queridos deixa eu ver tá tudo bem aí Eu
tô aqui eu tô ali alguém me deu um sinal
de vida Opa tá com
áudio
entrei meus queridos eu vou tentar fazer
uma coisa nova hoje eu vou tentar gravar
esse vídeo ao vivo mas com a estrutura
de um vídeo que deveria ter sido editado
quer dizer tem um PowerPoint aqui atrás
que eu preparei igual a minha cara feia
Ah e aí a gente vai tentar fazer uma
apresentação sobre um tema específico de
historiografia e eu vou aproveitar para
embarcar Nessa onda aí de ah questões de
guerra
e questões relacionadas a Realismo
político como sempre como eu já tenho
feito muitas vezes só que aqui a gente
vai se voltar pra questão de como a
gente conhece a história do passado e
para outro ponto que leva o mesmo leva o
mesmo nome mas não significa a mesma
coisa que é e realismo do ponto de vista
epistemológico considerando
e ou talvez ontológico a existência de
coisas em si que existem independente da
percepção humana e como esse problema
que na verdade no no momento específico
quando eu tiver mais estudo para falar
com isso com mais profundidade eu vou
mostrar a minha tese ou a minha posição
né e tese derivando do grego significa
isso posição a minha posição acerca de
uma necessária relação que deveria haver
quando se fala quando se usa os termos
epistemologia e ontologia Mas isso é é
outra coisa para outro dis isso é muito
mais complexo e eu nem tenho base hoje
para falar sobre qualquer coisa disso
sem falar uma besteira enorme mas o que
a gente vai falar aqui sobre o que a
gente vai falar aqui e o que que eu
quero dizer quando eu invoco o termo
Realismo nesses né nesse assunto é o
seguinte como a gente descobre Ah o
passado e o que que significa investigar
o passado porque pelo que eu noto e o
que faz sucesso em geral na internet
ultimamente sobre esses vídeos em
relação aos vídeos de história é
apresentação do que muitas vezes as
pessoas na historiografia gostam de
chamar de história factual que é quando
você vai apresentando os fatos né como
como aconteceu aconteceu assim depois
aconteceu assado depois aconteceu aquilo
o outro eu tenho sérios problemas com
esse tipo de apresentação porque ele faz
o que eu posso chamar de pular Corguinho
né e queimar largada e tal Porque você
apresenta as informações sobre o que
teria acontecido no passado mas você não
apresenta Quais são as dificuldades para
você ter tanta certeza assim de que
aquilo que você tá dizendo aconteceu no
passado Então por por exemplo o meu
personagem de pesquisa a personagem que
eu pesquiso eh que é o Protágoras
aparece muitas vezes na internet em até
sites sérios dizendo assim ah ele fez
isso ou Muitas pessoas dizem que ele fez
assado Dizem que ele fez aquilo
eh muitas pessoas afirmam que só que
como eu pesquiso esse essa personagem
específica Eu Noto que de acordo com as
nossas Fontes às vezes essa informação
que esse cara tá dizendo assim não dizem
que se baseia em apenas uma única fonte
e é uma fonte inclusive muito posterior
à própria personagem quer dizer a a
personagem pode a pessoa que está
fazendo a a passando a informação pode
estar errada ela pode estar mentindo ela
pode
ah ter entendido errado alguma
informação e e ter cometido algum
equívoco ela pode ter sido informada ah
ter entendido muito bem a fonte que ela
leu mas a fonte que ela leu pode estar
desinformada Então esse processo quando
a gente ignora Esse passo a passo entre
a fonte e o fato quando a gente vai
escrever no na Wikipédia no sitezinho do
sei lá do que da Universidade ou quando
você vai fazer seu paper ou quando você
vai fazer qualquer coisa e ignora o
passo a passo de como você chega a fonte
você acaba ignorando Ah que a sua fonte
pode simplesmente ser falsa estar errada
e às vezes o pessoal retoricamente
constrói essas ideias de tipo assim
dizem por muitos dizem é a opinião de
muitos que não se baseia em Isso é só
retórica é muito engraçado isso quando
você estuda uma personagem Como o
próprio Protágoras e você conhece as
fontes que se ligam a essa personagem as
pouquíssimas e parcas informações que a
gente tem sobre ela e você vê alguém
escrevendo num texto assim super cheio
de cita e não sei o qu não é da opinião
majoritária não não é da opinião
majoritária é uma fonte que disse e você
deveria reproduzir a fonte origem da
informação e muitas vezes isso não é
feito é sobre isso que a gente vai falar
aqui um pouco e a gente vai aproveitar
no tema porque a gente vai falar sobre
esse aspecto da historiografia sobre
esse problema como ele é complexo eu vou
apresentar para vocês no nível da
complexidade em que ele se apresenta
pelo menos eh Na verdade nem nesse nível
vou dar uma superfície de uma coisa que
ainda é muito mais profunda e o tema de
fundo vai ser sobre o realismo político
propriamente dito e a gente vai avançar
algumas informações que são básicas por
exemplo para quem já fez relações
internacionais se você fez relações
internacionais e você nunca ouviu falar
do Diálogo dos e o diálogo meliano ou
diálogo de melos ou qualquer coisa assim
você fez uma bela de uma uma porcaria de
uma universidade porque pelo menos
ampassã deveria ter sido mencionado esse
trecho do texto de tdes Beleza então
vamos lá o que que é esse diálogo
meliano primeiro eu quero situá-los pra
gente entender do que que a gente tá
falando vamos ver se funciona fazer isso
aqui ao
vivo o diálogo meliano ele ocorre num
fenômeno de guerra que é a Guerra do
Peloponeso o que que é a Guerra do
Peloponeso é uma guerra entre Atenas e
Esparta eh você provavelmente já ouviu
falar isso sobre isso inclusive no
ensino médio né que é cheio daqueles
estereótipos toscos que todo mundo adora
de adora repetir que os espartanos eram
super violentos e poderosos e criados
para guerra e que os eh atenienses São
criados para filosofia ou qualquer coisa
simplista e boba nesse sentido mas você
tem a noção que aqueles aqueles grupos
de gregos ali guerrearam entre si e o
maior registro que a gente tem o mais
importante registro que a gente tem
sobre essa guerra é o registro do tdes
que era ateniense e que viveu Essa
guerra e registrou a Sua percepção
importante esse termo a Sua percepção e
o que ele queria que as pessoas
percebessem acerca dessa Guerra o que
ele via como importante comunicar quer
dizer tem duas etapas aqui é uma etapa
de perceber porque ele não percebeu a
guerra inteira em todos os seus e fatos
em todas as suas dimensões ele percebeu
parcialmente do que ele percebeu após
recolher as informações que ele teria
recolhido ele escreveu o que ele queria
escrever acerca disso quer dizer tem
dois filtros aqui já antes do Fato né
você só chega ao fato pelo livro do tdes
que passa primeiro
pela capacidade perceptiva dele acerca
dos Fatos e depois pelo filtro moral
político que o próprio vai fazer para
escrever o que ele intenta quer dizer
ele pode intencionalmente ter omitido ou
não certas informações o próprio tdes dá
um ar de neutralidade eu não tô
escrevendo aqui para tentar mexer com
isso ou aquilo de hoje eu quero escrever
isso aqui que fique para sempre para
informar do que aconteceu tal tal tal Ah
só que você de você declarar isso e de
você efetivamente fazer isso é um salto
né então você tem que tomar ISO isso
como princípio o texto foi escrito por
uma pessoa humana que pode ter descrito
algumas coisas por interesse próprio às
vezes até enviesamento
Ah não intencional por mais que ele
tenha escrito lá declarando que não vai
se enzar por qualquer motivo Ele era um
um a uma pessoa que tava em Atenas e era
ateniense na época da guerra então isso
tudo influencia mesmo que ele tente
dizer que vai ser neutrão e não sei o
que não sei o quê eventualmente ele tem
relações pessoais com as pessoas que
participaram da guerra ou mesmo que não
pessoais ele foi influenciado na vida
pessoal dele por uma decisão de um
político ou de outro e isso pode
carregar nas tintas quando ele vai
escrever quer dizer isso pode inciar no
na percepção que nós temos hoje sobre
personagens históricas sobre as quais
temos o conhecimento a partir do que ele
escreveu e se ele tava puto porque um
político x teve uma decisão que ele
achou idiota pode ser que ele tenha
carregado demais e na hora de falar mal
desse cara que ele achou um idiota e
você vai ficar achando que o cara é
idiota porque a única percepção que você
tem do cara não é porque você viu e
conheceu o cara em todos os seus
aspectos em todos os seus erros e
acertos Você só conhece o cara através
do tus sides ou eventual eventualmente
por exemplo a gente tem um exemplo Claro
disso que é o como é que é cleon
eh que é um dos militares de Atenas que
tdes eh repudia o mesmo repúdio aparece
também em eh aristófanes em uma de suas
peças Então como é que a gente chega ao
resultado de quem foi esse cara eh o
Cléo eh se ele foi gentil boa se ele não
foi gente boa a gente só conhece esses
relatos quer dizer a gente não conhece o
Cléo em si digamos assim a gente conhece
através dos relatos de duas personagens
que podem ter escrito invadente Então a
gente tem uma percepção histórica dessa
personagem histórica que é mediada por
essas duas percepções e escritas
compreendem o que eu quero dizer quer
dizer isso você tem se você lê os textos
se você não leu nada você não sabe
porcaria nenhuma não tem percepção
nenhuma nem enada nem com falta de
envasamento mas O interessante é essa
percepção que você entenda que o
vocábulo percepção é muito importante
para a compreensão histórica porque a
gente só conhece as coisas pela mediação
dessas pessoas que transmitiram
informação de uma maneira ou de outra
por exemplo quando você tenta chamar
historiografia por um aspecto maior que
não fique só preso a it aí você entende
que a historiografia também tem que
encontrar a arte beleza só que você vai
pegar na arte a a representação que o
artista
xyz fez e nós não temos todas as artes
feitas pelos ah gregos atenienses ou
seja o que for de modo que o que nos
resta pra gente fazer uma análise
histórica baseada na história da arte ou
qualquer coisa assim é só aquilo que
sobrou e Isso é lacunar isso é enviesado
pela como é como seria pela obra de tdes
pela própria obra que a gente tem acesso
Aquilo não é um reflexo exato do que
aconteceu no passado é um reflexo das
percepções
relativas de alguns artistas que não são
necessariamente todos
ah representantes de um tipo de desenho
só de um tipo de representação só isso
Às vezes a gente Ah faz simplificações
quando a gente interpreta as coisas
partindo apenas daquilo que a gente tem
a gente confunde aquilo que a gente tem
exatamente como a realidade a que ela se
refere não é verdade isso a gente é a
gente só consegue alcançar pela sobras
os restos os vestígios seja o texto seja
a arte essas sobras restos e vestígios
necessariamente tem um são elas são
desfalcadas em relação à realidade quer
dizer que a gente não cança a realidade
em si do passado Jamais isso é um
primeiro ponto que é o que deve
incentivar você quando você fori
escrever textos sobretudo quando você tá
muito afastado no tempo aí você vai
falar assim aconteceu na Guerra do
Peloponeso o correto seria você dizer o
seguinte mais perfeito o mais exato o
mais
epistemic brilhante é você dizer assim ó
segundo T sides teria acontecido isso aí
você você tá passando exatamente a fonte
da tua informação entendeu É assim que a
gente deveria se expressar melhor para
tentar D pras pessoas a dimensão da
complexidade que é alcançar a tal
realidade em si quando a gente fala de
questões historiográficas pois bem esse
é um primeiro movimento que a gente vai
fazer aqui agora eu quero trazer vocês
para esse momento e esse local
geográfico aonde está acontecendo onde
teria acontecido tal diálogo meliano
conforme nos narra
tcs bom esse é um mapa 2D do mundo e
aqui a gente teria a ilha de melos que
existe até hoje a gente vai obviamente e
a gente vai dar uma olhada Mais
especificamente para vocês observarem e
entenderem melhor quer dizer quando o
professor sem essa esse recurso e
estético ele apresenta para vocês o
diálogo de Melo você fica às vezes meio
perdido meio sem saber onde é que você
tá ajuda esses recursos estéticos a
gente Mostrar no mapa situar a pessoa Às
vezes as pessoas não sabem nem onde fica
a Grécia no mapa então eu acho legal
fazer esse tipo de coisa vamos lá
apresentar melhor o nosso
tema essa seria a ilha de melos correto
Essa é a Grécia você consegue ver aqui
em relação ao mapa mund Total onde fica
a Grécia na Europa né ah e você vê aqui
essa situação aqui é mais ou menos onde
é a Grécia hoje hoje a Grécia aqui aqui
é a Turquia Ok e naquela na época onde
teria sido escrito o texto de tdes os
gregos ficavam aqui também nessa região
onde hoje é a Turquia que é a anatólia
Então você tinha pessoas que falam a
língua grega e que por isso tinha uma
afinidade cultural e a afinidade
cultural deriva também desse parentesco
você tinha essas pessoas aqui ó e
pessoas aqui aqui ficava mais ou menos a
o que a gente pode chamar hoje de Grécia
mas que eles identificavam como elad
porque eles se identificavam como
helenos e eles então teriam essa língua
em comum e a elad entrou em conflito a
elad entrou em conflito logo depois de
um outro conflito causado pela
a guerra contra os os medos né que a
gente chama de guerras médicas ou
guerras médias né ou guerras pérsicas
porque enfim Isso aí é um outro assunto
que at tem até a ver com o que tá
acontecendo agora no no mundo né em
relação ao trump brigando com o Irã os
os iranianos têm uma
ancestralidade de língua ah Persa e os
os medos e os persas eram grupos de
diferentes e enfim houve um confronto a
vitória do Ciro o Ciro expandiu a sua o
seu império e chegou até aqui quando ele
chegou até aqui ele dominou os povos que
estavam aqui na anatólia ele não né o
seu ah sucessor E aí o o daril primeiro
que é Ah um sucessor de Ciro ele vai
eh brigar com os atenienses e o pessoal
dessa região que os atenienses ficam
nessa região o Peloponeso é isso aqui ó
isso aqui onde fica Esparta Esparta fica
aqui e aqui ó é o Peloponeso então
Guerra do Peloponeso é mais ou menos a
guerra dos atenienses com a com essa
galera do Peloponeso né a galera
espartana os lacedemônios que ficam ali
na região do Lácio
Então olha como é interessante você
perceber essas coisas Muitas pessoas
falam de guerras Guerra do Peloponeso
Guerra do Peloponeso e não fazem a menor
ideia do que diabos é Peloponeso isso é
uma coisa que é importante porque não é
só decorar o nome é o nome de uma região
é a região do Peloponeso que tá colocada
aqui Eu sempre gosto de brincar para
falar sobre isso ou de relacionar para
falar sobre isso com a guerra do
Paraguai a guerra do Paraguai a gente
chama de guerra do Paraguai porque era
guerra Nossa contra o Paraguai Nossa não
porque eu não tenho nada a ver com isso
mas a guerra do Brasil com o Paraguai e
a lá no Paraguai eles ensinam como
guerra da Tríplice Aliança porque a
guerra do Paraguai guai contra a
Tríplice Aliança no caso é isso a gente
tem a Guerra do Peloponeso não é que é
uma guerra que aconteceu no Peloponeso
mas era dos atenienses contra o o o
pessoal do Lácio e posteriormente o
ocidente se identifica muito com a os
atenienses né isso é uma coisa para
outra outro vídeo outra conversa mas
esse tipo de construção básica é
importante para você compreender Onde
fica geograficamente Por que chama essa
porcaria de guerra do peloponesa por
causa da região geográfica e bom e o que
que é o diálogo de melos ele tá inserido
nesse evento histórico narrado por tdes
que é a guerra entre ah espartanos e a
guerra entre espartanos e atenienses que
é uma uma série de conflitos na verdade
é uma série de conflitos e a gente vai
falar um pouquinho sobre eles mas o que
que acontece no meio dessa guerra melos
Tentava ser neutra ela não queria
participar desse conflito E aí os
atenienses
insistem que
os mos os melanos não poderiam ser
neutros nesse combate por quê Por causa
de uma questão de Realismo político
porque você tem que demonstrar força se
você aceita que esses não vão ficar no
seu no seu braço debaixo do seu braço
outros podem pensar que vão fazer a
mesma coisa e vão se desv
e isso vai gerar uma questão que a gente
vai falar que é bem brutal dos
atenienses Democráticos né mas a gente
vai falar sobre isso um pouco mais pra
frente vamos
lá ai
ai vamos lá primeiro a origem da guerra
e o problema da fonte a famosa armadilha
de tdes o que que é essa armadilha de
tdes é uma coisa que tá na boca do povo
porque tem um um best seller que é esse
for War né do grahan Allison que é um
cara lá de Harvard e esse cara ele é
cientista político e ele desenvolveu uma
tese de Ciência Política baseado no
texto quer dizer é estético né a
estética a escolha de se basear no texto
de tdes o texto de tdes ele é muito
importante e ele foi por exemplo uma das
origens dos estudos do Thomas hobs né
aquele cara do século 1 que escreveu a O
Leviatã logo depois do problema quando
se fundou a a a república lá no na
Inglaterra que caiu rapidamente e com
aquele problema entre protestantes e
católicos começou essa confusão Robs Ah
então se coloca na posição firme dizer
que o homem é o lobo do homem que eles
se se matam mesmo e precisa haver um
estado forte que elimine o conflito
porque conflito sempre vai haver então
ah precisa ter um dos conflitantes que
vença a batalha Essa é a posição de de
de hobs para encerrar o o os problemas
de conflito ele não estava falando isso
em abstrato apenas ele estava escrevendo
para para sua época em que os
protestantes e católicos se matavam
Ah para chegar ao poder enfim E essa era
estrutura daquela época onde ele
escreveu e eh o hobs ele é grandemente
influenciado por essa figura que é Ah
tdes ele traduziu um texto de tdes
inclusive eh e hoje em dia esse bando de
moleque de internet não gosta Ai meu
Deus você vai me ensinar grego ai não
precisa não sei o que enfim a as pessoas
que se tornaram eh filósofas de verdade
desse dessa galera toda Que eles gostam
Thomas robbs eh como é que é o nome do
outro lá o o John Stuart mill esses
caras tudo estudavam essas coisas mas a
galera hoje anda meio preguiçosa seja
como for vamos lá e esse cara o o o
Ellison Ele desenvolveu uma tese que é o
seguinte quando duas potências crescem
demais
politicamente e tem força política nemum
determinada região há uma chance dessas
potências quer dizer uma grande chance
ele colocou exemplos históricos
catalogou exemplos históricos onde isso
acontecia de que só pelo fato deles
terem crescido muito esses podiam entrar
em conflito de onde que ele tirou e E aí
ele tirou essa coisa de armadilha
decides ouid
stap porque isso tá no texto de tdes
para explicar cara as causas da Guerra
do Peloponeso E aí a gente vai ver um
pouquinho
isso bom o trecho é esse aqui eu retirei
do do site do perseus eu vou deixar na
descrição do vídeo Já devia ter deixado
eu esqueci eh o o trecho do texto em que
isso está está aqui eu fiz uma breve
tradução porca nojenta esfregada com a
minha cara é horrorosa por sinal também
mas é só para ter uma ideia Ok o tá
marcado aqui são os verbos
e o que tá escrito no texto depois de
uma longa explicação de vários fatores
ele vem e fala o seguinte que os
atenienses avançam para tornarem-se
grandes e o medo do que poderia ser
feito aos lacedemônios os lacedemônios
são os espartanos os forçou forçou os
lacedemônios a guerra ou seja a
afirmação de tdes é que só pelo fato dos
atenienses terem se tornado grande
demais isso provocou a guerra e aí o que
que ele faz ele quer derivar o ele tá
usando esse exemplo esse esse escrito
histórico e aí ele tá aqui ó no livro Um
no no chamado Capítulo 23 mas é um
trecho né no 236 você encontra isso aqui
certo então se você tiver uma tradução
eu tenho essa tradução aqui [ __ ] pro
português ah o meu orientador inclusive
falou que é meio lixosa nem sei por mas
eu tenho essa tradução aqui eu recomendo
né se não tiver outra outra coisa melhor
mas
eh de quem que é da da da fundação cist
kubecon kuban é deixa eu ver aqui não
sei se vai dar para ver aí mas eu
oriento mesmo que arrumem um negócio
desse no site do Perus tem a versão em
inglês é um texto que eu acredito que
seja importante de se aventurar pelo
meno pelo menos nos detalhes Mas enfim
deixa eu retornar a coisa aqui então
ah o texto diz isso ele dá isso com como
causa as pessoas às vezes cometem o erro
de tomar o autor pelo fato né Isso é a
interpretação do tdes o tsds pode estar
errado gente isso é importante pra
historiografia você tem que tomar o
texto do tdes como o texto de um ser
humano que tá narrando uma coisa sobre o
que ele observou ele pode estar querendo
dizer aquilo para influenciar no mundo
ou mesmo que não esteja fazendo ele pode
simplesmente está errado você não erra
eu não erro não tem um monte de gente aí
que se diz inteligente na internet que
não comete erro o tempo todo então T
sdes também era ser humano Então isso é
um princípio básico e aí por isso que eu
brinco no título do vídeo é isso que é a
verdadeira armadilha de tdes porque
quando o tdes ele fala não eu vou tomar
a posição aqui de avaliar as coisas sem
tomar posição isso não existe isso não
existe e não existindo isso isso traz um
problema historiográfico fundamental que
toda vez que você for analisar coisas do
passado você tem que considerar pelo
menos por hipótese que a fonte pode
estar te passando informação errada
entendeu E isso criou uma mudança
inclusive de foco na historiografia que
é embebida por essa perspectiva
pós-moderna porque por exemplo boa parte
do que a gente conhece sobre a Guerra do
Peloponeso só existe em todes não é tudo
o xenofonte por exemplo tem um texto
chamado eh
helênicas que fala sobre inclusive o
finalzinho da guerra do do Peloponeso
Então a gente tem outros textos que
falam sobre o tema mas tem vários fatos
sobretudo no início da guerra que a
gente só conhece através do tdes quer
dizer se tdes estiver mentindo a gente
tá contando para todo mundo que isso é
um fato histórico quando na verdade isso
não aconteceu é só um registro de alguém
que escreveu um texto compreende nos
casos em que a única fonte que a gente
tem é ides e não são poucos casos Então
o que se o que a historiografia com o
tempo passou a pensar é que olha só a
gente não tem como chegar a verdade em
si de jeito nenhum porque pode ser que o
t simplesmente esteja mentindo então
passou-se uma corrente historiográfica
específica que eu acho que é radical
demais e aí eu tenho raiva e aí eu tenho
vontade de dar soco na boca que é aquela
que diz que não tem como você alcançar a
história o que você consegue alcançar na
historiografia é tipo assim como se
fosse a alma ou pensamento ou a as
categorias possíveis de convencimento ou
qualquer coisa assim do escritor porque
que ele escreveu alguma coisa então tem
muita historiografia que vai ler out
sids e vai querer se focar no início do
do texto e vai falar assim Olha isso
aqui que ele tá dizendo para falar que
que vai tomar posição neutra não sei que
isso aqui é uma artimanha retórica e aí
eles vão estudar não mais a história da
guerra mas como no século V antes da era
Cristã eh existia uma disputa por
hegemonia de dizer o que é a verdade
então você tem os historiadores como
tdes e Heródoto tentando dizer não olha
gente eu vou contar como é que são as
coisas por outro lado Você tem os poetas
que já vinham de muito tempo dizendo as
coisas como elas deveriam ser né como
Homero e esiodo que é Inclusive a a a
razão da tatuagem no meu braço que é o a
a teogonia de zildo mas ah você tinha os
caras dominando o o o cenário né a
poesia e aparecem outras pessoas criando
inclusive outros nomes aparecem os
sofistas E aí os sofistas eh que na
verdade o nome sofista não era um nome
negativo a princípio significa apenas
uma coisa como sábio ou que tem muito
conhecimento técnico em determinada área
ou como eu sempre cito o Heródoto eles
ele chama Pitágoras de sofista de um de
um ponto de vista Positivo sem nenhuma
conotação negativa só que na democracia
ateniense muitas pessoas começaram a
criar rancor dos chamados sofistas como
aparece por exemplo na peça de
aristófanes o Sócrates chamado de
sofista e ridicularizado como sofista
como um enganador e Platão depois A
Minha tese a minha posição é de que
Platão fez isso para se esquivar dessa
desse estigma que os intelectuais tinham
então eles diz assim beleza sofista é
isso que o povão tá dizendo mesmo mas eu
não sou sofista eu sou uma outra parada
e ele adota o termo filósofo que é um
termo que não foi ele que inventou já
aparece na nos textos daquele médico que
eu sempre esqueço o nome
eh enfim o médico lá que Hipócrates
Hipócrates então não foi uma palavra cri
por Platão mas ele usou a palavra para
se distanciar do estigma que os
intelectuais TM Essa é a minha tese que
vai um pouco no caminho de uma
reabilitação dos pescadores sofistas
como propõe o Carf que é sobre quem a
gente ainda vai falar muito porque o meu
tema é uma personagem que foi nomeada
sofista protag mas o que a gente tá
propondo aqui é
que eh você tem que tomar cuidado com as
informações dita ditas assim como se
fossem o próprio fato em si aconteceu a
Guerra foi assim foi assada pera aí foi
com base em que meu filho com base em qu
Então a gente tem essa informação agora
voltamos aos fatos quer ver percebe eu
tô debatendo ao mesmo tempo com vocês ah
a os limites do conhecimento histórico
então eu tô tendo um trabalho de
epistemologia da história com vocês ao
mesmo tempo que eu dou os fatos
mediados pelo autor Eu ainda estou
tratando de fatos então eu não sou
radical como esses Ah que planejam a
ideia de que não tem como você chegar à
história você só tem como chegar a sei
lá consciência do autor ou qualquer
coisa assim ah vamos
lá então agora vamos para uma linha
temporal de novo eu vou escapar do
aspecto epistemológico vou te dar linhas
Gerais E aí para citar isso aqui eu
preciso te dizer segundo tdes quer dizer
se tdes não mentiu se ele apresentou
coisas sem erros então a linha temporal
que a gente tem acerca do que aconteceu
na Guerra do Peloponeso é essa porque se
eu te der a linha temporal segundo a
narrativa do tdes você vai entender onde
se encaixa o tal do Diálogo meliano
porque às vezes as pessoas apresentam
como eu já vi naquele Crash course do do
John Green o John Green ele apresenta o
diálogo meliano como se fosse assim uma
verdade Universal não gente tem tem um
aspecto histórico aqui que é necessário
você dar uma olhada e não só um aspecto
histórico do dos fatos em si mas da
estrutura da demonstração do tdes e onde
se encaixa na demonstração do tdes essa
informação então não retirem as coisas
do da do seu contexto porque senão você
desinforma as pessoas eh quando você tá
falando
historiografia vamos lá vamos lá vamos
lá cadê
bom essa mais ou menos é a linha
cronológica do que teria sido a Guerra
do Peloponeso segundo tdes quer dizer se
tdes não passou nenhuma informação
errada seria mais ou menos assim que
teria se dado a Guerra do Peloponeso ela
começou em
431 e ela vem terminar em 404 com um
período de trégua chamada a chamado Paz
de nícias porque nícias é a personagem
ateniense que ah colaborou para essa
pacificação Essa trégua E aí aqui eu te
mostro como é que funcionou a coisa teve
a primeira chamada de guerra arquid
porque o era o era o líder
ah
lacedemônio nessa época e aí então ela
ganhou esse nome então você você não
precisa decorar você precisa entender
que teve uma primeira guerra que ganha o
nomezinho por causa de um general se
você vê muito esse tema eventualmente
você vai decorar Mas é interessante que
você saiba que teve um uma primeira
etapa de conflito e que foi pausada pela
paz de nícias isso é importante e você
tem uma noção de que a guerra durou mais
ou menos aqui esses quase 30 anos é
importante você não precisa saber que
foi 27 Foi quanto Não sei não você
precisa ter uma noção geral umas uns 30
anos de guerra mais ou menos segundo a
narrativa do da se a gente juntar a
narrativa do TR sides com do xenofonte
enfim Beleza então isso aqui te dá uma
visão geral eu acho que a iluminação
deve estar ruim não deve dar dá para ver
direito mas a ideia que se passa sobre
essa primeira etapa de guerra é a
seguinte o percl estava a fim da
porradaria da Guerra ele achava que
tinha que ser feito porque os espartanos
estavam colocando pressão sobre eles ah
sobre os atenienses e os atenienses
tinham que responder a altura senão a aí
aí que vem o realismo político né não é
porque as pessoas eram do mal nem nada
assim era porque era uma disputa de
interesses uma disputa de influências
regionais e o percl entendia então que
não deveria ceder Atenas não deveria
ceder a esse esses interesses de Esparta
porque se cedesse uma ia ter que ceder
duas e depois ia ter que ceder três e a
hegemonia do interesse Espartano iria se
fazer presente então o percl impulsiona
a galera pra disputa Qual é a estratégia
do Pericles é o seguinte considerando
que Possivelmente a hegemonia militar
espartana era era um tanto
Evidente só que a hegemonia naval
Militar de de terra né na terra dos
espartanos era grande só que a a a
hegemonia naval dos atenienses eraa um
tanto Evidente ele faz o seguinte ele
avisa para todos os que estão sobre a
influência ah de na Ática né a região
Ática Inclusive essa palavra importante
outra palavra nova que talvez você não
não conhecia Ática é a região onde fica
Atenas que é essa partezinha aqui que
provavelmente não vai dar para ver deixa
eu ver se eu consigo mostrar é tá ruim
mas é na partezinha que fica do lado do
Peloponeso né Eh na Ática Por que que é
importante esse nome porque quando a
gente vai aprender o grego Cadê do livro
que eu não vou pegar ali porque eu tenho
que passar para um monte de coisa para
chegar lá e a gente vai vai fazer a
introdução a a grego clássico a gente
não aprende qualquer grego clássico a
gente aprende o grego ático Por que o
grego ático porque era o que era falado
Por Atenas que é a o dialeto onde
escreve tdes é o dialeto onde escreve
Platão Enfim boa parte da arte da
história e da de tudo que a gente tem da
cultura grega é dali É dos textos são
dali então a gente aprende o dialeto
ático por esse motivo E aí é importante
você ter noção dessas coisas se é seu
interesse desenvolver e consciência
histórica
ã pois bem então eh ele fala pro pessoal
da Ática que ele para eles entrarem nos
portões de Atenas e Atenas constrói uma
estrutura Atenas produz uma estrutura
que vai que protege a cidade e vai até o
porto do pireu o porto chamado pireu E
aí essa galera fica protegida e
amontoada inclusive provavelmente uma
das causas da peste ter acontecido em
Atenas o que matou um monte de gente os
filhos primeiro de de percl e enfim
levou percl depois de um tempo foi
a também essa estratégia quer dizer ele
não não tinha essa noção a época mas se
você juntar uma multidão de gente dentro
de de paredes ah por muito tempo sem
saneamento sem todas as coisas que
existem hoje na modernidade O que
poderia acontecer e aconteceu foi isso
né doença que se espalha muito rápido e
mata muita gente e isso foi uma das
tragédias que colaboraram para essa esse
enfraquecimento de Atenas nessa guerra
pois bem o que que acontece
então acontece que apesar do
enfraquecimento a guerra era custosa
pros dois lados e nícias eventualmente
consegue fazer a paz Só que essa
paz tá mais para armistício vamos lá tá
mais para todo mundo sabia que a segundo
a narrativa de tes que a coisa ia
eclodir novamente eventualmente e é
nessa circunstância em 46 antes da era
Cristã que acontece o tal do Cerco de
méli e provavelmente não vai est dando
para ver isso eu vou ter que ver como é
que eu melhoro isso na próxima vez mas
aqui tão as datas e os livros onde a
gente a ah encontra o trecho a que me
refiro no livro do tdes então no livro
quinto Ah no capítulo né o trecho eh
deixa eu ver aqui se eu lembro como é
que é 84 100 e ai meu Deus 11
e não 16 a 116 é alguma coisa assim de
84 ou um pouco antes ou um pouco depois
até 116 dos dos Capítulos no livro
quinto do da história da Guerra do
Peloponeso é nessa parte onde tá escrito
sobre os diálogos o diálogo de melos
então a gente chegou no cerne da coisa o
que que tá escrito lá o que que tá
acontecendo lá os melos Como eu disse
anteriormente eles pretendiam ser
neutros em outra passagem anterior do do
do próprio tdes ele já afirma que teve
uma hora que os atenienses já tinham
mandado 2000 homens lá para tentar
quebrar os melos na porrada e fazer eles
eles se submeterem e eles não se
submeteram Aí dessa vez eles vão voltar
ah os os atenienses vão voltar e enfim a
essas e olha só e era numa época em que
a Guerra ainda tava meio assim parada né
como eu disse para vocês em virtude do
da da paz nícias e que só vai acabar
isso deixando de de funcionar mesmo
quando o alcibiades eu acho legal
mencionar isso alcibiades faz uma
porcaria incrível e aí ele vai vai lá
pra região da Itália Onde fica Mag na
Grécia e ele faz uma expedição lá
alcibiades é ateniense alcibiades era um
dos alunos de Sócrates aparece por
exemplo no
eh no Banquete de Platão Dizendo Que Ama
Sócrates não sei o que não sei o que não
sei o que aparece como um bêbado e tal
todas essas representações é isso que é
aí aí a gente tá fazendo história
entendeu a gente não sabe como era o
bades o que pensava alcibiades se se
alcibiades existiu ou não a não ser a
partir dos texos como é que a gente se
aproxima o máximo possível de alcibiades
a partir desses essas várias informações
diferentes quer dizer o A história do
Peloponeso da guerra do pelopones de
tdes nos dá um alcibiades que provocou a
o fim provocou a o restabelecimento da
guerra com uma derrota fenomenal dos dos
atenienses lá nessa ah nessa empreitada
em siracusa por outro lado a gente tem
figuras debochando da como o o
aristófanes né que escreve a comédia
debochando eventualmente de alcibiades e
reclamando o tempo inteiro tudo quanto é
obra de de aristófanes tem uma
reclamação sobre a guerra como a guerra
horrível como o pessoal não consegue
parar de fazer guerra e como as mulheres
têm que fazer as a greve do sexo para
ver se a guerra acaba Então o a a obra
de aristófanes mostra né como que alguma
parcela do Povo ateniense tinha raiva na
da guerra e no texto de tdes a gente
encontra como Alci bides causou o
reestabelecimento da Guerra reforçou por
causa dos problemas dele lá como ele
traiu Atenas Mas enfim traiu né
considerando que ele ia ser condenado né
porque ele teria feito uma besteira lá
cortado uma pênis de estátuas divinas e
não sei o qu porque tava bêbado e foi
zoado Ah E aí o pessoal ficou puto e ele
ia ser condenado ele fugiu e traiu
Atenas por causa disso mas segundo a
narrativa de de tdes Então você pega
esses aspectos e você consegue
compreender o texto de Platão o banquete
porque no banquete aparece um alcibiades
que é
eh desmesurado que não não se sabe que é
rejeitado por Sócrates eu não sei se de
fato Sócrates rejeitou aos Cades ou se
eles tinham um amor lindo e maravilhoso
o que eu sei é que se eu cruzar os E aí
isso é fazer história Vera você tem as
fontes Você tem o tusd de um lado você
tem aristófanes de outro você tem o e
Platão um de outro todos os três
mencionando Alci bides você junta as
informações e você cruza as informações
e você fala olha me parece que Platão
escreveu isso sobre alcibiades Talvez
para livrar a cara de Sócrates quer
dizer eu não posso como é que eu nego a
informação da fonte porque é plausível
considerando tudo do que Platão escreveu
sobre ah Sócrates essa quase tentativa
de torná-lo um Deus em alguns aspectos
se você entender a obra de Platão dessa
maneira uma espécie de endeusamento da
figura de Sócrates em alguns aspectos
você pode entender que talvez aquela
rejeição que aparece no banquete do
alcibiades seja uma rejeição forçada
pela própria intenção da propaganda ah
do texto do banquete quer dizer isso é
uma hipótese que você pode aventar
historiografico
Considerando o cruzamento das fontes
você não tem certeza porque você não
tava lá você não viu mas é plausível
Então você troca o termo Quando você vai
falar de epistemologia da história para
falar foi isso que aconteceu foi assado
você fala em plausibilidade eu tenho uma
hipótese e ela é plausível porque é
razoável que isso tenha acontecido então
se você quer mostrar fraqueza na minha
hipótese de que Platão Forçou a barra em
mostrar uma espécie de rejeição entre
Sócrates você vai ter que fundar entar é
mostrar onde a minha hipótese está
equivocada ou a Minha tese a minha
posição se eu tiver fundamentado bem né
onde a Minha tese estaria equivocada
onde ela não viu que tipo de texto que
eu passei em branco e tal é assim que se
faz historiografia sério e ainda
tentando encontrar o objetivo o objeto
em si só que mediado então você nunca
vai falar de certeza você vai falar de
plausibilidade a minha afirmação acerca
dos fatos no passado são plausíveis
baseadas nessas Fontes entendeu É assim
que eu acredito que deveria ser E é
assim que eu gostaria de influenciar as
pessoas que estão se informando na
história para produzirem do contrário é
resumo é resumão para passar no ENEM a
Guerra do Peloponeso começou em 430 e
alguma coisa e terminou em 400 e
pouquinho e ah os atenienses eram
filósofos os espartanos eram Gu
guerreavam os espartanos eram fortes na
terra os atenienses eram fortes no mar e
aí né Isso é simplificação você tá
cortando um monte de corguinha para
chegar essas conclusões você tem que
informar que a suas informações se você
quer ser objetivo se você quer passar
informação real do jeito que ela é você
tem que informar que a origem dessa
informação é o livro da história da
Guerra do Peloponeso que pode
simplesmente estar eventualmente
equivocada em alguns
aspectos bom E aí ã vamos passar uma
série de informações aqui detalhes
Ah que ajudam a ilustrar a coisa ó o
picis morre em 429 logo depois do início
da Guerra do Peloponeso considerando seu
tamanho Total quando a guerra Estava
acabando aconteceu um golpe do chamado
golpe oligárquico dos 400 que na verdade
eles são 400 P seriam 400 pessoas que
teriam nomeado inclusive 3.000 para uma
estrutura de de governo esse golpe ele
se faz pelo recimento a a estrutura de
poder tá perdendo poder tá com tá com tá
em guerra tá enfraquecida e tal por
dentro outras pessoas sabotam o governo
para tomar o poder já que essa tá fraca
É assim que funciona isso que é realismo
político então sobe ao poder Só que
também Eles não conseguem se manter e
rapidamente é restabelecida a a
estrutura ali dada E aí novamente quando
aproxima-se do final da Guerra acontece
Ah uma manifestação política que é a
tirania dos 30 a guerra acaba com a
derrota quando o Atenas se enfraquece
definitivamente e perde uma inclusive
numa batalha naval né era grande militar
naval segundo tdes Mas vem a perder na
no final da guerra e acontecendo isso
sobe o que a gente chama de tirania dos
trintas inclusive com alunos de Sócrates
O que leva algumas pessoas como eu por
exemplo a defenderem a hipótese de que
talvez a condenação de Sócrates tenha
relação com essa relação do Sócrates com
as lideranças da tirania dos 30 e não
apenas Como desenha Platão e enfim
xenofonte com uma espécie de invejinha
porque ele era muito inteligente
humilhava as pessoas e sei lá eh como é
que é
eh dava dava lacra Ava né porque o
Sócrates lacra Ava em cima dos outros
não era por não acredito que seja só por
isso creio que tem a influência também
dessa relação política que o Sócrates
tinha quer dizer a relação de ensinar
com algumas lideranças do
ã da tirania dos 30 penso eu porque há
uma menção a is a isso inclusive no em
um em um em um texto
do esnes esnes não lembro o nome do cara
vou ficar devendo para vocês mas enfim é
assim que você faz proposição de
hipóteses e teses de historiografia você
tem os textos os textos eventualmente
podem estar equivocados e para você
contradizer o texto você tem que ter uma
boa razão para isso você não pode dizer
simplesmente Sócrates não existia porque
sei lá porque eu quero né porque você
tem as fontes do xenofonte Você tem o
Platão e você tem o aristófanes se você
vai dizer que essas Fontes inventaram
uma personagem você tem que
justificar Por que que é plausível dizer
que eles inventaram essa se você não tem
uma justificativa para
ah informar e explicar porque cada um
desses personages inventou Sócrates
Então você não tem a a sua afirmação não
é plausível ela não vai substituir
ninguém em lugar nenhum outras
afirmações menos ousadas são mais
plausíveis E é assim que a gente tenta
se aproximar mais com base nas limitadas
Fontes que a gente tem certo Ai que
calor que calor que
calor bom aqui eu vou passar rapidamente
umas as características do Cerco para
vocês terem ideia de como é que teria
sido o cerco ah dos atenienses aos melos
né bom esse esses são os números eu não
sei se vai dar para ver aí mas esses são
os números que tdes dá no livro quinto
no trecho ou Capítulo 84 ele mostra que
seriam 38 barcos né 30 dos atenienses
oito de estrangeiros Aliados 1600 opitas
né que é o o o o pessoal de de solo que
vai que tem o o o escudo e tudo mais eh
só de atenienses mais 1.00 de
estrangeiros parceiros né da liga ah 300
arqueiros de pé e 20 arqueiros a cavalo
gente para caramba a níveis de daquela
época considerando
a o crescimento populacional e também o
tamanhozinho de Delos né que é uma
ilhazinha pequenininha quer dizer Eles
foram os atenienses foram pras bordas da
Ilha tses diz que o comando era de dois
estrátegias e esses
estrátegias Não colocaram a a população
toda para ver eles se parte dos
governantes né quem tava no no no no
poder ali fez uma coisa particular Zinha
para conversar com os ateniense foi essa
a situação
E aí vem o diálogo propriamente dito né
que é possivelmente ou provavelmente uma
dramatização de tdes o que que isso
significa significa que tus sides não
tava lá no dia ele não viu então ele
provavelmente disse o que mais ou menos
pode ter sido talvez com informações de
alguém que estava presente no dia
percebe a Distância das Coisas quer
dizer Provavelmente o escritor da obra
do tdes não viu o fato ele provavelmente
conheceu o fato por terceiros talvez
esses terceiros estivessem lá e aí
depois ele escreveu o texto quer dizer
esse texto que tá no livro de tsds é uma
espécie de dramatização daquele ocorrido
se é que o ocorrido ocorreu quer dizer
mesmo que ele não esteja mentindo mesmo
que ele não seja mala sem alça ainda
assim aquele texto que tá ali não é
exatamente o que foi dito simplesmente
por porque há uma espécie de telefone
sem fio mínimo antes dessa desse texto
virar
ah desse texto falado virar texto
escrito na mão de tdes então ainda que
tenha acontecido um diálogo do entre
atenienses e melanos ainda que esse
diálogo tenha sido contado por outras
pessoas só o procedimento de esperar
dias antes diso virar o texto de tdes já
é objetivamente um GAP uma distância
entre a realidade do que aconteceu e o
texto que T sides escreveu isso é
importante para você entender que o
texto do tdes não é o fato do passado
você não vai ler aquilo e imaginasse
acontecendo na tua cabeça é foi assim tô
vendo consigo ver o meliano falando e
tal você pode fazer isso só que você não
pode confundir essa representação da tua
cabeça que é da leitura do texto com o
que aconteceu de fato porque não é a
reprodução exata esse GAP é o que eu tô
tentando fazer vocês entenderem existe
esse GAP ário na historiografia sempre
houve sempre haverá o que não significa
que você precisa se tornar um cético
babaca extremo que vai dizer que é
impossível a gente saber o que aconteceu
no passado a gente tem que tomar cuidado
com as fontes e saber que as fontes
podem estar erradas Esse é um princípio
isso não significa que você vai dizer
que toda a informação que vem do passado
é inútil você pode descartar e que nada
do passado
existe vamos lá e aí Ah o diálogo vem
ele é um diálogo assim em que os os
melanos né eles vão dando vários
argumentos gente eu não tenho nada a ver
com essa guerra eu não tenho nada a ver
com isso eu não tô aqui eu não e eu não
queria brigar com essas coisas eu não
tenho nada a ver com nada os melanos
estão só se defendendo e todas as
afirmações dos melanos são absolutamente
digamos assim justas eles não querem
guerrear eles não vão apoiar Esparta
eles não eh eh não querem se envolver
[Música]
eh eles não fizeram mal para ninguém
eles vão ficar no cantinho deles todos
os argumentos dos melanos são perfeitos
o que os atenienses que estão ali dizem
da Democracia da liberdade de não sei o
qu o que que eles dizem eles dizem
simplesmente Olha meu meu querido você
eu não vim aqui para falar palavras
bonitas para você a primeira frase que
eu que eu que tu se des registra seria
essa Ah eu eu não vim aqui para falar
palavrinhas bonitas para você fazer
grandes discursos dizer que eu tenho
direito sobre vocês porque a gente
ajudou a proteger os gregos os helenos
na dos dos persas não vou falar isso
porque a questão não é de de Tá certo de
tá errado de ser bonito ou ser feio a
questão é mais simples a questão é a
gente tem a um interesse de que vocês se
submetam a nós e a gente tem a
necessidade de guerra agora de vocês se
submeterem a nós ou vocês se submetem ou
a gente vai massacrar vocês e ponto
final e o diálogo caminha pro final
nesse sentido aqui
ah diz o o o ateniense os proeminentes
realizam as coisas que podem e os fracos
ah droga não coloquei aqui mas sun corin
suncin tá na na terceira ah do singular
no presente né eles
couro assim é é parecido é a mesma raiz
da palavra couro né fazem couro sun é
junto né sun corin é tipo assim é se
submeter nesse caso é como se fosse ele
tá dizendo o seguinte os que TM poder os
que são fortes os que são proeminentes
eles fazem aquilo que podem os que são
fracos por outro lado eles têm que se
submeter Ah eles têm que ir junto com o
que tá mais forte eles têm que ir jun
essa essa escolha de palavr se um coro
assim é importante porque tem essa
conotação de você necessariamente se
Alia o mais forte você necessariamente
se Alia o mais forte e se você não se
aliar o mais forte pau em você a não ser
que você se torne mais forte isso é a
base em relações internacionais do
chamado Realismo político que é oposição
ao chamado idealismo político que muitas
vezes chamam de de de liberalismo inclus
mas cuidado porque não é a mesm tem que
tomar muito cuidado que isso tem a ver
com relações internacionais o que tá
sendo dito aqui é que ah em relações
internacionais os fortes quer dizer ele
não tá dizendo isso em geral Ele tá
dizendo em específico e normalmente os
professores de relações internacionais
dizem que isso é o primeiro exemplo de
consciência sobre o realismo político
que é o fato de que os fortes põem
aquilo que eles querem impor
ah na medida do que podem impor porque
também o mais forte não pode
simplesmente fazer o que ele quiser
porque senão ele deixa de ser mais forte
rapidamente isso você aprende muito
fácil com Maquiavel Então você tem um
limite de ação você não vai ser um
[ __ ] e vai fazer o que você acha
que é melhor você tem que ter uma
racionalidade de saber até onde você
pode pisar e tirar eh mas os fortes
impõe aquilo que que que querem e os
fracos se submetem àquilo isso
politicamente considerando política e
política de estado relações
internacionais isso tem tudo a ver com o
que tá acontecendo hoje no ã no cenário
Global quer dizer eh todo mundo tem a
visão quer dizer muita gente tem a visão
do Irã como o personagem do mal e tudo
mais só que quem atacou nesse caso
primeiro foi os Estados Unidos e os
Estados Unidos é que tem base em volta
do Irã né então
ah o Irã é sempre colocado como uma
criatura maligna por causa dos direitos
humanos e tudo mais o que tem fundamento
em relação aos direitos humanos Mas a
questão é os Estados Unidos tem asop as
militares ali porque podem é assim que
funciona porque são fortes eles podem e
vão fazer E é isso que tem a ver com a
da discussão que tava tendo com a Coreia
do Norte né a Coreia do Norte não
abaixou a bola e sentou para conversar
com os Estados Unidos porque tem força
isso é um aspecto ah dos estudos de
relações internacionais basilar né Isso
é o básico Existem várias isso que eu tô
te informando para vocês é para você que
nunca ouviu falar de Realismo político
porque na verdade o realismo político
tem várias facetas inclusive umas já
velhas eh carcomidas que ninguém usa
Existem várias teorias modernas existem
contestações modernas de relações
internacionais só que o que que eu tô
dando para você pela primeira vez teria
percebido alguém e teria deixado
registrado sobre o pensamento do
Realismo político e muitas vezes os
moralistas Olha nossa isso aqui é um
absurdo não sei o quê e talvez até a a a
o interesse do tdes quer dizer a gente
não sabe se isso aconteceu Talvez o
interesse do sides seja exatamente
mostrar olha na guerra ninguém é
bonzinho nem a gente nem eles nem na
guerra ninguém é legal talvez fosse essa
a intenção do tdes essa é uma análise
historiográfica o que que o que que
intentou T sides quando ele escreveu
isso apenas reproduzir o fato que
aconteceu no passado ou passar uma
mensagem sobre regras Gerais humanas
sobre política Isso é uma dúvida
historiográfica Então a gente tem Du
dois aspectos na historiografia que é
outro cara que para mim é muito
importante o Ah que eu não é muito
importante eu não lembro o nome dele o
Vilan
Ah windelband windelband
ele ele é um filósofo que ele propõe a
divisão entre ah aspectos da ciência
Então existe um aspecto nomotético o que
que é o aspecto nomotético aquele que
procura regras Gerais e o aspecto e
ideográfico que é o que você
ideo idiográfico na verdade idiográfico
porque ío que é a palavra idiota vem de
particular por o idiota no grego era
aquele que se particulariza e não queria
saber das coisas públicas não queria se
envolver com os outros ficava no seu
próprio mundinho né o idiota é esse que
fica no seu próprio mundinho idiográfico
essa questão
individual escrever sobre a
individualidade escrever sobre a
individualidade é um aspecto da
historiografia então o historiador de
verdade Historiador tá sendo Historiador
ele não deveria est preocupado
necessariamente em criar regras Gerais
de como é que funcionam as pessoas nas
relações internacionais quando o
historiador tá fazendo isso ele tá sendo
interdisciplinar Por exemplo quando eu
tava falando para vocês aqui mencionei
relações internacionais e posso te
passar um aspecto de como seriam as
relações internacionais eu tô avançando
Corguinho aqui de novo tô cortando tô
cortando o caminho tô indo por outro
caminho que não é historiografia eu eu
tô misturando pelo menos a
historiografia com outros aspectos Como
por exemplo o estudo das relações
internacionais introdutório banal bossal
de menino que nunca estudou a sério
relações internacionais então eu
tangencias relações internacionais mas o
aspecto historiográfico é o que que T
Sid escreveu Por que que ele escreveu
ele tá representando o que aconteceu ou
não tá representando o que aconteceu o
que que é interessante encontrar ides
nesse quer dizer não é o mundo todo não
é entender a humanidade é o caso
específico mas a gente vai falar sobre
isso em outra
oportunidade bom Aqui tem uma
bibliografia que eu vou deixar aí eu não
sei se dá para ler eu tô cansado já
falei demais eu espero que isso tenha
ajudado alguns de vocês a compreender
algumas questões e eu queria saber de
vocês nos comentários talvez se
funcionou em alguma medida né fazer Esse
aspecto é um vídeo que trata de conteúdo
de uma maneira assim ao vivo sem eu não
tive muito tempo para preparar Mas enfim
isso aqui também tá na base das
necessidades de estudo minha porque a
minha personagem teria vivido nessa
época no século V antes da era Cristã
Então para mim é muito interessante
tratar desse tema história do da guerra
do pel pones do T sides e eventualmente
até história Heródoto porque Ah no
início da vida de Protágoras estaria
ainda ocorrendo a guerra contra os
persas eu queria saber se funcionou se
foi interessante durante o vídeo e é
isso eu amo vocês vocês moram no meu
coração e deixam sua opinião e se vocês
quiserem me ajudar no apoi agora eu me
sinto confortável para pedir ajuda no
apoi quando eu faço um vídeo de conteúdo
que foi esse pode não ser o melhor
conteúdo do mundo pode ser um conteúdo
meio nas coxas porque eu não sou nem
perto de ser especialista em to sdes mas
a ideia é apresentação eu sei que as
pessoas falam de guerra do pelopones ou
pela Wikipédia tá Wikipédia não é das
piores coisas que já inventaram no
universo mas ela tem uma origem a fonte
da informação e essa fonte pode ser
contestada E é isso que eu quero
estimular vocês a fazerem não para vocês
serem céticos Pirados idiotas mas para
que vocês tenham a consciência de que as
fontes são
dubitável são dubitável
[Música]
falou grande abraço para vocês
considerem a ideia de olhar o apoi lá
vou deixar na descrição do vídeo e eu
realmente amo muito todos vocês vocês
são lindos menos as pessoas que me
xingam só porque eu sou radical de
esquerdao Tchau Ah não é aqui não é Eu
sempre fico confuso com isso aqui falou
[Música]