amigas, tudo bem com vocês? Eh, hoje eu
tô muito chateado, muito chateado mesmo,
muito chateado. Eh, eu assisti agora
pela tarde muito conteúdo sobre o que
aconteceu no Rio de Janeiro. Para ser
rápido, é um absurdo que aconteceu no
Rio de Janeiro. Completo absurdo. Eh, a
função é, evidentemente, eleitoral, tá?
Eh, vi muito conteúdo mesmo, isso me
chateou bastante. E aí no final da tarde
eu me deparo com essa notícia aqui.
Após vitória,
bora, internet.
Ah, meu Deus. Será que eu tô com
problema na internet? Vocês estão me
vendo?
Ah, não tá abrindo.
Ah, que chato, velho.
Vamos lá, vamos ver. Folha de São Paulo.
Ah, cara, pera aí, deixa eu tentar.
É, a Folha de São Paulo vem bloqueado,
né?
Deixa eu ver o o Globo não tá abrindo.
Eu não queria mostrar na carta capital,
né? Porque
vamos lá. É, enfim, vou mostrar na carta
capital porque a Globo não tá abrindo,
tá? Só por isso que eu tô mostrando a
carta capital.
Após vitória eleitoral, Milei que é
reforma trabalhista que prevê jornada de
até 12 horas diárias. O projeto ainda
quer retomar o pagamento com ticket ou
vale refeição?
Tá, eu só quero pontuar isso, tá?
Só quero pontuar isso. Não tá abrindo do
Globo, não sei porquê. Bugado.
Ah, mas veja só, veja só.
Eh,
veja só, então, após a vitória
eleitoral, ele tá se sentindo confiante
para passar esse tipo de coisa,
tá? Para passar esse tipo de coisa, né?
A gente tem um histórico de que desde o
século XIX tem, a gente tem um movimento
mundial pela diminuição da carga de
trabalho. Isso tem até motivos
econômicos,
mas o cara quer fazer a roda voltar para
trás. Ele quer fazer a roda voltar para
trás.
Veja só. Eh, e aí a galera vem com, né,
galera que é se diz liberal e tal, ah,
não sei o que e tal. Coisa mais fácil
que tem para bater no mundo do ponto de
vista retórico.
É para mostrar que essas coisas são
absurdas, como é que isso impacta a
população e etc.
Só que se vendeu uma,
se vendeu uma imagem genérica paraa
direita, que a direita tem que ser
liberal, tem que ser, cada um decide,
cada um fez seu próprio contrato e etc e
etc e etc, né? E existe e os defensores
dos caras que vestem essa roupa e etc,
como é o caso do Miley. Eu vi alguns
também eh algumas entrevistas, alguns
comentaristas econômicos, etc. e tal,
dizendo o seguinte a respeito do do
da disponibilidade que o Trump deu de 20
bilhões paraa economia eh pra economia
argentina. Em linhas gerais, em linhas
gerais, a questão é a seguinte. Em
linhas gerais, tá dizendo amplamente, eu
tô reproduzindo o que eu ouvi de
comentaristas.
H, o dinheiro que vai, né, tem um
problema de câmbio na inflação, na
inflação
da Argentina e por isso tem aumentado a
dívida externa
da Argentina.
Isso é insolucionável ao longo prazo. É
uma espécie de enxugamento de gelo.
Porque embora você esteja comtendo a
inflação, a dependência que ah o a
economia argentina está tendo
em relação
ao FMI e aos Estados Unidos da América
vai gerar uma dependência, porque você
vai perdendo dólares nesse
processamento,
ah, na medida em que o câmbio, estando
do jeito que está, faz com que esses
dólares evaporem. Então, se eu posso
colocar assim em termos gerais,
ah, se eu posso colocar em termos
gerais, não adianta nada colocar lá para
dentro, porque por causa de como a
economia se coloca, os dólares vão
evaporando e o problema vai voltar mais
paraa frente com a diferença de agora
você de que agora você tem uma dívida,
certo? Em linhas gerais,
tranquilo. Em linhas gerais, tipo assim,
você tá segurando a inflação, ela tava
quase 200%, caiu para 30, beleza, tá
segurando, isso não é ruim, mas a que
custo, né? Porque você vai ter essa
evaporação de dólares no processo
e você só tá aumentando a dívida e essa
bomba da dívida vai explodir lá na
frente, tá? Em linhas gerais, tranquilo?
em linhas gerais.
Tranquilo.
Você tá empurrando problema paraa
frente. É isso. Você tá empurrando
problema paraa frente.
E aí vem essa notícia, né? Então eu
coloco a notícia de novo, porque para
além dos problemas de macroeconomia tem
esse que, meu Deus do céu, aqui, ó, tem
esse negócio. Apósitória eleitoral Milei
quer reforma que prevê jornada
trabalhista de até 12 horas diárias.
Vejo os principais pontos, tá? Então, eh
eh enquanto isso tá acontecendo,
enquanto ele tá rolando o problema,
vem esse tipo de coisa.
Esse tipo de coisa,
tá? Vem esse tipo de coisa.
Olha
isso, isso, isso foi a gota d’água hoje
que me irritou bastante, mas eu tô
irritado, bastante irritado, bastante
irritado, porque eu passei a tarde
inteira, boa para da tarde, na verdade,
vendo o que tá acontecendo no Rio de
Janeiro,
vendo, acompanhando comentários e etc e
etc e etc e etc. E eu tô muito chateado.
Eu tô muito aim soltar todos os bichos
para fora agora. Muito chateado. Muito
chateado mesmo.
Veja,
a direita do Rio de Janeiro, ela
inventou uma questão por motivos
explicitamente eleitorais,
explicitamente eleitorais. Veja, isso é
importante vocês notarem. Vocês vão
passar raiva nos comentários
porque em geral a maioria da população
concorda com isso.
Entenderam? Por isso que é difícil,
porque a gente vai ter que bater cabeça
na área que os caras ganham.
Vocês entendem? Não adianta você se
irritar com a população. Veja, eu vi um
vídeo do Álvaro que me indicaram, que
disseram que é muito bom e etc. Eu
assisti o vídeo, acho que de fato Álvaro
é muito bom, enfim, e tal. Eh, sempre
achei isso, sempre comento isso, sempre
que posso, etc. Aí tô passando os
comentários, eu vi quatro vezes, eu
acho. Pelo menos duas. Duas eu lembro
com certeza. Os caras dizendo assim: “Eu
sou de esquerda, mas concordo com a
ação, não sei o quê. Eu sou de esquerda,
mas quem tá reclamando aí é porque não
conhece a realidade do Rio de Janeiro. O
que eu quero dizer com isso tudo é que
quando você força esse tema, você
consegue pegar a galera, você consegue
pegar a galera dos outros espectros
políticos, porque tem muita gente que
concorda com isso. É horrível, horrível.
E aí quando a discussão vai para aí, os
cara pinta na cara de todo mundo que tá
apontando que isso é um problema. Ah,
então quer dizer que você defende
bandido e etc e etc e etc. E aí, veja,
cara, deixa eu explicar o que eu quero
dizer com isso. Que eu quero explicar o
que que eu quero, que que eu quero dizer
com isso? Foi criada uma discussão
política, porque até ontem esse negócio
não tava aí.
Tem um tema que tá acontecendo que
também tá sendo usado politicamente, que
é o seguinte: o Trump para atacar
internacionalmente a Colômbia e
Venezuela, falou: “Olha só o problema do
tráfico de drogas”. Isso gerou o cara do
PL, o o Bolsonaro, a dizer: “Ah, veja
bem, veja bem você, veja bem você”.
Quando é que o Trump vai mandar uma
galera dessa aqui paraa Bahia de
Guanabara para resolver o problema do
Rio de Janeiro? Ele soltou essa. Ele não
só soltou essa, tá? Ele não só soltou
essa, como há uma discussão que o PL tá
querendo emplacar, ou seja, tudo isso é
discursivo, percebam, queridos, tudo
isso é discursivo,
placar de tratar tráfico de drogas como
questão de terrorismo. E isso não é de
graça.
Isso é para dizer, olha, se é
terrorismo, então é questão
internacional. Se é terrorismo, é
questão internacional, então chame os
Estados Unidos para Certo. E é esse
arcabolso discursivo que a direita não
tá criando de hoje.
E o [ __ ] do presidente da República, o
Lula, falou uma bosta inenarrável,
inacreditável, né? Que ele para dar uma
lacradinha pra direita, que é isso que
eu falo para vocês, vocês ficam tentando
dar lacrada pra direita, vocês vão ser
engolidos. Aí ele meteu de que os
traficantes,
o que que ele tava querendo dizer? É
claro que ele tava querendo dizer, mas
fala uma merda. Veja, ele tava querendo
dizer que olha só, vocês estão matando
aviãozinho,
dizendo que o aviãozinho explodiu um
barco era de um aviãozinho que carregava
droga e etc e tal, certo? Você tá
explodindo a [ __ ] do do aviãozinho lá
que carregava droga.
Veja o aviãozinho, o que ele queria
dizer era isso. O aviãozinho ele existe
porque há uma demanda de droga nos
Estados Unidos.
Então, antes do Trump olhar pro pro
umbigo dos outros, lide com o seu
próprio problema. Esse era o papo que
ele queria dizer, só que ele meteu tropa
de elite na maior cara dura. É você que
financia essa merda toda, né? Vocês
usuários. Ele queria dizer uma coisa que
a gente diz na mesa de bar para dar
lacrada. Ele ele quis dar uma lacrada.
Ele quis dizer o seguinte. O que que ele
quis fazer? Ele quis dizer o seguinte:
“Olha, você tá falando dos traficantes e
a [ __ ] do consumo no seu próprio país.
Você não cuida da [ __ ] do consumo no
seu próprio país, é você que causa essa
merda toda.” O papa era esse, né?
O papa era esse, né?
Então, em primeiro momento, eu nem
comentei isso porque eu pensei que isso
não ia prejudicar em nada. Ia ser aquele
aquele rebulis porque um cara falou uma
parada, nada demais. A gente fala
besteira de vez em quando. Eu achei que
beleza, ia morrer. Aí agora, agora,
agora mudou, entendeu? Os caras
conseguiram transformar esse tópico
nacional. Veja, eu vi o vídeo do Hry
Bugal,
com todo o respeito do mundo, ao R
Bugal, todo respeito, juro. Certo, juro,
com todo o respeito do mundo, ao Bugal,
ele começa o vídeo dele falando uma
coisa que me incomoda, que ele fala
assim: “Ah, eu não vou tratar do tema
porque eu não sou eh especialista no
assunto, OK? Também não sou, né? OK.
Isso é chato para [ __ ] porque isso
faz as outras pessoas que tiverem
tratando seremidos a tudólogo, né?
Né? E aí se trata as pessoas que vierem
tratar do tema como tudólogos.
Mas o Henry não, ele não é tudólogo, ele
vai falar da questão do discurso. Cara,
poxa, chato isso. De boa, todo respeito
ao colega, ao amigo, ao Henry. Mas isso
é chato, pô.
Isso é chato, né? Então, tudo tá
blindado para comentar o assunto, porque
você tá falando de discurso que é o teu
tema. Ah, pai, é fácil, né? Você pode
falar de tudo porque tudo é discurso,
tá? Isso já
Ah, cara, eu vou eu vou até pedir
desculpa pro Henry Bugal se ele se
chatear com essa minha fala, né? Se ele
se chatear de verdade com essa fala, é
porque eu tô muito puto, tá? Então
assim, gente, todo mundo pode falar de
todo de qualquer coisa, né? Todo mundo
tem direito de falar de qualquer coisa,
pelo amor de Deus, né? Sobre o aspecto
que achar mais importante, sobre as suas
capacidades, enfim, umas pessoas são
melhores em umas coisas e outras em
outras, mas todo mundo pode falar de
qualquer coisa. Primeira coisa que me
incomodou, a segunda coisa que me
incomodou foi o seguinte. E aí
concordando com ele, mas me incomodou no
vídeo, que é o seguinte, o Henry coloca
um cara de segurança pública, como é que
é o nome do cara que ele coloca? É o
Pimentel. Aí ele vai, é, então acho que
tem umas coisas aqui que não são muito
bem verdadeiras, etc. Eu acho e etc e
tal. Veja, eu entendo, tá, a retórica do
entendo mesmo, mesmo, mesmo, mesmo.
Mas veja, o Pimentel não é só um
ex-comandante do BOP.
O Pimentel é o cara que escreveu o livro
que deu origem ao filme Tropa de Elite.
E se você assistir uns 4, 5, 8, 15
vídeos dele que ele já falou, ele é o
capitão do Nascimento, [ __ ] Ele é a
inspiração do capitão. Veja
se você já viu ele falando na wall, ele
já falou, ele já falou, ele deu, ele deu
origem àquela personagem. Veja, ele já
falou na WOW, ele já falou na na Band
News, eu acho, ele já falou no TikTok
dele, ele, né, não é só um especialista,
ele tem uma posição política
absolutamente evidente e absolutamente
preocupante.
Ele é bem retoricamente construído,
ou seja, ele sabe que ele não pode
dizer: “Ah, tem que matar mesmo”. não
sei o que conversa mole. Ele sabe, ele
não vai criar o estereótipo sobre si
mesmo,
mas o argumento dele que ele vai em
todos os lugares argumentando todos os
lugares é o Rio de Janeiro não está mais
em uma situação comum.
Quando você coloca 1000 pessoas para
fazer o enfrentamento com 1000 pessoas,
você já tá numa espécie de conflito não
internacional, situação de semiguerra
para bem ou para mal. Estamos com uma
legislação que não é compatível a essa
realidade.
Ele tá sugerindo
que a gente tenha uma legislação própria
como se a gente tivesse em guerra civil.
Ora, a situação de conflito que foi
criada ali, ela é muito específica.
Ou seja, você cria a situação específica
porque foi o governo que tomou atitude
para criar a situação específica. Vem a
situação, isso vira um debate público,
tá todo mundo conversando sobre o tema e
o cara tá empurrando na sociedade civil
a ideia
de que a gente teria que estar numa lei
especial de guerra, talvez, não sei,
quem sabe?
Ele falou várias vezes isso,
tá? Então assim, ele não é só um
especialista que talvez esteja
equivocado, não.
Ele força o discurso
para dizer
que o Lewandowski, de repente, ele não
sabe direito
que é o ministro da justiça,
que é um juiz que foi da Suprema Corte.
Ele diz não só que o o o juiz da Suprema
Corte, que hoje é ministro da justiça,
ele não só diz que esse cara talvez não
saiba ler a Constituição, ele ensinou
que o cara não sabe o ministro da
justiça, não sabe ler a Constituição.
Ministro da justiça que não é um carinha
qualquer, é um juiz de carreira. Ah, que
ele ou ele mentiu ou quem sabe amanhã
ele corrija o que ele falou. Ah, cara.
E aí ele fala: “Olha, você aí ele cria o
elemento do discursivo, ele dá base pro
elemento discursivo que tá acontecendo
na internet,
na direita inteira,
que eles dizem assim: “Vocês falam essas
coisas porque vocês são comentaristas de
ar condicionado,
certo? Vocês são comentaristas de ar
condicionado, você não sabe o que que é
o duro da vida.
Então ele tá convocando a população
civil
pra ideia de que a situação do crime no
Brasil é tão gigantesca, tão
avacaladora, que a gente precisa estar
em estado de guerra. Estado de guerra,
legislação especial,
supressão de direitos individuais.
Ah, não, gente. Ô, gente, por favor.
Por favor,
situação de guerra, lei especial,
supressão de direitos individuais,
possibilidade de entrar na casa dos
outros sem mandar de segurança.
Ele discursa que isso seria possível
porque a situação é tamanha, que talvez
pedisse uma situação assim, mas ele é
safo, ele não é um doidinho. Ele faz
essas afirmações
dizendo, olha, eu não sei se é ou se não
é, mas assim que é uma situação
diferenciada. Então ele joga pro público
que ele é o técnico, né? Ele é o
técnico, afinal é um capitão do BOP,
etc.
Forçando a ideia na população civil de
uma legislação especial
que ignora direitos fundamentais. Ah,
cara, não é um carinha com opinião,
não é um carinha com opinião, né? Não é
um carinha com opinião, é uma personagem
que tem a capacidade de ser ouvida,
porque ele é profissional da área e
representante estético do movimento que
se consolidou no Brasil, que é esse
movimento policial que chega, tira o
[ __ ] de bomba, ele é o representante,
ele é esteticamente a origem do do
capitão Nascimento, queridos. Ah, não,
queridos,
não é um carinha.
Não é um carinha, não é um um cara, é um
uma personagem muito importante no
imaginário brasileiro
que tá dizendo que é isso mesmo, que de
repente a gente teria que talvez, quem
sabe não ter, não sei. Vamos pensar
sobre isso.
Vamos pensar sobre isso. Talvez a gente
tivesse que ter uma legislação de guerra
no país. Quando a gente tá falando de
legislação de guerra, é exatamente
você imaginar
que as garantias que a gente tem
não existam mais.
E de novo, ele não é um cara bobo.
Ele não vai falar: “E é isso mesmo? E
tem que chegar e matar e atirar”. Ele
vai falar: “Não, gente, mas assim, a
vida é difícil”.
E ele usa a fala, olha só o capitão
nascimento. Tem gente que o o o Josias
questiona ele, veja bem, tem gente que
usa isso politicamente, né, ô camarada
Pimentel? Tem gente que usa isso
politicamente. Ele é pois é, um absurdo,
né? Eu também acho absurdo usar isso
politicamente. Por exemplo, o Lula falou
que, né, pipi po poopó po poopó, o
capitão nascimento, né, tudo bem, aquele
personagem lá, ele teria revisto o seu
conceito, né, de que não é exatamente,
ou seja, jogando. Ele tá fazendo
política, queridos.
Ele tá fazendo política.
Ele tá fazendo política. Ele tá atacando
o ministro da da
justiça. Ele tá atacando o presidente
Lula porque o a [ __ ] do presidente
falou uma merda do [ __ ] Agora eu não
imaginava que isso ia explodir agora,
né?
Eu não imaginava que isso ia explodir
agora no Rio de Janeiro. E o e o
prefeito do Rio de Janeiro, quem
conhecia o prefeito do Rio de Janeiro,
gente? Quem já tinha visto a cara dele?
Me diz aí você que tá, tem 232 pessoas
online. Quem sabia da existência desse
cara? tinha ouvido falar a voz dele
alguma vez de 232 pessoas. Quem nunca
tinha visto a cara desse sujeito?
Gente, eles estão fazendo política.
Ninguém sabia quem era essa [ __ ] desse
governador.
Ninguém sabia.
Eles estão fazendo política agora. O
cara é o representante da direita.
Acharam bom representante da direita. De
repente, esse cara vai se candidatar
para presidente da República. Ninguém
conheceu o nome desse cara. Agora tá
todo mundo falando desse cara e tudo
contanto. É a foto da cara dele. Olha
que absurdo que ele colocou. Ah, velho,
ninguém sabia quem era esse cara,
brother.
No Brasil inteiro ninguém sabia. Agora
tá em todos os canais, da direita à
esquerda, a carona dele. Olha que
absurdo que ele falou. E tudo que a
direita quer é que você escolha um
representante de você sendo de esquerda,
você diz assim: “Eu não gosto dele, esse
é o cara que a gente não quer.”
Se a esquerda começar a colocar a cara
do bicho em tudo quanto é lugar e dizer
assim: “Não gostamos dele, a direita vai
falar: “Hum, então temos aqui um
candidato bom”.
Ah, brother. Eu
não tô dizendo que isso é evitável,
entendam. Eu não tô dizendo que o Álvaro
não pode fazer o vídeo lá dele, que sei
lá, o Meteoro não pode fazer o vídeo
dele, que o Galans fez não pode fazer o
vídeo dele. O que eu tô dizendo é o
seguinte, é mecânico isso. Eu não tô
dizendo que não é para noticiar, que é
para fingir que não viu. Eu tô dizendo
assim, é muito [ __ ] porque assim,
é o a a isso isso é politicamente
planejado, né, queridos.
Aí o esse cara, esse cara ele falou
assim: “E o governo federal abandonou o
Rio de Janeiro. A gente chamou o governo
federal para fazer alguma coisa e o
governo federal não fez nada. Aí aparece
o ministro e fala: “Ele não chamou não,
pô”. Aí o cara falou: “Nossa, eu me
expressei mal.
Vocês não me entenderam direito? Eu não
estava querendo dizer que o governo
federal não respondeu a gente.
Eu tava querendo dizer que pelas
experiências passadas
podes, era certo que ele não
responderia. Ele falou isso
aí. Veja, o governo federal tinha alguma
coisa com isso. Nada, nem tinha sido
comunicado. Agora tem um tensionamento
entre as duas imagens. Quem é que tá
mentindo? Quem é que tá mentindo? Vamos
saber quem é bom, se é o governador ou
se é o ministro. Aí, pronto, tem uma
dualidade criada pro discurso de todo
mundo agora,
não é? Veja, olha só.
Se o governo, se o governo do Rio de
Janeiro tivesse chamado governo federal,
o governo federal ia se [ __ ] Sabe por
quê?
Porque qualquer decisão que ele tomasse,
a boa mesmo politicamente era o cara ter
feito isso. Se ele chamasse o governo
federal e o governo federal falasse: “Eu
não vou fazer”. Aí pronto, defensor de
bandido, abandonou mesmo o Rio de
Janeiro. E se eles dissessem: “Não, tudo
bem, eu vou ajudar com o tal do do
caveirão específico que passa por cima
da das barricatas, etc e tal”. Se ele
fizesse isso aí, pronto, a esquerda toda
ia falar: “Falei que que é que o PT era
de direita”.
Por que que isso é possível?
Por que que isso é possível?
Isso é possível especificamente
porque a direita
ela joga com essa visualização pública
construída por décadas de jornal pinga
que o que falta para acabar com a
violência no Brasil é um monte de
policial.
Eh, é claro que o PT não é de direito.
Ah, não, cara. Eu não tenho paciência
com isso não. Eu não tenho paciência com
isso não, César. De boa, César. Não vem,
não vem brincar com a minha cara essa
altura do campeonato, não. Tá claro que
o PT de esquerda.
Ah, veja.
Não, gente, [ __ ] na moral, na moral,
cara, na moral, para de consumir
conteúdo do estalinismo, varguismo
brasileiro, por favor.
Vamos fazer, vamos fazer, vamos fazer
isso por mim. Eu não quero ninguém aqui
que acompanhe esses caras do estalinismo
varguista. Eu tô pedindo, tem mais de
gente. Vocês que acompanham estalinismo
varguista do do YouTube,
por favor, não pinta no meu canal,
brother.
Então, olha só, por que que isso é
possível?
Por que que isso é possível?
Porque a direita ela se apropriou de uma
indignação que vem do sentimento público
de que essa violência toda é uma merda,
que facção dominando as coisas é uma
merda.
E é aí não tem argumento aí. Porque veja
bem, veja bem, é uma merda. Agora o que
que faz?
Como a direita a direita coloca essa
ideia de que o que tá faltando é um
monte de macho. É o mesmo papo de
Mussolini, é o mesmo papo de de de
Salazar, é o mesmo papo de de O que tá
faltando no mundo é macho para resolver
o problema. Tá faltando uns machos
sacudo que vem briga e dá tapa na cara,
etc e tal.
Veja, é claro que o mundo não é simples
assim. É claro que o mundo não é simples
assim. Seja para qual problema for, seja
pro problema da segurança pública no
Brasil, seja pro problema do do sei lá
do do da inflação, seja para que merda
que for, tá? Seja que merda que for. É
claro que o mundo não é simples assim,
mas quando a gente tá falando de
segurança pública, tem um elemento a
mais que é o seguinte, se entendam isso,
gente. Vocês t que entender isso.
Vocês que assistem meu canal, que não
segue essa [ __ ] desse estalinismo do
[ __ ] estalinismo, estalinismo de
merda que tem na internet, [ __ ] como
eu sou puto com isso. Se vocês seguem os
caras que são estalinista, varguista na
internet, sai do meu canal, eu tô
pedindo, cara.
Tá, eu tô pedindo, brother.
Só sai, só vaza, brother. Então, olha
só, presta atenção.
Não tem coisa que me irrita mais. É
assim, não tem coisa que me irrita mais.
É, é, é a completa falta de noção da
realidade
que criaram a partir desse estalinismo
varguista da internet. a distorção de
tudo, a banalização da mentira, enfim, é
é assim, é pessoal, queridos.
É pessoal, queridos.
É pessoal. Então, eu peço, se você não
concorda comigo, só se você não, se você
não concorda comigo e tá seguindo os
estalinistas varguistas, velho, vai para
lá, pô. Não vem para cá. Vai para lá,
pô.
Vai para lá,
vai para lá ficar naquele lixo, tá? Vai
ficar naquele lixo.
Tem tem lugar para todo mundo no mundo.
Fica lá naquele lixo consumindo aquele
monte de mentira dita todo dia. Todo dia
gente mentindo.
Vocês normalizaram. Ah, mas mentirinha.
Tá tudo bem. Todo dia mentira.
Todo dia mentira no canal desses cara.
Todo dia esses caras mentindo. O Luig
fez um vídeo dizendo que um desses, né?
Ah, eu super, eu super acredito neles,
eu super acredito nesse cara e etc e
tal. Veja, eu não tenho nada contra o
Luig, mas [ __ ] que pariu.
Tipo, então coloca os cara dentro,
coloca eles para deputado, coloca para
senador, coloca para governador, coloca
para presidente da República esses cara.
E aí quando acontecer eu vou estar bem
longe do Brasil
e eu vou rir tanto da cara de vocês, tá?
Todos vocês que normalizaram esse bando
de mentiroso, tá? Eu vou rir muito da
cara de vocês se [ __ ] aqui no Brasil,
porque normalizaram esse bando de
mentiroso. Tá mentindo todo dia. Não é
que mente uma vez assim, ela falou uma
coisa que eu achei que tava errado, né?
Mentindo todo dia. Mentindo todo dia.
Esse bando de vagabundo
tá mentindo todo dia esse bando de
vagabundo.
Olha só,
presta atenção.
Não quero, gente. Não quero. Me deixa em
paz, pô.
Me deixa em paz.
Sai da minha vida, velho.
Olha só.
Então eu tava dizendo, a questão do
crime especificamente,
ela é complicadíssima, porque apesar de
não ser tão simples assim, questão da
violência pública, por que não é? Porque
a vida não é simples, porque o mundo não
é simples. Tem uma questão emocional
relacionada a isso. Porque se você um
dia na tua vida
alguém colocou a arma na tua cabeça
por causa de uma [ __ ] de um celular de
400 conto e você se sentiu humilhado
tendo que entregar essa [ __ ] desse
celular
por causa de 400 conos. Celular de R$
400 e tu tá entregando essa merda.
tá correndo risco de vida, porque o cara
colocou uma arma na tua cabeça. Se isso
aconteceu um dia com você, a chance de
você ter um apego emocional ao tema é
muito grande.
E se alguém falar, entrar, subir na
stamanca e falar para para esse cara que
teve a arma na cabeça, que pensou assim:
“Hoje eu vou morrer por causa de R$ 400?
É muito difícil ver um nerdola e falar
assim: “Veja, meu querido,
você não pode sentir raiva. Ai, [ __ ]
nerdola de esquerda, você não pode
sentir raiva. Você tem que entender que
o problema é mais complexo. [ __ ] que
pariu, brother.
O sangue do cara sobe na hora, né? Ele
vê lá o o Ian com aquela cara dele de
pamonha lá com com os óculos. Não, mas
veja bem, é porque o crime é uma coisa
mais complexa e não sei o que e você não
tá entendendo. É porque a ideologia, o
cara, o sangue do cara vai nas cucuia,
tá ligado?
[ __ ] brother, logo tu que disse que
ficou um ano parado
porque a mãe bancou, aí você tá dizendo
assim: “Ah, veja bem, você tem que ter
calma porque você tá sendo manipulado
pela ideologia”, disse o cara.
E aí o outro do outro lado, ele tá
ouvindo e tá pensando assim: “Caralho,
eu fiquei sequestrado na minha casa. Os
cara levaram minha televisão, meu
videogame, deram tapa no meu filho e
esse bicho tá dizendo que eu não entendo
o que eu tenho que sentir.
Entenderam?
Existe uma dificuldade de lidar com o
tema porque de fato os caras não tão
certo. Só que tem um apelo emocional
nesse tema.
tem um apelo emocional nesse tema que
ele toca toda a sociedade,
ele toca o cara que, por exemplo, esse
cara, esse Pimentel, ele usou um exemplo
nessas falas dele que ele falou o
seguinte: “Eu escutei, eu não sei nem se
é verdade ou se é fanf, mas é possível,
né? Eu escutei de uma dessas invasões
que aconteceu com violência, com não sei
o quê, etc e tal, que tinha uma tinha
uma
barricata na frente da minha casa que eu
não conseguia atravessar com carro de um
lado pro outro.
E aí depois que vê essa violência,
escaralhou tudo, caiu a barricata da
frente da minha casa. Eu senti
dignidade, disse o Pimentel, tá?
Imagina se tem uma pessoa que viveu algo
parecido. O que que eu tô dizendo? Viveu
algo parecido?
Veja, eu não sou nada pobre, nada pobre,
tá? Nada pobre. Nunca fui, nunca me
faltou nada. Minha mãe nunca me deixou
coisa nenhuma de problema e etc e tal.
Mas teve uma vez que eu saí de casa, que
eu fui morar com a namorada minha e eu
fui namorar com a com a minha namorada
na vila Telebrasília. Na vila
Telebrasília. A vila Telebrasília é um
lugarzinho que fica no final da Aaçu,
tá? E que eu pagava, sei lá, 700 cono.
Eu pagava 700 conto de aluguel. Então
para mim era top. Era até 600 no começo,
depois subiu e tal. 600 conto do lado da
Assaul, tá? Eu vejo uns caras falando na
internet as maior mentira do mundo.
Olha, veja bem, e em Brasília, eu vi um
desse de esquerda para lacrar na
internet. Em Brasília, para você morar
numa área de periferia, você paga no
mínimo R$ 2.000. Eu eu eu te dou o
telefone do cara que eu tenho até hoje,
que ele aluga tanto na
Telebrasília quanto na Vila Planalto.
Quando eu conheci a Tamir, eu tava
morando na Vila Planalto, eu me mudei
exatamente porque eu vivia num bloquinho
desse tamanho e que eu pagava 800 conos
com água, com luz, com tudo. A galera
acha que vai mentir pra população,
sacou? Então veja,
a galera acha que vai mentir pra
população, vai dizer assim: “Ah, mas
viver em São Paulo é só o aluguel de
5.000, caralho”. Claro que não, né?
Então, veja, então eu morava na Vila
Telebrasília,
do lado onde eu morava
tinha uns caras que vendia droga do
lado, do lado,
do lado onde eu morava, do lado com
vizinho assim de porta.
Tinha uns caras que vendia droga.
As moças que viviam nessa espécie de
cortiço onde eu vivia, que é é um uma é
um apartzinho
e aí dentro do prédio, cada local tem
uma porta que dá para uma casa. Dentro
desse prédio tem uma uma casa e essa
casa é um cômodo e o banheiro do lado
mesmo, vizinho assim, ó, do lado, do
lado,
tá? E tinha esses caras que vendia droga
ali.
Todas as moças que moravam no local
se sentiam ameaçadas por essa coisa.
Todas.
Todas.
É, Daniel tá contando, eu pago 100. Aa
Norte. Aí os cara, ah, para viver em
periferia R$ 2.000. Vocês estão
mentindo, [ __ ] na internet, achando
que vocês vão, vocês vão enganar quem,
cara? Vocês só vão enganar um clube de
jovens que não tem vida própria, que
vive na casa dos pais e que por viver na
casa dos pais não sabe qual é o preço do
supermercado, não sabe qual é o preço do
aluguel, não sabe qual o preço de coisa
nenhuma. Os cara vivem mentindo na
internet.
Os cara vivem mentindo na internet.
Então, Daniel, meu amigo, vive na Assa
Norte, paga o aluguel lá de 100 conos.
Você vai achar vários. [ __ ] merda, que
mentira da [ __ ]
Você vai achar vários. Isso aí. A galera
do DCE cai, porque a galera do DCE não
tem que procurar um emprego, a galera do
DCE não tem que pagar um supermercado, a
galera do DCE não aluga um imóvel, não
tenta comprar um imóvel para saber qual
a importância da taxa de juros ou não.
Ela não sabe de nada porque ela vive na
casa dos pais consumindo YouTube.
Aí qualquer um fala qualquer mentira na
internet, todo mundo compra.
Então veja
essa situação que eu tô narrando para
vocês,
tá? Que é um apezinho, que é dentro de
uma de um prédio maior, que funciona
como se fosse um cortiçozinho e etc, que
dá para viver tranquilo se você for um
homem solteiro e etc e tal, você paga
pouquinho e aí você consegue, né,
guardar alguma coisa, etc e tal. Fiz
isso, não morri, não sofria com isso,
mas tinha esse problema ali do lado, no
caso da da na casa na no caso da vila
Telebrasília,
na vila Planalto, perdão, não, no
contrário, na Telebrasília tinha essa
situação de droga.
Tinha essa situação de droga.
Os caras
não necessariamente faziam nada comigo,
mas sim era um incômodo certas
circunstâncias, certas situações, certas
possibilidades de violência e etc e tal,
independente da polícia.
Entenderam? O que eu tô dizendo? É
assim, eu tô dizendo um negócio no
centro de Brasília, queridos,
na Asa Sul. Você
acha que as pessoas que vivem na favela
são aquele estereótipo daquele cara que
saiu da favela e foi pra USP e depois
entrou na internet e falou: “Meu, vocês
não entendem a vida do favelado?”
Não, né? Isso é um personagem, né?
Vocês estão comprando personagem,
estereótipo de personagem de vender viw
no YouTube. Vocês estão comprando isso
como brasileiro médio, né? Vocês estão
comprando isso como brasileiro médio.
Então o brasileiro médio,
inclusive o que tá na situação de
periferia, se ele não tá envolvido com
tráfico,
ele se incomoda com tráfico. Se ele tá
envolvido com tráfico, provavelmente ele
também tá incomodado com tráfico.
Provavelmente ele também tá incomodado
com o trave, mesmo se ele tiver
envolvido,
tá?
Assiste Falcão, cara. Falcão, meninos do
tráfico
mesmo. Os cara que estão dentro, que
escolheram essa vida porque acharam que
não tinha outra e pá pá pá pá, a pessoa
vive todo dia se questionando se aquela
ideia foi a certa, a não ser uns
meninos. E aí isso acontece,
a não ser os meninos que pensam assim:
“Cara, quer saber? A vida é curta,
[ __ ] Eu vou comprar uma Ferrari e e
se tiver que morrer, morreu. Tem uns
caras que pensa assim mesmo. Mas tirando
esses doidos suicida, nitiniano, né? A
vida é curta, né? O que não me mata me
faz mais forte, [ __ ] Vou ver o que
dá na vida e tal. Tirando essa galera
que é minoria,
ninguém tá feliz com a [ __ ] do tráfico,
porque não é só tráfico,
é cobrança de gás específico que é um
monte de coisa. É um monte de coisa.
Então veja, as pessoas nas suas vidas
pessoais, as pessoas nas suas vidas
pessoais,
elas se incomodam com crime.
Elas se incomodam porque a vida do crime
não é brincadeira, pô.
A vida do crime não é brincadeira. Tá
relacionado com essas coisas
relacionadas ao crime, não é
brincadeira. Então é por isso que a
direita, quando ela vem com a solução,
é, eu vou lá e chuto a porta.
Que mané, que mané
abias corpos tem que ir lá e resolver e
etc e tal e etc e tal. Uma pessoa que tá
vendo o crime todo dia, os problemas do
crime todo dia. E eu digo isso com a
tranquilidade grande e aí essa é [ __ ]
mas essa eu preciso esparrada da minha
vida pessoal. Olha só, tá aconteceu, tá?
De um familiar meu me ajudar na mudança
que eu fiz, tá? Na mudança que eu fiz.
de Vila Planalto, de Vila Planalto para
Vila Telebrasília.
Esse meu primo, eu não sabia, ele era
usuário
de craque e eu não sabia.
Ele foi me ajudar. Resultado, resultado
nesse vício dele, ele tava prometendo o
meu, como é que era o nome do negócio? O
o meu Ford Car.
Não só isso, ele foi dar rolê de
madrugada com a galera. Eu recebi cinco
multa de madrugada eu chegava para
trabal do trabalho.
Eu chegava do trabalho, ia dormir,
recebi cinco multa, tive que distribuir
a multa do meu carro, tive que
distribuir a multa do meu carro
pros pros familiares que me colocaram
nessa encrenca,
porque senão ia perder a carteira.
Não é legal.
Meu primo foi embora. Sabe qual foi a
situação que aconteceu? Os caras vieram
reclamar o carro comigo.
Os caras vieram reclamar o carro comigo.
Não é legal?
Por minha sorte,
eu consegui demonstrar
que eu não tinha [ __ ] nenhuma a ver com
isso. Eu consegui demonstrar que eu não
tinha [ __ ] nenhuma a ver com isso. O
cara que veio cobrar o carro, entendeu?
Mandou a mensagem pros bichos, falou:
“Nunca mais volte aqui, que não sei o
que” e etc e tal e etc e tal. Eu fiquei
um mês
com saindo de casa com medo. Fiquei um
mês
saindo de casa com medo dos cara mudarem
de ideia.
Um mês eu fiquei travando, saindo de
casa de manhã pro trabalho de de de do
trabalho para casa com medo por causa
dessa situação. Tô te contando essa
situação especial pessoal que eu nunca
precisei falar sobre isso. para dizer o
seguinte, veja, eu tenho uma experiência
pessoal
que eu consigo entender
qualquer pessoa que passou por uma coisa
semelhante. Eu não fiquei na para ser
bem tranquilo, para vocês entenderem
bem, eu nem fiquei chateado com os cara
porque aí no no final das contas ele
estava devendo R$ 100, alguma coisa
assim. O cara falou: “Pô, é isso aí.
Isso aí eu dei R$ 100 pro cara, ficou
por isso mesmo. E o meu carro foi
salvo”. Tá. É aí. Mas veja bem, Pedro, o
capitalismo. Ah, [ __ ] nerdola
estalinista do [ __ ] né? Ah, mas o
capitalismo, Pedro, veja o capitalismo,
[ __ ]
Não, os cara foi, os caras foram suaves.
Eles entenderam que o outro era doidão,
que ele tava na noia. Ele vendeu minhas
luvas de MMA, tá? vendeu minhas luvas de
MMA, mas o que que tinha que ele vendeu?
Ele vendeu um tablet que eu tinha, não
fiquei sabendo de nada. Eu ia trabalhar,
voltava para casa, achava que tava tudo
normal. Uma semana isso aconteceu.
O que eu tô dizendo para você, eu não
fiquei chateado com os cara, com os
caras do do movimento que vieram me
cobrar. Fiquei chato como fiquei
chateado com meu primo que tava viciado
e etc. Enfim,
mas o que que é importante vocês
entenderem disso?
que veja, eu lido bem com isso, eu
consigo entender os problemas e etc. Eu
sei como a vida é difícil. Eu sei que
isso não justifica eu ficar com ódio,
mandar que a polícia chegue lá e acabe
com tudo e etc e tal. Mas eu consigo
entender quem não pensa assim, entendeu?
Entenderam? Eu consigo entender quem
passou por uma situação dessa dentro da
própria família e pensa que se [ __ ]
meu uma situação dessa, um familiar, um
primo, uma prima, um irmão, uma mãe, um
sei o quê, a pessoa se enfiou no mundo
das drogas porque foi viciada pelo
tráfico. O que que essa pessoa quer? Ela
quer que entre lá e mate todo mundo.
Perdi meu filho, não reconheço mais.
Entenderam? Tem um aspecto, tem um
aspecto na psiquê coletiva que o carinha
estalinaldo
do YouTube não consegue entender.
Esse tema é difícil porque o tema é
difícil porque ele toca na vida pessoal
da galera.
É difícil. Toca no pessoal, imagina
tudo.
Você tomou um sacode de um grupo d, tem
que ter empatia, né?
É uma é uma difícil é difícil, cara. Eu
fiquei com raiva do bicho por um tempão
até eu pensar assim, caraca, velho, é
[ __ ] é uma situação [ __ ] né? Você só
tem raiva. Aí vem a igreja evangélica,
trata, cuida e não sei o quê. Todo mundo
vira evangélico.
O cara chega, cuida, fala assim: “Olha,
não é por aí, você não tá destinado a
ser um merda. Tem uma coisa maior do que
você, salva a vida da pessoa.” Aí o cara
vira,
é Jesus desde criancinha, né?
Então veja, é um tema difícil
porque ele toca na no emocional, destrói
as vidas das pessoas, esse tipo de
assunto.
E tem gente que sabe jogar com isso e a
direita joga com isso.
É um tema difícil, a situação é [ __ ]
acaba com a vida das pessoas, acaba com
o dinheiro que as pessoas têm, acaba com
a família das pessoas.
E as pessoas são tocadas por isso
emocionalmente. E vem o oportunista.
Que que o oportunista fala? Eu sei como
resolve isso tudo. Tá vendo essas coisas
que te causam raiva? Atira,
elimina todo mundo. É claro que isso não
funciona, né?
Eles foram lá, agora morreram 100
pessoas. Eles não estavam falando que o
confronto era 1000, o papo não era esse
do Pimentel. O confronto não era 1000,
morreu 100 pessoas. Acabou, não acabou,
né?
Ele falou lá, tinha 5.000 pessoas de um
lado, 5.000 morreu 100. Acabou, não
acabou, né? Uma chacina,
parou a cidade.
Acabou, não acabou, né?
Mas sabe qual é o problema? Se você
disser: “Olha, isso não é certo”. A
galera vai ficar [ __ ] e vai dizer: “Você
tá defendendo o bandido? [ __ ] eu tô
defendendo o bandido.” Isso aí vai
colocar a culpa no pessoal do Rio de
Janeiro.
Ah, que [ __ ] né?
Eu
também acho, Fred. E Fred, eu peço até
que você nem traga essas coisas para cá,
tá? Eu acho repugnante também,
pessoalmente. Eu acho esses esse mar de
mentira do estalinismo, varguismo
repugnante.
Repugnante
de de verdade. Repugnante.
Eu peço, não tragam isso para cá, porque
aí eu vou falar, aí eu acho isso uma
merda e pronto. Aí 10 anos esses caras
me citando. Não quero saber, eles vão
continuar fazendo. Mas vocês vão trazer
para cá para eu dizer de novo que é
repugnante. Eu acho. Acho repugnante.
Não traz para cá, pô. De boa. Tô pedindo
de coração.
Certo. Aí eu falo,
aí eu comento, aí o cara, vocês viram o
que ele disse? Ele odeia a todos. Ah,
cara, eu não odeio ninguém não. Eu só
queria que vocês não fizessem o que
vocês fazem. Vocês fazem isso o dia
todo,
dia todo. Dia todo, o dia todo. Acorda
pensando nisso, vai dormir pensando
nisso e vou continuar fazendo. Aí eu vou
ficar e eu acho isso errado, viu, gente?
Ó, eu acho isso errado, hein? Queria
relembrar que eu acho isso errado. Os
caras não vão parar.
Tô me estressando à toa.
Tô me estressando à toa. Tô me
estressando à toa. Isso é evidentemente
errado. Isso é obviamente errado. Não
precisa ficar dizendo todo dia que eu
acho errado isso. Não me deixa em paz.
Não me deixa em paz, pô. Me deixa em
paz.
Então assim, eu tô muito chateado, muito
chateado mesmo, tá? Tô muito chateado.
Tô muito chateado com essa situação
toda. Muito chateado. Porque assim, é
evidente
uso da raiva que as pessoas têm por
causa de seus casos pessoais, porque tem
muita violência mesmo do Brasil, em
especial no Rio de Janeiro.
O cara fabricou uma notícia,
fabricou do nada.
Ele fabricou do nada. A a desculpa ainda
tem isso. A desculpa era que a a o
comando vermelho tava fazendo uma
incursão em outro lugar e tal. Se tá se
atacou porque o comando vermelho fez uma
incursão em outro bairro, então não teve
não teve planejamento, né?
Fez o comando vermelho, fez uma incursão
no dia um e no dia dois vocês estavam
invadindo, então não teve planejamento,
né?
Aí os caras fazem um rocanol e fala:
“Não, tá planejado há 500 anos.” E aí
tem essa coincidência aí de que teve uma
incursão que matou uma senhora numa
outra numa outra favela ou numa outra
comunidade.
E o cara e o cara que era alvo nem foi
preso. Veja, o que mais me irrita é o
seguinte. O que mais me irrita é o
seguinte.
A situação de violência foi colocada.
Pessoas inocentes, porque tem bala
perdida nessa coisa, morreram. Para dar
uma coisa que é piada dos caras, né? A
piada dos caras é essa. Agora morreu
cento e tantas pessoas. Aí a pessoa
entra nos comentários e fala: “Ra
[risadas]
choro pelas quatro famílias dos heróis”.
[ __ ] vai fazer a piada. A os caras não
tem nem veja,
tem que ensinar à direita, né? Veja,
fala pelo menos assim, ó. Eu choro pelas
pelas famílias dos policiais
e pelas famílias dos inocentes no fogo
cruzado. Pelo mete pelo menos essa, mas
nem isso os caras metem. Nem isso os
cara metem. A empatia é tão menos
quatro, né? O cara rolou o D20 e tirou
um na hora de criar empatia, que quando
ele vai fazer a piada dele, ele diz: “Só
choro pelos policiais e as pessoas que
não tm nada a ver, que tomaram uma bala
perdida. Nem isso você consegue forçar
no discurso.
Nem isso você consegue forçar no
discurso.
Olha,
veja.
Veja,
não é só
a morte de várias pessoas numa escala
grande e que essas pessoas podem estar
no tráfico,
embora isso também seja problemático.
Mas se a gente falar que isso é
problemático, tem uma galera que é
imune, vocês entendem isso? Tem uma
galera que se a gente dizer, olha, é
óbvio que é problemático terem morrido
100 pessoas num dia. A maior matança que
aconteceu na história do Rio de Janeiro.
A gente vai dizer isso aí, os caras vão
falar: “Não são pessoas, são bandidos”.
Tem gente que é imune a isso.
Então, tá bom. Vocês são imunes a isso,
tá bom?
Então, presta atenção.
Então, presta atenção.
Para além das mortes de pessoas que não
tm nada a ver, que foram pegos no fogo
cruzado,
teve a quantidade de ônibus queimados
pelo comando vermelho.
Teve a estrutura econômica do Rio de
Janeiro parando por causa disso. Quem
tinha que ir pro hospital,
quem tinha que ir pro hospital e o Rio
de Janeiro estava parado, como é que
fica?
E as pessoas que vivem na comunidade
e que estavam trancadas dentro de casa,
estão traumatizadas para sempre por
causa do barulho da troca de tiro.
Nada disso importa para vocês.
e o tanto de comerciante
dentro do complexo que foi saqueado
por causa do momento.
Saqueado, saque, perdeu
o mercado inteiro
porque a cidade dava um caos e foi
saqueada a loja do cara.
Cara, tem nada [ __ ] nenhuma a ver com
isso.
A loja do cara saqueada. Vocês não são
cara que fala: “Ah, mas veja bem, e o
livre empreendedor”. Pois é, o livre
empreendedor lá no seu mercadinho com
mercado saqueado.
Veja, por que que eu digo isso? Eu sei,
queridos, eu sei, eu sei do coração, tá?
Que existem os caras
que são imunes a argumentos,
que são soatas e que não ligam para
qualquer coisa dessa que eu for falar.
Eu sei que existem essas pessoas.
Não é a maioria,
tá?
Não é a maioria, queridos.
Por isso que a gente tem que falar essas
coisas,
porque eu sei que tem o sociopata atrás
de uma foto de anime falando: “Ah, eu
queria que morressem todos”. Eu sei que
essas pessoas existem. Não é a maioria,
meus anjos.
os sociopatas,
os políticos que são oportunistas e que
fala assim: “O mundo é ruim antes ele do
que eu e que distorce tudo e que mente,
etc e tal”. Não são a maioria. Por isso
que a gente precisa conversar.
Veja, existe sociopata, existe
sociopata, existe oportunista, existe
oportunista. Não é a maioria da
população.
Não é a maioria da população,
tá? A turminha do Based, do do Isso não
é a maioria da população, queridos.
Não é a maioria da população. Não é a
maioria da população. Não é a maioria da
população. Não é. Não é, mas não é
mesmo,
tá? O cara que tá falando, eu acho que
tinha que acontecer um desse por semana
e etc e tal, normalmente ele acha que só
morre o cara que tá portando arma. Aí o
cara pensa assim: “Olha, se você porta
arma e atira nos outros, você também tem
que tem que aceitar que para tomar um
tiro”. A maioria tem essa impressão do
mundo. Acontece um negócio desse, morre
120 pessoas, aí o cara pensa: “São 120
cara com fuzil, aí fuzil contra fuzil,
enfim, quem mandou empuiar o fuzil?” E a
maioria das pessoas pensa assim.
Aí você tem que lembrar para essas
pessoas que pensam assim do fuzil, ah, o
cara importou, portou um fuzil, ar com
as consequências de portar um fuzil, tu
não é o bravo para segurar um fuzil. E
aí as pessoas pensam assim, em geral as
pessoas pensam assim. Se você começar a
colocar pra pessoa, sim, mas e a [ __ ]
da lojinha que tava ali que nada tem a
ver com isso e foi fechado.
E esta mãe aqui que tá chorando a perda
de um menino que tomou uma bala perdida.
Tem que mostrar isso pras pessoas, pô.
Tem que mostrar isso pras pessoas,
porque eles vão ficar falando toda hora
que que a culpa é o cara que mandou o
cara pegar o fuzil.
Será que você vai ouvir aí o Kit tá
dizendo assim: “Eu vi isso hoje no
trabalho, você vai ouvir muito,
você vai ouvir muito. Isso
é o argumento que justifica, olha, eu tô
fazendo uma coisa ruim contra uma pessoa
que faz coisa ruim. Isso justifica
moralmente na cabeça das pessoas. E
vocês têm que entender que tem gente que
ela pensa assim, ela desumanizará, ela
fala: “Se a pessoa fez algo de errado,
se ela está ameaçando com fuzil às
outras pessoas, então ela também, né,
comprou a briga que aceite que a o mundo
é duro, né? Tem muita gente que pensa
assim.
E nesse grupo de dessa crença que eu tô
falando, essa eu aposto que a maioria da
população, aí eu aposto. Se eu pudesse
apostar,
eu acho que bem mais de 50% da população
brasileira pensa assim: se o cara pegou
no fusil, ele tinha que tomar bala
mesmo.
Então veja,
por associação,
muita gente desumaniza os moradores
que não pegaram em fuzil,
mas é importante ganhar esses, cara.
É importante ganhar essas pessoas.
Veja, eu vou insistir isso. O que eu tô
dizendo,
o que eu tô dizendo é que eu não sinto
isso, eu não defendo isso, eu não sou,
mas você tem que saber entender essas
pessoas.
Eu não pode fingir que essas pessoas não
existem.
Desumanizam tudo, cara. Tudo.
É como se isso tudo não fosse uma grande
tragédia.
É como se o viciado em craque não fosse
uma tragédia. É que é como se aquele
menino que tá com 14 anos fumando
maconha e portando um fuzil não fosse
uma tragédia por si só.
Ah, quem mandou portar o fuzil, [ __ ]
14 anos. Não era melhor que a gente
falasse que não tivesse essa merda
ao invés de ficar desumanizando, menos
de idade, brother.
Mas as pessoas acham isso.
As pessoas acham isso,
tá? Muita gente acha isso. E digo mais,
tá? Vocês ficam falando assim: “Ah, quem
acha isso é playboy do não sei quê”.
Gente, tem gente que fala isso de
familiar próprio.
Tem gente que fala isso de familiar
próprio. Vocês entendem isso? Tem que
tem um familiar que tá numa situação
dessa que o cara fala: “Eu prefiro que
morresse logo e resolv esse problema da
sociedade”. E essas pessoas existem,
elas não são poucas,
tá? Essas pessoas existem e elas não são
poucas. Aí você cria um estereótipo da
USP de que quem pensa isso é só o
Playboy da Baixada de do Fluminense ou
sei lá. Não é verdade.
Não é verdade. Vocês estão se enganando.
E aí eu digo, por que que a direita
ganha? Porque a maioria da população
está assim, ó.
camarada tá falando: “Met da minha
família é assim, ninguém é playboy.” Eu
tô dizendo, gente, isso por que que a
direita vai pro discurso aí? Porque esse
discurso é popular.
Esse discurso é popular.
Não, veja, o camarada Rian tá dizendo
assim, perguntando: “Mas como entrar
nesse diálogo sem que haja algo similar
com o que ocorre, com a revolução? Será
evangélico ou não será?”
Como?
Primeira coisa, você não finge que o
problema não existe.
Se você finge que isso não é popular,
que você se você finge que isso é
pensamento de Playboy, que só Playboy
pensa assim, só o cara rico pensa assim,
você tá fingindo que a questão não
existe, você entendeu?
Tipo, a solução não é simples, mas uma
coisa que não vai solucionar não é
fingir que o problema não existe.
Se a maioria da população pensa isso,
você vai fingir que não, que só quem
pensa isso é o cara que é que vive na
Vila Madalena.
Você tá se enganando. Como é que você
vai solucionar um problema se você acha
que o problema não existe?
E e eu tô vendo aqui, né? Eu tô vendo
aqui um monte de gente dizendo a mesma
coisa. Minha família toda pensa assim,
ela não é playboy. Então é isso. Por que
que a direita
ataca nesse tópico? Então veja, isso se
junta com a mentirada do estalinismo
varguista que existe no Brasil. Você
acha que as pessoas odeiam o PT
porque ele cortou Bolsa Família? É
exatamente o oposto. Aí você cria uma
diagnose errada.
Eh, as pessoas odeiam o PT porque há um
uma discurso que é assim, ó. Você vence
na vida pelo seu própria ação. O governo
tá querendo te dar coisas para você
ficar eh para você ficar submetido ao
governo. Submetido ao governo, você não
faz o seu trabalho próprio. Você não
entende a importância de conquistar as
suas coisas com luta. Esse é o discurso
que a direita faz. É esse que é o
discurso que pega a população pobre. Não
é um discurso de de ah, cortar o BPC,
não é, pô. Não é falso isso é assim, ó.
Veja a população, se eu não sou
beneficiário do Bolsa Família, eu já vi
aluno meu dizendo assim: [risadas]
“Receber esse negócio de de de pé de
medo não serve para nada e não sei o
quê. Mas tu não tá na escola, ô Bos é
[ __ ] do [ __ ] Tu não tá na escola.
Então o discurso que pega a população é
exatamente esse aqui, ó. Você tinha que
fazer as coisas
por conta própria. Quem não quer tem
mais é que se [ __ ]
Esse é o discurso que pega de a
população pobre pela direita. E,
portanto, bolsa família atrapalha, vale
gás atrapalha, pede meia atrapalha.
Auxílio ao pobre atrapalha, porque ele
nunca vai aprender a lutar pelos seus
próprios interesses. E aí ele não ele
não não não respeita os ganhos dos
outros porque ele não respeita os ganhos
próprios, que ele nunca ganhou nada
trabalhando. Aí ele vai e mete um
assalto porque ele não sabe qual é a
luta que você tem por É esse que é o
discurso que ganha a direita.
Então o PT dá coisa demais para as
pessoas e elas não aprendem a valorizar
o seu próprio trabalho. Esse é o
primeiro tópico que a direita ganha a
população pobre nisso.
Já viu já vi gente, eu já vi
pelo menos
três professores da Secretaria de
Educação. Eu tô lá menos de um ano.
Três professores da Secretaria de
Educação.
há um ano e pouquinho, três professores
em escolas diferentes. E um que me
marcou muito foi numa escola de
Itaguatinga, que o professor é uma
pessoa negra,
que tava lá dando a aula dele, meio
enrolão, inclusive, diga-se de passagem,
meio enrolão.
E ele dizia o seguinte:
“Esses meninos,
eles não querem nada.
Na minha época
eu tive que lutar, eu tinha que acordar
5 horas da manhã e agora tô aqui. É,
agora tá ganhando 7.000 conto, né?
Tá ganhando 7.000 conto, enrolando um
pouco. Ele acha professor, queridos,
professor ensino, ensino superior, dá
aula, tá?
Esses meninos acham que vão conseguir
tudo
na vida deles. Eles não ligam para nada.
Tem que deixar se [ __ ] mesmo. Tem que
deixar se [ __ ] mesmo.
Certo. A gente não é valorizado na sala
de aula, aí vocês ficam em choque, né?
Eu acho engraçadíssimo quando vocês
ficam em choque. Eu acho engraçadíssimo,
gente. É o mais comum. Eu tô dizendo que
essa é uma fala explícita, mas todo
mundo na roda concorda.
É isso mesmo. Eu também passei por uma
vida difícil. Esses meninos hoje não
querem nada com nada. Na minha época eu
apanhava da minha mãe se eu não fizesse
dele de casa. Olha, esses meninos é
comum, queridos, entre professores.
Vocês falsificam a realidade dentro do
YouTube, tá? Estalinismo, varguismo,
vocês fal aí, qualquer professor sabe
disso.
Camarada aqui tá dizendo: “Escuto muito
isso na sala dos professores. Qualquer
professor sabe disso.
Essa é a realidade do seu país,
queridos.
Essa é a realidade do seu país. Não é a
bolha da USP maconheira a realidade do
seu país.
O problema da USP maconheira que me
deixa doido é que a USP ela é criada,
né? E a UnB Iden e etc e tal, que você
fica assim dentro de uma bolinha onde
todo mundo tem consciência social.
É a USP maconheira, é aquele, é o
maconheiro de consciência social, né?
Fuma sua maconha para [ __ ] Fala
assim: “Caralho, velho, problema do
mundo é que ele não entende
que a gente, [ __ ] classe trabalhadora
tudo pertence. [ __ ] que pariu.
[ __ ] que pariu. Veja, isso não é o
mundo. Isso não é o mundo. Quando você
sai daí, vai paraa sociedade civil com a
vida adulta,
você vai ver o que as pessoas pensam
mesmo. [ __ ] não é assim. Não é essa
bolinha que você foi criado no DCE
disputando quem é o que que ama mais a
comunidade.
É o problema do mundo aí dá aquela
puxada na maconha e fala assim: “O
problema do mundo é [ __ ] capitalismo
que a galera não entendeu ainda que o
capitalismo não funciona [ __ ]
um monte de espelho egocêntrico, olhando
um pra cara do outro e concordando em
que o problema do mundo seria resolvido
se fôssemos nós, né? se todos fôssemos
iguais a nós. Mas aí, veja aí, o que a
gente tá tentando chamar atenção,
que a gente tá tentando chamar atenção é
que a direita apela para esta aposta
relacionada à segurança pública, porque
é o que as pessoas acham mesmo
em geral. A maioria da população acha
isso. Isso é uma merda. Isso é uma
merda. A gente tem que ter consciência
que isso é uma merda.
Aí, graças a Deus que tá se percebendo
isso. Osvaldo disse: “Quando eu entrei
na UnB, eu fui no protesto com o pessoal
do DCE, depois que vi que só tinha
drogado discutindo linha, fiquei puto e
nunca mais colei com eles.” Ai cara, é,
é, é. Enfim, então assim, a, a
universidade tem uma autoimagem muito
deturpada. Ela acha que ela é maioria,
tá ligado? Ela acha que porque ela faz
um deputado, porque toda a galera da
universidade vai votar no menino, eles
acham que eles são maioria. Eles acham
que tá assim pertinho de ganhar. Tá
pertinho de ganhar.
Pertinho de ganhar.
Ah, não tem como, velho. Não tem como.
Não tem como. Não tem como. Não tem
como. Então assim, vocês vão me
desculpar, eu tô muito chateado, tá? Eu
precisava falar essas coisas
que é muito, mas isso é em qualquer
universidade. É uns menininos de 19 anos
com a vida tranquila, dizendo assim:
“Poxa, eu tenho muita consciência social
e tal, tenho muita consciência social
e eu tô parafraseando a [ __ ] da do do
Matias mesmo, [ __ ] Que é engraçado,
veja. É engraçado aquilo ali. É
engraçado, gente. Para qualquer um ser
humano, com vida adulta, você não tá com
os moleque universitário que acha que
vai salvar o mundo,
tá? É engraçado, gente. É engraçado para
qualquer adulto. Certo. Eu entrei na
UnB, eu já era adulto, já era minha
segunda faculdade. Eu sentava com os
meninos maciras, eles ficavam tirando
onda comigo. É, o Pedro é caretão. O
Pedro é caretão, [ __ ] velho. Não tem
idade para isso não.
Depois eu tenho que trabalhar, mas tá,
eu vou ficar fumando maconha com vocês
aqui, discutindo a salvação do planeta.
Não vou, não vou. Vai me desculpar, né?
Eu tenho trabalho, eu tenho a minha
casa, eu tenho minha conta, né? Eu não
vou ficar aqui. Ah, mas o mundo vai ser
salvo, porque quando a gente chegar lá e
tal, pa, não vai,
não vai.
E qualquer adulto reconhece isso, cara.
Qualquer adulto reconhece isso.
É ridículo, pô.
É ridículo.
É ridículo. É absolutamente ridículo.
É chatão. [risadas]
A Chatão, pô, não se conecta com a
natureza.
O esperto hoje tá no STJ. Tá. Dessa
galera, dessa galera não. Vibes. Vamos
para cachupo discutir a superação do
sistema, tá? O esperto hoje tá no STJ.
[risadas] O esperto hoje tá no STJ.
Tá? Então veja, queridos, veja com
clareza, com clareza,
né? Com clareza,
com clareza.
Vi com esse papo grat luz com essa
galera de dizer assim: “Veja bem,
vocês têm que entender
que a ideologia
ela perverte vocês e que o capitalismo
sabe o que que o Galo falou que eu achei
que ele mandou a braba. Não é para
brincar com a consciência desses
moleques.
Galo meteu uma braba, ele falou assim,
ó, vocês entenderem,
eu não defendo tráfico de drogas, não.
Sabe por tráfico mesmo, tráfico? Tô
diendo do menino ali que tá vendendo R$
50 ali na ponta e vai tomar um tiro.
Não, tô falando a estrutura do tráfego.
É um capitalista paralelo. Vamos ver se
você, nerdinho da da tua faculdade tem.
Eu tenho que conversar com a [ __ ] do
nerdinho da faculdade, não tenho. O galo
meteu a braba, ele falou: “Olha, vou te
ensinar, vou falar a língua que você
sabe falar”.
Quando ele tá falando de tráfico de
drogas,
certo?
mobilização de dinheiro, escala
nacional, montando facção. A gente tá
falando de empresário, vocês não são
contra o capitalismo.
A gente tá falando de empresário
paralelo, é capitalismo paralelo.
Pronto. Aí o menino,
então eu posso ser contra, já que é
capitalismo.
[risadas]
Ah, cara, eu tenho muita raiva, velho.
Eu tenho muita raiva do DCE, na moral.
Eu tenho muita raiva do DCE,
certo? Eu tenho muita raiva do DCE. Ah,
agora eu entendi. Agora eu posso odiar,
né? Agora que você chamou de
capitalismo. Ah, [ __ ]
Ah, estalinismo varguista que existe na
internet.
Ó, de boa, de boa.
Primeira coisa é entender que o problema
existe. O problema da segurança pública
é um problema real. A extrema direita
brinca com isso. Isso me deixa muito
furioso.
A extrema direita inventou uma ação
policial num contexto específico,
num contexto específico em que os
Estados Unidos ameaça atacar os países
alheios por causa do tráfico de drogas.
Os caras inventaram a maior ação
policial do Rio de Janeiro com mais
letalidade, vai se espalhar e já tem
notícia sobre isso, pelo mundo inteiro a
imagem, tá? A imagem vai se espalhar
pelo mundo inteiro. Ela vai se espalhar
pelo mundo inteiro. A imagem vai se
espalhar, vai chegar nos Estados Unidos
também, tá? vai chegar nos Estados
Unidos a imagem do que tá acontecendo no
Rio de Janeiro.
Logo na semana exatamente que o Trump
encontrou com o Lula e que o Senado
Federal americano
e que o Senado Federal americano
disse que é irregular.
Tá com projeto de lei aprovado pelo
Senado. Tem que passar pela Câmara
ainda, que lá é invertido. Tem que
passar pela Câmara ainda para anular.
aquele boicote de 50%.
Os caras inventaram um fato político do
nada a respeito de tráfico de drogas.
Não tô dizendo que não existisse, mas
eles inventaram a o tema, eles jogaram
na mídia o tema
num momento de ascensão que a esquerda
tava moralizada e a direita tava
desmoralizada. Como esse tema é popular,
o que que vai acontecer?
A direita vai retomar esse tópico da
violência pública, porque nessa a
maioria concorda com eles.
Eles por possivelmente voltarão pro jogo
da eleição. Eles sacrificaram vidas
humanas
igual Fumeta Alkimist. Eles sacrificaram
vidas humanas por uma questão eleitoral.
Foi isso que o governador do o cara do
Rio de Janeiro fez, pô.
Vai jogar, vai jogar. É esse Bilinsk aí
agora. Vai falar todo dia. Vou colocar a
câmera nele para ele vai dizer um monte
de coisa. Ah, tinha que matar mesmo. Aí
a gente vai fazer o quê? Meteoro Brasil.
Não sei quem, não sei quem. Olha o que o
Belinski falou. Aí, [ __ ] merda, foco em
cima do cara, o nome do cara, o nome do
cara.
Os caras fabricaram
na base da de vidas alheias
um tópico eleitoral.
Eu tô muito chateado. Eu peço desculpa
aí para todo mundo que eu ofendi. Se o
Bugar ficou ofendido, se o Ian Neves e o
estalinismo frou dele lá ficou ofendido,
tá? E assim, vocês vão me desculpar, tô
muito chateado. Beijo no coração de
todos. Falou, valeu. Até mais. Amen.