, ã,
tudo segue de qualquer coisa.
Ou seja, você mostra que seu sistema não
presta para nada. É isso. Seu sistema
racional não presta para nada. Se você
admite que é possível uma proposição
numa mesma circunstância ser verdadeira
e falsa, você mostra que seu sistema
formal não presta para [ __ ] nenhuma. É
o princípio da explosão,
tá? Eu posso tentar mostrar isso para
vocês depois, como é que você explica
isso, tá?
Tranquilo,
tranquilo. Se o seu sistema formal ele
aceita eh a contradição, que é possível
uma proposição numa mesma circunstância,
ser verdadeiro e falso, você explode o
seu sistema,
tá?
Seu sistema formal não presta para [ __ ]
nenhuma. É isso. E aí tem gente que
tenta dar nó nesse tipo de coisa, mas
contemporaneamente. Mas eu tô dizendo
isso. Na antiguidade já se sabia, já
tinha, não sabia se demonstrar. E e
certo,
sim. É, tem como demonstrar. Eu posso
fazer essa demonstração para vocês um
outro dia, tá? Eu posso fazer essa
demonstração para vocês no outro dia,
tá? Posso fazer mesmo. De é de boa, não
é difícil não, mas por enquanto eu só
quero que você aceite, né? Dá para
demonstrar formalmente,
mas eu não quero demonstrar isso
formalmente. Eu quero que você entenda
que desde Aristóteles, embora ele não
tivesse a menor condição, porque ele era
muito ruim, lógica comparado, né, a
lógica que a gente tem formal é a lógica
19 paraa frente. Então, Aristóteles não
tinha ferramenta para demonstrar, mas
ele discutiu o tema, ele falou: “Olha,
se a gente aceita como protágoras que
não tem qualquer coisa como verdadeiro
ou falso, que eles são intercambiáveis
entre si, você pode dizer que uma
trigreme tem braço e ninguém vai, ele
ele ele intembora ele não demonstre a
questão, ele intro
séculos antes da era cristã e que é
possível você demonstrar de maneira
formal que isso é verdadeiro. Tá
tranquilo, de boa,
tranquilo. Beleza. Eh,
só que a gente, veja, quando a gente tá
falando disso, a gente tá falando de
sistema formal. A gente tá falando de
sistema formal. Aí não tá falando de
fatos. A gente tá falando da formalidade
do raciocínio. Se você aceita um
raciocínio que isso permite, isso faz
com que seu raciocínio se torne
absolutamente inútil. Então você eh você
pode tornar seu raciocínio absolutamente
inútil ou aceitar, né, o princípio da
não contradição, né, ou relativizar o
princípio da não contradição em casos
específicos, que é a questão da
dialeticidade.
Mas isso é outra coisa, tá? Eu só quero
dizer, eu só quero dizer que isso é do
ponto de vista formal. Do ponto de vista
formal, tá? Do ponto de vista formal. É
um sistema, você formaria um sistema
consistente, mas inútil, que não serve
para nada.
Eh, mas tá, eu quero deixar isso tudo de
lado. Eu quero só, eu só quero destacar
que há uma diferença entre vocêar um
sistema formal de forma de raciocínio e
falar de factualidade ou falar de
empiria ou falar de aquilo que vai
alimentar as premissas que você toma
como verdadeiras ou falsas. São duas
coisas diferentes. Você tem um sistema
de raciocínio e você ter um sistema de
premissas tidas como verdadeiras ou
falsas, axiomáticas ou não e etc, etc.
Tá? São duas coisas diferentes. Uma
coisa é a forma do raciocínio. Sim,
Kelsin é é lógica formal. Sim. Quando o
Kelsin tá escrevendo o sistema dele de
direito, que é o positivismo, eh, é o
positivismo lógico, tá? Não é, não é
positivismo, não tem nada a ver, ninguém
entende assim, quem critica normalmente
positivismo de K não não faz a menor
ideia do que tá acontecendo. Não faz a
menor ideia do que tá acontecendo, mas
na menor ideia, né? Menor ideia, né? Eh,
normalmente é uma galera de humanas
muito ruim, que não estuda lógica, não
estuda matemática, não sabe nada do que
tá falando, nada do que tá falando. E
entende que o positivismo do que é
ausência, sei lá, se o direito deu, se
os fatos do mundo deram, isso é
conhecimento positivo, que é empiria.
Nossa, não tem nada a ver. Não tem nada
a ver. Nada a ver. Não tem nada a ver.
Tem a ver com lógica, tá? Estrutura
lógica. A estrutura do direito deve ter
uma consistência interna e, portanto,
lógica. Você deve ter regras para
eliminar as contradições aparentes. É
isso. O objetivo dele é isso, tá? Criar
um sistema em que as decisões sejam
coerentes entre si a partir e de uma de
uma de um sistema de coerência interna
lógica, tá? Quando o sistema positivista
de de que ausem tem a ver com isso, tem
nada a ver com ah não, veja, nossa, tem
nada a ver, nada a ver, nada a ver.
Isso me irrita bastante porque, enfim, é
um espantalho horroroso que se cria
sobre Kon. Enfim, é horrível, é
simplesmente horrível, tá? Mas veja,
raciocínio derrotável, sobre o que eu
quero falar um pouco. Ah, raciocínio
derrotável. Raciocínio derrotável tem a
ver com a teses, ou seja, posições
iniciais a respeito de verdadeiro ou
falso
de uma proposição que você toma
inicialmente. Ou seja, não tem a ver com
lógica. Não tem a ver com lógica, tá?
Tem a ver com preceitos,
premissas que você toma. Olha, isso até
então para mim é verdadeiro.
E, portanto, eu vou começar a raciocinar
dentro do meu sistema pensando que isso
é verdadeiro. Se durante o meu
raciocínio, durante a estrutura do meu
raciocínio, eu demonstro por outras
crenças, ou seja, outras convicções de
que X é verdadeiro, Y é verdadeiro, alfa
é verdadeiro, eu tô querendo provar que
Z é verdadeiro
ou eu tô tomando como pressuposto que Z
é verdadeiro, eu vou, espraio o meu
raciocínio, tomo outras coisas como
verdadeiras e se essas outras coisas que
sobre das quais eu tenho uma maior
confiança, vai somando convicções
e e essas fazem com que a primeira fazem
com que a primeira seja tida como uma
espalhafatosa burrice ou um equívoco, eu
tenho que reformar aquela primeira que
eu tinha tomado como verdadeira no
início. E aí isso vai alterar todo o
sistema de crença que eu tenho.
Eu não sei se ficou, vamos tentar com
Cises Negro, não é exatamente isso, mas
com Cises Negro faz sentido, né? Então
vamos dizer que eu vivo em uma
comunidade em que todos os cisneys que a
gente vê no lago do da nossa comunidade,
todos eles são negros. Nós temos 50
cisneys e todos eles nasceram negros.
Sei lá por quê. questão da da motivação,
não interessa. Vamos dizer que eu tenho
uma lagoa, nessa lagoa tenho 50 cisneis
negros. Todos. Todos.
Eu, por
indução, concluo, ora, todo cisney tem a
cor negra.
Isso é verdadeiro? É óbvio que não, mas
diante
do meu arcabolso empírico faz sentido
eu pressupor
que até segunda ordem eu tenho uma
convicção
razoável,
bem fundamentada,
embora falsa, de que todos esse todos os
síes do planeta são negros.
Tranquilo,
não tem nada de errado com o meu
raciocínio,
embora a informação seja falsa, certo?
Todo ser racional
naquela hipótese estaria inclinado a
crer que todos os cisney são negros.
Tranquilo?
Ou seja, não tem nada de errado com o
raciocínio da pessoa que eventualmente
conclua
num n amostral de 50 cisneyes, todos
eles aparecendo negros, você pensar que
todos os cisneys necessariamente são
negros.
Bem tranquilo, né? bem suave de
compreender. Ou seja, o raciocínio,
o raciocínio
é pertinente, não tem nada de errado com
o raciocínio,
mas a conclusão é falsa, porque a
dedução não gera, certo? A dedução não
gera
uma certeza absoluta, mas a pessoa que
concluiu isso não seria desarrazoada.
Certo?
Veja como isso é interessante, porque
parece que a o exemplo fácil, o exemplo
fácil faz vocês parecerem muito gênios
ao dizerem o seguinte:
“Ora, mas é óbvio que a amostragem era
ruim, então a pessoa não poderia
concluir isso porque a amostragem era
ruim, era 50, eram 50,
eram 50 no en amostral e sei lá, existem
1 bilhão de cisney.” Sim, mas para
aquela comunidade ela achava que ela
tinha se encontrado todos os cisneyses
do planeta. Ela achava que todo cisney
que há e que me aparece é preto, é negro
e, portanto, todo cisne é negro. Tá?
Agora, presta atenção. E se eu digo que
toda toda toda
todo todo
mamífero não bota ovo, aí começa a ficar
mais complicado.
Todos os mamíferos que a humanidade viu
até o século, sei lá, XI
não botavam ovo. você chegava à
conclusão de que todo mamífero não põe
ovo até acharem a [ __ ] do ornorino, que
põe ovo, sei lá, no século X, 18, alguma
coisa assim, tá? A Europa inteira,
durante toda a sua história na Terra
nunca tinha achado mamíferos que
colocavam ovo, até que aparece um. E aí,
percebe?
Percebe? Aí começa a ficar mais difícil,
né? Eita!
mais o N a mostrar. Certo? Agora eu vou
colocar a questão supondo um futuro.
Supondo um futuro. Vou dizer para você.
Todo, todo,
todo ente corpório,
todo ente corpóreo
curva o espaçotempo,
ou seja, todo ente corpóreo provoca a
gravitação.
Ele curva o espaçotempo e e e
recebe a influência da curvatura do
espaço tempo de outro de outro ente
corpóreo. E se aparecer um que não?
E se aparecer
uma estrutura com massa, com massa
e que não e que não e que não curva o
espaçotempo.
E aí
um ente corpóreo com massa que não curva
o espaço-tempo
pode aparecer.
Isso é isso que eu tô dizendo. E pode,
mas até onde sabemos não tem. Então é o
mesmo raciocínio, ou seja, a mesma coisa
que pro N amostral de 50 vale pro N
amostral de 50.000, que vale pro N
amostral de 1.00, né? Veja, quanto mais
você for juntando informações, é isso
que é raciocínio derrotável, entendeu?
Não, aí que tá. Você não sabe se é,
[ __ ] É aí que tá, Diego. Aí que tá.
Até hoje
isso é propriedade da matéria. Como você
podia dizer que é propriedade do bicho
ser preto
para nascer um bicho daquele? Ele é é o
mesmo é precisamente do ponto de vista
formal é precisamente o mesmo
raciocínio. Nós consideramos que isso é
uma propriedade da matéria. Exatamente
porque até quando vimos tudo que tem
massa gera gravitação. Então segue, né?
É próprio. Quando tem massa tem
gravitação e acabou. E se aparecer uma
entidade com massa
que não tem gravitação,
algo com massa e que não tem gravitação,
ou que tem uma gravitação oposta? Sei
lá, ao invés de eh na medida da massa,
ao invés de eh ela ser atraída, ela
repele. Podia aparecer.
Pode aparecer uma entidade com massa e
com repelência,
uma massa negativa. Não sei. Pode, pode
aparecer.
Certo.
Ah, tá bom, Diego. Aí, aí fodeu. Diego é
muito chato. Ai, mas [ __ ] que me pariu.
Aí o que eu tô dizendo é o seguinte.
Olha, o raciocínio ele tá tomando como
dado, como a lei da estrutura da
natureza. O que eu tô dizendo é o
seguinte: o raciocínio que a gente faz
para eh para chegar à conclusão
depende da definição que dá. Igual a
gente tá falando na matemática, depende
da definição que dá, depende do
raciocínio que a gente faz,
depende do que a gente tá chamando de
massa, que é uma construção que se deu
historicamente e etc.
Depende do que a gente tá chamando de a
gente poderia, por exemplo, para dar uma
outra situação, continuar falando
mamífero, quando apareceu um anito rinco
que botava ovo, a gente podia dizer:
“Isso aí não é aquela categoria dos
mamíferos, isso é mamovíparo, é uma
categoria número três. A gente podia ir
para isso, trocar o significado das
palavras
para dizer que tem uma categoria
diferente, que tem essa característica
de mama e bota ovo. Então você teria os
mamíferos, os ovíparos e o mamovípero
como a terceira característica. Poderia,
você poderia só mudar o significado das
palavras para poder enquadrar nas caixas
de definição, porque definição é
arbitrada pelo homem.
Ah, então o que eu tô dizendo, o que eu
tô dizendo é o seguinte.
Ah,
quando a gente estabelece mesmo sistemas
lá da matemática,
mesmo sistemas da matemática,
mesmo os sistemas da matemática, quando
a gente sai estruturando os sistemas da
matemática, mesmo sistemas da
matemática, a gente depende, a gente
depende dos, não depende de empiria, mas
a gente depende das definições e
axiomas.
a gente defende das definições dos
axiomas.
É claro que se temos uma visão
materialista, né, a gente pressupõe que
o axioma que eu enxergo, que você
enxerga, que a gente parte, olha, isso
aqui é comum, a gente toma isso aqui
como ponto de partida e etc e tal, a
gente pressupõe que tem um motivo pra
gente conseguir tomar como p de partido,
que a gente consegue ver isso comum. Eu
consigo explicar para você o que que é
um comprimento para definir uma linha,
né? Então, comprimento, imagina um
ponto, imagina outro. Mas aí quando eu
falo imagina um ponto, imagina outro, tá
na tua cabeça a noção de ponto. Mas eu
posso fazer sem explicar, sem conceito
de ponto. Eu falo assim, ó, imagina que
tem um negócio aqui na nesse local do
meu dedo, imagina que tem um outro local
do meu dedo. Pronto. O comprimento, a
distância entre isso é o que eu tô
chamando de comprimento. Agora imagina
um comprimento sem a largura. Largura é
isso aqui, ó. Eu posso mostrar para
você. Não precisa ter riqueza conceitual
para conseguir fazer você entender. Por
que que eu consigo fazer a gente ter
consenso em relação a isso? É porque a
mente não é mais do que um reflexo da
realidade objetiva, né? Quando a gente é
materialista, a gente pensa na teoria do
reflexo. Então eu consigo comunicar
essas coisas para você. Olha, o que você
tá vendo quando eu tô fazendo assim é
igual porque a nossa mente não é mais do
que um reflexo num dado objetivo. Então
eu tomó que eu tô tomando isso como
pressuposto, né? Eu tô tomando isso como
pressuposto. Aquilo que eu enxergo, que
eu consigo comunicar para você é assim,
porque a mente não passa. Mas quem diz
que é? Quem diz que eu não tô morando
sozinho? Você poderia problematizar isso
tudo? Aí quebrava a comunicação. É isso
que eu tô dizendo. Se eu tento mostrar
para você que, né, ó, que eu tô chamando
de reta é quando você tem dois pontos
ou, né, essa coisa aqui, etc e tal, né?
É a distância. Você entende distância?
Ó, isso aqui, né? Eu não consigo muito
bem colocar isso em proposição, mas você
consegue entender por que que você
consegue entender mesmo que eu não
precise formalizar. você consegue
entender, mesmo que eu não precise
formalizar, porque na verdade a nossa
a nossa a, né, isso é um um paradigma,
porque a nossa percepção de realidade, a
nossa imagem de real, ela corresponde a
algo objetivo que tá lá fora, ela
reflete algo que tá lá fora. E é por
isso que a gente consegue comunicar,
mesmo que eu não tenha rigor na
explicação,
mesmo com pouco, com baixo rigor formal,
eu consigo fazer você entender o que que
eu tô dizendo por linha. Entenderam o
que eu quero dizer?
Só que você pode contestar isso tudo e
dizer assim: “Mas eu não acredito, eu
acho que você é um robô feito para me
convencer e tudo tá acontecendo na minha
cabeça e pronto, acabou a conversa. Se
tu meter essa, acabou conversa.” É isso
que eu tô dizendo, mesmo para
matemática, entendeu?
Veja, eh, o, o Luiz tá falando o
seguinte, ó. Eu não sei se eles, vamos
lá, mas pode não refletir algo real lá
fora, mas temos estrutura iguais, não?
Sim. Aí você pode falar, somos todos um
cérebro na Cuba na Matrix, não tem nada
a ganhar lá fora. É isso que eu tô
dizendo. Se você triplica, quadruplica,
quintuplica a aposta do ceticismo em
relação a esses tópicos, você encerra a
discussão. Porque sim, é verdade. Certo?
Você entende o que eu tô dizendo? Ah,
mas e se isso aqui for uma simulação e
você é aí você encerra a discussão, né?
É simples assim.
É, é exatamente isso. É, é, ó, veja, tem
um ponto aqui, tem um ponto aqui, porque
isso aqui deve representar algo dado na
realidade, porque deve existir uma
realidade material objetiva. Você fala:
“Não, não acho. Acho que é porque a
nossa estrutura mental é a mesma e ela
tá segurada por Deus”. Você tá dizendo
Berkley, você tá repetindo Berkley.
Aí você cai no idealismo. Por que que
isso é importante? Porque entre o
idealista e o materialista não tem como
você encerrar a discussão.
Não tem como você encerrar a discussão.
Eu digo assim, olha claramente, qual é a
razão pela qual a gente consegue
discutir sobre a dimensão da linha e etc
e tal? Porque tem um mundo real,
objetivo lá fora que a mente apenas
reflete
e é por isso que tem linha. Aí vem você
que é idealista e fala assim: “Não,
não.” Você vem e diz assim: “Não, olha,
é porque a estrutura mental minha é a
mesma que a sua, composta por Deus. E
nada disso pressupõe a existência de uma
realidade material objetiva.
A realidade empírica minha é igual à
sua, porque Deus concebeu duas
estruturas mentais iguais.
Como é que tu refuta?
Não refuta, não tem refutação,
entenderam?
É, então aí o Tarciso tá dizendo assim:
“Meu Deus, sou idealista e nem sabia”.
Mas é isso, as pessoas têm dificuldade
de entender que quando a gente tá
falando de materialismo e e idealismo, a
gente tá falando a gente tá falando de
visões diferentes
sobre o que que você considera
pressuposto válido. O idealista, ele
acredita que não tem como você fazer
nenhuma inferência sobre o mundo
material exterior.
E, portanto, você tem que trabalhar com
a ideia de que tudo que eu tô falando é
da empiria, da estrutura da minha
consciência,
que foi isso que gerou. Rio me diz que
não dá para saber nada. K faz o nem eu,
nem você. Vamos lá. Nem idealismo,
nem ceticismo absoluto, mas dá para
saber alguma coisa. O que dá para saber
é sobre as estruturas da consciência. É
o idealismo transcendental. Estruturas
da consciência que não são criados pela
consciência. Pra própria consciência
existir, tem paradigmas universais. para
ela existir, elas devem ter. E,
portanto, há que se falar em
conhecimentos acerca da estrutura da
consciência. Se você fala que tudo que
você tá falando da matemática ao mundo
empírico, você tá falando de resultados
da base da consciência e não dá para
falar nada mais do que isso, é
idealista.
Isso é idealista.
Você
é idealista e não tem nada de errado ser
idealista, né? O pessoal entra em
choque. É, você é idealista. Tem um
monte de idealista que não sabe que é
idealista. É, pronto, é isso mesmo.
Tá. Pro materialista você consegue. O
Rum não é nada, ele é cético. Ele não
acredita em [ __ ] nenhuma, né? Ele acha
que dá para você falar sobre o que
aparece para você pessoalmente. O o Rilm
é tão pateticamente cético que ele diz
assim, ó. Veja, se o sol se põe todo
dia, você não pode dizer se o sol vai se
pôr amanhã. Aí o que eu tô dizendo para
vocês é é óbvio que você não pode dizer
se o sol vai se pôr amanhã, só que você
pode ter um raciocínio derrotável,
bastante confiável. Tudo indica que vai
se pôr amanhã. É claro que é irracional
acreditar que o sol não vai se pôr
amanhã.
É claro que que você vai tudo te leva a
crer que o sol vai se pôr amanhã. E se
não se pô, sim, eu tinha uma crença que
não dava. Eu tinha uma crença muito bem
fundamentada.
E às vezes quando você tem uma crença
muito bem fundamentada, você tá errado,
né? Simples.
É simples. É só você aceitar a ideia de
raciocínio derrotável. Olha, claro que
se eu tivesse que apostar R$ 10 se o sol
vai nascer amanhã ou não, eu ia apostar
que vai. Agora pode acontecer alguma
coisa, uma implosão dentro do sol, pode.
Mas até segunda ordem é óbvio que eu
acredito que o sol vai nascer amanhã.
Claro, [ __ ] Entenderam? Isso é
raciocínio derrot. Isso é a expressão,
isso é a expressão
eh
de que
o problema de de Rilm é um senhor falso
problema, tá? É um senhor falso
problema. Para Rme é uma genialidade
muito grande, mas muito grande você
chegar à conclusão de que você não sabe
se o sol vai nascer amanhã, que cada um
vai vai viver no mundo das suas
convicções próprias.
Não tem como competir. Eu tô falando,
claro que tem como competir. Aliás, é
dever moral competir por isso. É dever
moral.
É dever moral.
Quanto mais convicções você tiver,
firmeza a respeito das coisas, eh, você
tem que tentar convencer as outras
pessoas daquilo que você enxerga,
promovendo o desenvolvimento do
consciência coletiva.
É um falso problema para [ __ ] Falso
problema para [ __ ] Ah, calma aí.
Falso problema não, falso. Fala isso
para para Alfredo da que ele vai te dar
um tapa. Falso problema para [ __ ]
Veja o que que eu quero dizer com isso.
É porque veja, a percepção de R não é
exatamente errada. Ela é muito prudente,
ela é muito razoável e etc e etc, etc.
Tá? Ela é muito razoável.
Ela é muito razoável, né? Olha, não dá
para saber se o sol vai nascer amanhã.
Sim, não dá. É isso que eu tô dizendo.
Sim, não dá. Concordamos com R. Sim, não
dá.
O que que isso muda? Você chegar à
conclusão disso em relação a todos os
humanos da terra, todos
que agem como se fosse certeza que o sol
vai nascer amanhã. É isso que eu quero
mostrar para você, certo?
É isso que eu quero mostrar para você.
o raciocínio acerca da limitação da
indução.
A gente tá entre o céu e o inferno aqui
o Diego que não consegue entender, né, a
profundidade do tema.
E por outro lado, a galera que quer
forçar a barra e dizer que isso é de uma
genialidade muito brilhante. Eu tô
tentando encontrar o caminho do meio
entre vocês dois, tá?
que é é o seguinte, veja bem, chegar à
consciência,
chegar a consciência de que de fato você
não sabe, você não sabe
que o sol vai nascer amanhã,
não te dá nenhum ganho sequer.
Nenhum ganhozinho sequer,
nenhumzinho, pequenininho desse tamanho
sequer,
tá? Isso não dá nenhum ganho sequer
em relação
às pessoas
que agem como se o sol fosse nascer
amanhã e [ __ ] Como se fosse um dado
da natureza. Fosse uma lei natural o sol
nascer. Existe uma lei natural e
inquebrável.
Não tem nenhum ganho sequer. É isso que
eu tô tentando dizer.
O rigor excessivo
de Rilm em fazer a afirmação correta de
que o conhecimento que você tem acerca
do nascimento do sol é por indução.
E você agir
colocando
a roupa para secar antes de sair de
casa, porque você sabe que o Sol vai
nascer ou porque você crer que o Sol vai
nascer,
não muda em absolutamente nada.
Nada. Você não tem nenhum ganho real do
ponto de vista pragmático
paraa atuação
de colocar a roupa para estender antes
de sair de casa de madrugada. Você
sabendo que isso é mera convicção
fundamentada,
ou você tendo certeza absoluta de que o
sol vai nascer amanhã, isso não muda em
nada do ponto de vista prático que você
vai lá colocar o seu sol, a sua coisa na
em cima da varanda,
tá? É isso que eu quero chamar atenção
do ponto de vista pragmático, da ação
que você vai ter em relação a estender a
roupa pro sol ou não.
Entenderam?
Entenderam o que eu quero dizer? Do
ponto de vista pragmático,
do ponto de vista pragmático, para o que
você vai fazer, tipo assim, você ter o
rigor de RM ou não, não muda nada. E
muito ao contrário, se você passar a ser
um completo maluco e dizer assim: “Já
que eu não tenho certeza se o sol vai
nascer ou não, então talvez eu ponha a
coisa,
a a roupa no varal para secar à noite.
É, vai que ele nasce à noite. Então vou
colocar para para secar a roupa à noite,
porque vai que ele nasce à noite. Há um
pequena chance, não é? Então eu coloco,
entende? Você não tem nenhum ganho
pragmático. Você entende o que eu tô
tentando dizer? Tem alguma dúvida do que
eu tô tentando dizer?
Eu tô dizendo sim, R tá certo.
Isso aí vira paranóico incerto e vira o
shid de the good place. Exatamente. Que
é o problema que o R tava tentando, que
o Kant estava tentando solucionar. Olha,
se você vira um demente que acha que não
tem como ter certeza de nada e,
portanto, tudo é possível e começa a
ficar em dúvida das ações, etc. e tal,
você vira você vira um doente mesmo,
doente mesmo. Você vira um adulto
disfuncional. É para isso que serve as
razões derrotáveis. É isso que eu tô
tentando dizer.
Não é 50% de chance do sol nascer e 50%
de chance dele não nascer. É assim. Tudo
nos leva a crer que é assim. Eu vou
tratar a minha vida como se fosse assim.
Entenderam?
até que me apareça algo que me leva a
crer que não, entendeu? O raciocínio é
esse. O raciocínio é: “Olha, existe uma
hipótese de talvez quem sabe o sol não
nascer, aí daí fodeu, né? E tu não faz
nada”. Exato. Então aí você tem que
trazer, você tem que trazer pros
raciocínios derrotáveis. Olha,
eu vou agir.
Eu vou agir.
Enquanto tudo me demonstra dessa forma,
eu vou agir dessa maneira. Porque o
problema é a questão que Rio me levanta.
Ela é tão problemática,
ela é tão problemática que se você
estica a corda para as últimas
consequências, você não pode ser um
pragmata. Apenas você teria que chegar à
conclusão. Se você esticar a corda
direito, você teria que chegar à
conclusão. Olha, nasceu 999.999
vezes. Não nasceu, você não tava vivo.
As limitações da quantidade de vezes que
nasceu na sua vida não passam, não
passam. Não é uma quantidade infinita.
Sua vida é curta. Tu acabou de nascer.
Se tu leva as últimas consequências,
isso tudo, você tem que cair
simplesmente na não ação. Ainda que Hilm
não tinha tenha dito isso para você.
Ainda que RM não tenha dito isso para
você, preste atenção, isso é importante.
Ainda que R não tenha dito isso para
você, que era a gente volta pra questão
do ganso aqui no começo do cisney. Se
você viu 50 cisney, você não pode bater
bater martelo de que vai ter cis todo
cisne preto. É o mesmo raciocínio. Se
você vê 50.000 por sol, não significa
que o pô do sol vai ser sempre ele vai
acontecer.
50.05
na escala de existência do universo que
a gente imagina. Pode ser que
entenderam,
entenderam? Se você seguir a linha de
raciocínio, o mesmo que vocês estavam
falando, ah, 50 cisne suficiente. 50.000
nascimento de sol também não.
Entenderam?
E aí isso leva o problema que Cant quer
resolver, porque olha, se a gente deixar
a porta aberta do jeito que o Rio me
deixou,
então tudo e qualquer coisa, ninguém
sabe de nada nunca na vida. E e nem a
justificativa pragmática que R queria
dar se justifica.
Exatamente. Aí é isso que Kant quer
solucionar. A prática de Cât é para
solucionar isso. Olha, se a gente vai
para esse sentido, então não tem ciência
mais. Então eu vou fundamentar pelo
menos as estruturas da cognição. E a
partir daí dá para dizer que sim, dá
para dá para ter conhecimentos que são
seguros.
Por exemplo, há espaçotempo.
Há espaçotempo. Se o a a espaçotempo é
condição de raciocínio. Há espaçotempo,
estética transcendental. Há
espaço-tempo, pelo menos a nível de
consciência, se não raciocinar não é
possível. Há espaço tempo.
A própria noção de raciocínio depende
de espaço e tempo. A priori, não precisa
provar, é condição para haver
consciência. Toda a estrutura da
consciência que eu tenho, ela só há
porque há espaçotempo. Então ela
condição de existência. Então eu tomo
isso como dado há espaçotempo, pelo
menos do ponto de vista da consciência,
da estrutura da consciência, tem
espaçotempo. É, é, é isso que Cant faz.
O trabalho de Kant é para tentar dizer,
ó, beleza, eu vou assumir com vocês.
Então, tem pelo menos um aparato
cognitivo consciente que tem
delimitações mínimas e a partir daí eu
vou construir o que que é que dá para
saber. Esse é o projeto, construir a
base do que dá para você falar. tanto do
ponto de vista formal como do ponto de
vista, ele começa a mostrar que na
empiria,
na empiria você inclusive consegue
enxergar na empiria, na na no na
estrutura matematizável. A estrutura da
empiria é matematizável. Aí ele consegue
mostrar que na consciência humana tem a
estrutura da empiria matematizável para
ele conseguir provar que Newton é
defensável cientificamente. O ponto dele
é esse, certo?
Beleza?
E e por isso que Kant é o cara mais
importante da filosofia da história
humana do ponto de vista das citações,
tá? Quantitativamente citado, ele é o
mais citado da história humana. Ele deu
as bases de justificação. Tipo assim,
pelo menos na estrutura da consciência
dá para fazer física. E física é
ciência. É ciência mesmo. Objetivo. Esse
é o ponto dele. Era isso que ele queria
fazer. Cant queria fazer isso. Mostrar
assim, ó. Não, não é verdade. Eu não
posso meter essa louca e dizer que
física é uma coisa do subjetivo. Não,
não é. O ponto de de de Kant é esse. Eu
vou mostrar que a física de Newton, a de
Newton,
ela tem objetividade. Ela não é uma
opinião, ela não é uma questão da mente
humana individual que teve uma coisa que
pensou no momento histórico. É, queria
fundamentar a física de Newton, tá? Por
isso que ele é tão importante.
E em momento nenhum ele tá dizendo que
isso é imper de no sentido de que tem um
mundo eh eh o mundo material objetivo
demonstrado. Ele tá falando: “Não, na
própria estrutura da consciência se
demonstra essas coisas. O objetivo dele
era esse, era precisamente esse. Era
precisamente o objetivo dele era
precisamente esse, tentar demonstrar que
você consegue dizer que há uma uma
física por causa das relações ah
espaçotemporais relacionadas à
matemática. Era isso que ele queria
fazer.
Era isso que ele queria fazer. Tá sim.
Eh, então não dá para chamar
candidalista. Dá porque ele tá dizendo
que é a estrutura da consciência. A
estrutura da consciência revela que isso
que você enxerga na tua consciência,
essas expressões você enxerga de
movimento, de tamanho, de distância,
essas coisas são estruturas objetivas da
consciência. Claro que dá para dizer que
ele é idealista,
porque isso não pressupõe a existência
de um mundo material externo.
Ele tá dizendo isso é é a estrutura da
consciência, ela é objetiva,
certo? A noção de espaçotempo é
objetiva.
Sim, mas aí é isso, é a internet que
fala, né, querido, que que
Kant é ingênuo. [ __ ] que pariu, né? O
melhor filósofo da história,
[ __ ] que pariu. O mais citado da
história e é ingênuo. Ah, não, né?
Aí, exatamente. É por isso que o o o
Leni vai dizer que esse cara é um
materialista envergonhado,
porque olha só, você tá dizendo que essa
estrutura toda ela é objetiva. Sim,
a estrutura toda é objetiva. Basta você
só para supor que tem um mundo real lá
fora. Pronto.
Para você virar mater, para cânt virar
materialista, basta ele dizer assim:
“Tá, sabe tudo isso que eu falei? Tá,
isso é reflexo de um mundo lá fora.
Pronto, que é pretérito a tudo isso que
eu tô falando. Sabe o que que faltava? A
a a Kant eh Darwin, tá? Faltava Darwin,
porque Darwin vai dizer: “Olha só, toda
a expressão dessa natureza,
certo? a a noção de profundidade, tudo
isso existe por motivos materiais, não o
contrário. Então, ao invés de pressupor,
igual Cant faz, você imagina porque é
assim, certo? Por quê? Por que que a
gente tem noção de espaçotempo? Porque a
gente vive dentro do espaçot-tempo. É
antes a materialidade que define o nosso
aparelho cognitivo, não contrário.
Pronto, você virou materialista.
Por isso materialismo envergonhado, por
isso eh materialista
ahã como é que é, como é que é que eles
falam?
Não é materialista.
Tem tem esse assunto tanto é é Ingels e
e Len falam sobre ele nesse sentido. Eu
não lembro quem fala o quê, mas tem
materialismo envergonhado, tem eh
eh como é que é? Agnóstico, né?
agnóstico entre as duas coisas, entre o
idealismo e o materialismo, ele se
declara agnóstico. Ah, não tem como
saber se tem uma matéria atrás, né? Não
tem como saber se tem uma realidade
material atrás, certo?
É óbvio que tem, né? Então, todo o
aparelho cognitivo que a gente tem, aí
veja a precedência. Então, qual é a
diferença entre materialismo e
idealismo? Os idealistas eles eles
pressupõem
eles pressupõe que anterior, né?
anterior. Ah,
não, mas aí é muito é muito patético,
né? O R é bem melhor que C. Então tá,
então é melhor. Então tá bom. Então tá
bom. Então tá, então OK.
Rum é melhor que tá bom. OK, né? Vou
fazer o qu, né? Como diria você, né,
camarada
sofista? Cada um no seu mundinho, né?
você no seu mundinho ou no meu mundinho,
você fica aí na sua convicção, né? É
isso, né? É. Não tem nem comparação,
não. Tem nem comparação. Ele não é
olavista, não. Ele é ele é ele é
sofista. Ele é assumidamente sofista.
Ele acha que o bom mesmo é o Protágoras.
É isso, né? Fazer o quê, né?
É isso. Então, veja o o
a diferença, né?
Molejo melhor que Beatles. É isso, né?
Molejo melhor que Beatles.
É isso.
É, com certeza. Com certeza. Aliás, não
tem nem discussão, né? É assim, não tem
nem comparação, não tem nem como colocar
uma coisa perto da outra.
Mas então,
o que o que
eu tava tentando mostrar para vocês é o
seguinte, é que Kant dá o fundamento,
né, óbvio, o fundamento óbvio, o
objetivo dele era esse. O objetivo dele
era esse.
Não, ó, não entendi. Veja só, vou partir
dessa pergunta aqui, ó. Pedro, agora
para supor que existe alguma
Isso aí. Perfeito. É isso. É isso,
Pedro. Agora para supor que existe
alguma coisa, não, que não conseguimos
decifrar,
ou seja, não vale a pena investigar. É
uma Ah, não, tá, tá em tá em sânscrito,
não dá para entender essa pergunta. Mas
ó, o que o Léo falou aqui, ó. Se ser
materialista é assumir a matéria antes
da consciência. Sim, é exatamente a
definição de materialista. E Deus seria
uma consciência antes da matéria.
Podemos concluir que ser materialista
implica ser ateu. Pronto, game over. É
exatamente isso, tá? É exatamente isso.
Não veja, é a definição de materialismo.
É a é par definição, certo? É por
definição, mano. É por definição. Se
materialismo
significa a precedência
da matéria em relação à consciência, é
por definição, então não tem como ser
materialista e ser religioso ou ser
materialista pressupondo que tem uma que
Deus é uma consciência, a não ser que
você mude o conceito de Deus, né?
Se você diz que Deus é o mundo igual
Espinosa, sei lá, e pronto. Aí pronto.
Você pode ser panteísta
e ser materialista. Pode não. Você diz
assim: “O mundão que tá aí antes de mim,
ele é o que eu chamo de Deus”. Pronto.
Aí tu tá, tu mudou o significado de de
Deus. Aí você tá dizendo: “Eu sou
panteísta. Deus é o mundo que está em
tudo, que que é tudo as coisas é Deus.
Aí pronto, né? Aí, pronto. Aí ser
panteísta nessa formatação que eu tô
criando, se eu tô chamando isso de
panteísmo, aí eu tô falando, eu sou
panteísta e sou materialista, OK? Certo.
Se você é religioso, ol, olha, vou mais,
vou mais, ó, vou mais.
Se você é religioso do tipo histórico,
que acha que os deuses estão no mundo,
mas que tem uma lei universal do mundo
que os guia, até aí tu pode ser, até aí
você pode se dizer materialista,
acreditando que tem deuses, só que são
deuses no mundo e não deuses antes do
mundo. Até aí tu consegue ser
materialista. Você tá dizendo que há uma
precedência ontológica entre matéria e
consciência.
Cante diz:
“Eu não sei,
eu não sei sobre Deus, sobre o livre
arbítrio. Não tem como setar. Isso é uma
questão de fé.
Por isso que os marxistas clássicos, os
primeiros, chamaram cante de discético.
Ele não é nem idealista,
nem materialista, porque entre a
precedência da consciência
e da matéria, ele suspende o juízo.
Então, ele é idealista na estrutura,
porque ele não fala nada sobre a
materialidade. Mas para todos os
efeitos, basta ele dizer assim, ó.
E antes da consciência tinha a matéria.
E por isso que a consciência tem a forma
que tem. Pronto. Se tem uma precedência
entre a matéria e a consciência, se tem
uma precedência, materialismo.
A questão que divide a dicotomia,
materialismo e idealismo, é
antes. Isso parece materialismo sem
Darwin, né? Como ele não podia dizer
porque que a consciência é como é, então
ele teria que se limitar a falar, estou
falando da consciência
depois do século XIX,
Cântia do 18,
certo? Cânt
depois do século XIX a gente sabe que a
consciência é da forma que é e nos
animais que são modificado pela
materialidade, tu tem que ser
materialista. A grande questão é que no
mundo contemporâneo, embora todo mundo
admita, todo mundo minimamente de ensino
superior admite o materialismo como
preceito,
as pessoas,
por isso que Darwin é tão atacado pelos
religiosos, por isso que Darwin é tão
atacado pelos anticomunistas, por isso
que Darwin é tão atacado pelo Lavo de
Carvalho, por isso que Dar porque veja
que que eu tô querendo mostrar para
vocês, né? Que que eu tô querendo
mostrar para vocês? que meio que o
materialismo seria a conclusão
necessária da ciência moderna do século
XIX para frente. Se se Darwin tem razão,
se a evolução ocorre,
isso o Lavo também odiava Kant.
Exatamente.
Veja, se eu vou, se a evolução ocorre,
se a consciência é moldada pelo meio, o
materialismo se impõe.
Isso. E é por isso que esses caras
louvam Aristóteles, porque o Aristóteles
vai colocar o quê? No início da
estrutura do universo tem um peteleco
universal mecânico que colocou as coisas
para rodar, conforme um padrão de
estrutura que tá inscrito na natureza
das coisas. E, portanto, a ordem para
onde as coisas vai tem a ver com essa
essa essa movimentação inicial
estruturada de acordo com uma natureza
finalística paraonde as coisas vão e
elas tendem a ir internamente para
aqueles lugares.
Elas tendem aí internamente para esses
lugares.
Por isso que são, por isso que, pros
conservadores é muito importante, porque
isso explica porque o animal é como é.
Isso explica porque a sua visão é como
você vê. Isso explica porque a sua voz é
a sua voz. Isso explica porque tem
fundo, profundidade, altura e etc e tal.
a partir do século XIX é o contrário.
Tem altura, tem profundidade, tem
cheiro, tem visão, tem cor, tem essas
coisas todas por causa da matéria.
matéria que formulou que a gente tem
essa essa capacidade visual e que aquele
bicho que tem o soco mais poderoso do
mar tem uma capacidade visual muito
maior e que a gente tem um senso de
profundidade muito abrupto e que o
animal, o cachorro, não, isso quem
moldou foi o meio, foi a matéria que
moldou isso.
É a matéria que moldou isso. Então isso
não tá escrito pretéritamente por uma
razão pretérita, uma consciência
pretérita que formulou as regras para
serem assim. Aí acaba, né, o ide aí não
tem como, né?
Vocês entenderam? Então assim, se você
tem uma visão moderna alinhada com a
biologia básica, você tem que ser
materialista. é a conclusão que se
chega. Ou seja, a estrutura da
consciência é moldada
pela matéria e não contrário.
E não contrário. Não há a há uma haveria
uma precedência da consciência sobre a
matéria. Não há.
Ou seja, não tem uma causa primeira
consciente que estruturou as coisas.
Não, não, né? É o contrário. A
consciência que você tem, ela é da forma
que que é porque por causa das savanas
africanas.
Entenderam?
Não, mas aí as pessoas, veja aí o Catuja
tá dizendo assim: “Mas como que tem
idealistas que pensam parecido com
isso?” É porque aí as pessoas usam as
palavras como elas querem. Materialismo
e idealismo é uma dicotomia criada a
partir do século XVI, consolidada no
século XIX, que significa o seguinte: o
que que o que que precede a consciência
ou a matéria? Essa dicotomia quem
inventou foi Berkley Liess
a a palavra materialismo como uma
metáfora, um inimigo arbitrário
hipotético que ninguém se dizia
materialista. Quem se dizia idealista
dizia: “Olha, eu sou idealista e meu
opositor diria isso para me combater”.
Aí eles criam a figura do materialista e
algumas pessoas começam a dizer: “E eu
sou isso mesmo. Eu digo isso mesmo. A
consciência não é nada além de um
reflexo da da realidade material. Os
primeiros nos no século XVI são
materialistas mecanicistas. Vão dizer o
seguinte: “Olha, toda a estrutura da
minha consciência não é mais do que a
estrutura de uma máquina.” E aí você tem
o lametre, né? escrevendo, nós somos nós
somos simplesmente uma estrutura da da
reflexo do que acontece materialmente,
nada mais do que isso, né? E isso vai se
desenvolvendo no século XIX. As pessoas
vão usar isso com muita prepoderança. E
todo mundo vai ter consciência disso.
Que olha só, do do dia de 17, onde
surgiu o termo até o 19 todo mundo dizia
inicialmente para atacar e depois para
defender. Materialistas são aqueles que
acham que a consciência não passa de um
desdobramento da matéria. Ou seja, há
uma uma precedência da matéria na
formação do que é a estrutura da
consciência. sempre foi isso. Sempre foi
isso. Até o século XX, quando Lenin tá
escrevendo, ainda é isso aí. Hoje com a
pós-modernidade, todo mundo chama
qualquer palavra de qualquer coisa e
tudo pode ser qualquer coisa.
Mas o que eu quero dizer assim, do ponto
de vista histórico, do
até o 20, todo mundo tinha consciência.
Materialismo significa isso. É uma
dicotomia. ou precede a consciência ou
precede a matéria. Se você é
materialista, precede a matéria. Se você
é idealista, precede a consciências.
Todo mundo sempre entendeu isso
tranquilamente.
Todo mundo sempre entendeu isso
tranquilamente. E aí o que eu vou dizer
para vocês, eu como ateu,
eu tenho isso como um raciocínio
derrotável. Vocês entendem o que eu
quero dizer?
Gente, não existe nada, nada
na minha consciência que leve a crer
que é de outro modo, que existe primeiro
a consciência e depois a matéria. É
isso.
E todos os marxistas sérios levaram
dessa questão, dessa forma. Olha só,
existem dois lados em disputa. Você pode
escolher um ou pode escolher outro,
porque não tem como ter certeza.
Mas escolha. Você tem que escolher, pô.
Você tem que escolher porque isso vai
mudar como você enxerga toda a realidade
do mundo. Você tem que escolher direito
seu escolher. Mas escolha, pô. Seja
homem,
tá? Escolha, [ __ ]
Tu tem que escolher, pô. Ou a
consciência precede, ou a matéria
precede,
certo? Escolhe o que que tu acha.
E aí, por que que pros caras no marxismo
era importante isso? Porque os caras vão
tentar apontar que quem é idealista tem
uma mania política de achar que o lugar
onde se faz a política é criando grandes
homens com a consciência muito elevada
que vai mudar o mundo. Enquanto os
materialistas que seguem o marxismo
estão pensando, não tem consciência
elevada de [ __ ] nenhuma. Toda a
consciência é fruto de seu próprio meio.
E o que tem que se perceber é que há
grandes mudanças estruturais que só
podem ser feitas em grandes estruturas.
E o que a consciência faz é tomar noção
de que tá no caminho certo da mudança ou
não tomar consciência disso e não tentar
impulsionar a medida que não tomou
consciência. Você tenta fazer a mudança
na medida que você toma consciência da
mudança. Você fala: “Opa, a onda tá
vindo para cá, eu quero pegar uma onda.
Se eu não tenho consciência, eu vou
tomar um caldo. Agora, se eu tenho
consciência, eu vou nadar porque eu já
quero pegar a onda”. Entenderam? Por
isso que pros caras do marxismo é tão
importante você dizer se você é
materialista ou se você é idealista.
Porque os idealistas acham que três cara
inteligente, três cara fodão vão guiar o
mundo pro lugar certo. Enquanto Marx
estava tentando apontar para os para os
intelectuais que a coisa não é ter três
caras no lugar certo, é tentar guiar a
massa trabalhadora para o seu destino
histórico. E a ideia é essa mesmo,
gente. Tem que entender que a ideia é
essa mesmo. Por que que é destino
histórico? Porque veja, o capitalismo
engendra uma classe trabalhadora com
potência de organizar-se e administrar
grandes indústrias que são o fundamento
da produção universal.
Isso do vídeo de ontem, tu sozinho vai
enrabar as Nações Unidas, não vai
enrabar ninguém, tem que ser a classe
trabalhadora organiza no marxismo é
isso, entendeu? Por isso que para eles é
tão importante falar de materialismo.
Olha, marxismo, qual é a função? é
esclarecer,
colocar luz na consciência de que ou é a
classe trabalhadora se organizando para
superar esse sistema ou não vai superar
nada.
Entendendo?
E os estalinistas de internet
E os estalinistas de internet
acreditam que 10 grande líder bem
articulado, puxando as massas, guiando
as massas,
vão fazer a revolução. O que eles estão
fazendo não é a revolução no sentido de
mudar as formas de produzir, é revolução
no sentido muito específico. É revolução
num sentido bem específico, no sentido
de que revolução é quando com o apoio
popular 10 pessoas tomam o estado.
Stalin não só defendia isso, como ele é
a cara de como é que isso se faz. Stalin
não tomou o estado. Stalin não
administrou. Stalin não orquestrou
as class a classe trabalhadora. Stalin
não, eh,
Stalin não organizou Soviets. Stalin não
estava em 1905 com grande papel. Stalin
não, ah,
não estava em 1917 com grande papel.
Nenhum livro de história sério fala do
papel de Stalin em 1917.
Em nenhum momento Stalin teve qualquer
papel dentro do processo revolucionário
russo. Nem 1905, nem 1917, em nenhum
momento. Ele teve qualquer papel.
Lideranças que tiveram papel grande
envolvem Lenin Trotsk
e outras personagens. Stalin
literalmente roubava bancos,
tá? para juntar dinheiro. Literal, tá?
Literal. Stalin literalmente
roubava bancos para juntar dinheiro pro
partido dele. Roubava bancos, assaltava,
dava tiro em pessoa inocente para roubar
banco, tá? Literal roubava bancos, tá?
Literal roubava bancos.
Um dinheiro que nem foi tão importante
assim, porque teve dinheiro utilizado
pela Rússia. Provavelmente
o dinheiro usado,
o dinheiro usado
pelos russos de outubro
foi conseguido por um estado que estava
em guerra com o outro. Provavelmente a
Alemanha enfiou dinheiro no Bolden, tá?
Se teve dinheiro envolvido,
dinheiro graúdo, foi do estado alemão
para boicotar o estado russo. Se teve
dinheiro graúdo, se é que teve dinheiro
graúdo, se é que teve dinheiro graúdo,
se teve, foi esse. Não foi o assalto a
bancos de de Stalin, tá?
Não teve não teve papel na resistência
contra Cornilov,
não teve papel importante na luta da
guerra civil.
Não teve nenhum papel importante durante
o processo revolucionário. Stalin, que
que Stalin fez?
Nenhum. Não teve papel importante na na
na discussão diplomática com o a
Alemanha para cessar a guerra. Não teve
nenhum papel importante. Nenhum, nenhum,
nenhum nenhum.
Nenhum papel sequer.
Mais quando Lenin começa a dar piripac,
quando o Lenin começa a dar piripac,
Stalin vai se articulando com as
lideranças
para fazer maioria
e isolar sobretudo o Trotsk pelo fato de
que o Trotsk, tendo papel importante
para [ __ ] nessas coisas,
começa a ficar famoso demais e Len
escreve sobre Trotsk. Trotsk é muito
arrogante. Tem que tomar, tem que tomar
cuidado com Trotsk. Trotsk é muito
arrogante e diz: “E esta [ __ ] desse
Stal é um completo, tem o texto dele,
né? Eu não vou dizer exata frase porque
depois vão dizer: “Ah, você tá
inventando”. Não, mas ele diz trot
arrogante. Tem que tomar cuidado com
Trot que Trotsk é arrogante. E tem que
tomar cuidado com o Stalin, porque
Staling é um completo maluco, né? O papo
é esse, tá? O papo é esse, é um completo
maluco.
E Stalin percebendo que as pessoas
tinham um ranço de Trodsk, que Trods que
chega depois e senta na janelinha, ele
vai se articulando com as pessoas para
ir isolando os adversários
e ele ganha.
Ele dá uma [ __ ] de um golpe
termidoriano, tá? Ele dá um golpe
termidoriano.
Então ele não teve papel nenhum na
revolução, a não ser o processo de
isolar os adversários e se transformar o
representante dessa unidade que vai
isolando os adversários da chefia de
sucessão de Len, tá? Esse é o papel que
ele tem. Nisso ele é bom. Isso ele é bom
para [ __ ] tá? Nisso ele é muito bom.
golpe termideriano que eu tô dizendo é
porque é o golpe eh é a é a elite que
tomou o poder na República Francesa, tá?
Que tomou o a o poder na República
Francesa depois que os Bolchevi se
autodestruíram, tá?
Eh, bom, então nisso ele é bom para
[ __ ] tá?
Tá. Nisso ele é bom para [ __ ] Nisso
ele é bom para [ __ ]
Isso. Depois que Robespier é afastado,
aí vem o golpe de termidor e os
girondinos tomam poder, né? Os
girondinos isolam os jacobinos e tomam o
poder. Ah, ainda tem jacobinos no jogo,
etc. É um pouco mais complicado que
isso. Então, serve para explicar o que
eu tô dizendo, tá? Então o Stalin não
fez [ __ ] nenhuma de significativo na
revolução, [ __ ] nenhuma. Mas no que ele
é bom mesmo foi de articular o
isolamento primeiro de Trotsk, depois de
todo o resto, né? Zinoviev é bom demais,
né? Zinoviev é bom demais. Zinoviev
primeiro tava do lado de Trotsk, depois
vai voltando pro outro lado, aí depois
fica aliado. Como é que é o nome do
outro? Eh, Zinoviev.
eh, tem bucar. Bucarin é sensacional,
né? Bucarin, ele escreve cartinha para
Tem cartinha do Bari.
Tem cartinha do Bari, tá gente?
Cartinha.
Coba. Camarada Coba, depois de tantos
anos que eu te amei, eu sou inocente.
É, tem cartinha, tem cartinha, tem
cartinha do choro, tá? Foi assassinado
por Stalin também, pelo regime de
Stalin. OK. Não foi Stalin, foi o regime
de Stalin. Ok. Tá bom.
Bucari desesperado. Coma
e tudo que a gente passou junto
foi assassinado. Foi assassinado. É.
É, mas o Pachucanes, [ __ ] né? O
Pachucanes era distante. O negócio que
me chama atenção, que me chama atenção é
o Bucarin. O Bari realmente é de cortar
o coração, pô. Bucarin sempre foi a ala
direita que criou a toda todo o
movimento do de raciocínio econômico que
o Stalin adotou e etc e tal. O Bucarin
realmente de cortar o coração.
O Trotsk tudo bem que era um cara que
chegou depois sentou na janela, etc.
Ninguém gostava dele. Beleza. O Zinoviev
tudo bem porque ele concordava com
algumas coisas que Trot dizia e etc e
tal. Agora bucarem [ __ ]
[ __ ] Bari não.
Bari é muito [ __ ] velho.
Bucari, [ __ ] brother. Bucarin era o
era o amigo do cara, era a base teórica
do cara. O cara lançou a base teórica
dele pro [ __ ] também. Acho acho, acho
maravilhoso. Acho maravilhoso. Tudo isso
que eu tô falando aqui, eu tô sendo um
pouco irônico, viu, queridos? Tô sendo
um pouco irônico. Eu tô dizendo para
você o seguinte.
Eh,
primeira coisa, gente, tá liberado ser
estalinista, se você quiser, tá? Eu não
sou pai de vocês. Tem um monte de gente
aqui, ah, mas não sei quem diz, mas tem
o partido tal. Gente, vocês são adultos.
Vocês não são capazes de lerem as
coisas, entenderem por suas próprias
cabeças a que conclusões vocês têm que
chegar.
Ora, eu sou ateu porque eu tenho
convicção de que não tem um ordenador
universal anterior. Agora, se você não
quiser ser ateu, problema é seu. Eu tô
dizendo porque que vocês não têm que ser
estalinistas,
tá? para não ficar só no papo de, ah,
veja bem, mas teve um youtuber aqui que
me falou que os processos de Moscou são
tudo invenção. Explica a vida de
Bucarin. Então, explica para Bucarin,
explica para Zinoviev,
explica pra galera toda.
Não foi só o Trotsk que rodou, não, tá?
Não foi só o Trotsk que rodou,
tá?
Não foi amor demais. É amor. É amor que
aconteceu com com Bucari. Foi amor que
aconteceu com Bucari.
Ah, o problema é amar demais. É amor,
né?
Vocês não pedem para esperar quando
chegar a vez de vocês, né?
Então, o que eu quero dizer para vocês,
tá? que eu quero dizer para vocês eh
é o seguinte.
Olha, gente, é muito legítimo vocês
acreditarem nas besteiras que vocês
quiserem. Tipo um camarada aqui que tava
falando que R era melhor do que Kant. Tá
bom, tá bom.
Eu vou brigar com o cara por causa que
ele acha que um autor é melhor do que
outro. Não, é legítimo. Até porque tem
muita coisa boa em R, né? Até porque tem
muita coisa boa em C, mas também tem
muita coisa ruim em Cant, né?
Certo? É legítimo, faz parte do da vida
em comunidade, tal, pá. OK. De boa.
Eh, de boa. Cada um tem uma visão, tem
um ponto de vista a partir de suas
perspectivas particulares, sua vivência
e tal. Mas veja, uma coisa que é muito
importante,
não arred defender o que você acredita.
Porque é isso que dignifica o homem,
porque imagina, eu eu acho que Kant é
melhor e o camarada acha que R é melhor.
Aí a gente fala assim: “Ah, então não
vamos discutir isso não. Imagina aí ele
não vai me trazer as coisas de Când que
são boas. Eu não vou trazer as coisas de
eu não vou a
Eu não vou trazer as coisas de de Cândid
que eu acho que são boas. Ele não vai
trazer, não vai confraternizar e não vai
ter o aumento da nossa capacidade
cognitiva a partir disso, não é? O que
não pode é silenciar,
entendem? Tem um monte de gente indo,
veja, os camaradas lá do três irmãos tá
passando um pano para [ __ ] para essa
galera estalinista e todos seus
puxadinhos, né? Veja bem, sabe por que
que eles fazem isso? Eles podem até
acreditar nisso, mas se você abrir as
abas dos vídeos dos caras, dos três
irmãos, certo? Scrola
e olha a matemática. Olha a matemática.
Eles formaram um público que é adepto e
adicto a essa galera, certo? Você
consegue ver claramente os vídeos, veja
naqueles vídeos dos três irmãos, você
consegue ver gente que teve,
vou vou dar um exemplo a vocês, eles
chamaram um árbitro oficial brasileiro
de MMA, que ficou a vida toda
trabalhando com isso, certo?
Um esporte nacional e internacional, não
sei quê, não sei que, não sei que, não
sei qu.
O cara fez menos de 10.000 1000
visualizações. Você coloca um cara
desse, desse cerquinho aí que a gente tá
falando. São 900.000 visualizações,
querido. 900.000 visualizações. Vai de
500.000 a 900.000. Tem vídeo lá que ele
coloca uns caras para falar umas coisas,
faz 500 visualizações.
Você vai de 900.000 a 500 pessoas.
E aí a galera do Stalin, Getúlio Vargas,
não sei o quê e tal, [ __ ] brother.
É, então,
certo,
tranquilo.
É isso. É, é isso, é isso que tá
rolando. Agora, se ninguém falar contra
essas coisas por medo desse público
avaçalador, meu Deus do céu, Deus
tenha piedade de nossas almas. Falou,
valeu. Até mais.