pessoas falam de perda de referencial
outras falam de pluralismo de convicções
Então a partir de um conceito de ética
aristotélico Aristóteles vem depois de
Platão fazendo uma breve crítica minha
pessoal a estrutura de política
escravista presente na política de
Aristóteles eu retorno então a Platão
entendendo eu junto com outros como
veremos que a origem dessa
supervalorização de uma coisa que hoje
não é tão supervalorizada estaria em
Platão cujo Ápice racionalista alguns
entendem seria cant e após chegarmos
nessa estrutura da ética formada na
razão
autônoma você fez coisas horríveis para
realizar algo grandioso temos que fazer
sacrifícios Essa é a troca equivalente
até parece que o que está fazendo é uma
troca
equivalente Quem é aquele cara afinal
foi por isso que eu disse para ouvir a
minha explicação ele foi um dos membros
da minha
tropa após a guerra ele desistiu do seu
título de Alquimista Federal e se juntou
a um movimento contra o governo atual a
sua captura é uma missão de alta
prioridade dependendo da situação
teremos que matá-lo desculpa mas eu não
pretendo matar ninguém faça como quiser
o que nós queremos é que você nos traga
resultados Eu lamento muito ter que
lutar contra um ex-amigo de guerra amigo
de guerra eu não tenho amigos quem
estava em shibal era só o exército
corrompido os seus
cães Por acaso você tem ideia do que
este país está tentando fazer não quero
saber o que me interessa mesmo se
soubesse você entenderia o que eu estou
tentando fazer agora eu já disse que não
quero saber
[Música]
Você já percebeu que em muitos filmes
peças de teatro e seriados E
especialmente em desenhos voltados pra
criança na nossa época contemporânea
Normalmente quando se fala de um cara
legal um cara do bem um cara bom um cara
gente boa lutando contra alguma coisa
ruim ou com a galera do mal normalmente
esse cara não mata esse pessoal do mal
ele tem isso como princípio vocês já
perceberam Isso é óbvio que não estamos
falando aqui de uma unanimidade mas
vocês concordam comigo que isso é muito
comum de acontecer é muito comum ver
esse tipo de personagem por mais que ele
lute com violência contra os inimigos e
tal ele nunca vai querer matar a o
inimigo ele tenta inclusive às vezes ele
tá lutando com o cara a ele coloca o
inimigo numa situação de quase morte e
ele até salva o inimigo Vocês já viram
isso acontecendo vocês concordam comigo
que isso é bem normal bem corriqueiro na
no entretenimento contemporâneo
Provavelmente você vai concordar comigo
que isso aparece bastante isso é comum
no nosso entretenimento e eu digo que
isso se reflete em coisas interessantes
quando se fala de guerra é muito comum
colocar os humanos não lutando contra
outros humanos mas humanos lutando
contra orques que são coisas deformadas
ou contra robôs ou contra Clones é claro
nunca exagero repetir eu não tô falando
que isso é uma unanimidade mas que isso
é comum isso é corriqueiro gostaria de
falar alguns exemplos interessantes
sobre isso temos o desenho chamado do
roun Kenin ou anime ou anime porque vem
lá do Japão né que é inspirado no mangá
e tal tal tal esse personagem ele é
muito interessante porque ele é um
samurai ou um cara que luta com espada
sei lá qual é o nome que se daria
especificamente para ele até porque o
desenha é Samurai X mas o nome original
seria Roni kenchin enfim eu não quero
entrar nesses detalhes esses detalhes
não são relevantes porque nós vamos
debater nesse vídeo esse personagem
específico ele teria um começo de vida
complicado perdeu a família dele e tal E
aí ele teria sido Cuidado para um mestre
que luta e tudo mais e quando ele
cresceu quando ele começou a ficar jovem
ele decidiu se unir a um grupo que lutar
por um ideal X para melhorar o Japão lá
e o interessante dessa história é que
ela se situa na história mesmo eles
falam era mei e tudo mais mas essas
coisas são só detalhes interessantes o
que nos importa para esse vídeo é o que
esse garoto cresce lutando e portanto
lutando numa guerra matando outras
pessoas até um momento que naquela
situação ele fala mano T fazendo
besteira e ele abandona essa opção que
ele tinha feito e decide não matar mais
e aí ele começa a usar uma espada de
lâmina ao contrário Seja lá o que isso
significa mas uma espada que não mata
ele não mata mais ou pelo menos não mata
de propósito e o desenho ou o mangá
começa aí Ness nesse momento onde ele
abandonou essa outra versão dele esse
passado dele onde ele matava por um
ideal e tudo mais o interessante notar
que nesse pesso personagem ele não deixa
de lutar ele só deixa de matar em prol
dessa luta dele Certo o mesmo podemos
ver rapidamente nessa citação que eu fiz
o primeiro episódio de Full Metal alist
que é um desenho também japonês com
origem anime e mangá e o que não
me interessa e tem uns detalhes que as
pessoas discutem do Full Metal Walk mist
original e o Brotherhood E isso não me
interessa o que interessa para mim é que
nesse primeiro episódio não vou dar
spoiler é só o primeiro Episódio o
personagem principal ele tá lutando
contra um vilão que diz que vai fazer
uma coisa grande mas ele vai fazer essa
coisa grande ah fazendo sacrifícios e se
você ver a cena você vai notar que o que
ele tá querendo dizer é a seguinte que a
gente precisa fazer força lutar contra
os inimigos e matar pessoas para fazer
coisas grandiosas se as pessoas forem
resistir esse vilão disse que isso seria
uma troca equivalente perceba uma
tentativa de dizer que isso é uma
atitude justa quanto o personagem
principal vem falar até parece que isso
é uma troca equivalente eu sei que isso
no enredo da obra tem muito mais
significados Mas a gente não vai entrar
nesses detalhes posteriormente um
personagem colega ali do personagem
principal vem dizer ó aquele cara ele já
foi do exército do país e agora ele
ficou contra o Exército e tá querendo
fazer sabe Sei lá o qu a gente tem que
capturá-lo inclusive matá-lo porque ele
é Malu e aí o personagem principal vem e
diz eu não pretendo matar ninguém ou
seja esse personagem principal ele sabe
que o outro cara é mal ou faz meios do
mal ou alguma coisa assim ele fala não
vou matá-lo mesmo assim e no final como
vemos aquele cara ele chega e fala assim
Ah você não sabe o que que esse país tá
querendo fazer ou seja esse personagem
vilão ele tá querendo dizer que na
verdade o vilão mesmo é alguma coisa
dentro do país o exército Alguma coisa
Alguma parada e que se ele soubesse o
que que é essa parada do mal ele não
estaria criticando o
ardur fala o quê Eu não quero saber não
importa dane-se eu não não quero nem
saber qual é o seu motivo por ou para
quê dando a entender que não importa a
sua motivação não importa o seu ideal
não importa que você esteja lutando
contra o mal e blá blá blá você não pode
fazer isso que você tá fazendo claro que
você já acompanhou a obra inteira
assistiu o desenho todo vai falar que
tem isso isso aquilo mais e não sei o
quê tudo bem a gente não vai debater
sobre a hermenêutica do desenho ou do de
um desenho do outro não interessa isso
pra gente porque eu tô tentando mostrar
é que existe um certo padrão
interessante de ser reconhecido nesses
desenhos para não ficar só lá no Japão
podemos ir aos Estados Unidos que todo
mundo sabe é o grande país do ocidente o
país que mais tem dinheiro que mais gera
cultura não assim cultura no sentido de
Cultura boa mas que mais propaga a sua
cultura porque é uma questão Econômica
Hollywood vende muito bem tem dinheiro
para fazer grandes Produções É nesse
sentido específico que eu tô falando que
eles propagam cultura no ocidente com
uma força ah exuberante isso é fatídico
não tô discutindo moralmente se isso
errado se ser certo isso não interessa
no momento então indo para lá a gente
sabe que tem a DC e a Marvel e na DC tem
o tal da Liga da Justiça ou super amigo
sei lá o que que veio primeiro também
não quero entrar nesses debates não me
interessa eu sei que tem um desenho da
DC cómics que parece que surgiu em 2001
assim detalhes também não interessam que
se chamava a Liga da Justiça inspirado
em outras obras quec já tinha feito e
tal e que acontece uma coisa muito
interessante existe um vilão que é o Lex
Lutor que é o vilão lá do Superhomem e
ele dentro de uma situação específica
num universo específico foi lá e matou o
flash que é um personagem
e dos bonzinhos E aí o Superhomem fica
puto com essa situação e depois de um
diálogo em que o Lutor fala você não
pode me matar ha eu sou um vilão do mal
e você não pode me matar e tal tal o
Superhomem Vai fala assim ah é ele tem
lá um poder de visão de calor ele vai e
mata realmente o Lutor e a partir disso
acontece uma transformação e A Liga da
Justiça que era o nome dessa galera
herói vai virar Lordes da justiça e eles
ficam mais sisudos ficam com a roupa
mais pesada assim não fica aquele
colorido não sei o quê todos esses
exemplos que eu venho dando eles fazem
referência a uma proposição e que já é
apresentada por uma frase em latim que
inclusive é uma das últimas frases desse
desenho Liga da Justiça Kis custod ipsos
custodes pronúncia não faço a menor
ideia mas obviamente deve estar ridícula
mas a frase Vem de um poema Latino que
levanta a dúvida quem vigia os
vigilantes essa proposição já existe
veremos desde República de Platão como
terminamos no último vídeo Vimos que
Sócrates debatendo sendo a voz de Platão
no livro A República começa a discutir o
que seria Justiça então em o primeiro
momento ele Tenta convencer as pessoas
com quem ele discute que justiça não
seria fazer apenas o mal para quem age
mal sustentando ele que dá um tapa em um
cavalo não torna um cavalo melhor então
quando você tá vivendo em uma sociedade
você quer melhorar as pessoas não
adianta só dar tapa nos nas pessoas que
fazem besteira nas crianças que fazem
besteira que isso não necessariamente
vai provocar melhora depois ele sustenta
que não seria bom forte se impor porque
quando você se imagina novamente numa
sociedade e você é mais forte se impõe
outras pessoas vão começar a se unir e
tentar fazer o mal para quem é o
primeiro para conseguir ser o primeiro e
nesse ciclo essa cidade não vai ficar
bem então uma pessoa AD mananta apece e
fala não mas as pessoas que realmente
querem fazer o mal elas não simplesmente
fazem o mal e elas Enganam as
pessoas elas se juntam elas dissimulam
elas fazem tudo para fingir que são boas
pessoas Então como é que você po
sustentar que a justiça é melhor então
sobre essa alegação ADM vem dizer que
essa ideia de que a justiça é legal é
inculcada nas pessoas desde criança e
ele vem dizendo que se isso não fosse
encucado na cabeça das pessoas Desde da
infância nós não nos vigarios mutuamente
para não fazemos besteira então ele diz
que se as pessoas fossem ensinadas que a
injustiça é interessante do jeito que
parece ser para ele ele afirma que
poderia dar besteira ele fala assim se
isso fosse dito desde o início por todos
vós e se disso nos persuades desde Nossa
Juventude não nos vigiar mutuamente para
que não cometemos injustiça
mas ao contrário cada um seria o próprio
vigia temendo que por cometer
injustiças tivesse de conviver com o
maior dos males então cada um teria que
ser o próprio vigia pois bem para
responder essa estrutura Sócrates faz
uma comparação a gente não pode dizer
que um homem é mais justo do que outro
sim toos concordam então ele fala a
gente não pode dizer também que uma
cidade uma comunidade uma sociedade pode
ser mais justa do que outra pois bem
então eu vou tentar mostrar para vocês e
aí ele fao livro inteiro tentando fazer
isso que existe uma estrutura uma cidade
que seria melhor do que outra que é essa
de admo onde cada um vigia a si mesmo
teria que vigiar a si mesmo essa
estrutura ele afasta e tenta explicar
como a dele é melhor e esse vai ser o
ponto inteiro da crítica do terceiro
vídeo desta série terceiro e último
pretendo eu Sócrates então criou uma
sociedade não que cada um vigia cada um
vigia o outro mas que um grupo muito
especial vai vigiar os outros o filósofo
forte que sustentarei eu no momento
oportuno parece muito com o conceito de
fer alemão que é o conceito nazista ele
diz amante da sabedoria Impetuoso rápido
e forte por natureza é o que vai ser o
nosso Belo e bom Guardião da cidade o
líder forte poderoso inteligente Tá mas
e como é que a gente vai se resguardar
Contra Eles Contra esse poderoso forte
então ele diz que vamos educá-lo com
mito sustentando não aqueles mitos da
Grécia normais onde Zeus vai e faz o que
ele quiser e posseidon também faz o que
ele quiser e quem sabe é uma questão de
força ele constrói não nós não construir
mitos Mitos em que o Deus sempre faz a
coisa boa e que se as coisas acontecem
ruins isso não é culpa dos Deuses mas
das pessoas ou sei lá inventa ou se
tiver que ser uma punição do Deus uma
coisa ruim provocada por Deus que é uma
punição que isso seja uma punição para o
bem da pessoa e tal Então a maneira de
controlar os futuros fers digamos assim
os futuros poderosos guerreiros líderes
da Nação gênios e tal será a educação
como uma pequena mentirinha válida no
início inclusive ele faz analogia com
cães as pessoas Os Guerreiros São Como
Cães da sociedade que são educados pela
sabedoria e tudo mais por isso que eu
fiz referência a a esse específico
desenho no começo Full Metal wm Então
delineado esse cenário entre Platão que
origina uma sociedade descreve uma
sociedade quer construir uma sociedade
baseada na razão com o ímpeto como
ferramenta para fazer a razão contra a
concupiscência ou contra a os desejos da
carne eu posso expor então a grande
diferença que eu enxergo entre Platão e
Kant pois Platão ele estrutura uma ideia
na qual a razão através do ímpeto
através da força ou através dos seus
cães como ele mesmo diz deve dominar a
concupiscência ou a vontade dos prazeres
carnais ou qualquer termo que
identifique esse apego às
vontades mundanas digamos assim
eular que fundamenta sua proposição na
percepção de que o homem deve entender
racional ente que a humanidade deve ser
um fim em si mesma eu vou citar um
Pequenino trecho apenas ilustrativamente
da fundamentação da metafísica dos
costumes É verdade que a humanidade
poderia subsistir se ninguém
contribuísse para a felicidade dos
outros você não contribui pra felicidade
dos outros você contribui pra sua a
humanidade pode continuar existindo
contanto que também não lhe subtraí nada
intencionalmente Ou seja a humanidade
continua existindo se eu não fizer nada
de bom para você mas também não fizer
nada de Malu para você mas se cada qual
não se esforçasse por contribuir na
medida de suas forças para os fins dos
dos seus semelhantes isso seria apenas
uma concordância negativa e não positiva
com a humanidade como fim em si mesma
pois que se um sujeito é um fim em si
mesmo os seus fins têm de ser quanto
possível os meus para aquela ideia poder
exercer em mim toda a sua eficácia
aquela ideia a de humanidade enquanto
fim em si mesma então esse vídeo aqui
teve apenas uma intenção simples mostrar
que hoje na sociedade muito do
entretenimento infantil Você pode até
dizer que alguns desses desenhos que eu
apresentei não são voltados para público
infantil dá para defender isso mas
sabe-se que hoje muito no entretenimento
infantil funda-se esta ideia que
defenderei ser muito adequada no último
vídeo na qual o ser humano é um fim em
si mesmo em que a dignidade humana deve
ser resguardada veremos que nesse
pensamento de Kant ele entende Imoral o
suicídio porque o suicídio para acabar
de repente com o sofrimento com uma dor
a pessoa quando vai fazer isso ela acaba
com o ser humano que na com a humanidade
que existe naquela pessoa então seria
uma inadequação a suicídio Pedro seu
moralista inútil calma veremos isso com
toda paciência e com uma amplitude
argumentativa muito maior no último
vídeo Tentarei demonstrar no último
vídeo que isso pode ser interpretado
tanto do ponto de vista de um religioso
quanto de do ponto de vista de uma
pessoa secular de um ateu de um
agnóstico veremos então no último vídeo
que entendo eu esta ideia presente em
cante não deve ser toda jogada fora como
alguns autores ah depois que vieram
depois dele pretenderam fazer por outro
lado uma crítica mais forte farei a esta
estrutura de ideias de Platão onde o
ímpeto a força Fica justificada quando
ela está do lado da razão por que eu
farei isso porque quando você cria esta
argumentação essa linha argumentativa de
quando você está com a razão você pode
usar o ímpeto para submeter às outras
pessoas sem nenhum respaldo apenas com o
fim quando você tem essa estrutura
aquela pessoa que consegue convencer as
outras de que T razão ela acaba tendo um
poder que
muitas vezes não se vê quando a gente
não aceita essa justificativa portanto
no último vídeo continuaremos andando na
república de Platão só que dessa vez
Andaremos junto com a história ocidental
de maneira completamente superficial
apenas para
ilustrar não
acredito
a não acredito
inacreditável tá isso aqui apenas para
ilustrar que se levarmos muito a sério
esta Ótica aqui os grupos que se arrogam
e se dizem donos da razão que consegue
convencer muitas outras pessoas de que
são realmente donos da Razão essas
pessoas acabam tendo um poder
surpreendente e sustentarei eu isso
influencia muito dos acontecimentos do
século XX então um avião agora
então encerro aqui nos veremos em breve
e desejo como sempre paz para todos
[Música]
[Música]