um sapo cheio de estilo.
A noite brilha na serração com sua luz
todo tranquilo.
E lá do alto vem os papagaios a voar.
rogando perspectiva
narrativa sem parar
no galho fraco pousam sem atenção o sapo
rindo cuidado com a ilusão.
Os papagaios
com inveja do sapito
voam baixo com vontade de abocanhar o
brilho bonito.
Lá do alto vem os papagaios a voar,
roubando perspectiva
narrativa sem parar.
No galho fraco, colusão sem atenção. O
sapo rindo, cuidado com a ilusão.
Mas o galho fraco não angueja do sapito.
Vo a baixo com vontade de acanhar o
brilho bonito.
Lá do alto vem os papagaios a voar,
rodando expectativa narrativa sem parar.
No galho fraco pousam sem atenção. O
saor rrindo cuidado com a ilusão. Mas o
galho fraco não aguentou. Os papagaios
logo caíram. Se molhou. O sapo estramou.
Olha e molhou. Eu avisei, eu avisei.
E lá do alto vem os papagaios a voar,
voltando o perspectiva
narrativa sem parar.
No galho fraco, pousam sem atenção.
Sócrindo. Cuidado com a ilusão.
[Música]
Fala, meus queridos e minhas queridas
amigas. Tudo bem com vocês? Eu espero
que esteja tudo bem com vocês.
Ah, hoje eu quero conversar com vocês eh
a respeito do fato de que
eh ontem teve manifestação
do bolsonarismo, como já virou história.
Eh, 40.000 pessoas, mais ou menos, deu
na Paulista ontem.
40.000 pessoas, mais ou menos, deu na
palista ontem. E aí eu quero chamar
atenção, eu conversar com vocês, eu
quero eh discutir com vocês, eu quero
pautar um tema que é a respeito das
visões gerais, das questões gerais, das
posições gerais das pessoas.
Faça ao que a gente vem discutindo aqui
no nosso canal, hã,
sobre como se posicionar, como o que a
esquerda faz, etc. Aproximadamente
50.000 pessoas, né? É muita gente, pô. É
muita gente.
É muita gente. É muita gente. Teve
manifestação também de esquerda pelo
país. Tem o grito dos excluídos, que a
galera nem sabe que existe, que acontece
nessa data. Eh, aí em São Paulo fez, sei
lá, 10.000 pessoas, alguma coisa assim.
Eh, outra dimensão que é interessante
pautar, só para pontuar, né, é que o
bolsonarismo já colocou
eh
três, quatro vezes mais na rua, né?
140.000, 150.000 e tal, tá colocando 1/3
disso, mas é muita gente, é muita gente,
é muita gente. Só em São Paulo, né?
Claro. Eh,
certo. Eh, mas eu quero chamar atenção
de uma coisa. Quero chamar, eu quero
pautar uma discussão aqui filosófica.
Eh, na, no, no título desse vídeo você
tem uma citação, né, uma paráfrase de
Chopenhauer, tá? Chopenhaura, o mundo
como vontade e representação.
Queria comentar um pouco sobre isso, que
que isso significa e eu quero apontar
que, de certa forma, isso é a posição de
Topenhal, é uma posição de ontologia,
tá, sobre a a estrutura do real. Você tá
falando de ontologia, quando você tá
falando de chopenha é vontade de
representação. E além de estar falando
de de ontologia, é importante saber que
na fala de chopenhaua, vontade não é
exatamente uma questão humana, uma
questão nem sequer animal. Em chopenha é
vontade, é algo como impulso interno das
coisas, tá? O Chopenhauer é um
determinista e em sendo um determinista
é um pessimista, tá? pela conclusão do
determin. Eu já vi algumas pessoas aqui
quando eu comento, eu sou determinista,
né? Eu sou, então o Chopenha era ateu, é
determinista
e não tem nada a ver com o que eu
acredito, tá? Eh, essa posição
ontológica de openhourer, ela quer dizer
mais ou menos assim: as coisas
vão para onde elas têm que ir, elas são
direcionadas, existe uma espécie de
impulso interno. Esse impulso interno do
mundo é o que ele chama de vontade. É
quase como se o o o universo tivesse
vontade. Na verdade, não é isso que
significa, né? Ô, não é, não é não é não
é nada mais do que isso que quer dizer a
posição de Openha. Eh,
isso, Lucas tá falando assim, ó.
Auodeterminista e emo. Exatamente. Aí a
parte a gente sai fora e aí cria de
mundo completamente diferente. O ponto
de Sim, Chope era fatalista. Exatamente.
Precisamente isso. O ponto de Chope é o
fatalismo. Só que veja, o Chopeau não é
exatamente um homem sério de filosofia.
Ele tá fazendo aquela filosofia mental,
sabe? Aquela filosofia psicologista. O
ponto dele vai por aí. Eh, e eu falo
isso com tranquilidade. Qualquer
psicologista para mim não é homem sério.
Mas, eh, o que ele tá querendo
estruturar, certo, pra gente entender
linhas gerais o que quer dizer. Ele quer
dizer mais ou menos o seguinte: ele
concorda com Kant de que nós estamos
presos no fenômeno e, portanto, a gente
não sabe o que que tá por trás do mundo,
mas sim, por trás do mundo tá essa
vontade. A vontade é o
o aquilo que preenche o número num
canto, sabe? Entendem o que eu quero
dizer? Que olha só, que todos nós
estamos presos no fenômeno em termos
cantianos. Eu eu diria que a gente eh
supor que não é assim, quem supõe que
não é,
olha, quem supõe que não é assim, eu
teria muita coisa para discutir com as
pessoas.
Isso é como se a vontade fosse a coisa
em si. Exatamente. A vontade em showenha
é como se fosse a coisa em si, cantiana,
tá? Isso parece bastante com Conatos.
Exatamente. Lembra muito Conatos de ã de
Hobbs, de
Espinoza, etc. Eu lembro bastante a
ideia de Conatos, só que veja, lembra
mesmo mesmo bastante bastante. Só que o
Conat, só que não é a mesma coisa, né?
Ele tá criando de fato um conceito novo
e etc e tal.
É um pouco isso. O o
como é que é seu nome? esqueci o nome.
Camarada Brasília,
camarada brasileiro, camarada físico
brasileiro. Ele disse, eh, o que para
nós é matéria, para ele é vontade. É, é
por aí. É por aí. Mas veja, todas essas
são assimilações e aproximações, tá?
Tanto dizer que o Conatos é a mesma
coisa que é vontade ou dizer que o que
para nós é materialidade ou é matéria
para
para Shopenha é vontade. São
aproximações. É quase como se a gente
tivesse traduzindo de uma linguagem para
outra linguagem, tá? É quase como se a
gente tivesse traduzindo de uma ã
linguagem para outra, porque dentro de
cada sistema os significados são muito
específicos, tá certo? Dentro de cada
sistema do pensamento, os significados
são muito específicos.
Tá, tá travando. Deixa deixa eu colocar
na internet do celular aqui, porque eu
não sei porque a internet aqui de casa
tá uma merda. Pera aí,
eu vou colocar no celular aqui rapidão.
E
esqueci seu nome dela. Eh, eu só se
deixa eu só ligar. vai, eu vou cair aqui
rapidamente, mas é só para eu ligar o a
internet No.
Tá melhor agora.
5G aqui parece que tá melhor.
Beleza. Eh,
não, eu saí de propósito. Quando eu faço
a transição, ele cai, não tem jeito. Eh,
beleza. Show. Então, eu tava dizendo e
que não é exatamente a mesma coisa, tá?
Não é exatamente a mesma coisa. Essas
aproximações é quase como se a gente
tivesse traduzindo de uma língua para
outra. Tem que tomar sempre cuidado, ã,
com essas traduções, tá? Com essas
traduções. Tem que tomar sempre cuidado
com essas traduções. Quando você, ah,
isso é o mesmo que aquilo naquela
filosofia, é porque você traduz o
sistema todo junto, né, quando você faz
isso. Então, não é uma palavra não
substitui a outra de maneira imediata.
Então tem que tomar cuidado com isso.
Essas aproximações só servem préível
didático, tá? Se você não faz ideia do
que eu tô falando, é mais ou menos por
aí. É tipo isso. Eh, então o que que
acontece? O
a noção de vontade é como se fosse a
estrutura que tá por trás.
Ah,
isso, tipo, estabeleceram isomorfismo. É
tipo isso.
Eh, não tem como aumentar o áudio. O
áudio tá ruim, aí fodeu, né? Vocês estão
de sacanagem com a minha cara.
Não tem como aumentar o áudio. Ah, então
veja só. Então, o a vontade em em
Schopenhauer é como se fosse,
repito, não é uma vontade humana, é
quase que uma metáfora,
como quem diz assim, o próprio mundo,
ele é movido por vontade. Cada aspecto
do mundo é movido por vontade. Então
quando a, sei lá, a chuva cai, a chuva
cai por vontade.
E aí você tem que prestar atenção e
entender que ele não tá usando linguagem
corriqueira. Ele tá dizendo assim: “Se
você tem uma coisa que vai na direção de
outra, se você tem uma coisa que ela vai
no se movimenta para cá,
certo? Se ela tá indo se movimentando
para cá, ela tá se movimentando para cá
porque ela tem uma tendência interna de
ir para lá. Essa tendência interna é o
que ele tá chamando de vontade. O que de
novo, né, guardadas as devidas relações,
isso seria muito próximo ao telos
aristotélicos. É como se as coisas
tendessem pra sua finalidade. Só que em
em
shoppenha não tem finalidade, não tem
objetivo, tem impulso, tem vontade,
certo? Entenderam?
Acho que a palavra mais expressiva do
que isso significa em português não é
vontade, é impulso,
que parece com vontade também, porque
bagunçar o significado e usar uma coisa
que é tipicamente humana, tá no
pressuposto de Chupenhau. Chupenhau quer
dizer isso porque no final das contas o
que ele quer falar é sobre o humano e
não sobre a natureza,
certo?
Então, a vontade é cega, assim como
quando você tem desejo, você não escolhe
ter desejo. É isso que eu é isso que ele
quer dizer. Então, quando ele tá dizendo
que a coisa tem impulso, é porque a
coisa não escolhe ter impulso. Ela só
tem impulso. Ela só vai para aquilo. Um
gato com fome, ele tem vontade. Por que
que a gente diz que um gato com fome tem
vontade? Porque ele se direciona, ele
vai na direção da comida.
Um cachorro com medo, ele tem impulso,
ele foge. Por que que ele foge? porque
ele tem vontade de escapar da dor.
E o átomo, o átomo também tem vontade, a
chuva também tem vontade nesse sentido
específico de dizer que as coisas
encaminham-se para aquilo em que elas
estão dispostas, certo? Há uma
disposição, a disposição é interna e a
disposição não é racional. A disposição,
ela ela ela é só disposição. Do ponto de
vista da filosofia analítica, eu acho
que o que o eh o o mais próximo do termo
que Chope quer usar é disposição.
Disposição. As coisas têm disposição,
elas têm tendências a certos
comportamentos, a certas atividades.
Então, quando você tem disposição, você
tá disposto aquilo, você tá colocado no
sentido de alguma coisa. Só que em em
shoppenh é muito importante de dizer que
esse sentido não tem uma objetividade
no sentido de ser de ter um objetivo,
certo? Ela não tem não tem intenção, ela
não quer concluir alguma coisa. É um
choque de vontades que há no mundo ou um
choque de inclinações, do jeito que você
quiser chamar. Eu tô tentando usar
vários termos diferentes para que você
cap eh capte o sentido do conceito.
Você tem que entender que o sentido do
conceito é as coisas tendem para coisas
e não há ninguém que controle isso.
Certo?
Exatamente.
Essa é uma frase muito boa, Ars. Eh, na
faceta humana, por pro texto dele,
vontade humana seria eh querer em
movimento. Exatamente.
Só que o que ele o que eu quero dizer é
o seguinte, ele vai criar, por isso que
ele chama de vontade. Ele não chama de
vontade à toa, porque ele não tá
interessado em descrever o mundo, ele tá
interessado em descrever a situação
humana no mundo. Então, por isso que o
nome vontade para ele é valioso.
O nome vontade é valioso porque o que
ele quer fazer é dizer que as estruturas
têm inclinações, mas elas não têm
nenhuma finalidade, nenhum objetivo. É
só um choque de ã vontades. Tudo tá num
choque, ou seja, não tem um plano
unitário, é um choque de disposições.
Essas coisas estão indo em disposições
diferentes no sentido das disposições,
mas não no sentido de uma finalidade
pré-estabelecida. Nesse sentido,
Shopenha supera Hegel, porque Hegel tá
pensando que as coisas caminham para uma
finalidade de acordo com o que é o
objetivo de Deus. E em Chopenha não tem
objetivo nenhum. É isso que ele quer
dizer.
Certo?
Tranquilo. Tá dando para entender até
agora?
Não. E aí conhecimento nem tá em causa
aqui, tá R? Conhecimento nem tá em
causa. Quando, como eu tô falando, tem
filósofos que não são exatamente sérios
como Shopenhau. E quando eu digo isso é
uma provocação. O que eu quero dizer é
eles não têm sistemas complexos e
estruturados para ah de realidade
completa. Ah, tem uma epistemologia aí a
parte da ontologia. Não, não é um
objetivo só que permeia toda a filosofia
do cara, que é apresentar essa noção de
que o mundo não tem objetivo.
Não tem objetivo. O mundo não tem
objetivo. É isso que ele quer fazer. Ele
quer apresentar a ideia de que o mundo
não tem objetivo. Nesse sentido, é uma
superação de Hegel, porque Hegel é
religioso. Chopeal era ateu. E é óbvio
que o mundo não tem um objetivo
pré-estabelecido para uma consciência. E
é isso que tá pressuposto na ontologia
dele. Só que ele não tá a fim de
escrever uma ontologia sobre o mundo.
Ele não tá ali pregando ateísmo, embora
seja teu, embora. O problema, o que ele
quer pautar é muito pior, muito mais
complicado, que é onde há separação
entre, obviamente, entre mim e
Chopenhauer, entre o que eu acredito e
Chopenhau, o que eu defendo e Chopenhau.
Chopenha, Chopenha cria esse tipo de
estrutura. Mas aí ele vai se tornar emo.
Por quê? Porque ele vai dizer: “Olha, se
isso se representa na natureza, é óbvio
que isso se representa no sujeito
humano, que é um aspecto da natureza.
E, portanto, que nós somos inclinados
por vontades, assim como todas as outras
coisas. Perceba que é importante você
distinguir que vontade aqui é algo como
ah disposições, inclinações e etc e tal
e etc e tal.”
E a questão que ele vai colocar é o
seguinte: no momento em que você tentar
controlar as vontades, você vai falhar
miseravelmente, porque a essência do
mundo mundos são as vontades. Essência
do planeta são as vontades.
Quem seria essa hora?
A essência do mundo são as vontades.
Então, tentar controlar as vontades será
sempre um exercício
a gente tá mais ou menos condenado pela
nossa existência humana a tentar fazer
isso, a viver dessa forma.
A gente tentará todo tempo eh eh
sobrevoar as a gente sente que é livre.
a gente, diferente dos objetos que só
são vontade pura, a gente tem essa noção
nossa específica
a de
a gente tem essa noção nossa de que a
gente consegue superar a vontade, sabe?
Ai, se eu tenho um desejo aqui, hum, eu
posso segurar esse desejo e tal. A gente
a gente vive nessa ilusão do livre
arbítrio, certo? Vivendo na ilusão do
livre arbítrio, a gente vai est toda
hora tentando superar isso que a gente
intanto
ontologia, esses impulsos que nos
cercam. Só que fatalmente é impossível
sobreviver isso, porque isso é a base da
ontologia do universo. Então não tem
como superar a vontade. E aí esse é o
ponto. Tentar superar a vontade é
condição humana, porque estamos caídos
numa noção de livre arbítrio
e
eh
o resultado disso tudo será o
sofrimento. E a vida humana é
necessariamente sofrimento. Pronto. Essa
esse é é isso que o Chope queria dizer e
pro scrit eu não gosta dele.
A ontologia de Niet é a mesma, é a mesma
de Chopeal, estritamente a mesma de
Chopeal. Ele tá querendo falar sobre uma
questão humana. Ele vai dizer que a base
do mundo é a vontade. Só que ele vai
dizer,
diferente de Chopenhauer, essa
condenação
a ser escravo das vontades é sofrimento
por percer. A vida será sofrimento
porque você tentará escapar das
vontades. E como isso é o é o é o centro
da existência, você sempre vai tentar
escapar das vontades, mas sempre está
quedado nela. Você não pode fazer outra
coisa a não ser viver essa ontologia que
ela que comanda você e não o contrário.
Então você não tem controle de nada, mas
acha que tem e ao tentar controlar as
coisas você sofrerá horrores. Inite vai
dizer exatamente o contrário. Abrace.
Abrace a ontologia. Se o mundo é
vontade, abrace a vontade. Certo?
Isso. O é é a filosofia do irvil.
Exatamente.
Irvil eh eu quero em eh em alemão, né?
Então os dois tem os dois têm a
filosofia do irvil. Só que enquanto em
shoppenhauer
reconhecer a filosofia dovil é
sofrimento, inite é exatamente o que faz
um grande homem, aquele cara que sabe
viver com o fato de que o mundo é esse
mundo baseado na vontade.
Tranquilo?
Absolutamente não. Mas isso é um papo
para outro para outro dia. O João
perguntou: “Pedro, e aquele lance de
Heisenber refutado determinismo procede?
Não, absolutamente não.
Mas
como é que é?
Vestet vestet é verdade. E eu desejo
a sua
meu alemão de um mês não tá dando não.
Eh, mas é isso.
Ã, de um mês, não, de um semestre, né?
Eu desejo a sua o quê?
Ir ir é vossa, né? Não, não, não consigo
completar. Vez ter é verdade.
Eh,
Einamstein.
Ah, Isvil.
Isvil. I, qual é que é? É essa música,
né, que você tá falando. Esvil. Eh, eu
não lembro como é também. essa música.
Bom, eh,
tá bom. Veja só. Então, ah, deu para
entender isso aí, né? Deu para entender
isso aí, a noção de vontade, vontade de
representação e etc e tal.
Isso é ontológico.
Isso é ontológico. O que que isso
significa? significa que a estrutura do
real é baseada nisso. Mas eu quero quero
crer que eu convenço vocês de que ah e a
parte da representação, a gente tá preso
na representação, que a representação na
verdade é o eh é onde vive, a gente vive
caído na representação. Então você tá me
assistindo agora porque você tá tem uma
representação disso. A representação é o
choque, é a interpretação. É tipo assim,
tudo que nos aparece é representação.
Então não é o verdadeiro, né? É essa que
é a noção, que é o pensamento que já tem
em Cândido, né? Tudo que nos aparece não
é o verdadeiro. Tudo que nos aparece é
representação. É possível fazer ciência
a partir daí? A preocupação de Kant.
Kant responde: “Sim”. Aí o que o
Shopenhauer tá fazendo é
partir do mesmo lugar, tá?
Tá partindo do mesmo lugar para concluir
eh outras coisas que não tem nada a ver
com epistemologia. Partido que sim, o
mundo é representação. Qual é a
representação que a gente tá caído? A
gente tá caindo na representação de
liberdade. A gente sente que a gente é
livre, que a gente coordena as coisas,
que a gente raciocina sobre as coisas,
mas na verdade, no fundo disso, está a
vontade que é soberana e que tá acima de
qualquer coisa que você pensa. Você
pensa, isso é representação, você pensa
que você é livre, você pensa que você
toma decisões, mas na verdade você tá
preso à vontade, que é essa esse ser
atrás do mundo e que guia tudo. E e o
fato é que se você tá preso à vontade,
essa vontade ela tá determinada, né? Ela
é fatalista, mas você acha que não, você
vai ficar sofrendo achando que você
coordena alguma coisa quando na verdade
você não coordena nada. Esse é o esse é
o sistema. Isso que o que o o Chopor tá
querendo contar para pro M. Olha, você
vai tentar desenvolver uma razão que
explica o que você faz, que explica
o raciocínio das suas decisões, que
explica, mas na verdade isso tudo é uma
furada, porque se você pensar
direitinho, o mundo é caracterizado por
um choque material coordenado por uma
razão última que se chama vontade, né?
Uma estrutura última que não é
coordenada por ninguém. Então você não
coordena ninguém. Você que é uma peça da
vontade. A vontade tá indo, as coisas
estão se batendo e se criando. E você
fica racionalizando as coisas, achando
que você tá participando disso, quando
na verdade você é só um guia do você é
só um resultado desse desse movimento
que tá completamente a quem de você.
Completamente muito além, muito além de
você, melhor dizendo. A quem não muito
além de você. Você não tem controle
nenhum sobre a vontade. A vontade é que
controla você, é o contrário. E a
vontade, repito, não é a vontade sua
apenas. A vontade sua apenas é um
reflexozinho dessa estrutura que tá
debaixo da estrutura do real e que tá
guiando o universo e você tá só sendo
jogado de lá para cá. E aí quando você
toma consciência disso, a vida é
sofrimento, porque você vai ficar
tentando evitar que as coisas aconteçam
de acordo com a vontade, mas a vontade
vai est guiando o mundo para ir para
onde ele deveria ir, independente de do
de você querer ou não querer. Então a
vontade é soberana e não o sujeito.
E isso é sofrimento, porque você tá
vocacionado a tentar fingir que não.
Você tá caído na representação de que
não. É,
não, exatamente. Olha, em shoppenhauer,
tá? Em shoppenhour, tá? Não tô falando
que eu acho, não. Tô explicando o autor.
E no shoppen hour, essa vontade é
determinista e não tem nada nada de
dialética, nada. Absolutamente zero de
dialética. Porque quando você acha que
você tá entrando em choque, ou seja, uma
vontade sua tá entrando, tá em em briga
com outra vontade ou uma vontade sua tá
entrando em briga com outra vontade de
alguém, tudo isso é expressão da
ontológica vontade, que é a soma de
todas elas. Então, se a soma de todas
elas, ela tá indo para onde? Para onde?
não interessa que ela é cega, ela tá
indo para um lugar que ela tá indo, ela
tem um impulso interno dela. Você quando
você enxerga como representação a sua
vontade separada da vontade do outro ou
a sua vontade, tipo assim, vontade de
comer chocolate ou vontade de ficar
magro, ficar saudável, comer chocolate
ou ficar saudável. Na verdade, isso são
expressões da mesma coisa, da vontade
cega que tá é uma única vontade que tá
indo para um caminho incontrolável, que
ninguém controla, ninguém controlará. E
a tentativa de controlar isso sempre
gerará sofrimento, porque você não
controla, você acha que controla, não
tem dialeticidade nenhuma, tá tudo
determinado por essa vontade última,
certo?
Então elas se confrontam e se
transformam, se confrontam e se
transformam de acordo com a com a
vontade, a vontade última. Então não tem
controle. Então, necessariamente,
necessariamente na posição do
shoppenhour,
no, na posição do shopping hour, você
acha que você controla alguma coisa,
você acha que você coordena tua vontade,
mas tudo isso é expressão última dessa
última vontade, a vontade como estrutura
que guia o mundo e ninguém controla essa
coisa. Então você pode tentar controlar,
não vai controlar, você vai só sofrer.
E a vida é isso.
E aí o que que o chope sugere? Nada. É
isso.
Tchau, gente. Tenha uma ótima tarde.
Durmam com barulho desse. É isso, Chelã.
É isso, tá?
Não entra. É isso que eu tô dizendo. Não
entra. Mas aí não entra noção de
inteligência de Aristóteles, não.
Chopenhau vem antes, tá? No Chopenhau
não vem antes de Aristóteles. Chopenha
conhece Aristóteles. Então o que ele tá
dizendo é o seguinte: olha você e
Aristóteles e qualquer um pode achar e
pode se iludir o quanto você quiser de
que você controla as coisas. Quer quer
citar um exemplo para ficar usar o
próprio Aristóteles?
Aristóteles não é o controle racional e
etc e tal das vontades e pá. E pode ser
tal, você pode tentar. Tá. Quem que ele
criou? Quem que Aristóteles criou?
Aristóteles criou Alexandre Grande. Ele
foi tão intenso nas suas próprias
vontades que ele terminou morto lá no
fim do mundo com 20 e poucos anos de
idade. Ninguém controla isso. Aí, veja,
aí ele terminou morto lá em 500 milhões
de de distância do lugar original de
onde ele veio e o império dele foi
repartido entre os generais que brigaram
entre si e se mataram. Cadê? Cadê a
razão? Mostra para cadê?
Então assim, as pessoas se iludem que
elas controlam a coisa, mas elas elas
são instrumentos de uma grande vontade
cega que encarna nessas microvontades e
ninguém controla isso. Esse é o ponto
dele.
Toda tentativa de controlar isso, que a
gente tá condenado a ela, é sofrimento e
acabou.
Certo?
Tranquilo?
Ou seja, a ontologia do mundo não é
racional, ela é completamente cega e a
gente fica fingindo que controla alguma
coisa. A gente fica se convencendo que
controla alguma coisa. Mas isso é só
representação humana. O mundo mesmo é
vontade cega
e isso causa sofrimento.
E aí Chopeal remete isso, fala assim, ó:
“Beleza, o mundo é assim, vivam com
isso.” Falou, gente. Abraço, até mais.
[Música]
No alto das colinas, um trovão eou. A
terra tremeu quando a vaca chegou.
Aí você, aí você aí você vê uma [ __ ]
dessa e fala assim: “Eita, [ __ ] pera
aí, pera aí, [ __ ] pera aí. Você joga
uma bomba dessa, fala assim: “Segura
essa merda,
joga na colo da galera e fala: “E é
isso?” E e o que que tem para fazer? Não
tem nada. É isso.
Aí o Nit, aí o Nit pega isso aí. O Nit
pega isso. Pera aí, pera aí, pera aí,
pera aí, pera aí, [ __ ] Pera aí, pera
aí, [ __ ] Não, eu até concordo, tá? O
mundo tá além das determinações da
razão. Ele vai em em via própria, ele
tem suas regras internas. Ninguém
controla isso. E isso é da hora para
[ __ ]
Isso é níto.
Niet pega chopenha,
ele fala assim, ó. Isso. A gente não
controla [ __ ] nenhuma. O mundo é
escaralhado, a gente acha que controla
as coisas e na verdade é tudo guiado
pela vontade. E e aí n fala e tá tudo
bem.
E a grande o grande ser humano vencedor
do mundo é aquele que sabe lidar com
isso.
Ao invés de você fazer igual o Chopenhau
que conta isso para você chorando, ele
fala: “Sim, mas é exatamente isso que é
maravilhoso no mundo”. Então, Niet,
assim como Heigel
é virado de cabeça para baixo por Marx,
Nitra de cabeça para baixo Chopenhauer.
Ele fala a estrutura do real é
exatamente a que Chopenhauer falou. O
mundo vai a confusão do caramba
e tá tudo bem
certo,
Michel. Mas eu tô tentando te ensinar um
autor, tá? Eu tô tentando te ensinar o
autor, não tô dizendo o que que eu
acredito, não, tá? Eu tô dizendo quando
o Chopenha tá dizendo, ele tá dizendo:
“Ah, tem o nível micro e tem o nível
macro”. Aí você tá, você é a encarnação
do que o Chope estaria dizendo. Diz:
“Sim, meu filho, você tá dizendo que tem
as coisas microscópicas ou tem as coisas
pequenas e tem as coisas macro e não sei
o quê”. Cara, você acredite no que você
quiser. Você é só um uma peça num
tabuleiro de uma estrutura ontológica
que tá indo independente de você e você
tá racionalizando. Inclusive isso faz
parte da vontade, ou seja, você não é
dono de nada. O mundo tá indo pro lugar
onde ele tem que ir. E você tá aqui, meu
Deus, mas tem isso que eu posso, eu
posso fazer isso, eu posso fazer uma
escolha. Eu e aí o Chop diria para você:
“Sim, cara, sabe o que você tá fazendo?
Você tá se iludindo. Você tá se
iludindo? Você acha que você é dono de
alguma coisa? Você quer algum conforto?
Sabe por que que você quer algum
conforto de de existência? Vontade você
não pode evitar.
Ou seja, você não escapa. O o shop te
amarra de um jeito, você não escapa. Vai
falar assim: “Não, mas e se eu escolher?
Não sei o quê?” Mas você sente que você
tá escolhendo, mas isso já tava
determinado pela estrutura do universo
antes de você de você fazer. Você não
tem como escapar, porque ele tá dizendo
que isso tá para trás da representação
do mundo. Ah, mas eu escolhi sim. Você
escolheu,
você escolheu ficar em casa porque você
tá cansado e o cansaço é que te
impulsionou. Ah, mas eu escolhi estudar
porque eu quero uma vida melhor. Sim,
você escolheu estudar porque você quer
uma vida melhor. Mas por que que você
quer uma vida melhor? Porque você tem
estruturas eh internas que te guiam para
uma sensação de bem-estar. Então isso tá
tudo, não é você que escolheu querer
bem-estar. Ou seja, tem uma frase do
Chupeão, né? Você você não eh veja como
é que é. Eh,
como é que é a frase? [ __ ] eu esqueci
como é que é a frase, mas é alguma coisa
mais ou menos assim. Eh, você escolhe
a partir daquilo que você tem vontade.
Então, assim, eu tenho vontade de ter
uma vida melhor e por isso eu vou
estudar para arrumar um emprego melhor e
etc e tal e etc e tal. Mas você não
escolhe querer ter uma vida melhor.
Não tem como você escapar disso, certo?
Não tem como você escapar do Chopelor.
Chopel é o Satanás.
vai dizer assim, ó, tudo que você falar,
ah, mas eu quero eh eh eu decidi fechar
o vídeo, porque eu não quero ouvir mais
você falando. Se você decidiu fechar o
vídeo porque você cansou de mim, mas
você não decidiu cansar, entendeu? Você
decidiu comer frango?
Sim, mas você não decidiu gostar de
frango.
Ou você gosta de frango ou você não
gosta de frango. Não, mas eu gosto de
frango e decidi
não comer frango assim mesmo, porque eu
sou a favor dos bichinhos. Sim, mas você
não você não decidiu ter empatia por
bichinhos. Antes você teve empatia pros
bichinhos para depois você decidir que
não vai comer frango. Ou seja, se você
retornar direito, você vai ver que na
base das suas decisões todas está a
vontade e não o raciocínio. O raciocínio
serve para você instrumentaliza a
resolução do que é uma vontade
pretérita, mas você não escolhe as
vontades. Em última instância, as
vontades elas mandam nas suas decisões.
Ah, no tem totalmente tem 500
diferenças,
tá? Tem 500 diferenças, tá? Mas a gente
pode, então o Thiago perguntou, tá? Qual
a diferença desse determinismo que você
eh o que você eh defende?
Isso é aí o ponto, o ponto do chopenha
era que as suas preferências, veja, eu
sou limitado as vontades, eh, não
escolho as vontades, mas e quando as
preferências são indiferentes? Não são.
As preferências não são indiferentes.
Esse é o ponto.
Como é que é indiferente? Porque se
fosse indiferente, você não tinha
preferência. Não faz sentido
linguístico. Inclusive, ou você tem
preferência ou você não tem preferência.
Você é indiferente, não é preferência.
Se você prefere alguma coisa, não é
indiferente. Aí, aí pensa por que que eu
prefiro, sei lá, eu prefiro, eu não sei,
qualquer coisa você disser assim, eu
prefiro, se você retornar direito, o que
tá na base é uma vontade, não a quando
você utiliza a sua razão para
racionalizar o que você vai fazer, ela
tá a serviço de uma vontade,
como por exemplo, viver em um lugar
melhor, como por exemplo tudo isso. Aí
você fala assim: “Não, mas e por que que
eu prefiro azul amarelo?” Pois bem, você
não sabe. Você isso é tudo determinar
na base vai est uma vontade e não uma
explicação racional. Em chopeuer é isso
o que eu tô dizendo. Vou insistir. Eu tô
explicando o que Chopeer acredita e não
o que eu acredito.
Tá
tranquilo isso. Ó, o Diego tá dizendo
aqui, ó. O único problema com o sistema
nesse caso é a última parte, que isso
recai em sofrimento. Aí é um é um eh é
um não sector, né? É um é um argumento
que não segue, né? Não segue de uma
coisa a outra. É isso mesmo. É
exatamente isso. Então, o
o eh
o que isso seja sofrimento, que isso
epsa sofrimento, é uma valorização. Ele
tá valorando isso e dizendo assim, ó, e
isso é sofrimento? Não, pode ser, pode
não ser sofrimento. Você pode não sofrer
com essa realidade. E é o que o Niet
tenta fazer. Ele tenta colocar isso de
cabeça para baixo. Ele fala assim: “O
mundo é exatamente como o Shopenhauer tá
dizendo.” Exatamente. Precisamente como
o Chopor tá dizendo. E isso é 10.
Ou seja, ele tá valorando de outra
forma. Ele tá falando, qual o problema
do Chopeal? O problema do chopeal é é
ele achar que o mundo eh é desregulado,
que ele não é racional. Não. O problema
é você olhar para isso e falar:
“Caralho, que vida merda”.
para NIT, você olha para isso e fala
assim: “Caramba”. Então quer dizer que
olha para para Nit, ó, ó. Aí você muda a
perspectiva. Como é que Nit faz? Ele
olha para isso e fala: “Porra, se o
mundo é todo desgovernado e
descontrolado e a gente não tem controle
nenhum de nada, viva a vida do jeito que
ela se apresenta, porque você não tem
opção. Esse é o ponto de início. Você
não tem opção. Você vai ser arrastado
pelas vontades.
Enjoy the ride. Certo? Ini é assim. Ou
seja, se nós se nós não passamos,
o Michel vai vai segurar a gente aqui.
Vê só. Michel disse assim: “Eu tenho
problema com o começo do argumento
porque não pode ter uma situação onde um
ser humano cheio de vontades não pode
entrar em conflito ou ela entra na base
das duas vontades conflitantes.” Ela
entra na base das duas, ou seja, o
conceito ontológico de vontade, ela tá
na base das vontades conflitantes.
Então, se você tem vontades
conflitantes, eu citei o exemplo aqui
para você entender. Se eu tenho uma
vontade do tipo: “Ah, eu quero comer
chocolate e do outro lado eu tenho, ah,
eu não quero ter uma saúde ruim”. Então,
tenho conflito de vontades. Quem guia o
conflito de vontades? a estrutura última
ontológica do real, que é a vontade. A
estrutura à vontade. Ela guia todas
essas vontades. Essas microntades são
expressões da vontade. Então, em última
instância, a vontade com V maiúsculo,
essa A vontade é que estrutura os
conflitos. Em que direção? Tem como
calcular? Em chopenhau. Não. É uma
ilusão você tentar calcular essas
vontades porque elas são independentes
de você. Se você disser assim: “Não, eu
tô fazendo o cálculo das vontades.” Esse
cálculo das vontades também implica numa
vontade por trás, que é a vontade, por
exemplo, de controle. Eu quero controlar
a minha vida. No fundo, na base da sua
vontade de calcular as vontades, tá? A
vontade de controle, por exemplo. Então,
no fundo, antes de você começar a
calcular qual é a vontade mais correta
que eu tenho que seguir, no fundo tinha
uma outra vontade que é a vontade de
controle. Então, em última expressão,
quem tá te guiando é a vontade, entende?
O argumento é muito bom, pô. O argumento
é muito bom, pô.
Então, assim, é dizer assim, na base do
universo tá um um choque de vontades.
Essas vontades estão se batendo e estão
indo para caminhos incontroláveis. E até
a tentativa de controlar é expressão de
mais uma um elemento dessa vontade.
As coisas têm a a a essas expressões
todas equiparam-se à vontade, elas se
unem num impulso interno das coisas de
continuarem existindo,
no impulso. Ou seja, por que que você
tem fome? Por que que você tem vontade
sexual? Por que você quer estudar? No
fundo, no fundo, no fundo tem uma
grande, tem um grande impulso de
preservação dentro da realidade que vai
preservando o mundo através dessas
choques de vontades todos, que todos
eles recuam a essa vontade de preserção
que tem na estrutura do mundo, que é a
vontade.
Tá bom?
Tem como você fazer? Eu vou insistir,
vou dizer a mesma coisa que eu disse lá
atrás. Tem como você equiparar isso com
os desejos em Espinoza? Pode, pode fazer
algumas equiparações, algumas
comparações.
Isso,
isso. Exatamente. Exatamente.
Exatamente. Michel falou assim: “Mas no
fundo a gente cai em Deus também”.
Exatamente. Exatamente. No é como se no
fundo da estrutura do real tivesse uma
vontade. Qual é a diferença se você
quiser, do Deus de Chopenhauer e dous de
Higel? É que o Deus de Heigel ele tem um
caminho específico. Ele tá movendo as
pessoas no sentido da liberdade, porque
esse Deus ele tem uma vontade
específica,
apreensível pela ração humana.
Em Schopenhauer, esse sentido do mundo
não existe. O sentido do mundo é só
autopreservação. Essa autopreservação
vai gerando uma série de conflitos.
Esses conflitos vão acontecendo e
ninguém sabe para onde vai. A questão é
em Chopenhauer o Deus, o Deus é do mal?
Não, ele não é nada. Ele não ele não
liga.
Enchopenhauer não é um deus, é a
estrutura dos conflitos da vontade pela
preservação.
Em chopenha era a moral. O que ele tá
dizendo é que pra gente isso gera
sofrimento porque a gente acha que pode
controlar isso e não controla, entendeu?
Isso é o Deus do [ __ ] É isso. E aí
veja, quando a gente se dá conta de que
o Deus do [ __ ] é o mesmo que não ter
Deus, que é esse que é o ponto, aí você
cai em sofrimento. Você vê que na
verdade tudo que tá sendo guiado no
sentido de passado pro futuro, tá indo
do passado pro futuro, ele não tá sendo
guiado por nada. Esse é o ponto de
opera.
O mundo tá sendo guiado. Não tá não. Ele
só tá indo. O mundo não tá sendo guiado,
ele tá indo. Só entenderam
em que sentido? No sentido de que cada
coisa tenta se autopreservar. E ele tá
indo nesse nesse sentido. E aí tem
conflitos relacionados a esse movimento
do mundo no sentido dessa preservação. E
você nasceu e aí você nasceu condenado a
tentar se preservar nessa estrutura,
certo? Você
tá aqui indo tentando se preservar e não
tem nada no controle. Exatamente. Não
tem controle nenhum. Tá tudo determinado
e não tem nada no controle. A galera
fica em choque.
Aí a galera fica em choque.
Certo?
Eu concordo com o Diego. Eu vou por aí.
Minha consciência também vai por aí. Se
isso é real em sendo isso real, [ __ ]
melhor assim, melhor assim. Mas veja,
eh, o que eu quero, então assim, eu tô
tentando concluir, não o que eu
acredito, eu tô tentando concluir a
minha leitura do que o do que
Schopenhaller diz. Olha, se o mundo é
uma confusão
sem destino nenhum de autopreservação
das coisas, ou seja, não há Deus. Esse é
o ponto de Opena, não há Deus. Não tem
um intelecto guiando o mundo. O mundo só
tá indo para onde ninguém sabe. Ele só
tá indo, mas ele tá indo de maneira
determinada. Não adianta você achar que
você vai controlar o mundo, você não
vai. Ele tá indo e até você tentar
controlar o mundo é determinado pelo
próprio mundo.
E aí ele olha para isso e fala: “E ao se
dar conta dessa situação, você sofre”.
Certo? Então chopeu era emo. E aí é o
que eu tô dizendo, é a leitura que Nit
faz. A minha leitura de Chopenhauer é a
mesma que que o Niet faz. Schopenhauer é
um pessimista.
Eu também acho. Ah, a Sued disse o
seguinte: “Boa tarde, Pedro. O que acha
da crítica de Lucat de que a filosofia
de Schopenhauer eh demarcaria a época da
decadência da filosofia burguesa em uma
virada reacionária?” Eu acho exatamente
isso. Eu acho precisamente isso. Porque
veja, quando você faz isso e você pauta
que a, olha só, a
lidar com isso é sofrimento,
você tá apontando uma espécie de
desesperança com o mundo, né?
Então, Chope chega essa conclusão. Olha,
o mundo tá indo para onde? Para lugar
algum. Para lugar algum. Ele só tá indo
para onde? Onde? Se você tá dizendo
onde, você tem que perguntar para Reg
Heel que Hegel vai dizer, tá indo do
sentido da liberdade, etc e tal,
conduzido, né? Então, e e em Chopenha,
ele vai falar para onde o mundo tá indo?
Ele só tá indo para onde
ele tá indo.
Mas aí ele conclui,
isso é sofrimento. A existência humana
face a isso é sofrimento.
A existência humana face a isso é
sofrimento. Ele vai, eu concordo com a
su com com a com a que a Sued levantou,
que quando você chega é esse tipo de
consciência,
você poderia ter duas opções. Perceber
assim, poxa, na vida tem sofrimento,
sofre-se porque acha que é possível
controlar o futuro e na verdade você não
controla nada e etc e tal. Tudo bem,
sofre-se. Mas aí tem a questão, nem todo
mundo
é capaz de lidar com esse tipo de des
isolamento,
certo? Você tá caído no mundo, você não
pediu para nascer, você tá sendo guiado
para um lugar que você não pediu. E se
você se dá conta de que isso gera
sofrimento, você vai começar a se
perguntar para que existir, certo?
em Schopenhauer, isso leva a um
pessimismo evidente.
No contrapé do pessimismo que leva o
Schopenhauer, aparece a filosofia
nitiniana, certo? Aparece a filosofia
nitiniana para fazer a filosofia
afirmativa. O mundo não tá indo para
nenhuma. O mundo não tá caminhando para
lugar nenhum. E é isso mesmo. E viva
aqueles sentimentos, aqueles impulsos
internos que você tem. Constitua como
afirmador da vida que foi te colocada
porque você não escolheu.
Afirme aquelas vontades, aqueles
impulsos, aquelas coisas que te tornam
você, você o que você é.
Se você gosta, se você tem o impulso de
comer chocolate, coma chocolate. Se você
tem o impulso, pelo contrário, de não
não de comer chocolate, mas de cuidar da
sua saúde para ficar gostoso para ficar
com mais meninas, fique gostoso para
ficar com mais meninas. Se você tem o
impulso de eh ter o meio termo, ah, eu
quero comer chocolate de vez em quando,
mas também quero me cuidar para ser
saudável. Então, afirme a sua
consciência de que é legal ficar
saudável e não precisa ser o cara mais
forte do planeta, mas também não precisa
ser um cara com que come chocolate 24
horas por dia. Ou seja, aquilo para onde
você ser guiado, você for guiado pela
vontade, afirme,
afirme, eu vou, eu nasci e eu gosto de
estudar, então elogie isso, gostar de
estudar. Ai cara, eu detesto estudar. Eu
tenho uma canceira para [ __ ] de
estudar. Eu gosto de jogar futebol.
Então elogio o futebol, ou seja, seja
afirmativo. Esse é o ponto de nío.
Esse é o ponto de início. Ora, o impulso
das coisas é um descontrole total.
Afirme aquilo que você é.
Não reclame. Não reclame daquilo que tá
te impulsionando. Só a a a filosofia do
Niet é mais ou menos assim, ó. Só vai,
negão,
só vai. Aquilo que tiver vindo vai,
mano. Ninguém controla essa merda, não
tem ninguém no controle de nada, só vai.
E aí veja o ponto de nit,
o ponto de nit relacionado a,
tipo assim, quantas foram as pessoas que
tentando fazer o bem não fizeram merda
para [ __ ] E aí Niet vai criticar
primeiro Platão e depois vai fazer
análise do socialista. Ele vai dizer, ó,
os socialistas estão tentando. Ele diz
isso no menslich list, humano,
demasiadamente humano, ele vai dizer:
“Olha só, os socialistas estão que nem
Platão tentando, ah,
eles estão tentando controlar a
sociedade, etc e tal”. Sim, eles estão
tentando controlar a sociedade. Eles não
estão tentando ser o maior dos
aristocratas,
o dono da bola de ah, o que é certo, o
que é errado, veio para cá, veio para
lá. Eles é que eles eles não gostam dos
aristocratas e eles querem ser
aristocratas.
Ora todo mundo quer ser aristocrata.
Esse é o impulso interno de todos. Cara,
faz o seu. Niet é aí, certo? N vai por
aí.
Tranquilo,
tá?
Vamos lá. Então, veja, você percebe que
eu expliquei,
eu expliquei dois modos de enxergar.
a posição
sua
no mundo
face a uma interpretação de que o mundo
tá descontrolado. Ele tá indo no caminho
do descontrole. Caminho do descontrole,
obviamente, tá pressuposto aqui nos dois
pensamentos, ateísmo. Não tem um uma
cognição guiando o mundo pro caminho
certo e etc e tal. O mundo só tá indo.
O mundo só tá indo. Se o mundo de fato
só tá indo, veja bem, eu preciso, eu
tenho certeza que como todos vocês aqui,
quer dizer, quantas pessoas tem aqui que
não são ateias? Tem 269 pessoas. Eu
suponho que deve ter uns 230, mais ou
menos, que devem ser ateias.
Deve ter pelo menos uns 230 aqui de 260
que são ateias.
Para todos vocês, vocês devem entender
que a ontologia,
tipo assim, nada que eu disse surpreende
muito vocês dizer assim: “Olha, o mundo
tá indo, ele só tá indo e não tem
ninguém atrás com as rédias do mundo
dizendo: “Vá para lá, vá para cá”. Se
vocês pensam isso, a ontologia de vocês
não é muito distante da ontologia nem de
Niet, nem de Shopenha. O mundo tá indo e
não tem ninguém guiando. O mundo só tá
indo.
Certo? Agora, o que fazer a partir daí
muda completamente
com a forma que você interpreta
o que você interpreta que significa
isso,
certo? O mundo só tá indo, não tem
ninguém guiando. Ou seja, há uma vontade
cega, há uma inclinação cega, ou seja lá
o que você quiser dizer. O mundo só tá
indo, não tem ninguém no controle. Tem
várias interpretações de que o que fazer
a partir desse dado. Em chopenhal, você
ele ele te condena, ele fala: “Não há o
que ser feito. Tudo que você tentar
fazer, você sempre irá sofrer, porque
você sempre irá lidar com a
representação de liberdade, quando no
fato de fato você não controla nada.
Niet, ele usa uma expressão muito
evidente desde sua juventude. Ele faz o
elogio da tragédia. O que que significa
ele fazer o elogio da tragédia grega?
Ele dizer assim: “Olha só, pera bem,
veja bem, os o o na tragédia grega, os
personagens não guiavam seu resultado,
mas isso era incrível. Por que que a
gente tem que achar que tem que guiar o
resultado?” Ou seja, se acostume com a
ideia de que você realmente é guiado por
uma força que é muito superior a você.
Aceita isso e enjoy the ride. Curte o
veneno. Você tá passeando pela vida,
curte o veneno, [ __ ] Curte o veneno. A
vida não vai ser determinada por você.
Você não vai casar com a primeira, sabe?
O primeiro namorado, a primeira namorada
que você se apaixonou e ficou louco.
Não, não vai ser. Garanto para tu. Você
vai se apaixonar e parece que a primeira
vez você se apaixona na vida, meu Deus
do céu, certamente é a pessoa dos meus
sonhos. Sen não, você tá enganado, você
tá numa, você tá caído numa
representação. Isso não vai ser, garanto
para tu. Você tá todo concinando, mas eu
vou planejar o futuro com essa pessoa,
vai [ __ ] nenhuma. Daqui a 8 meses isso
tudo mudou e vai e vai mudar e você vai
ficar bem e etc. Então n é mais ou menos
por aí. Você acha que você controla
alguma coisa, não controla [ __ ]
nenhuma, aperta o cinto e curte. Aperta
o cinto e curte, tá? Aperta o cito e
curte.
A maneira que eu trato é a do
estoicismo, tá? A do estoicismo. Porque
veja só, não é verdadeiro, certo?
Beleza. As coisas estão rumando de
maneira descontrolada.
A maneira, as coisas estão, tão rouando
de maneira descontrolada? Sim, as coisas
estão rouando de maneira descontrolada.
Ou seja, não tem um guia, não tem um
coxeiro do mundo dizendo assim: “Ei, vá
para a direita, vá para a esquerda”. Não
tem um coxeiro do mundo fazendo isso. O
mundo tá indo e ele só tá indo. Só tá
indo. Eh, mas o Stoicismo tem uma coisa
que é muito cara a ele, que para mim
também é muito cara e que para Marx
também é muito cara, que é a noção de
natureza, tá? A noção de natureza. as
coisas vão para certos sentidos. vão
para certos sentidos.
Mas se você opera contra a natureza, aí
veja o a questão que se coloca é o
seguinte no mundo contemporâneo,
como durante todo o período da
existência,
desde do medievo até hoje,
quem fala que a natureza, que tá falando
sobre a natureza, quem coordena o
discurso sobre a natureza são
conservadores,
a galera ficou com medo de ser de
esquerda e falar em natureza.
Só que isso é um erro. Como o próprio eh
como a Sued que me perguntou aqui sobre
o Lucat e como o Diego tava aqui, o
Diego é uma pessoa que gosta muito do
Lucat. A questão de Lucat é exatamente
que tem uma ontologia humana específica,
ou seja, a humanidade tem uma natureza
específica.
Como os conservadores
eh roubaram essa palavra, eles ficam
sugerindo que, por exemplo, é
antinatural ser homossexual. Gente,
dizer que é antinatural ser homossexual
é só mentira. Não é que a natureza tem
que ser jogada fora, é que é mentira.
É normal e natural o comportamento
homossexual, como não é natural também o
comportamento homicida. Isso não quer
dizer nada. dizer que o comportamento é
natural ou que ele não é natural. A
priori só isso, dizer assim: “Ah, isso é
natural”. Não significa absolutamente
nada, nada, nada, nada, nada, nada. Nem
para bem, nem para mal. Nem para bem,
nem para mal. Dizer que as as coisas eh
acontecem na natureza, isso não converte
na coisa em boa ou ruim. Então, os os
religiosos, quando eles vão criticar a
homossexualidade, eles dizem:
“Homossexualidade não é natural”. Tá
errado. A fala é errada. É a fala é
errada. A homossexualidade é amplamente
natural.
Agora, não é porque é natural que todo
mundo tem que fazer, não. Não tem. Você
não tem que ser homossexual porque é
natural ser homossexual, mas é natural.
A poligamia é natural, enfim, tem um
monte de coisa natural, né? Normal que é
natural. Mas como os conservadores usam
isso para tentar restringir direitos,
restringir liberdades, restringir um
monte de coisa, aí o pessoal fica com
medo de falar em natureza.
Então a primeira coisa, exatamente no
sentido puro, no sentido puro e correto
da palavra, tudo que acontece é natural,
né? A gente devia chegar aí. Mas vamos
lá. Primeira coisa que tem, a gente
precisa falar para falar do meu ponto de
vista a respeito disso tudo é falar:
existe natureza. É óbvio que existe
natureza. Não só existe natureza, como
existe natureza humana especificamente.
É claro que existe natureza humana. Tem
coisas que o ser humano tem que são
específicos, que caracterizam o que é
ser humano e o segregam de outras
criaturas. Assim como existe natureza do
gato, existe natureza do cachorro. São
coisas que são próprias, típicas e que
caracterizam aquilo como cachorro ou
aquilo como gato ou aquilo com com
pessoa e etc e tal. Eh, então a primeira
coisa que era seria preciso eh para para
explicar a minha posição a respeito
disso tudo é existe natureza. Existe
natureza e existem ah naturezas
específicas, tá? Então, existe natureza
do ser humano, existe natureza do gato,
existe natureza do cachorro, existe a
natureza da pedra e etc e tal. Só que
tem uma coisa muito legal. Essas coisas
são transmutáveis, que quando a gente
aceita a dialética, essas naturezas elas
não são eternas, elas são mutáveis. Tudo
que é natural é porque por algum motivo,
em algum momento as pessoas acharam que
natural é equiparável, é imbutável. Mas
tudo que a gente sabe desde o século XIX
é que a natureza é exatamente o âmbito
da mutabilidade. E ainda digo mais, isso
tá previsto na filosofia grega. A
diferença entre uma ontologia
relacionada ao ser imutável é exatamente
aquilo que tá fora da natureza. Tudo que
cai na existência é devir. Isso tá
previsto em Platão. Isso tá pensado em
Aristóteles.
No pensamento clássico grego, o que é
natural é exatamente aquilo que é
mutável. É o contrário, cara. É
precisamente o contrário. É precisamente
o contrário. É precisamente o contrário.
Qualquer coisa que encarnou, que ganhou
cara, se eu sou um ser humano, se eu
nasci no mundo, eu vou morrer. Eu surgi
e aqueles átomos que me compõem se
decomporão no futuro. Então tudo que tá
dentro da natureza, que que encarnou,
que ganhou concretude, tudo isso que
manifesta se desmanifestará. veio a ser
e deixará de ser. Tudo que manifesta e
exatamente o o aspecto daquilo que seria
imutável na filosofia grega são as
coisas que não encarnam,
são os conceitos, é o formato ideal de
círculo, é a noção de grandeza, né? A
noção de grandeza sempre foi, sempre
será a mesma coisa, uma equiparação
entre dois tamanhos e que vai te criar a
noção de grandeza em qualquer
consciência humana, em qualquer tempo,
mas uma coisa grande pode deixar de ser
grande, virar pequena e etc, etc, etc.
Quando manifesta no concreto, aí é que
tem transformação. Ou seja, na filosofia
grega e no século XIX,
o que é natural é exatamente aquilo que
se transforma,
certo? Tranquilo?
O que é natural é justamente aquilo que
se transforma e não o contrário. O que
encarna como natural é precisamente o
que se transforma.
Tranquilo?
Veja bem, agora qual é o sentido da
transformação?
Eu vou colocar chopeel de cabeça para
baixo na frente de vocês aqui ao vivo,
tá?
Qual é o sentido da transformação
humana? Por
que a, quer dizer, qual é o sentido da
vida? Inicialmente a a vida se
transforma a vida mesmo, a vida qualquer
vida de qualquer bicho, até de coisas
pré-vivas. Tem a caracterização do
vírus, que o vírus não é necessariamente
vivo. Mas por que que o vírus ele ele
ele propaga? Por que que a bactéria
propaga? Porque os sujeitos propagam,
etc. e tal. Não é por sobrevivência, não
é para se manter,
não é um movimento. Ou seja, eu tô
dizendo a mesma coisa que o que o
Chopenha, a princípio eu tô colado com o
Chopenha. Olha aqui, o inclinação de
vontades que manifestam a continuidade
do próprio mundo,
tá? Aqui, até aqui eu tô colado com
chopeal. Ontologicamente é a mesma
coisa, não é isso?
Agora veja só, então se o sentido da
vida é se manter, o sentido da vida é se
manter, é a mesma proposição da vontade
do do Chopeal. Até agora não diferi com
ele, certo? Todo mundo entendeu isso?
Não diferi com o Chopeur. Agora vou
começar a diferenciação. Beleza? E o ser
humano, o que que o ser humano tem de
diferente,
explicitamente e externamente diferente
com todos os outros animais vivos?
externo, não é? Não, não precisa fazer
análise, não precisa abrir o cérebro,
não precisa saber ter pós-doutorado, o
que que o ser humano faz de diferente
que você enxerga no mundo da
representação, sem precisar estudar, sem
precisar o que que ele faz de diferente?
Ele tem muitas coisas diferentes, mas o
que ele faz de diferente? Você não
enxerga a consciência do cara.
O que que ele faz de diferente?
O ser humano faz de diferente que ele
produz resultados na sua ação de existir
no mundo.
Ele produz resultados no mundo e você vê
esses resultados
desenvolvendo através das gerações, não
é isso?
O ser humano é o único. Se você pegar as
abelhas, você já viram abelhas?
É sério. Eu acho que eu vou eu vou fazer
uma uma uma daquela, como é que é o nome
daquela? Meliponina. Como é que é o nome
do
Não sei, mas não quero. Vai fazer nada.
[Risadas]
Fazer um cultivo de melipona. Tá. Fazer
um cultivo de Mas melipona não [ __ ]
Fui proibido. Vou ter que fazer na
escola.
Aqui em casa não vai rolar. Não,
mas veja só, se você se você se você faz
uma comeiazinha de melipona, não é
apicultura, porque a apicultura é de
abelhas, tá? Abelha é aquela que [ __ ]
tá? Se você faz um um cultivo de
melipona, você consegue ver, você
consegue ver claramente como é que
aquele negócio funciona e você consegue
ver as coisas alterando as gerações, que
aqueles bichos morrem muito rápido. O
ciclo de vida daquelas criaturas é muito
rápido. Então você consegue ver eles
nascendo e morrendo. Elas nascendo e
morrendo. Que que vocês vai vocês vão
ver? Que elas elas criam coisas, elas
trabalham também, elas produzem coisas,
mas elas sempre produzem a mesma merda.
Vocês
entendem o que que eu quero dizer? No
trabalho humano, o trabalho humano
incorpora.
Ah, ele faz isso porque ele tem um grau
de consciência maior. Não sei. Ele faz
isso porque é intencionalidade? Não sei.
Ele faz isso por causa do tamanho do
cérebro? Não sei. Ele faz isso por causa
do polegar opositor? Não sei. Eu tô
dizendo o que é visível.
do ponto de vista representativo. Do
ponto de vista representativo, você não
precisa ensinar, educar, estudar, você
enxer, ah, ele faz isso porque
criatividade, não sei. Eu não enxergo
criatividade, eu não enxergo o cérebro,
eu não enxergo, né, estrutura. Eu não
sei o que que é que move isso. O que eu
tô dizendo é existe uma diferença que é
claríssima.
Os seres humanos, eles vão colocando as
coisas, eles vão aprendendo e vão cada
vez compondo aquele trabalho sobre
trabalho,
certo?
Ah, mas abelhas brincam, tá dizendo
Tarcísio. Aí eu vou dizer assim:
Tarcísio, por que que tu tá apoiando o
Bolsonaro?
[ __ ] que pariu, Tarciso, seu verme.
Desculpa. Eh, mas eu tava dizendo, eh,
veja, o que eu tava dizendo é o
seguinte, olha.
Sim, pode ter diferenças, pode ter
várias coisas diferentes e várias coisas
em comum. O que eu tô dizendo que o que
que a gente enxerga imediatamente sem
precisar sem precisar de um estudo muito
profundo, sem precisar de ser um
conhecedor, sem precisar ser um cara que
estudou em Harvard, que que sem você
precisar ser uma pessoa que viu os ah os
o as células eh dos neurônios e tirou,
sabe? Entende o que eu quero dizer? sem
precisar de ferramenta nenhuma, o que
que você enxerga de diferente entre os
seres humanos e os outros bichos? Os
seres humanos desenvolveram a capacidade
de trabalho, desenvolveram a
consciência, desenvolveram a linguagem,
desenvolveram um monte de coisa que eles
são capazes de ter ah eles são capazes
de ter essa produção que vai sendo
reproduzida, um trabalho que constitui a
forma humana.
A forma humana, ela é constituída. A
identidade do que o ser humano é, em
diferença a todos os outros animais, é a
forma do trabalho.
Vocês entendem o que que eu acabei de
dizer? A forma do trabalho. Outros
animais trabalham, outros animais
trabalham, mas a forma de trabalhar
humana, ela é exclusivamente humana. É
aquilo que distingue o ser humano de
todos os outros seres da Terra. Pode ser
que um outro seria em outro lugar, em
outro planeta, em outra galáxia, em
outro multiverso, mas na Terra o que
distingue o ser humano, você pode achar
outras coisas que distingue, mas o que
distingue, que é imediatamente
observado, é o resultado do trabalho
humano.
Mas isso tá errado. Está errado. O ser
humano é histórico, o macaco é
histórico, a pedra é histórica, tudo é
histórico. Mas o que que o ser humano
faz de diferente? O que o ser humano faz
de diferente é que ele no trabalho dele
gera um resultado material que vai se
desenvolvendo dentro da história.
Essa é uma diferença gritante entre o
ser humano e os outros bichos. Todos os
bichos são mutáveis, todos os bichos são
transformáveis. Essa essência da
dialética da natureza, tudo muda, mas o
trabalho humano, ele ele vai sendo
colocado na história, ele vai se
desenvolvendo e a gente enxerga. Ou
seja, não era possível um prédio
de aço
sem você ter o domínio do aço antes,
entende? Não é possível um computador
sem o domínio do lítio. Vocês entendem o
que eu quero dizer?
Não é possível re Wi-Fi. Não é possível
re Wi-Fi
sem você ter lançado o satélite.
Você percebe que esse raciocínio você
não faz com a abelha?
Veja, eu não tô julgando o através de Q.
O através de Q é muito mais complexo.
Ah, para fazer isso é necessário
linguagem? Não sei. Para fazer isso é
recessável, criatividade. Não sei, não
me interessa. O que eu tô dizendo é que
isso é característico.
O que caracteriza o homem que você
enxerga sem precisar fazer estudo. O que
caracteriza o homem que você enxerga sem
fazer estudo é que o homem vive no
produto do trabalho. E esse produto do
trabalho aonde ele vive muda com as
gerações. Ela é implementado. Ou seja,
tudo que você tem hoje, você vive no
mundo criado pelos humanos, que só
poderia ter sido criado hoje. As abelhas
que existirão desde que a abelha é capaz
de fazer uma comeia X, ela só poderá
existir naquela coméia X. O ser humano
não. Ela pode fazer hoje uma casa de
madeira, amanhã uma casa de tijolo,
amanhã morar em Marte e etc e etc, etc.
Esse desenvolvimento técnico é
relacionado à característica típica
humana. O homem vive no produto de seu
trabalho.
O meio ambiente onde o mundo, onde o ser
humano existe é produto do histórico de
seu trabalho. Isso é característico
humano.
Esse produto, ele é acumulativo, ele é
geracional, ele vai se acumulando. Isso
é característica humano. Vocês entendem?
Entendem o que eu quero dizer?
Hoje pra gente é muito comum a gente
viver usando celular. Por que que por a
gente é comum viver usando celular?
Porque tem um acúmulo de trabalho que
resultou nessa capacidade que a gente
tem hoje. Esse negócio que a gente tem é
tipicamente humano. Não vai passar 50
gerações de abelha e elas vão morar num
prédio. Vocês entendem?
Não vai passar 80 gerações de lobos e os
lobos vão começar, certo? Então a gente
constrói ferramentas de modo
acumulativo. Tem outros animais que
mexem com ferramentas e constróem
ferramentas? Sim, muito poucos. Tem um
grupo de chipanzés na África. Tem um
grupo aqui no Brasil, aqui em Brasília
mesmo, tem o o como é que é o o
libidinosos,
macaco prego libidinoso. Ele é capaz de
fazer ferramenta, etc. e tal. muito
inicial, mas essas estruturas
ferramentárias que a gente tem, a gente
vive inserido no produto desse trabalho.
É diferente o corvo, você não vê o corvo
vivendo nesse produto que passa 15
gerações de corvos, ele vive numa outra
estrutura, certo?
Vocês entenderam o que eu quero dizer?
Animais podem ter cultura, podem ter
cultura. podem fazer usas rudimentares,
podem fazer usos de ferramentas
rudimentares, mas nós, seres humanos,
somos eh naturalmente a distinção
natural entre a gente e os outros seres
se expressa em algo que não existe um
grande estudo. É só você observar. A
gente vive no acúmulo da produção do
trabalho urbano. Isso não existe nas
outras nas outras nos outros seres
vivos.
Tranquilo?
Todo mundo concorda com o que eu acabei
de dizer?
Pois bem,
o que que a gente falou sobre
Chopenhauer? que a o mundo é vontade,
mas uma vontade que se expressa na
continuidade das coisas e que isso é uma
coisa que tá para além de uma vontade
subjetiva. As coisas só são assim. A
gente sente fome, a gente vai atrás de
comida por causa disso, a gente sente
atração sexual por causa disso. A gente
tem relações eh sociais, protetivas, a
gente protege crianças, a gente protege
mais velhos. são tudo reflexo desse
movimento interno da natureza e de
autopreservação, de preservação
coletiva, de preservação do ambiente, de
preservação e tal, tal, tal. São um
choque de influências que as coisas vão
tentando se preservar e etc e tal, e vão
entrando em conflito, vão se destruindo,
vão se reconstruindo, certo? O mundo é
se causa, não é isso que a gente falou
inicialmente?
Pois bem, se
a a
se a gente
se a gente enquanto humanidade
se caracteriza por isso que eu acabei de
dizer,
primeiro eu vou perguntar para você no
sentido subjetivo, isso por si só não é
valoroso? Estou te perguntando do
sentido subjetivo.
Do sentido subjetivo. Você acha que a
própria natureza tem engendrado um
negócio que cria, produz, acumula
informação? Isso por si só. Na sua
visão, tô te perguntando, na sua visão,
isso é positivo? Você valora bem? Ou
seja, aquela pergunta que eu tô te
fazendo entre Niet e Chopenhau.
Chopenhau chega na conclusão, ah, o
mundo é vontade de representação, isso é
sofrimento. O o Nich fala assim: “Não, o
mundo é vontade mesmo e isso é bom”.
Então eu tô perguntando do ponto de
vista valorativo, subjetivo seu, da sua
cabeça. Você acha que isso é legal?
Você acha que isso é legal? Se você acha
que isso é legal, eu não vou ter nenhuma
dificuldade de defender meu ponto, tá?
Se você é da galera que diz: “Eu não
acho isso legal”.
Aí eu vou dizer
vencer você
é uma necessidade
de vontade
da estrutura chopenhauriana
da própria humanidade. quer dizer,
tentar fazer com que a maioria dos seres
humanos
sejam perpetuadores
desse projeto de humanidade
é uma coisa implicada no próprio
instinto de sobrevivência da humanidade.
Eu tô dizendo, se eu tiver uma maioria,
50% mais um, que acha que tudo isso é
uma merda e que a gente devia explodir
tudo isso, porque o mundo, porque eu
terminei com a minha namorada, porque o
fascismo, por porque o capitalismo e etc
e tal, se você é desse tipo, eu tenho
que te vencer por um impulso natural da
espécie humana. Se se vocês foss forem
50% mais um, você autodestruirão a
humanidade. Então eu preciso que cada
vez mais gente entenda o valor da
humanidade pela humanidade. Só de ter só
de ter o os bichinhos que complementam
informações e vão acumulando informações
e criando coisas mais complexas. Só isso
já é massa.
Se você não concorda comigo, eu tenho
que te vencer por um motivo simples de
impulso de vontade da própria existência
humana. Eu tô do lado natural de
promover a existência humana. Se você é
do tipo que não acha legal a existência
humana, você é um antihumano, [ __ ]
Você é uma merda do misantropo anti
humano. Você é humano jogando contra o
seu time. Não tava a galera falando
assim: “Poxa, o Bolsonaro é contra o
nosso país, etc. Você é contra a
humanidade, você é o quê? Você é um
peixe, seu imbecil do [ __ ] Você é
uma [ __ ] de um peixe, sua mula”.
Então assim, você não gosta de
humanidade, se mata, [ __ ] Sai daqui
agora. Você vai ser antiumanidade. Não
tem condição. Não tem condição. Não tem
a menor condição. Ser antiumanidade
não tem condição. Não tem. Não tem a
menor condição. Não tem, pô.
Tá. Não tem. Então assim, é obrigação
minha de acordo com a natureza, tá? É
uma obrigação minha de acordo com a
natureza, vencer vocês que são
antihumanos para comer de conversa.
Tá?
Você quer ser contra a humanidade?
Não, veja bem. Aí a galera tá tirando on
assim, poxa, que somos contra o o
suicídio. Não, veja bem, tem gente que
precisa tomar um sacode na vida, porque
esse pensamento é a essência do
suicídio. É a essência do suicídio. É o
chororô, a vida é cruel. Vou acabar com
a humanidade. Não acabe só com a sua.
Que que que que os outros tm a ver com
isso? A pessoa se odeia tanto que quer
acabar com a humanidade. Não
faz assim, elimina a sua humanidade. Se
você não gosta, não elimina a
humanidade. Não, pelo amor de Deus.
Entendeu? Pessoa antihumana não tem
condição. Não tem menor condição. Não
tem menor condição. Não tem a menor
condição.
Então, a primeira coisa que eu tô
chamando atenção é o seguinte.
Se você chega à conclusão de Chopenhauer
com o seu ateísmo, tá? Dizer assim:
“Olha, as coisas estão indo num caminho
descontrolado, etc e tal, ninguém
controla, etc, etc, etc.”
A única coisa
e as coisas vão nesse caminho
descontrolado porque elas estão com
impulsos eternos e e tal, tal, tal, tal,
tal. Veja, seria uma haveria uma
necessidade da humanidade,
ela necessariamente
ela impulsionaria-se para tentar se
preservar. Se ela tá tentando
intencionalmente não se preservar,
se ela tá tentando intencionalmente não
se preservar,
ela é exatamente a encarnação do
antissembro amarelo, né? Se ela quer que
a humanidade não se preserve, um ser
humano dizendo humanidade não se
preserve,
o cara é o é a encarnação, é o é o
supremo, é o último chefe do setembro
amarelo, né? Ele quer que a humanidade
não se preserve.
Certo?
Então, veja, o que eu tô tentando dizer,
é o seguinte: se o mundo não tem
destino, se o mundo é todo apenas o o
movimento no sentido do do da
reprodução, da reprodução e da criação e
e descontrolado e etc, etc, etc, etc,
etc, tá? O o
se a pessoa sente isso, se a pessoa
sente isso, a gente tem que mostrar que
esse tipo de posição, ele é obviamente
antihumano.
Ele é obviamente antihumano. E se a
pessoa quer ser suicida, seja suicida só
dela, que ela não seja suicida dos
outros, né? Suicida dos outros é [ __ ]
Suicida dos outros é [ __ ] E que isso? e
dizer assim, a aí quando eu você diz
assim, aí Pedro, se você não acredita em
nada, se você acha que o o mundo não tem
direcionamento, então por que defender a
humanidade?
Porque eu tenho um impulso interno
óbvio.
Eu tenho um impulso interno óbvio de
defender a humanidade.
Eu tenho esse impulso.
Eu tenho certeza quando eu, como eu
perguntei aqui, eu perguntei: “O que que
vocês acham? esse negócio de ser humano,
ser diferenciado, de criar as coisas. Eu
perguntei para vocês, a maioria disse o
quê? A maioria disse assim: “Eu acho
isso legal. Se eu tô, se você tá dizendo
que não é legal, o que que você tá
dizendo para mim? Você tá dizendo para
mim que você é antihumano.
Se você é antihumano, eu tenho que lutar
contra você. É óbvio, [ __ ]
[ __ ] você é anti o que eu sou por eu
ser o que eu sou.
Ironicamente, você sendo também não tem
condição. Então nós que não somos
antihumanos, temos que lutar contra quem
é antihumano e vencer. Ó, evidente.
Você tá, você tá dizendo: “Eu sou contra
a existência dos seres humanos”. Ô,
desculpa aí, cara. Deixa eu te contar
uma coisa. Eu sou ser humano, tá? Queria
só contar para você essa parada aí. Eu
sou ser humano. E e outra coisa, você
também é. Agora, se você é humano e você
é contra a humanidade, é evidente que
você é inimigo da humanidade. Essa
galera do vem meteoro, destrua, acabou.
Isso é porque você tá triste. Aí eu
falo: “Não, pule da ponte. Não pule
ponte. Não tem condição. Você quer que a
humanidade toda pule junto com você?
Não, não tem condição. Não tem condição.
Isso é a mundo tem sentido. Se a
humanidade acabar, não muda nada. Claro
que muda. Claro que muda. E aí, por que
que você diz isso? Porque tá determinado
que eu diga isso.
Entenderam? Para todos vocês devia tá
também. Se não tá, meu querido, procure
um psicólogo,
procure um terapeuta,
encontre
uma pessoa para você namorar. Juro que
ajuda.
Certo?
Vocês entenderam que eu tô chamando
atenção? Porque é muito comum de eu
dizer assim: “Pedro, se você tá dizendo
que é tudo determinado, então eu não
encontro o sentido para viver. Eu falo,
vou falar pra pessoa, sinto muito,
sinto muito. Só a vida humana para mim
já é, só a vida humana para mim já é
ótima”. E é óbvia que é ótima.
É óbvia que é ótima. A vida humana, por
pior que ela seja, já é uma vitória do
cosmos, tá ligado? Surgir uma capacidade
de viver e criar coisas novas e
progredir a partir de suas criações,
isso por si só tem valor intrínseco. E
ainda que não tivesse valor intrínseco,
com certeza eu tô condicionado a achar
que isso tem valor intrínseco, porque
adivinha só? Eu sou ser humano e eu
tenho instituto de autopreservação.
Não é doideira isso?
Então, ainda que o valor não fosse
intrínseco, seria do ponto de vista,
seria do ponto de vista de alguém que
fala da condição de ser humano. É o
valor que eu tô me dando. Se você não se
dá valor, é um problema seu. Se você não
se dá valor, é um problema seu. Agora,
não obrigue o mundo, não convença o
coleguinha do outro canto da sala a não
dar valor pra vida dele. Você não tem
esse direito,
certo? Você não tem esse direito de
convencer as pessoas que a vida delas
não vale, que a vida do sujeito humano
não vale, que a vida do da humanidade
não vale. Você não tem esse direito. Se
você acha isso, acho. Eu não posso fazer
nada. Eu tenho pena de você. Agora não
tente transformar isso num papa
político.
Percebe?
Aí vej.
E aí vej
para além do mundo ser vontade e
representação, certo? Então eu tô, olha,
note, eu tô dizendo, o mundo é vontade e
representação, mas não só isso, não.
Chopenha não não nega o aperfeiçoamento
da humanidade. Ele não liga, ele não te
dá solução, ele não faz esse discurso eh
valorativo que eu fiz agora. Eu passei 3
horas aqui falando: “Olha, a gente tem
que defender a humanidade, a humanidade
é importante” e etc e tal. Tar vai dizer
assim: “Tente defender, o mundo vai para
onde ele quiser ir. Se o mundo tiver que
explodir, ele explodirá. Se tiver uma
ecatomb nuclear, terá.
Você tentar controlar alguma coisa, você
vai sofrer.” Ele dirá o o Chopé. E eu
direi: “Pau no seu cu, Chopé. Eu vou
fazer o que eu quiser e vou fazer feliz
e vou fazer sambando. Mesmo sem saber
sambar. Ainda vou sambar errado e ainda
vou me divertir no processo. Agora eu
sei o que eu tenho que fazer, porque eu
tô de acordo com a minha natureza. Eu tô
de acordo com com eu sei o que é certo.
Eu sei que é certo tentar preservar a
mim mesmo e tentar construir uma
sociedade melhor para cada vez as
pessoas produzirem mais como uma
finalidade em si próprio. Eu sei que
isso é certo. Ah, mas tem gente que acha
outra coisa. Aí é problema de quem acha
outra coisa, certo? Aí é problema de
quem acha outra coisa. Para mim é muito
claro isso.
E aí eu tô dizendo qual onde eu assento
as coisas onde que eu vou construir. A
primeira coisa que você tem que fazer, a
primeira coisa que você tem que fazer é
assentar. A humanidade é boa? Existir
humanidade é bom ou não? Ao invés de
fazer a pergunta de Cami, viver ou não
continuar vivendo, essa é a grande
questão, não é viver você
individualmente,
subjetivamente, é a humanidade, a
humanidade viver ou não continuar
vivendo. A primeira coisa que eu vou,
né, selecionar é dizer, para mim,
humanidade continua vivendo, para você é
não continuar vivendo, pronto, você é
meu primeiro inimigo, você para lá, você
para lá. É melhor a humanidade
desaparecer. Vai pro outro lado, não
pisa na minha casa. Não me chama para
comer churros na vila dos Chaves, certo?
Não me chama. Você não é meu amigo. Eu
não quero você na minha sala, certo? Se
você acha que a humanidade é um é uma
pedra no mundo, ela é um problema no
mundo, sai da minha casa. Não te
convidei, não vem pro meu canal, não
conversa comigo, não me cumprimente na
rua, eu quero distância de você. Certo?
Essa é ele, esse é o alicerce
fundamental.
Esse é o alicerce fundamental. Você não
é meu amigo. Eu não quero saber o que
você pensa. Ah, mas eu gosto muito de
você, mas eu não gosto de você. Sai de
pé de mim. Certo? Entenderam? Primeira
coisa tem que ser afirmação da
importância e do valor da humanidade.
Você é contra isso? Não fala comigo. Não
me manda mensagem no WhatsApp. Não me
manda e-mail. Não seja contra a
humanidade. Se você é contra a
humanidade, não para para conversar
comigo. Isso é o esse é o valor mais
básico que eu tenho. A humanidade
expressa um valor a ser preservado. Ela
tem capacidades, ela tem produtividade.
A humanidade é incrível por si só. Por
mais que faça merda, por mais que faça
merda, por mais que exploda o mundo, por
mais que exploda o mundo, se a
humanidade fizer um bocado de merda,
explodir o planeta Terra, [ __ ] que
incrível, mano. Os caras conseguiram um
bando de macaquinho em cima do planeta,
conseguiram fazer uma estrutura que
explode o planeta Terra. Isso é
incrível, [ __ ] Eu viu o tamanho do
planeta Terra, entende? Assim, é é a é
incondicional a humanidade ser capaz de
fazer o que ela é capaz de fazer. Ela
tem valor por si só. É isso que eu tô
chamando atenção. Mesmo que faça merda,
só de ter a capacidade de fazer já dá o
valor para ela. Só isso já é incrível.
Tranquilo,
tranquilo. Se você não valoriza a
humanidade, some do meu canal. Some do
meu canal, certo? Mesmo que a humanidade
faça merda, ela ainda assim ela é
incrível. É isso que eu tô dizendo.
Ah, mas como é que você diz que a
humanidade é incrível se os seres
humanos escravizam os outros? Se as
pessoas cometem homicídios, se elas
cometem coisas terríveis. Sim, eu tô
dizendo, contando com tudo isso. Eu
coloquei tudo isso na matemática. Ela
faz um monte de merda, põe as pessoas
para sofrer, pode explodir o mundo, pode
não sei o quê. Tudo isso, tudo isso.
Coloca tudo isso. Mas tu já viu quão
incrível é o computador?
Já viu como incrível é o fato de que eu
tô falando para você através de
satélites
que estão colocados no espaço? Isso tudo
foi criação humana.
Vocês entendem o que eu tô dizendo?
Você coloca tudo no cômpo. Vamos dizer
que a humanidade provoca autoestermínio.
Ainda assim foi incrível. Ainda assim
foi incrível.
Tranquilo,
não? Então assim, aí vem o o Edu, ele
fala assim: “Tão incrível quanto todo o
resto. Esse papo é que eu não quero no
meu canal. Sai daqui, vaza, não toca
aqui, [ __ ] suma daqui.” Certo? É
isso que eu tô falando. Ai, o ser humano
é tão incrível quanto qualquer coisa. É
tipo uma pedra. Ah, [ __ ] nem você
acredita nisso, [ __ ] Uma pedra é tão,
tão incrível. É, eu ficaria aqui 18 anos
olhando para essa pedra aqui. Ah, não.
Você nem você acredita nisso. Nem você
acredita nisso. Nem você acredita nisso.
Não tem a menor condição, pô. Não tem a
menor condição.
Não tem a menor condição. É claro que é
diferente. É claro que é diferente.
Ai, não. O ser humano é tão bonito como
a chuva. Ah, é? Então fica assistindo 12
anos de chuva.
Ao invés de viver a tua vida, fica lá
sentado vendo 12 anos de chuva. Ah, nem
você acredita nisso, [ __ ] Nem você
acredita nisso. Então veja, a primeira
coisa que eu tenho é a valorização da
vida humana. Tá com
os humanos são especiais, eles são
diferentes do resto. Não tem a menor
condição eu sentar do lado de quem diz:
“Ah, é tão bonito isso aqui quanto
qualquer outra coisa”. Não é, não é. É
completamente diferente. É completamente
diferente. Completamente diferente. Tá.
Passei 1 hora e meia defendendo que se
se o universo é vontade e representação,
o ser humano tem validade por si só, tá?
Eu tô defendendo isso. Eu acho isso.
Você não acha, tem problema não. Eu acho
diferente de você, tá?
Tem problema não. Tranquilo. Tô dizendo
a humanidade existe humanidade. Não,
cara, não tem, não tem condição. Vocês,
[ __ ] não tem condição. Aí o camarada
falou: “Seria então errado para ti ser
antinatalista?” Não, você não precisa
ter filho, desde que você não fale que
todos os seres humanos não devem ter
filhos para assim exterminar a
humanidade, né? Que seria absolutamente
engraçado alguém achar que tem
capacidade de fazer isso, se executar.
né? Se você não tá dizendo isso, eu tô
dizendo, a humanidade por si só não
merece ser extinta. Ela tem um valor
intrínseco por si só, pela capacidade
que tem, pela É isso. A humanidade ela
merece existir. Ponto. É tão simples
quanto isso que eu tô dizendo. Tem nada
demais do que eu tô dizendo. Se você
discorda, vaza dessa [ __ ] desse canal.
Antinatalismo é tentar não ter filhos
até que a humanidade acaba. Aí sim, com
certeza. Eu só contrai isso. Agora se
antidatalismo é você dizer assim: “Ah,
eu não quero ter filhos”. Não, isso é
direito seu, tá? Não tem nada a ver com
o que eu tô falando, tá? Tem nada a ver
com o que eu tô falando. Pelo amor de
Deus, não seja maluco, né? Não seja
maluco. Pelo amor de Deus, não seja
maluco. [ __ ] gente maluca do [ __ ]
Eh, então, uma coisa é outra. Uma coisa
é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Tô falando de exterminar a humanidade.
Você não ter filho é direito seu. Você
não vai mudar [ __ ] nenhuma no planeta.
A humanidade não vai deixar de existir
ou não vai ficar melhor nem pior porque
você não tem filho. Ela inclusive não
liga para isso. O mundo não vai mudar
nada se você tiver ou não tiver filho.
Agora, se você estiver pregando, nunca
mais a humanidade deve ter filho, porque
aí ela se extingue. Aí tu tá vivendo um
um desenho animado, né? Você perdeu a
conexão com a realidade. Isso não
acontecerá. Isso nem faz sentido. Enfim.
Ah,
que [ __ ]
Não, cara. Olha, presta atenção o que eu
tô falando. O Mateus disse assim: “Até
no Cyberpunk que seria maneiro viver, eu
não tô dizendo que seria maneiro ou não
seria maneiro. Eu tô dizendo mesmo numa
vida merda, mesmo num sofrimento do
[ __ ] esse não é um valor para mim.
Se a humanidade toda tivesse que viver
numa vida merda, todo mundo sofrendo 24
horas, ou acabar com a humanidade, não,
acabar com a humanidade não seria a
minha opção. É isso que eu tô dizendo.
Não, mas é muito sofrimento. Não,
[ __ ] É uma merda. É uma merda.
Triste. [ __ ] Acabar com a
humanidade, não é isso que eu tô
falando. Entre acabar com a humanidade e
qualquer outro cenário em que a
humanidade exista, a humanidade é o
cenário onde a humanidade existe.
Acabou-se, certo?
Tranquilo.
Não tem conversa.
Não tem conversa. Então veja, se o que
que eu tô tentando mostrar para vocês,
nesse cenário, você não pode criar,
certo? Se se eu tenho essa
e essa posição, certo? Se eu tenho essa
posição, se eu tenho essa posição, o que
eu tô advogando para vocês não é
abstração louca do Cyberpunk. É porque
se eu convenço vocês de que eu tenho
razão e de que vocês têm que adotar o
mesmo valor que eu,
certo? que vocês têm que adotar o mesmo
valor. Você não vai estar num dia, nota
o que eu tô dizendo, você não vai estar
num dia que você vai dizer assim:
“Nossa, mas o mundo está muito ruim,
quer saber? Vou apertar o botão da bomba
atômica”.
Quer saber? Olha só, os caras estão
criando uma situação horrorosa pro nosso
país. Vamos explodir o mundo.
Ah, mas a situação ali tem muito
sofrimento. Acabe com a humanidade. Você
não vai pensar isso. Você vai ter nos
seus valores, se você concordar comigo,
né? você vai tendo seus valores, se você
concordar comigo, que nada justifica o
extermínio da humanidade.
Nada justifica o extermínio da
humanidade. Isso vai implicar numa
relação que você vai ter no cotidiano
com as coisas, que você vai valorizar
inclusive a vida individual.
Você não vai sair atirando em qualquer
um porque, ah, não, quando eu construir
um mundo melhor, pera aí, [ __ ] mas tu
tá acabando com a vida, calma. Certo?
Então, eu tô valorizando,
tô valorizando para vocês a vida humana.
É isso que eu tô dizendo. Tô valorizando
para vocês a vida humana. A vida humana
deve ser valorizada. Vocês devem
enxergar nisso um aspecto positivo.
Claro que existe, mas não é claro. É
muito simples, inclusive convencer
alguém. Você manipula os critérios que
você disse, de preferência, inclusive
foi você que falou. Você você calcula e
coloca no foco da pessoa. Ela tem vários
valores, vários gostos. Você coloca
certas coisas em preferência, você
coloca em evidência pra pessoa, ela muda
de posição a partir daí. É evidente que
isso acontece.
Aí veja, se você tá falando como
shoppenhauer, e eu não souiano, mas se
você tá falando como shoppenhauer, se a
gente tá defendendo a estrutura de
chopenha, o que que eu posso defender em
minha em minha em minha causa? Eu tô
falando. E por que que você tenta mudar
a vontade dos outros, as preferências
dos outros? Porque eu tô de acordo com a
natureza, eu tô de acordo com a vontade
última do universo. Ela que me guia a
fazer isso. Eu não posso impedir. É, eu
simplesmente sou inclinada a fazer isso.
Por quê? Porque eu sou, sei lá, por quê,
mas tô fazendo e vou continuar fazendo.
Ah, mas não é, então você não tem votar.
E por que que você luta? Porque muda.
Claro que muda. Agora, por que que eu
escolhi lutar? Eu não sei. Entendeu? O
raciocínio é esse. Por que que você luta
pela humanidade? Porque eu acho que é
importante. Porque eu gosto, porque eu
tenho inclinação para isso. Agora, por
que você escolheu?
Não sei, não interessa. Nem me nem me
interessa. Eu sei que eu tenho essa
inclinação. Eu luto por essa inclinação.
Se você luta pelo caminho contrário,
lute. Vamos ver quem vence. Lute e vamos
ver quem vence. Agora eu vou lutar pelo
que eu claramente acho que é certo, que
é a defesa da humanidade. Beleza? Mas
veja, isso é muito básico. Isso é muito
básico. Isso é muito básico. Eu só quero
tirar da frente os malucos suicidas
coletivos,
certo? Eu só quero tirar, eu só quero
falar assim, ó. Você é maluco suicida
coletivo, saia da minha frente. Não
volte aqui, não converse comigo, não
perca tempo comigo. Não desgaste-se. Não
me desgaste, tá?
Isso. Isso é bom. É. E e não lute não,
né? E não lute não, que você vai perder.
Não lute não, que você vai perder. Eu
vou ganhar, com certeza. Tem que até
essa mete essa inclusive que faz parte
do do jogo. Mas veja, eu escrevi no
título e agora eu tô caminhando pro
final. Finalmente,
o mundo não é só vontade e
representação.
No máximo, ele é também vontade de
representante.
por debaixo dessa vontade dessa
representação ou por detás
da vontade da representação, tem os
aspectos que são limitadores
e diferente da vontade do sentido do
sentido
chopenhauriano, em que a vontade você
não controla, a vontade você não
controla, não é isso? A vontade ela vem
por debaixo e vai empurrando vocês, você
só vai. Tem uma coisa que você controla
assim.
na representação que te aparece,
as regras de produção e reprodução,
elas são concretas, elas são
verificáveis, elas são calculáveis,
elas são observáis. Você faz continha,
você faz projeto,
certo?
você faz projeto. Então eu posso dizer
assim, ó, eu não sei por qu
eu não sei por que eu quero construir
uma casa, certo? Só que uma vez você
decidiu construir uma casa, aí tem
material mais barato, tem material mais
firme, tem material mais fácil de achar,
tem grupos de pessoas mais habilidosas
para executar a construção da casa.
Você percebeu? Eu não sei porque eu
quero construir uma casa, mas uma vez
que eu quero construir uma casa, aí tem
cálculo.
Aí tem cálculo.
Aí eu tenho que calcular o quanto de
dinheiro que eu tenho que juntar, se há
possibilidade, o que que eu tenho que
fazer. Aí tem cálculo.
Eu não sei por que eu quero
melhorar a vida das pessoas.
Mais uma vez que eu quero melhorar a
vida das pessoas, aí tem cálculo aí. Não
tá lá no âmbito do do da coisa em si
inverificado,
certo?
Aí não tá lá atrás. Ah, eu não sei por
não sei exatamente. Aí dá para saber.
Aí dá para saber.
Então você poderia dizer, Marx, eu
perguntaria para vocês, Marx, você acha
que ele tá do grupo, do lado do grupo
dos humanistas
que defendem
uma construção de um mundo melhor para a
humanidade?
Ou você acha que ele tá no grupo das
pessoas que querem explodir o planeta
porque a vida não faz sentido?
Marcos tá no grupo da galera que defende
que
o mundo tá caminhando para algum lugar,
mas ele prefere que as pessoas vivam
mais, sejam
melhores, construam melhor, ou ele tá
dizendo assim: “Ah, a gente devia entrar
em guerra para acabar com o planeta”. É
óbvio que ele tá do lado evidente dos
full humanistas, né? Ele só diz o que
diz porque não sei de onde vem um
impulso para ele, para ele defender
exatamente como é que a gente desenvolve
e defende o desenvolvimento da
humanidade,
como é claríssimo no manuscritos
filosóficos econômicos de 44 último
último texto.
Agora, por que não é só a questão da
vontade que a gente podia dizer, mas por
que que ele quer isso? Não sei. Em
termos eh chopearianos, a gente podia
dizer não sei porque ele tem uma
inclinação interna para isso. Mas para
além dele ter uma inclinação interna
para isso, ele tinha um projeto
específico.
Um projeto específico.
O projeto específico já não tá na lá no
âmbito do ah, por que que será que eu
quero que a unidade sobreviva? Então ele
faz uma análise. Que análise que ele
faz? Uma análise que ele considera
chamada materialista. E é que eu chego
no finalde eu queria chegar. Esse vídeo
é todo para falar isso. A análise final
é que ele chega num projeto
materialista. O que que significa para
ele próprio esse projeto materialista? é
o seguinte, não é a consciência que muda
o mundo,
é a forma das relações sociais que
produzem esse mundo material a qual a
gente falava, que na hora que aquela
galera que perceber que produz o mundo,
tomar o poder político,
ele vai poder transformar, assim como no
século XIX conseguimos
administrar
administrar o ferro, o fogo,
o aço.
Partido 20, a gente vai criando trilhos
de trem porque a gente dominou a
natureza.
O ponto de Marx é na hora que esse grupo
que coordena a produção social chegar no
poder, a gente ao invés de ficar igual a
gente ficava no passado, ô meu Deus, a
chuva tá chegando, que é isso? Deve ser
Deus.
Ô meu Deus, o sol tá fazendo e que que
você deve ser isso a Deus. E a gente
aprendeu a fazer isso aí fazer não. A
gente vai fazer agricultura dessa forma
e quando não chover tem que fazer assim,
etc e tal. O controle da natureza, eles
dizem, a gente tem que ter o controle da
produção social.
A gente no século XIX, diz ele, ele e
Angels,
a gente conseguiu controlar a natureza
para que esta porcaria, que eu nem sei
do que que é feito, vire no final uma
carteira,
que a gente pegue cadeias complexas de
produção
e transforme isso em quê? Plástico
intencional, controle da natureza. Que
que tá faltando? O mesmo controle que a
gente tem da natureza para fazer isso, o
controle da nossa produção. A produção
que a gente faz, ela é p vai indo, as
coisas vão indo assim de maneira
aleatória,
como as pessoas produziam no início,
quando elas não têm controle das coisas,
elas produzem de maneira aleatória.
Depois que você entende como funciona,
você vai lá e puf, controla.
E o ponto de Marx é que quando a classe
trabalhadora
tomar esse essa forma produtiva, que foi
o capitalismo, que criou uma grande um
grande boom de produção, mas
desregulado, ela vai poder aplicar a
razão, ela vai poder aplicar a razão em
cima do processo de produção. Então, ao
invés da gente sair fazendo médico e aí
vamos lá ver, faz 500 médico aí na UnB e
vamos ver para onde ele vai depois. Aí
cada um vai atirando para um lugar. Não,
pelo amor de Deus, vamos fazer
planejado. Quantos médicos precisam em
Brasília?
Quanto tá precisando mesmo? Quanto é que
é o déficit de médicos em Brasília? É
800. Então, ano que vem a gente vai
fazer um projeto para formar 800
médicos.
O ponto de Marx é esse.
O ponto de Marx é esse. Ao invés da
economia ser uma loucura, e ele chama
assim, Angel chama assim, explicitamente
ele fala: “O que vige na produção
capitalista é anarquismo de mercado. É
uma anarquia de mercado.
E não é que não seja produtivo, é, mas
de maneira anárquica é ineficiente.
Você vai sair atirando produção e essa
produção vai gerar crise de
hiperprodução.
Como Marx falou, o ponto de Marx é esse.
Tem uma produção, mas a produção é tão
maluca que de repente você tem uma
produção gigantesca e não tem saída pra
produção e o sistema quebra.
Então é hiperpruto, hiperprodutivo para
produzir. Então produz muito, mas produz
muito que você é o único da lugar do
mundo que você produz muito e ainda
assim é ruim. Como que [ __ ] você tem
uma produção
de café em 30, na década de 30 no
Brasil? Como é que você tem uma produção
de café gigantesca que não tem para onde
ir? Como é que não tem para onde ir? Um
monte de gente para consumir, mas não
tem de acordo com esse sistema, que
nesse sistema quebrou.
Como é que você tem? Ó, ó, a economia tá
toda aí, o prédio tá ali, o trabalhador
tá ali, a máquina tá ali, mas não sai,
não produz mais. Como que não produz?
Tem a máquina, tem o trabalhador, tem o
que não produz porque esse sistema
quebra. é o único lugar do planeta onde
você tem crise de superprodução. Aí o
ponto dele era, se a gente tem um um
sistema tão produtivo para gerar crise
de superprodução, se a classe
trabalhadora tomar isso e não produzir
aleatoriamente, mas de maneira racional,
seria a forma de superar esse sistema.
Esse é o projeto, vou, eu vou sempre
assistir isso. Esse é o projeto do
marxismo e não o meu.
Durante o século XVI se desenvolveu a
forma parlamentar, que é a forma típica
do que Max vai chamar de sistema
burguês. A gente vai chamar aqui
educadamente, sem ofensas, de sistema
liberal.
Sistema liberal vai nascer no século X7
na Inglaterra a partir do
parlamentarismo. A forma parlamentar
inglesa vai ser imitada pela França no
18 e depois vai ser imitado por todo o
planeta Terra no 19, no 20 e até hoje no
21. O sistema parlamentar de governo.
Eu vou mudar de assunto um pouquinho. Eu
vou usar representação agora com sentido
alterado, tá? representação com sentido
alterado. Quando os o os eh
quando os gir os jacobinos chegam no
poder na Revolução Francesa, eles chegam
no poder por causa do voto masculino
universal.
Voto masculino universal significa que a
política que tem ali é uma política
representativa.
Representativa. O significado que eu tô
usando de representação aqui é outro.
Vocês entendem?
A gente tá fazendo uma transição de
assunto. Nessa transição de assunto, eu
tô falando de política representativa.
O que que é uma política representativa?
É que o sujeito que vai ser eleito, ele
não é você, ele representa você. Você
vota em alguém que representa aquilo que
você acredita, que representa os seus
interesses. Representa.
Representar não é ser você. Você não
está fazendo política, você está
escolhendo uma pessoa que representa
você. Ele representa os seus valores,
ele representa as suas decisões. Não é
você que tá tomando as suas decisões.
Quem tá tomando a decisão é a forma
parlamentar. Entenderam isso que eu tô
dizendo? Você elege pessoas que
representam você. Você escolhe
representante. Representante não é você.
Todo mundo entendeu isso?
Isso é a base da política liberal,
aquela inventada no 17 na Inglaterra
e que vai ganhar contornos de
universalidade a partir da Revolução
Francesa no 18. Representação
parlamentar não é você.
Não sendo você,
a regra de representação
não é a mesma.
Não é a mesma. As regras de
representação não são as mesmas de
regras de comando.
Eu não sou a pessoa que comanda a
república. Eu escolho, voto em um
possível cara que se vencer, se vencer
me representará. Porque nem a isso é me
dado o direito de escolher se eu posso
ser derrotado. Se eu se eu for
derrotado,
se eu for derrotado, nem sequer isso
acontece. Nem o nem o meu representante
vai para lá. Todo mundo tá entendendo
isso?
Não é que a gente junta no meu bairro e
faz uma conversa de 50 pessoas e a gente
chega no acordo e manda uma pessoa que a
gente escolheu. a gente vota e se eu
perder nem sequer eu estou
representativo,
no sistema representativo
não me interessa tanto, eu que tento ser
um representante,
não me interessará tanto que você
concorde com as minhas decisões, mas que
você julgue que eu estando lá farei
aquilo que é bom para você.
E aí isso gera um problema tão grande,
tão grande,
mas tão grande,
que é o seguinte, mesmo que eu não vou
lá defender os seus interesses, que você
nem sabe o que eu tô fazendo lá, você
nem conhece o sistema, você nem sabe o
que tá rolando, você não sabe para que
que eu tô lá, você nem sabe a minha
função, você não sabe o que eu faço de
segunda a sexta no Congresso Nacional.
Mas cara,
você fala do jeito exatamente o que eu
falaria.
Você briga com as pessoas do jeito que
eu gostaria que brigasse.
Você odeia
os liberais do jeito que eu odeio. Aí o
que que eu vou? Te dou esse voto de
confiança. Você nem sabe o que eu tô
fazendo lá.
Percebe?
Percebe?
Na política parlamentar você elege uma
pessoa que representa aquilo que você
acredita,
sacou?
Você elege um cara
não para com uma tarefa. Você olha para
cinco pessoas, nessa aqui compra essa
tarefa bem, né? Não, se a pessoa
representar
as características que eu me identifico,
então a questão da representação
numa política liberal democrática, ela
vira uma questão de identidade.
Percebe? Se eu me identifico com você,
eu voto em você. Se eu olho para você e
vejo a minha cara, eu voto em você.
Então, o que que eu tenho que fazer? Eu
tenho que ficar representando, eu tenho
que ficar representando que eu sou
exatamente aquilo que você acredita.
Então eu tenho que mentir para vocês. Eu
tenho que alcançar em um nicho
específico uma quantidade de pessoas que
olha, eu entendi o que o meu público
quer, então eu tenho que dizer o que o
meu público quer, porque se eu disser o
que o meu público quer, ele vai dizer:
“Ah, então você representa o que eu
acredito, vou votar em você”.
Que que o Tarcísio fez 7 de setembro?
Você acha que o Tarcío acredita naquele
monte de merda que ele falou ontem?
Vocês acham?
Vocês acreditam que o Tarcísio,
ele acredita em uma vírgula do que ele
falou
sobre para pacificar o Brasil?
Para pacificar o Brasil é necessário uma
anistia. Você acha que ele acredita?
aquela merda. Por que que ele tá
falando?
Porque se ele falar aquilo, ele vai
representar
aquele público de 40.000 pessoas em São
Paulo. E é isso que ele quer.
É isso que ele quer. Ele quer ser
representante.
O que que ele vai fazer lá na na
política quando chegar?
Depois a gente vê. Enquanto eu tiver
representando,
Enquanto eu tiver representando a
vontade do povo, percebe que eu mudei de
de assunto, né? Esquece o que eu tava
falando para trás. Eu só fiz aquilo tudo
para plantar essa bomba aqui, tá? Eu
tava falando de outra coisa, tô mudando
de assunto. Na política liberal, você
representar os desejos coletivos é mais
importante do que você ser um bom
administrador. É mais importante do que
você ter um projeto de país. É mais
importante do que você ter uma política
pública bem articulada. Se você
representar os desejos. Aí quando você
chegar lá, [ __ ] você chega lá, você
tá representando os desejos. O que que a
pessoa sente? Aquele, o Zé Maria lá que
tava no no evento de São Paulo, o que
que ele sente? Sou eu que tô governando
porque aquela pessoa me representa,
entendeu? Aí se ele ganhar e se o
Tarciso ganhar a eleição, ele vai sair
pra rua. Ganhamos, ganhamos. Você não
ganhou [ __ ] nenhuma. Você só colocou um
cara que te emula. Ele coloca a máscara
dizendo assim: “Olha como eu sou
parecido com você”.
Na política representativa, mais
importante do que formar administradores
que vão fazer aquilo que te interessa, é
essa pessoa diria aquilo que eu digo,
ele odeia as coisas que eu odeio, ele
briga com as coisas que eu brigo, ele
reclama das reclamações que eu reclamo,
então ele me representa. Ele sou eu
versão
deputado, eu versão, entendeu?
E aí a política vira um teatro de
representações.
Eu tenho que representar para vocês. Se
eu sou comunista, eu tenho que entender
o que que os comunistas estão pensando e
repetir. E aí se eu vejo que meu meu
público briga com trodistas, eu tenho
que fazer o quê? Eu tenho que brigar
junto para mostrar, olha só como é que
eu sou o comunista de vocês. Você não
tem raiva de trotquista? Eu também
tenho. Olha só, olha como eu defendo as
respostas contra os trotquistas. como
você gostaria de de defender. Aí eu viro
quê? Um representante do estalinismo
brasileiro.
Não é [ __ ]
Não é [ __ ]
quando a política se faz por
representação.
Por representação, não tem maneira de
ser de outra forma. É uma questão de
identificação. Você se identifica com um
cara, você não se identifica.
E aí quando você vai atacar alguém, você
não precisa atacar necessariamente. Veja
quando você tá na esquerda e tá atacando
o PT dia assim, dia também, dia assim,
dia também, dia assim, dia também. Que
que que essa galera quer fazer? Olha,
você não representa a esquerda, quem
representa sou eu. Aí é isso. Não se
trata sobre política pública certa,
correta. É assim, eu tenho que mostrar
que essa galera não representa, porque
aí eu ganho o quê? Que que você ganha?
Se você virar, se você virar o
verdadeiro representante, você ganha
voto.
Não é, não é sobre política, não é sobre
a melhor estratégia,
não é sobre você tá tomando as atitudes
corretas, é sobre estética, é sobre
olhar para um negócio e falar: “Nossa,
ele é exatamente como eu”.
Não tem mais política.
Não política enquanto produção de ações
para melhoramento de situações sociais.
É um teatro, é um teatro de
representações, é um teatro de espelhos.
Agora eu te pergunto, marxismo era isso?
Não, o marxismo era, ele acreditava ser,
pelo menos. Você pode questionar isso,
falar que não, no fundo não era isso,
mas o marxismo era organizar
a classe trabalhadora.
Ontem, e eu quero que vocês espalhem
isso, ontem a unidade popular fez ações
no Brasil todo para jogar atenção sobre
o problema da moradia. O Léo Péricles,
inclusive foi eh teve que ir pracia e
etc e tal.
chamar atenção sobre as questões da
democracia,
chamar as questões sobre as questões,
chamar atenção sobre as questões da
moradia.
O que que a unidade popular tá fazendo?
tentando mobilizar pessoas
no Brasil inteiro,
no Brasil inteiro mobilizar pessoas para
mostrar que a que o problema da moral
existe. Isso é um primeiro é uma
primeira razão, certo? Chamar atenção
sobre isso. Além de chamar a atenção
sobre isso, eventualmente essa galera
ganha.
eventualmente eles constróem situações
em que há ocupações que se transformem
em locais de moradia real.
Qual é o objetivo? Só chamar a atenção.
Não é uma dimensão também. A a dimensão
de jogar luzes sobre a questão, de
falar: “Ó, gente, existe o problema de
moradia no Brasil.” Isso é uma dimensão,
é a dimensão da representação, é a
dimensão de jogar destaque, de jogar na
sua ótica, de jogar na sua córnea. Olha,
você sabia que existe isso, agora você
tá vendo, tá aí no campo da sua
representação. Mas um outro elemento que
tem de discussão a respeito disso é:
“E se você conseguir aumentar as
moradias de verdade? E se tiver um ganho
de moradia de verdade? E se daquele
local de moradia que você estabeleceu,
você estabelece um trabalho comunitário?
E se aquilo ali vira uma cozinha
comunitária para produção de ah de
alimento a baixo custo para uma
comunidade? E se dali você funda uma
escola com financiamento público, aí
você não aí você não tá falando de
representação, de imagem, você tá
falando de construção material de uma
relação que pode se converter numa força
política. Você percebe que são duas
coisas. Eu tô dizendo que a
representação é desimportante. Chamar a
atenção de que existem muitos prédios
desocupados do Brasil. Isso é
desimportante? Não. Mas tem uma outra
questão. E se você conseguir um local?
Um local. Brasil tem 200 milhões de
habitantes. Você conseguiu um local? Um
local. A partir daquele local você tem
uma escola.
Isso já não é alguma coisa?
A partir de um local daquele, você tem
moradia para as pessoas que não tinham
antes. São 10 pessoas só. Ah, 10 pessoas
de 2 milhões. Sim. Um local.
Um local. Um local pode virar dois.
Dois pode virar oito. Deixa eu mostrar
uma coisa para vocês e aí eu vou embora.
MST não é só
lote de terra. MST é escola.
Se não fosse essa escola, outras não
chegariam lá,
certo?
Ou seja, o trabalho tem que ser esse.
Marx, quando ele falava, ele não pensava
nisso em trabalho em cidade, etc. e tal.
Ele dizia assim, ó, o trabalho que é
para ser feito é nas fábricas. A gente
vai organizar os os caras das fábricas,
eles vão tomar o poder porque eles vão
construir parlamentos a partir daquela
experiência e eles vão assaltar o estado
e eles já vão ter prática de parlamento
a partir dali.
O foco de Marx era esse, trabalhador
industrial.
Talvez não seja o caso de falar só de
trabalhador industrial, mas organizar
alguma classe trabalhadora. Esse era o
plano.
E não ser representante.
Não ser representante parlamentar. Se o
objetivo último é ser representante
parlamentar ou então tomar o poder
através de, sei lá, tirinho para cima
para você virar o ministro da economia,
o ministro da guerra, o ministro da
educação, você tá substituindo a classe,
porque o objetivo de Marx era por suas
vias esse aqui, ó, organizar a classe.
Você tá organizando a classe, a unidade
popular tá tentando, é muito pequeno, tá
crescendo devagarzinho, mas assim,
comunista, que se diz comunista
e o objetivo é ser o presidente da
República só, ou ser deputado federal
só, ou ser governador só, ou ser senador
só, porque quando a gente chegar com o
nosso partido, o mundo vai pra frente.
Isso é substituir a classe por
representação.
Beijo do coração de todos. Falou, valeu
e até
mais.
Você o
que fez no foguetão doão, tu vai te
amarrar. Presta atenção que agora eu vou
te ensinar. Vai no foguetão doão, no
foguetão doão, no foguetão doão.
No foguetão do Elão, no foguetão do
elão, subindo, descendo no foguetão. Se
sacana, sabe como é o foguetão do Elão?
É tão [ __ ] que dá ré. Se não acredita,
vem cá para tu ver. Mas agora quem vai
dar ré é você. Vai no foguetão doão, no
foguetão doão, no foguetão doão, no
foguetão doão, no foguetão do elão,
subindo, descendo no foguetão.
Subindo e descendo no [ __ ] melão. Ele
se estou
aí, cara.
[Música]
Vai no foguetão doelão. No foguetão
doelão. No foguetão doelão.
No foguetão doelão. No foguetão doão.
Subindo, descendo no foguetão. Vai no
foguetão doelão. No foguetão doelão. No
foguetão do Elão. No foguetão do Elão.
No foguetão do Elão. Subindo, descendo
no foguetão.
Descendo doão.
Sacan. Complicado isso daí, cara.