interiante com tanta mentira.
A verdade foi esquecida em seus versos
delirantes. Os galhos quebram, os
tambores
rugem diante da
guerra. Já nem tão distante
irracionalismo impera, mas
venceremos. Verdade proletária nós
sempre teremos.
Pósmodernismo gera tanto
desprezo, pela verdade, mais
resistiremos.
[Música]
A razão se esai por entre os
dedos. Cidade cinza cai, crescem os
medos.
Quem quiser tomar o céu de assalto terá
que
cantar esse refrão mais
alto. Querá que cão nesse refrão mais
altão?
[Música]
Ircionalismo pera, mas
venceremos. Verdade proletária nós
sempre teremos.
Pós-modernismo gera tanto
desprezo. Pela verdade mais
resistiremos.
Quem quiser tomar o céu de
assalto terá que cantar esse refrão mais
alto.
[Música]
Será que tão refrão mais
alto? Terá que cantar esse refrão mais
alto?
Quem quiser tomar o céu de
assalto terá que cantar esse refrão mais
alto.
que
[Música]
ao Fala meus queridos e minhas queridas,
tudo bem com vocês? Eu espero que esteja
tudo bem com vocês no vídeo de hoje,
tudologia de verdade, sem esse negócio
de tudologia pós-moderno que aparece
aqui nesse canal de vez em quando. Coisa
absurda isso, cara. Ah, fazer mentira.
Não era tudologia, era tudo mentira.
Então, hoje você pergunta, eu respondo e
absolutamente nada mais. uma hora
completa de você pergunta e eu respondo
e na sequência a gente vai ler os super
chats. Lê o super chats. Tô precisando
de super chats. Me mande dinheiro que eu
preciso de recomposição patrimonial, até
porque eu tenho um plano. Teve gente que
falou assim: “Pedro, seria legal que
você fizesse alguns vídeos
cálculo, canal,
traz canal”. Aí eu falei, pode ser, mas
aí eu preciso de um aparelho. O que que
eu preciso? Eu preciso
completar a o meu álbum de figurinha na
Apple. Eu preciso comprar um tablet que
eu possa escrever no tablet e aparecer
aqui no vídeo. Então a gente vai
conversando. Eu preciso dessa aquisição.
Então eu preciso de recomposição
patrimonial para eu fazer essa aquisição
do tablet da do do do como é que é o
nome disso? Do Mac, né? Do é da Apple.
Preciso do tablet da Apple para poder
escrever aqui. E aí eu vou pensar se vou
fazer
o os
vídeos de de de conta. Vou fazer vídeo
de conta. Fazer vídeo fazendo conta. Tá
bom? Vamos pensar nisso. Pensar nisso.
Vamos pensar nisso. Vamos lá. Daniel
perguntou. Daniel inaugura os trabalhos
perguntando. Pedro Ivo, vejo você
falando muito sobre a formação da União
Soviética, mas e o PT e o Lula?
E o fim dela? Você já estudou sobre
isso?
Não. Resposta
não. Claro que é aquilo, né? É, é
aquilo, né? É aquilo, né? Né? Estudar a
gente a gente sabe onde é que, né? Para
ensino médio dá, né? Né? Dá. Mas ah, não
tenho nenhuma opinião formada sobre nada
disso, porque eu não estudei minimamente
necessário para ter opinião de nada
sobre isso. Ã, Mateus Solo, Pedro, tu
tem condições de ajudar o Wagner a
gravar amanhã no canal da PCE ou correu
imprevisto? Acho que não vai dar não,
Mateus, porque a amanhã eu vou sair para
jantar com a minha família e aí, ah, tem
que organizar as pessoas e sabe como é
que é organizar pessoas? É uma confusão
danada. Então acho que eu não vou ter
disponibilidade amanhã à
noite. Hã, vamos ver mais perguntas.
Você tem que fazer perguntas pra gente
fazer respostas. Olha só, disse o
Thalis. Live
de aniversário. Live de celebração de
aniversário. Exatamente.
Exatamente.
Exatamente. Pedro, já leu alguma coisa
do KELC? Hein? Harteleekc? Já. Já li, já
li. Acho pal que ele monopoliza o
negócio, como ele escreveu a história do
conceito de história. Aí toda vez você
vai falar história do conceito, o
pessoal vai para Czelc. Aí eu acho pai.
É isso. Esse monopólio eu acho pai. Acho
pai. Ã, Rodrigo perguntou tudologia de
mentira. Não, de verdade. Daniel
perguntou pegou o iPhone? Pegou o
iPhone? Pegou o
iPhone e o telefone de milhões? Pegou o
iPhone? Pegou o iPhone? Pegou o
iPhone.
Hã? Guilherme disse: “Assistiu
adolescência, Pedrão? Que achou?” Não. E
provavelmente não vou assistir porque é
de depressão. Tô fora. Vocês seus
deprimidos de merda. Tô zoando, mas não
vou não vai rolar não. Pergunta: quando
você vai fazer matemática, visto que
você mostrou interesse em em questões de
fundamentos, vai precisar desse
letramento pro que te
interessa. Eh, quando quando um dia,
quem sabe na próxima encarnação, né?
Fazer um curso inteiro agora, pensar, o
cara acabou de entrar no curso, o cara
já tá perguntando aqui quando é que você
vai fazer o próximo,
[ __ ] Pera aí, [ __ ]
Pera aí. Daniel perguntou: “Pedro, teria
indicação de livros que contextualizam
historicamente os filósofos? Além de
explicação dos ensinamentos de cada?
Não, porque eu sou contra manuais”. Mas
o manual que todo mundo compra, que é um
manual minimamente sério, que eu acho
uma merda, porque é um manual, então é
manual, é por por definição uma merda,
mas o manual que todo mundo, como é que
é o nome do cara agora? Eu não vou
lembrar o nome do cara.
O manual que todo mundo compra é o
[Música]
do Real. É o do Really, lembrei o nome
do cara. Não é o Real, aquele fascista
brasileiro safado. É outro real que é
safado, mas não é fascista. Ele defende
doutrinas não escritas de de Platão. Eu
sou contra doutrinas não escritas de
Platão. Ele joga aquela merda como se
fosse verdade absoluta. Mas é um manual
de um homem sério, né? é um italiano aí,
pode comprar o manual do real. Todo
mundo minimamente sério indicaria isso
para você. E eu sou contra manuais por
natureza. Mateus comprou um novo
celular. Comprou um novo celular. Ah, J,
boa noite, Pedro. Boa noite, Jaci.
Domingo passado o Link comentou sobre a
treta dos
comunistas. Gostei da opinião dele sobre
o assunto e me lembra, ele me lembrou de
você. Chegou a ver? Não cheguei a ver.
Não cheguei a ver.
Qual é o melhor
do new metal? E por que o slip note?
Porque sim, porque
sim, porque tá determinado. Ã, Ronaldin:
Full Metal Walk Brotherhood X death Note
até a morte de L. O que é melhor?
O Full Metal é melhor. O Full Metal é
melhor. O Full Metal é
melhor. Pedro, ã, onde por onde é bom
estudar? Depende, né? [ __ ] estudar o
quê? Quais são os sites confiáveis,
canais, etc? [ __ ] por onde é bom
estudar? Pelos estudos. [ __ ] depende,
né? Você tem que fecha fecha um pouco
mais a o escopo para ver se eu consigo
responder. Se tornou a resposta
impossível. Mike pergunta: “Você eh acha
que seria interessante fazer uma live
sobre teoria de
categorias? Não sei do que você tá
falando. É da matemática, teoria de
categorias? Ou você tá falando
categorias
de
Aristóteles? Vocês estão com perguntas
muito abertas. Teoria de categorias é a
matéria da matemática ou tu tá falando
de categorias de Aristóteles? Se for
teoria de categorias e for da
matemática, você tá devendo vir aqui.
Você tá devendo vir aqui, né, Mike? Você
disse que ia fazer um vídeo, sei lá, de
que [ __ ] que eu já não lembro mais, mas
você tá devendo aqui, né? A gente podia
depois um dia marcar um rolê desse aí
com contigo.
Ã, psicanálise, qual é a brisa de aí?
Você tem que perguntar pros
psicanalistas, não para mim. Você estão
com perguntas muito ruins. Já estou a
meiota. Já estudou a meiota da URSS? A
meiota?
Não, eu comecei a estudar a história do
início da da Universidade da Rússia
Socialista Soviética, tá? Eh, e e só a
Meiota ainda não cheguei lá
ainda. Pedro, tu planeja fazer um sapo
robô em homenagem ao canal quando tu
tiver concluído a faculdade de
mecatrônica? Não, quando eu tiver
concluído, não. Tem coisas que eu quero
fazer no meio do caminho. Por exemplo,
eu tenho que saber fazer uma
calculadora. Calculadora, sabe? aquela
calculadora, aquelas merdas que pega a
energia solar, que você entra no buraco,
aí você não ela não pega mais. Não é
possível que eu saia da faculdade sem
saber fazer uma calculadora. Esse é o
meu primeiro plano, uma coisa de cada
vez. A primeira coisa é conseguir montar
uma
calculadora pelo menos uns dois anos aí
de curso, porque é claro, ah, se eu
tivesse destinado a minha vida para
fazer calculadora, eu consigo fazer em
um mês, né? Mas assim, quando tiver
tempo, primeira coisa que eu quero
construir é a calculadora.
Mas depois o sapo vai rolar, não tem
como. Não tem como. O sapo vai rolar
muito para [ __ ] Eu vou vender essa
[ __ ] vou ficar rico com isso, mas vou
fazer uma calculadora.
Ã, Felipe disse: “Pedro, o que você acha
desse assunto do uso de na arte e a
relação dela com os trabalhos dos
artistas?” Eu acho literalmente tem todo
mundo se [ __ ] com esse papo. Vocês não
vão segurar. É
isso. Não quero nem saber. Você não,
não, vocês não vão segurar. Vocês t que
se reinventar. É isso. Sem papo. Não
quero papo. Não quero papo. Não quero
discussão com isso. Já falei isso.
Começou essa discussão vindo aqui no
canal quando eu tava usando as imagens
de thumbnail de A. Bom, tudo bem. Você
não quer que eu faça imagem de thumbnail
de A? Eu não faço thumbnail, tá tudo
certo. Eu não vou pagar ninguém para
fazer. Não vou pagar. Não vou pagar. Não
vou
mesmo. Não vou pagar. Não porque eu tô
menosprezando os artistas, mas é porque
e esse esse negócio de fazer thumbnail
não é uma coisa que conta tanto, não,
tá? Não conta tanto não, não faz
diferença nenhuma. Eu faço vários vídeos
aqui fazendo thumbnail e não fazendo
thumbnail. Eu não posso esperar o
resultado. Eu não posso depender o meu
vídeo de esperar o resultado de um
trabalho de uma pessoa. Não posso. Não
posso. Então eu prefiro, se eu fosse
fazer de de fazer protesto de de como é
que é o pessoal chama?
Eh eh petição do Avash, aí eu
simplesmente ia fazer sem thumneil, tá?
Mas eu assim, uma coisa não substituir a
outra. Eu não iria fazer, nunca iria
colocar uma pessoa para fazer thumbnail,
porque eu preciso, para minha
circunstância, eu preciso entrar no
vídeo e gravar, demorar 5 minutos antes,
que eu não tenho tempo, né? A questão
para mim é o tempo, não é pagar o deixar
de pagar alguém, questão é o tempo.
Quando saiu a possibilidade da fazer
imagem, a eu contornei o problema do
tempo. Não vai rolar tentar brigar. É
tentar brigar do jeito que o pessoal tá
tentando brigar é
clarissimamente neoludismo. É
absolutamente patético e vocês vão
passar vergonha. Vocês vão conseguir
fazer nada. Se for fazer uma briga
séria, tem que ser no no estilo noral,
não tô conseguindo pronunciar as
palavras, mas tem que ser no estilo
normativo. Uma briga eventual em relação
à produção de inteligência artificial
tem que ser uma briga
normativa. Qualquer coisa fora disso é
jardinagem. Qualquer coisa fora de uma
briga normativa é jardinagem. E ponto
final.
Essa é uma
pergunta. Isso é um cachimbo, né? Isso é
um cachimbo.
Ã, Leilson disse: “Pedro, já te falaram
que, caraca, vocês estão mandando o
super chat? É a pergunta que não quer
calar. Vocês estão mandando super chat?
Eu vou precisar do super chat de vocês,
cara. Se vocês não mandarem esse super
chat para mim, eu vou ficar muito
chateado. Pedro, já te falaram que a
matéria que explica os fundamentos do
cálculo se chama análise real?
Sim, a matéria de cálculo em si é
voltada para saber operar os conceitos
na prática e introduzir as ideias. Tô
ligado, devia ser invertido o
ensinamento disso, né? Mas aí é muito
filosofiles pra cabeça de um de uma
planilha, né? O cara que é cabeça de
planilha nunca entende, né? É assim, é
absurdamente evidente que quando você
domina, digamos, os fundamentos reais ou
ou qualquer coisa que eu valha ou as
bases ou etc e tal, quando você tem uma
compreensão básica disso, você navega
melhor e você consegue se comunicar
melhor. É muito claro quando você olha
para alguns colegas que estão muito bem,
que eles não conseguem nem expressar as
questões porque não há um certo domínio
dos conceitos. Isso é muito
claro, na minha visão, a análise, uma
matéria assim mais filosófica ou se
vocês quiserem usar o termo que usa na
no direito, por exemplo, uma análise
mais zetética, seria fundamental na
minha visão. Tá certo? Ã, ó, minha vovó
aqui. Beijo,
vovó. Pedro Ivo, a razão é inata ou
adquirida? Capacidade racional é inata.
capacidade potencial racional é inato.
Aí você tem potencial racional,
capacidade para a razão, capacidade para
raciocinar. É inato. Todos os seres
humanos têm exatamente da mesma forma.
Acontece que você pode desenvolver
capacidades específicas relacionadas à
sua capacidade racional geral. Você pode
treinar memorização, você pode treinar
eh raciocínio matemático, você pode
treinar capacidade linguística, né? Tudo
isso é treinável, mas a abertura, a
capacidade genérica para tanto é
obviamente nata, né? Todos temos essa
capacidade, mas ah todos temos a
capacidade abstrata, né? Digamos assim,
todos temos a capacidade abstraída. Todo
mundo tem capacidade para linguagem,
todo mundo tem capacidade para cálculo,
todo mundo tem
capacidade para e abstratamente, né?
Você retirar o mais genérico, mais geral
capacidade os humanos têm. Agora, cada
pessoa, por uma série de questões, seja
genéticas ou seja histórica, né, do do
da prática do seu cotidiano, etc, etc.,
pode desenvolver melhor ou pior, como a
gente deve pensar. E eu, isso é um, é, é
um dever ser, né? Eu tô eh falando de
ética. Nós devemos esperar que
conhecimento não deve ser uma coisa para
poucas
pessoas.
Hã, a educação ela deve ser responsável
por desenvolver essas aptidões naturais
que as pessoas têm e compreender as
dificuldades específicas que cada grupo
tem, né, de de eh, [ __ ] não sei
falar mais, dificuldades genéticas,
inclusive. né, dificuldades relacionadas
a
a processo de aprendizagens com déficit,
né? Você tem que conseguir em aspecto
educacional individualizar as
dificuldades e trabalhar a partir das
dificuldades que as pessoas têm. Por
isso que é muito ruim você ter uma sala
com muitos
alunos, tá? Estou em uma discussão
ferrenha com um amigo sobre isso e
queria saber sua posição e quais alguns
argumentos que você utilizaria nessa
discussão. Então, a primeira coisa é a
capacidade para aprendizagem. Ela é
genérica geral humana da condição
humana, capacidade para aprendizagem.
Agora, existem dificuldades
individualizáveis que podem ser
dificuldades tanto por aptidões
genéticas ou inaptidões genéticas,
quanto por dificuldades de formação. Pra
gente, enquanto educador não faz sentido
distinguir uma coisa da outra, certo?
Enquanto educador, quem for educador não
faz nem sequer sentido a pesquisa e o
interesse para ver se a dificuldade da
pessoa deriva de um problema que é
genético, deriva, deriva de um problema
que é
epigenético, deriva de um problema que é
uma dificuldade de formação. Não
interessa, porque você não é
geneticista, você não é sociólogo, você
é educador. Então você deve
identificar as falhas, as
inaptidões e tentar
contornar
individualmente cada problema com o
ritmo específico daquele grupo onde você
tá inserido, certo? A educação não
pressupõe que todo mundo é igual, não
deve pressupor que todo mundo é
igual e deve lidar com as inapetidões.
Quando eu tô dizendo inapetidão, é a
pessoa que não tá apta alguma coisa que
você está enquanto educador tentando
torná-la apta. você deve eh tentar
entender as dificuldades que geram
aquela inaptidão ou que bloqueiam o
desenvolvimento da aptidão
individualmente, não interessando qual é
a causa, certo? não interessando qual é
a causa. Absolutamente não interessando
qual é a causa. E a gente deve
compreender também que ah um processo
educacional é um processo que envolve
pelo menos duas pessoas, tanto você com
as suas com seus conhecimentos e
capacidades eh didáticas, quanto a
pessoa que está aprendendo. E de vez em
quando a pessoa tem algumas dificuldades
que são complexas. E esse grupo, essa
parceria de grupo entre pelo menos duas
pessoas para desenvolver a aptidão em um
aluno,
eh, não deve ser um processo de
julgamento. Ah, veja só, você não
consegue isso porque você não estudou,
você não consegue isso porque você tem
uma dificuldade X. Às vezes as pessoas
têm as dificuldades, a gente tem que
saber lidar com isso, cada um com o seu
tempo. O objetivo da educação não é
tornar robôs perfeitos, é tentar
desenvolver a pessoa em suas capacidades
e limitações, certo? Isso é muito
importante porque sobretudo agora que eu
tô lidando com o ensino público, tem tem
pessoas muito diferentes por muitos
motivos
diferentes, inclusive doenças
formativas, né? Pessoas com dificuldades
cognitivas por causa de doenças
formativas. Então, nesse caso, para
deixar claro porque que eu tô dando essa
volta toda, porque às vezes você tem
pessoas para quem você tem que diminuir
a facilitar a forma de aprendizagem e
também diminuir as expectativas mesmo.
Tem momento, tem tem pessoas que elas
não vão aprender certas coisas em um
mês, não vai aprender. E você tem que
ter ah humanismo e abertura para lidar
com as pessoas com as suas dificuldades.
ficar tentando identificar porque que
ela tem a dificuldade. A não ser que
tentar identificar porque ela tem
dificuldade seja para você aprender,
olha, se se a dificuldade é X, quando a
dificuldade é X, a forma de contornar
essa dificuldade é com Y. Só nessa
circunstância que vale, faz sentido
identificar a a origem da dificuldade,
porque senão você corre muito risco,
você corre muito risco, muito muito
muito risco de no final das contas essa
discussão sua envolver posições hã eh
eugênicas, que tem pessoas que são
melhores do que outras e tem que ter uma
educação para os melhores, essa merda
toda, tá? Então tem que ter uma
preocupação muito grande nessa discussão
que você tá fazendo com esse seu colega,
que independente da origem das causas,
das dificuldades que as pessoas têm na
aprendizagem, é importante do ponto de
vista social um ensino inclusivo. Um
ensino inclusivo que consiga lidar com
capacidades diferentes de aprendizagem,
certo? Eu sei que isso dificulta o
trabalho de um educador. Se você tivesse
10 pessoas com a
mesma com a mesma capacidade de
aprendizagem de um tema específico que é
muito avançado, que envolve um monte de
pressuposto, mais fácil pro educador,
né? Porque é só uma ele aplicar uma
fórmula. Só quem diz que a vida é fácil,
[ __ ] a vida você tá trabalhando,
trabalho é trabalho, né? você tá
trabalhando para trabalhar. Então, às
vezes você tem que conseguir compreender
as dificuldades de cada pessoa. E você
vai ver que às vezes as dificuldades são
bem mais bestas do que uma super teoria
quântica sobre a capacidade de
aprendizagem da humanidade. Às vezes tem
um aluno que tá com dificuldade de
aprender porque ele tá com problema de
visão. Então ele não consegue se
concentrar porque ele tenta, ele cansa o
cérebro, a cabeça dele dói porque ele tá
com capacidade de visão. Se eu colocasse
um óculos no menino, o menino ia prestar
atenção mais, ia se interessar mais. às
vezes tem esse tipo de coisa que
acontece, certo? Então você não precisa
de um teórico abstrato, você precisa da
pessoa ter sensibilidade para
identificar essas ã dificuldades
individuais que cada pessoa tem sem
criar categoria, sem precisar
categorizar as pessoas. Olha, por que
que essa pessoa tem essa dificuldade? Em
que limite eu preciso reduzir? Em que
limite eu preciso ser mais devagar, mais
lento? Em que limite eu preciso
recuperar bases que eles deveriam ter?
Para mim isso é muito fácil de
identificar porque eu dou aula para
segundo, terceiro ano. Então tem muita
matéria de primeiro e de formação
básica que ele deveria ter na ah antes
de tá no segundo e no terceiro ano que
em geral os alunos não têm. E eu
preciso, por exemplo, de maneira
genérica, em geral, eu preciso fazer uma
reconstrução dos conhecimentos básicos
para começar a falar dos assuntos que
são de segundo e terceiro ano. Então,
normalmente eu perco umas duas semanas
inaugurais de
semestre, recapitulando coisas para
colocar todo mundo de todas as turmas
que eu tô dando mais ou menos na mesma
base. E ainda assim não fica todo mundo
mais ou menos na mesma base. E ao longo
do semestre inteiro você tem que ir
identificando os problemas. Entende o
que que eu tô falando? Essa questão não
é tão importante quanto você deixou soar
na sua hã pergunta. muito mais
importante é identificar e
individualizar formas que, independente
da causa da dificuldade da pessoa,
consigam elevar a pessoa a um
conhecimento a a superior a que ela tem
naquele
momento. E aí é você que tem que se
adaptar ao público e não o contrário,
não é o público que tem que se adaptar
ao professor.
Ã, Pedro perguntou: “Tiago, gosta da
coleção do Coblestone de história da
filosofia?” Não conheço. Não conheço.
Hã,
pergunta: sucessos como professor, mas
quais são as principais dificuldades da
profissão? Sem dúvida alguma, sem dúvida
alguma, nenhuma, zero dúvida. Disciplina
é a maior dificuldade. Disciplina é a
maior dificuldade, porque a disciplina
envolve um problema entre hã você ser
exigente demais e você tem uma linha que
é muito tênue entre você ser exigente
demais. Ah, não pode fazer isso, não
pode fazer aquilo, não pode conversar,
não pode falar, não pode pegar o
celular, não pode fazer [ __ ] nenhuma,
não pode existir, você tem que ficar
trancado dentro da carteira e apenas
olhando para mim, etc e tal. Isso vai
tornar a sua aula um saco. A pessoa vai
criar resistência e etc. Mas tem um
limite entre você ser eh exigente e você
ser amigão da galera. Quando você você
toma a posição, não é porque eu sou
muito legal, porque eu sou muito
divertido e etc e tal. Sou muito amigo
da galera. Pa p pa pa p pa pa
pá.
Ah, as pessoas sentam em cima, né? As
pessoas sentem em cima. Então tem uma
linha ténue que ela não é estática. Ela
ela é tênuei e não é estática. A
depender do grupo que você tem, você tem
que ter uma posição mais aberta.
Depender do grupo que você tem, você tem
que ter uma posição mais rígida. Então
isso varia para cada turma que você
encontra. E às vezes varia tanto, varia
tanto, varia tanto, que varia a cada
dia. Tem dia que uma turma tá mais de
boa, tem um dia que a turma tá mais
enfesada.
E ah, e como isso é dinâmico, às vezes
você pode pegar mais pesado do que o
necessário ou ser mais leniente do que o
necessário. E, portanto, isso é como
pilotar moto. Se eu pego meu carro e eu
pego minha moto, quando eu vou pilotar a
moto, é mais divertido pilotar moto,
porque é porque é mais divertido.
Simplesmente porque é mais divertido.
Pilotar a moto é divertido para [ __ ]
mas é mais cansativo pilotar moto porque
você tem que ter uma tensão, uma uma
tensão muito grande e você, portanto,
fica numa tensão muito grande. o tempo
todo. Como é uma coisa que exige uma
tensão muito grande, esse esse movimento
de como estão as pessoas, com quem você
tá se eh relacionando numa sala de aula.
Eh, eu acho que esse é o principal
problema, que não tem fórmula, não tem
fórmula como você aprender, você vai
desenvolvendo. É igual entrrozamento de
time de futebol, não tem, não tem
macete. Às vezes entrosa, às vezes não
entrosa. Às vezes num jogo tá bem
entrosado, no outro não tá bem
entrosado. Então é uma coisa que sempre
é um desafio. Não tem um dia que não
seja um
desafio. Obrigado, vó. Você é demais.
Eh,
Russell deve ser
Russell. Cerveja, vinha ou whisky.
Ignore as outras bebidas. Imagine que
você tem uma vaca e só essas bebidas no
mundo. Leitinho. Leitinho. Se eu tenho
uma vaca, leitinho. Ã, entre as
bebidas, [ __ ] tinha que ter tequila,
né,
velho? Entre as bebidas, o whisky, mas
tinha que ter tequila. Fica aí meu
protesto. Pedro, tu tens o livro Teorias
da Verdade do Richard Kiran? Não, se
tiver me manda uma cópia, [ __ ] Tenho
não. Eu pago os custos, senão caso
encontrar me avisa, preciso pacas. Então
aí camaradas quem tiver o Richard Kirlan
Klan é Kir e poder passar pro Thales,
né? E-mail tela, Thes pra galera passar
para vocês. Meu Deus do céu, tem gente
querendo comparar. Meu Deus do céu.
Mudin em
comparação a slipnoit. Tá bom, tá bom.
OK. Seria categorias em Heig ou ou em
Marx? Tá perguntando lá pro Mike. É o
Mike que tem que
responder. Hoje é tudologia de verdade,
perguntou o Lad. Hoje é tudologia de
verdade. Atueu, vai ter live resolvendo
limites e derivadas.
Se vocês fizerem super chats, né, porque
eu já avisei o qual é a condição de de
fazer lives de derivadas e e limites, tá
certo? Resolvendo derivadas e limites.
Primeira condição é aprender isso,
né? Pedro, você vai gravar sobre como
vencer o irracionalismo no canal da PCE?
Essa é uma boa, viu? Essa é uma boa. A
gente pode programar isso aí. Essa é uma
boa. Essa é uma boa mesmo. Essa é de
fato uma
boa. Pedro, quer ajuda com cálculo um?
Perguntou o Daniel. Daniel, quero. Eu
preciso primeiro chegar em cálculo um,
né? Que eu tô resolvendo os exercícios
de pré-cálculo até agora. Até agora eu
estou resolvendo os exercícios de
pré-cálculo, porque eu entrei na
porcaria do mudo com duas semanas de
atraso,
né? Lari perguntou sobre o menininho lá.
Não quero saber de menininho lá
não.
Ã, como faz para conhecer a si mesmo?
Oráculo de
Delfos. Oráculo de Delfos. Você vai lá
em Delfos, que aliás é maravilhoso, tá?
Uma cidade assim que é construída numa
montanha bem legal. E aí você pergunta
pro oráculo de
Delfos o que que Apolo tem a dizer sobre
isso. Hã?
Hum. Renan disse: “Eu não entendo o
argumento do roubo, roubo nesse assunto.
Elas não são aliment, velho, não são
alimentadas por material público
principal. Eu não faço a menor ideia do
que você tá falando. Ah, Dilbert
perguntou antes que eu pulei aqui. Eh,
Full Metal Alchemist não tem uma pegada
Heidigeriana? Não tem. Ou viajei? Há um
há um tempo que eu assisti. Eu tenho um
vídeo gravado aqui. Você pesquisa aí.
Full Metal até o informa. E sim, a
resposta é sim. A resposta é
sim. Pedro perguntou lad: “É verdade que
seu real interesse da mecatrônica é
construir mechas para auxiliar na
revolução?” É, é que a pessoa não é
movida para um único objetivo, né? Ela
tem vários objetivos na sua
vida. Deixa eu ver
aqui. Você recomenda uma nova história
da filosofia? Ocidental de Anthony
Kennet. Para quem não é da área, não
conheço, Carolina, não, não conheço. Me
perdoe. O texto que eu recomendo para
quem quer se introduzir, que é um
manualzinho a sério, é o do real de
filosofia. É ele que eu indico, porque
eu já li de capa a capa, acho que tem um
monte de merda lá, mas é referenciado.
Mesmo que eu acho que tenha merda, ele
me dá o fundamento. Olha, me baseio
aqui, me baseia colá. Então mesmo para
quem tá começando, né, é só você não
engolir o manual como verdade e você ir
nas referências que o próprio cara dá,
você pode fazer uma discussão
interessante. É o é o é o é o texto que
eu conheço de manual de
filosofia. Lad perguntou: “Hoje é
aniversário do Pedro?” Resposta:
sim. Tá fazendo quantos anos? Venci
Jesus Cristo. Fiz 34. Pode essa piada?
Pode,
[ __ ] Desculpa, desculpa,
Cristo. Mas foi você também que
escolheu, né? Porque, [ __ ] né,
[ __ ] Vocês já cantaram feliz
aniversário para ele? Aí a pergunta não
foi para
mim. Conhece o Wolfen Alfa? ajuda muito
em cálculo. Olha, eu baixei três livros
de cálculo. Deixa eu ver se um deles é é
esse. Eu vou te dizer, eu vou aproveitar
a pergunta para dizer para vocês qual
que eu achei o melhor, se eu conseguir
que o MEC é fat tudo diferente aqui. Eu
nunca sei achar as coisas. Pera aí.
Mesas, UnB, mecatrônica, cálculo,
bibliografia básica. Vou ter que abrir.
Vamos lá. Vou abrir os três
aqui que eu não salvei com o nome
direitinho, ó. Eu baixei o Ai [ __ ]
Eu baixei o George
Thomas, eu baixei o Anthon Beavens
Daves, acho que é assim que pronuncia, e
o
James
Stuart e disparado. O que eu mais
gostei. Deixa eu ver se eu É, não é isso
mesmo. Pera aí, pera aí. Disparado. Bez,
eu não lembro qual
foi. Achei disparado. O que eu mais
gostei, mas disparado mesmo, foi o
George
Thomas.
Disparado. Dispar, mas
disparadíssimo. Disparadíssimo. Que o
mais até agora foi o George
Thomas. É muito bom mesmo. É muito bom.
George Thomas é muito bom. Enfim, mas
para agora no início, né? Agora no
início,
hum, vi uma discussão muito séria e
acadêmica em meu TikTok. Deve ter sido
sobre Platão considerar
homossexualidade antinatural. Isso tem
base absolutamente nenhum. Absolutamente
nenhum. Absolutamente nenhuma. Platão
trata a homossexualidade como a coisa
mais comum do planeta Terra. o que se
discute eh eventualmente não existe esse
termo. Você vai me mostrar aonde do
texto que tá esse termo como
antinatural. É claro que as pessoas
estão fazendo uma adaptação, porque em
Platão é muito importante fazer a
crítica
a ao interesse próprio, a busca
incessante do interesse próprio, o que
envolve busca pelo pelos prazeres.
Então, busca pelos prazeres, apenas
pelas pela busca pelos prazeres, todo
momento tá sendo criticado em Platão,
tá? Agora, dizer que ele trata a
homossexualidade como antinatural é
anacronismo. Isso não existe, não existe
na bibliografia platônica inteira essa
noção de um comportamento antinatural.
comportamento que vai ter é um
comportamento prejudicial, prejudicial
pro coletivo, prejudicial para si
próprio. Nunca existirá nada minimamente
semelhante a um comportamento
antinatural em Platão. Isso não existe.
O que existe em Platão é uma
consideração de que certos
comportamentos eles podem ser ah
considerados danosos para pela própria
paraa própria pessoa. E a preocupação
principal dele não é exatamente dizer
assim: “Olha, tá proibido comer comidas
gostosas ou tá proibido transar.” O que
ele tá querendo colocar é que na busca
pelos seus interesses e prazeres
pessoais, as pessoas fazem o inferno em
cima da terra, né? O ponto dele vai mais
ou menos por aí. E, portanto, existe uma
preocupação muito grande da bibliografia
de Platão, muito grande mesmo, ah,
relacionada a pessoas que são igual
porcos, né? que vai só igual a [ __ ] do
cachorro, que que busca só os seus
prazeres de maneira incessante. Isso,
essa preocupação A. Agora, tratar a a
homosexualidade como antinatural,
primeiro que isso é completamente
anacrônico, isso não existe na
bibliografia de Platão, seja para
homossexualidade, seja para qualquer
coisa, seja para qualquer coisa. E é ao
contrário, em todo momento da
bibliografia platônica, a a
homossexualidade aparece como uma coisa
normal, uma coisa do cotidiano, porque
em Platão é quase como se fosse peças de
teatro. Então ele representa, né, as
pessoas fazendo coisas. Ele não só faz
um tratado sobre sexualidade ou qualquer
coisa assim. Então ele representa as
pessoas fazendo coisas. Então, é
absolutamente comum a representação de
Sócrates, tendo relações afetivas com
crianças, inclusive, eh, que era uma
prática comum em Atenas. Ah, e, e
Sócrates se aproximando sexualmente dos
jovens alunos, como por exemplo o
Teteto, como por exemplo o Pedro, como
por exemplo o Asibads, tá? três exemplos
para você nunca mais aceitar esse tipo
de merda que aparece na internet. Então,
tem três exemplos. Você vai, você vai,
por exemplo, no, no diálogo chamado
Pedro, no diálogo chamado Protágoras, no
diálogo chamado ACDES primeiro, você vai
no diálogo chamado
ah teto. Não sei se eu já tinha dito.
Nesses diálogos, você vai ver no diálogo
chamado banquete e você vai ver a
aproximação de Sócrates com a
homossexualidade como uma aproximação
comum. Não se trata de traçar o o
Sócrates como um uma pessoa que eh
transuda, certo? Que o ponto de Platão
exatamente dizer o contrário, que se se
Sócrates quiser, ele se segura, ele não
precisa, ele não tem impulsos que
controlam ele, que Platão tem um nome
para isso, inclusive, eh quando você é
dominado por você mesmo, quando você é
vencido por si mesmo, é assim que ele
chama, aparece, por exemplo, nas leis,
né? você deixar os prazeres te
controlarem é você ser vencido por si
mesmo. Então essa é uma preocupação
constante na bibliografia platônica, o
prazer não dominar você próprio, mas as
considerações de relações afetivas, o
nome homoafetivo, inclusive funciona
muito bem para descrever o que que ah o
que que Sócrates, como Sócrates é
desenhado. Ele tem muita disponibilidade
homofetiva tranquilamente. Ele dialoga
com várias pessoas que t disponibilidade
homofeetiva. O Fedro é uma personagem
que fala sobre isso. Não, Pedro não fala
sobre a homossexualidade do banquete. No
banquete ele fala sobre o amor entre
homem e mulher, mas ah, o Agatão vai
falar sobre o amor homossexual.
H, então é é uma constante na obra
platônica tratar isso como normal. Essa
coisa de antinatural nem sequer faz
sentido na bibliografia platônica.
antinatural, nem sequer faz sentido,
porque não há nada que seja antinatural,
antifes, não existe isso. Então, a
oposição que aparece na na literatura
grega eh entre fices e nomos, coisas que
são normativas e estabelecidas ah pela
razão e pelo interesse e que não
acontecem em todos os lugares e coisas
que emanam como impulsos. fias tem a ver
com isso, impulsos. Então, tem coisas
que são naturais, que são impulsivas e
tem coisas que são, ah, digamos assim,
hã,
normativizáveis a partir de uma
compreensão cultural, de um momento
histórico, de uma oposição geográfica e
etc, etc. Não existe essa oposição entre
natural e antinatural, como não deveria
existir no contemporâneo, porque não
existe nada fora da naturalidade, só
para quem acredita em Deus, né? E aí
quem tá fora da naturalidade é Deus. É
exatamente o oposto. É Deus tá fora da
nature. Tudo é natural. Tudo é natural.
Certo? A gente devia convencionar e
convencer todo mundo a usar esse
vocabulário. Tudo é natural. Ser natural
não é o que é do bem, nem ser não ser
natural não é do mal. Porque na verdade
tudo é natural. Tecnologia é natural,
computador é natural, tudo é natural.
Não tem absolutamente nada que não seja
natural. Quando a gente fala, coloca as
dicotomias, ah, isso aqui é natural
versus artificial, que a gente tá
querendo dizer é que tem coisas que
nascem
espontaneamente na natureza e tem coisas
que precisam de uma intervenção humana
para emergir, por exemplo. E é a mesmo
pressuposto que tava no pensamento grego
quando você fala em nomes de fios.
Precisa de uma intervenção humana para
emergir certas coisas. e outras coisas
emergem sem intervenção de nenhuma
cognição humana, ela só emerge, certo?
Então, por exemplo, quando Aristóteles
fala em justo natural, isso existe em
Aristóteles, eh, de
conion eh, físico, de cion físico, justo
natural, seria isso. É um, é uma
expressão de um, de uma
atividade humana
em sociedade que deve se repetir em
todos os lugares, uma vez que é um
impulso, é um impulso que determina, é
um impulso espontâneo. O impulso
espontâneo. Esse impulso espontâneo
seria incontrolável e por isso haveria,
de uma certa forma um justo natural.
Esse impulso haveria em todas as
sociedades e por isso que haveria um
justo natural. Em Aristóteles não tem
oposição entre justo natural e
antinatural. É no máximo ter oposição
entre justo natural e ah normas postas,
certo? Normas postas estabelecidas.
essas normas postas estabelecidas, esse
eh justo, como é que ele chama? Agora
não lembro, mas é um outro justo. Tem o
justo natural e tem o outro que eu
esqueci agora. Aí esse varia de cidade
para cidade, se varia de lugar para
lugar, mas tem umas coisas que são pro
impulso interno da própria condição
humana de dar para emergir, etc e tal. O
que eu sempre falo que é um isso por si
só, achar que tem um justo natural que
por ser natural emerge em todas as
sociedades. Eh, eh, e isso isso por si
só é problemático, porque Aristóteles, a
mesma pessoa que postula isso, postula
que escravidão é natural, ou seja, que
ela emergeria necessariamente em todas
as sociedades. Seria algo meio que
inevitável pela condição de sociedade. O
que mostra o problema disso. sempre que
alguém acha que tem algo que vai emergir
em todas as sociedades, como a
consciência do que é adequado e
inadequado ou que deve se manifestar,
que isso se manifestará, não é que deve,
mas que se manifestará por causa de um
impulso natural, impulso externo e
determinado, a pessoa tá olhando assim,
né? A pessoa tá olhando a partir de seu
momento histórico, estamos olhando a
partir de sua vivência social.
Aristóteles, por si só, não visitou o
planeta Terra inteiro, né? E ele achava
que poderia, de maneira indutiva, né,
induzir, ao invés de deduzir dos
exemplos que ele via,
Pérsia, Atenas,
Esparta, eh, Tela, né? Ele achando que
Egito, ele achando, olha, eu olho para
todas as sociedades, vejo escravidão em
todas elas. Ele achava que de indução de
particulares ele podia gerar um
conhecimento
geral. Ah, porque ele não tava achando
que era uma edução, né? Ele tava achando
que de fato era uma dedução. Só que
Aristóteles é um imbecil. A gente
precisa, a gente precisa entender,
falando sério, a gente precisa entender
que a gente ergueu o direito
moderno, a gente ergueu a biologia
moderna e a gente ergueu a física
moderna contra Aristóteles. Elas só
existem contra Aristóteles, porque
Aristóteles tinha uma perspectiva muito
específica relacionada ao processo
indutivo que ele não conseguia perceber
que o que ele tava fazendo. Só quem vai
conseguir perceber isso no período
moderno com uma clareza muito muito
evidente é David Hilman. O que
Aristóteles fazia muitas vezes achando
que tava fazendo dedução a partir de
universais, ele tava fazendo indução a
partir de uma particularidade muito
específica que ele tava enxergando. Por
isso que ele fala merda para [ __ ] o
tempo todo, porque o raciocínio dele é
esse. Ele acha que ele adquire
conhecimentos universais e aplica esses
conhecimentos
universais a partir dessa indução que
ele ele que na verdade ele tá fazendo.
Ele acha que tá fazendo dedução, quando
na verdade ele tá fazendo indução. Ele
vê X elementos e aí ele acha, olha, se
eu vi todos os elementos que eu vi, eu
vi 300 vezes e nas 300 vezes tem isso,
significa que todas as vezes do universo
vai ter isso, porque é uma
característica universal. Sempre tava
errado. Sempre tava errado, porque ele
tava fazendo a partir de indução e
falando como se estivesse fazendo uma
dedução. Por isso que ele faz o texto A
política, livro primeiro, e ele fala: “A
escravidão é algo natural”. Eu estudei
mais, né? Vamos pensar. Aristóteles
escreveu mais de 100 constituições
gregas. Mais de 100. Se ele entrou em
contato com mais de 100 cidades e todas
elas têm escravidão, o que que ele
deduz? Escravidão é universal. Ele não
consegue enxergar que o que ele tá
fazendo é indução ao invés de dedução,
certo? Então, a grande questão de você
derivar de observações concretas, uma
regra absoluta é que normalmente você tá
fazendo indução a partir de você ser um
ser humano de merda e a sua vida ser
curta. Então, tudo que eu enxergo é
assim. Significa que todas as vezes que
surgir algo daquele tipo vai ser assim?
Não. É porque você é um humano idiota.
Sua vida é curta. Por mais inteligente
que você seja, a sua vida é curta. você
não enxerga todas as possibilidades de
manifestação
daquele eh daquele predicado, por
exemplo, ou daquele tipo de sujeito, se
quiser. Aquele tipo de sujeito, se você
enxergar 300 vezes, 300 vezes não são
todas. E às vezes parece que 300 vezes
são todas, porque ninguém enxergou 300
vezes como eu, né? Ah, e Aristot sofri
um pouco disso, né? um nível limitado de
informações, ele traçava um escopo e,
por exemplo, traçava a ideia de que a a
escravidão era natural, traçava a ideia
de que o local natural da mulher ficar
em casa trabalhando, que você vai em
todas as 300 cidades gregas que ele
olhou, todas as 300 cidades gregas que
ele olhou, tinha uma diferenciação entre
homem e mulher e lugar de mulher em
casa.
Ah, mas em Esparta que era diferente,
era diferente. Mas se você o aplicasse a
lente que ele tava aplicando, ou seja,
Esparta de fato tem um tratamento mais
libertino com as mulheres. As mulheres
têm mais posições em sociedade. Ainda
assim, evidentemente é uma posição
inferior. Evidentemente elas estão
excluídas da política. Então ele olha
para tudo que ele olha e fala assim: “Em
tudo quanto é lugar que eu olho, mulher
tem mais é que se foder”. E aí ele
reproduz isso. Então regra geral do
universo, mulher tem mais é que se
[ __ ] Sim, ele não ele só ignorou que
ele tava olhando um escopo desse tamanho
em um local histórico muito específico e
etc, etc, etc. Por isso que conservador
adora falar de Aristóteles, porque
Aristóteles faz isso. Ele inclina na
política as pessoas a concluírem que
aquilo que elas vêm em seu cotidiano
completamente pequeno e completamente
limitado, é a regra do universo. Esse é
o problema fundamental da tese do
direito natural.
É, o problema fundamental da tese do
direito natural que bebe na Antígona de
Aristóteles é isso. É isso, achar que
certas inclinações que as pessoas têm
são genéricas e absolutas quando elas
quando isso simplesmente não é verdade.
O exemplo que se dá em Antígona é muito
bom para mostrar isso. Ninguém gosta,
ninguém costuma citar isso. O exemplo da
Antígona é exatamente um cara que entrou
em guerra. Um cara que entrou em guerra
com o próprio familiar e perdeu. Ele ia
derrubar o estado. Ele perdeu. E o líder
do estado falou: “A gente não vai
enterrar esse vagabundo. Ele tem mais é
que se [ __ ] Porque tem os a
ritualística de enterrar as pessoas que
envolve algo relacionado à pós-va vida e
etc e tal. Eu tenho certeza que se eu
perguntar hoje para qualquer um, 50% das
pessoas vai dizer assim: “Bom, se teve
um maluco que tentou dar um golpe de
estado e morreu durante o processo, não
foi que ele foi assassinado como
punição, ele morreu durante o processo.”
Se isso aconteceu numa batalha que ele
jogou a cidade em guerra civil, morreu
metade da pessoa junto com ele, um monte
de família [ __ ] com esse cara, porque
ele jogou a cidade nessa situação. E um
governante fala assim: “Ó, não pode
enterrar”. Eu tenho certeza que pelo
menos 50% dos que estão aqui vão dizer e
o governante tinha razão. Então como é
que você pega exatamente esse exemplo
que Aristó ele tá dizendo: “Não há um
direito absoluto independente do
governante que é o direito de enterrar a
pessoa lá. Como é que você tira esse
exemplo para direito natural? Como é que
você tira esse exemplo quando se você
perguntar para qualquer pessoa, elas não
vão entender isso? 50% certeza. pelo
menos 50% vai achar que era para deixar
o cara apodrecendo pros covos mesmo,
tenho certeza. Mas aí o que acontece? O
desenvolvimento do conhecimento do
conceito sobre direito natural, ele foi
se aperfeiçoando. Aristóteles virou uma
espécie de hh tótem. Ninguém nem lê a
Antígona, ninguém lê a política e
ninguém lê a tese do justo natural como
uma tese da emergência eh dos princípios
próprios da relação de sociedade, que é
isso que ele fala. Em ética ni ninguém
lê mais nada. Usa Aristóteles como um
tótem que ele teria dito lá no passado
que tem direito natural e não foi isso.
O nome é justo natural e tem
circunstâncias bastante particulares.
Tentei exemplificar algumas aqui. Ah,
tira isso como tótem. Como assim? olha,
estou do lado de Aristóteles, quando na
verdade você não leu [ __ ] nenhuma. E aí
você vai pra conclusão que é dizer
assim: “E, portanto, existem direitos
que emanam da própria natureza humana”.
No período moderno, no período moderno,
sobretudo com Kant, se desenvolveu a
tese do direito natural antes de Kant,
no período moderno, mas antes de Kant.
Lembrando que Kant, na verdade, é o
inaugurador do período contemporâneo,
tá? Era o mais correto é que a gente
ajustasse a linguagem e começar a falar
que Kant era o inaugurador do período
contemporâneo, não do período moderno.
Mas tudo bem, né? Antes de Kant, no
período moderno, era muito comum se
falar em direitos naturais como uma
expressão
revolucionária. Umaexpressão
revolucionária em que sentido? no
sentido de que você tinha a construção
de monarquias absolutas fundadas com
base na escravidão moderna ah africana.
Portando, a
escravidão africana moderna, bancada
pelo desenvolvimento do mercantilismo
colonial, nela se estabelecem poderes
muito concentrados, que a gente chama
hoje em historiografia contemporânea de
monarquias absolutas ou monarquias
absolutas. Quer dizer que o cara pode
fazer o que ele quiser, o monarca é
absoluto, ele pode fazer o que ele
quiser. Não. Isso é apenas um ah um
índice de linguagem que aponta pro tanto
de concentração de poder que essas
pessoas tinham. Elas concentravam muito
poder, muito poder, porque tinham um
império gigantesco, expansionista,
escravocrata, e outras forças dentro da
sociedade começam a demandar a
participação na política. Essa demanda
da participação da política normalmente
vem vinculada com a tese de que a
condição humana concede direitos que
mesmo você monarca absoluto, com todo o
poder que você tem, você não pode
contrariar.
Isso acontece, por exemplo, no século X7
na Inglaterra, onde certos juízes vão
recuperar uma teoria velha do passado
lá, uma história do passado, de que
mesmo um monarca, que é o João Centerra,
ele teve uma carta lá que foi escrita
contra ele para ele não poder fazer o
que ele quiser. Essa memória da
Inglaterra foi recuperada por juízes
ingleses para travar disputas em que
determinado rei inglês, ele vinha com a
conversa mole de que ia prender todo
mundo que não colaborasse com imposto ou
com sei o que quer que seja. E eles
recuperaram a noção eh deas corpos como
uma noção de que certos juízes podem
emanar documentos em que qualquer
autoridade que prendeu, mas sem observar
a justição humana, ou seja, se você não
tem uma acusação formal, se se você não
tem eh h uma defesa para para se expor
um processo, etc e tal, você pode ter um
documento emitido por um juiz vagabundo,
qualquer que vai te soltar porque é da
sua própria condição humana. Então,
portanto, é um direito natural queanda
na própria natureza de ser ser humano.
Então, a retórica do direito natural,
ela renasce no período moderno como uma
retórica para se opor às monarquias
absolutas, em que o rei poderia fazer
muita coisa porque muito poder tinha. E
a retórica renasce como dizendo o
seguinte: você pode ser muito poderoso,
você pode até ter sido indicado por Deus
ou pela [ __ ] que pariu, mas não pode
fazer exatamente tudo que você quiser,
porque tem coisas que mandam da própria
condição humana que te proíbem de você
poder fazer absolutamente o que você
quiser, mesmo quando você for um monarca
absoluto. E aí recuperam Aristóteles,
com aquela história lá do monarca que
mandou. Então, é uma
reinterpretação, uma rearticulação que
acontece no período moderno com objetivo
a princípio revolucionário, como eu
disse, que era de se proteger das
instâncias de poder e confrontar as
instâncias de poder. Isso se tornou
muito comum dentro do período moderno,
essa noção de direito
natural, de justo natural, portanto,
como uma forma de se opor às instâncias
absolutas de poder, a ponto de
influenciar sobre a revolução tanto a
inglesa do século X7 quanto a Revolução
Francesa do século XVI, quanto antes da
Revolução Francesa do XVI, a Revolução
Americana do XVI. A retórica dos
revolucionários estava bastante
implementada de noções relacionadas a
direitos naturais. Nesta chave semântica
que eu estou expressando de dizer que
certos humanos, por condição de ser
humanos, tibilidade de se revoltar
contra monarcas, mesmos absolutos,
certo? Essa chave foi muito utilizada.
Ela ajuda inclusive a construir a
declaração de direito do homem e do
cidadão em que se constitui certas teses
que, por exemplo, um para você ter um
governo sério que é constituído
politicamente, no mínimo você tem que
ter uma divisão de poderes, que é aquilo
que o Montesquier tinha dito que a
França tinha que ter. Mas o Montesquier
só disse que a França tinha que ter isso
porque ele olhando paraa Inglaterra e na
Inglaterra tinha isso exatamente por
essa circunstância histórica que eu
acabei de relatar, tá certo? Então a
noção de direito natural ela emerge
desta forma, oponível aos estados
absolutos do mercantilismo colonial, tá?
Desta forma que ela nasce, que ela
renasce no período moderno, dessa forma
que ela renasce no período moderno, ela
aparece com essa noção de direitos que
emergem da condição humana.
O Cante especificamente vai evoluir esse
entendimento, vai jogar um pouco fora
essa noção de direito natural como uma
imersão da condição humana, coisa que
que o valha, qualquer coisa que o vale,
inaugurou a coisa que a gente utiliza
hoje, inclusive juridicamente,
filosoficamente, foi inaugurado por
Kant. Kand começa a falar
insistentemente em uma coisa que é a
condição humana te dá uma dignidade
própria só por ser humano. E aí ele gera
essa noção que a gente tem, que
inclusive entra na nossa constituição,
que é a dignidade da pessoa humana,
certo? Aliás, eu tenho um livro aqui
fundado todo isso.
Ã, Igul Inguo Wulfan Sarlet. Ah, o Slete
fala aqui, ó. dignidade da pessoa
humana, direitos fundamentais da
Constituição e tal. Eu acho que ele faz,
pelo que eu me lembro, que eu li isso
aqui tem mais de 10 anos, né? Mas que eu
me lembre, ele menciona aqui a coisa do
histórico do Kant. O o Vulgan, ele é
bastante erudito. Eu acharia muito
estranho se ele não
mencionasse. Ele passa aqui pelo antigo,
por Cícero, por eh Boécio, Tomás
Jaquina. Aqui, ó.
Falo, eu lembro, eu lembro que eu não tô
ficando doido, certo? A concepção de
Kante, etc. Aqui, ó. Então, Kha essa
noção, essa noção
contemporânea, que é a que a gente usa
nos textos jurídicos de
dignidade da pessoa humana. Ela é toda
lapidada com inspiração em cântico, que
eh o Wulfcamp, eu não lembrava disso,
mas o Wulfcan apresenta aqui todos os
desenvolvimento desse dessa
noção e continua e vai contando como é
que vai se desenvolvendo pro pro período
contemporâneo. Ele é o Wulfan, gosta
muito de literatura alemão, mas ã
bom, tá certo. Então veja só, a noção de
direito natural, ela tem mais ou menos
esse histórico que eu tô traçando aqui,
tá? Mais ou menos esse histórico. E aí
depois ela ela virou ela virou uma
desculpa, uma certa forma de você dizer,
de você contrapor direitos, certo?
Porque no período contemporâneo, e não
no moderno mais, no período
contemporâneo se percebeu que essa coisa
de simplesmente pautar que as pessoas
têm direito não ajuda a resolver
conflitos concretos. Porque o que
normalmente acontece em conflitos
concretos é o choque de princípios se
você for usar o o Alexi, ou o choque de
valores, se você for usar o do working,
ou do jeito que você quiser falar. Mas o
que eu quero deixar claro é que
normalmente quando há um conflito, não
há um conflito porque tem uma pessoa com
direito e outra com dever. Normalmente
há um conflito entre direitos, né? Há um
conflito entre direitos. Então há há um
conflito entre pessoas querendo
maximizar os seus interesses próprios
entendendo que isso gera direitos. é no
conflito entre direitos e não
autoridade. Não é o que eu quero dizer é
o seguinte, na vida comum não é todo
mundo todo dia brigando com Lula ou todo
mundo todo dia brigando com o Bolsonaro.
Na vida comum é a tua discussão com teu
vizinho. Na vida comum é a discussão do
professor com o aluno. Na vida comum é a
discussão entre o chefe e o e o e a
pessoa que não é chefe. E aí você vai
ver que normalmente não é sempre igual o
seguidor Boc, os seguidores de Bocó.
Os seguidores bocós do Foucault
acreditam que é, né? Ah, é uma posição
de poder e o fraco. Aí o fraco sempre tá
certo. É completamente estúpido, né?
Então assim, na vida comum as relações
de poder existem, etc. Mas existem
liames onde eh pessoas mais fortes e
mais fracas estão abusando de seus
poderes o tempo
inteiro. E a dificuldade quando você vê
os conflitos é entre essas disputas de
interesses válidos que nós todos nós
reconheceríamos como válidos. As
disputas entre interesses válidos é que
é difícil de solucionar. Como a gente
começou a observar isso no mundo
contemporâneo, né, pós pós a
modernidade, não no mundo pós-moderno,
mas pós o período moderno, né, quando a
gente inaugura a Revolução Francesa,
parecia que era muito fácil. Era só
dizer: “O ser humano tem direito à vida,
ou seja, o rei não pode te matar só
porque ele quer.” O ser humano tem
direito à vida. O ser humano tem direito
à propriedade. Ou seja, o rei não pode
entrar na tua casa e tirar tua casa. O
ser humano tem direito a certo? Então,
parecia que era muito visível que era a
população contra o rei. Quando é a
população contra o rei é fácil, porque o
rei tem muito poder mesmo. Ele, no
período moderno ele concentra muito
poder. Então, é fácil você enxergar onde
você tem que diminuir o o direito, né, a
a a legitimidade para fazer coisas. Mas
quando as coisas são um pouquinho mais
ambíguas, aí você enxerga que as coisas
não são simples assim. E o que há é um
conflito entre direitos. Um conflito
entre direitos é o que há via de regra.
Um um conflito entre interesses, se
quiserem. Um conflito entre interesses
que dá o livro daquele cara que eu
esqueci o
nome, como é que é? Eh, luta pelo
direito. Deixa eu lembrar o nome dele
aqui. Luta pelo
direito. Eh, Rudolf von e Irren é assim,
é assim que é o nome. A Iren, eu não
lembro. Deixa eu colocar aqui no
tradutor.
Tradutor
eh
alemão. Iren irn
irnudon irn ã que dá o texto a luta pelo
direito, que é um texto do século XIX.
Ou seja, no século XIX já tava muito
claro que a disputa era a disputa entre
interesses da sociedade civil e não a
disputa entre pobres coitados contra o
rei absoluto, que a a organização da
estrutura da sociedade já tinha mudado.
Inclusive, é isso que faz Marx escrever
aquele aquele título dele,
eh, como é que é contra, não, eh,
crítica a filosofia do direito de Hegel.
É isso. A crítica, o centro da crítica
de Marx é que a Hegel escreve como se o
Estado ou como se a sociedade se
resolvesse no Estado e que a estrutura
da disputa política acontece no Estado.
E aí, Marx, o texto, o cerne do texto é
o apontamento de que não. O cerne da
disputa é na sociedade civil. O cerne da
disputa é na sociedade civil. Quando é
uma disputa de sociedade civil, isso tá
como eu disse, o ir como é que é
produz irn irn
irn. Tá, é irn. O h é mudo. Yeren, o
Yeren, o Marx. Ah, deixa eu ver quem
mais. aqueles próprios cara da escola
alemã lá, aqueles caras do direito lá,
maluco do do
historicismo, todo mundo no século XIX
já tava enxergando que a disputa
jurídica ou a disputa por direito, a
disputa por valores ou o que quer que
seja, é uma coisa que se dá entre a
sociedade. Eu dei alguns exemplos, Marx
vê isso quando faz a crítica da
filosofia de direito de Hegel, o Yerrin
faz isso e mais outros autores percebem
que a dificuldade tá aí e não em outro
lugar. A a dificuldade antes de você
opor direitos naturais ao estado
absoluto fazia sentido nos antes do
século XVI, né? Até o século XVI fazia
muito sentido. Quando você observa que a
disputa tá na sociedade civil, as
disputas no plural, elas acontecem na
sociedade civil e o Estado é resultado
dessas disputas, como é todo cerne da
elaboração sociológica de Marx, eh, e de
outros autores, né? Tô tentando mostrar
isso, que isso não é marxismo, é, vários
autores pensam isso. Aí você desloca o
problema. Deslocado o problema, quando
você mantém a ideia de direito natural,
você tá opondo normalmente, quando
acontece uma disputa civil, quando você
tá contra outra pessoa, quando, por
exemplo, você tá falando sobre aborto,
né? Você vai dizer assim: “Ó, mas o
aborto, por exemplo, foi isso que
aconteceu, tá? No caso, no caso, como é
que é o nome do caso? R versus Wade nos
Estados Unidos. foi entendido que o
aborto era uma questão de direito
natural à privacidade feminina. A mulher
tem o que decidir aquilo que vai fazer
consigo mesmo e o Estado não tem direito
de intervir nisso. Foi um direito de
privacidade. É uma decisão privada dela
que ela tem que tomar. É sério? A
decisão foi tomada pela defesa do aborto
como uma decisão de privacidade. É do
âmbito da família, da casa e o estado
não mete o bedelho ali. R versus Wade
autorizou o aborto como uma questão de
direito fundamental à
privacidade, certo? E agora o no governo
Trump foi derrubado R versus
Wade. Ai que inferno o mundo a gente
vive. Mas o que eu quero mostrar para
vocês é que o caso Row versus WID ajuda
a demonstrar o meu ponto. Como caiu a
ideia de que direito natural é uma
oposição eu contra o Estado Malvadão. E
se percebeu que as disputas acontecem de
direitos, acontecem dentro da sociedade
civil. O resultante disso foi que as
pessoas e invocam a noção de direito
natural, como aconteceu em Rusade. Eu
quero mostrar para vocês que isso
aconteceu para defender o
Rusade, dizer que é um direito
fundamental à privacidade do Estado não
intervir na vida privada da mulher. E
ahã na sequência, agora no século XX, o
reacionarismo tá usando a retórica do
direito natural para dizer: “Ah, o feto
tem direito natural à vida”. Quer dizer,
você não tá opondo mais, você não tá
opondo mais, como era no século XIX para
trás, o direito natural contra a ação do
Estado. Você tá opondo o direito natural
entre civis. O que eu tô dizendo é que
isso é desdobramento da consciência de
que ah as disputas de direito são
disputas que acontecem na sociedade
civil e não apenas entre sociedade civil
contra o poder absoluto do soberano
absoluto, porque passamos dessa fase.
Entenderam?
Em resumo, direito natural é
retórico. Eu tentei mostrar para vocês
aqui os aspectos de como é que tanto a
retórica que você consegue ver a
transformação histórica de como o
conceito vai mudando e a forma que ele
vai sendo utilizado, vai mudando e como
ele é usado para casos extremamente
inversos, né? Como defender que o aborto
é uma questão de privacidade no momento
e depois defender que o aborto é uma
questão de direito à vida. todos na
mesma lógica de fundamentar
retoricamente no direito natural. E aí o
meu apontamento é tão errado era, tá
sendo discutir isso com base nisso que é
só retórica, quanto era quando
Aristóteles disse: “Escravidão é
natural”. Continua só um apelo retórico.
Acho que desculpa aí, mas é
isso. Uma hora de
vídeo. Vamos pros super chats. Vocês
precisam me ajudar com
dinheiro. É isso. Ã, Mateus disse o
seguinte: “Feliz aniversário”. Obrigado,
Mateus. Você é maravilhoso. No Orlando
deu 20 assinaturas pra gente, [ __ ]
Eu tenho que ver lá se, ó, se você tá no
grupo, não, se você tá
como, se você tá como apoiador do canal
e não recebeu e mandou e-mail para mim e
não recebeu resposta para te adicionar
no grupo do WhatsApp, mande de
novo. Pedro, aproveito a ocasião para te
desejar meus sinceros parabéns.
Obrigado, Thalis. Ademais, grato pelas
tuas contribuições, inclusive de ordem
metafilosóficas e do resgate do
racionalismo e do Iluminismo. Eu é que
agradeço você, Thalis, por ser essa
pessoa maravilhosa que você sempre foi e
eu espero ainda que a gente construa um
país melhor e que você esteja do meu
lado nesse projeto de verdade, que a
gente olhe pro passado e fale assim:
“Caralho, você lembra quando era uma
métoda?” Eu acredito piamente que você
pode contribuir para isso. Tal
Norlando disse: “Pedro, em uma live você
comentou sobre entender com certa
profundidade de cálculo. Hã,
como é? Em uma live você comentou sobre
entender com uma certa profundidade de
cálculo. Recomendo respeitosamente
abandonar um pouco essa ideia em curso
de cálculo padrão. O objetivo é outro.
Quem fica focado em se aprofundar se
perde. Eu imaginei. Eu imaginei. Eu sei.
É igual estudar para concurso, né? Você
vai estudar para concurso. Ah, mas eu
queria fazer isso. Eu queria entender.
Não, você não queria entender nada. Você
quer, você quer passar uma prova. É, eu
sei, eu sei que você tem razão. [ __ ]
Mas o mundo é determinado, né? Não é o
que a gente quer. Ah, Rafael se tornou
membro. Mesma coisa. manda o e-mail para
mim com seu número de telefone para eu
te adicionar no grupo, se assim você
tiver interesse. Ah, Marina mandou
lembrancinhas de feliz. Parabéns. Muito
obrigado,
Marina. Eh, Thiago disse: “Você sabe
qual é a noia de inventar 100 lorotas
sobre homossexualidade na Grécia antiga?
Qual a função disso? Não consegui
entender. É muito simples. Tanto na
Grécia quanto em Roma era corriqueiro o
sexo homossexual era normal, não era
alvo de perseguição. Aí os caras ficam
tentando caçar uma legislação X, YZ, que
eventualmente diz assim: “Olha, não pode
transar com todo mundo dentro da
escola”. Sei lá. Eles querem achar isso
para dizer assim, ó. Se você olhar
direitinho, os gregos eram que nem a
gente. Em que
sentido? Eles aturavam a
homossexualidade, mas em geral ninguém
gostava, sobretudo a população. É essa a
tese que eles querem passar. Para passar
uma noção de direito natural, de que em
qualquer sociedade ninguém ao as pessoas
no mínimo, no máximo toleram a
homossexualidade. É isso que eles querem
dizer. para poder autorizar do ponto de
vista da disputa política, que você seja
preconceituoso e que você diga assim:
“Não, eu sou contra que meu filho seja
homossexual. Eu detesto isso, como
sempre foi na história.” A tese deles é
essa. Como sempre foi na história, todo
mundo sempre detestou. A gente só tem
que aceitar, porque tem gente que é
diferente mesmo, que comete pecado, tá
tudo certo. O que eles querem é isso,
certo? Porque tem um cara que é um é uma
desgraça que se chama Paulo de Tarso,
certo? essa desgraça deste cara escrever
um texto que ele ele se preocupa demais
com essa merda de homossexualidade.
Então, quando ah qualquer conservador
quiser falar sobre homossexualidade, vai
referir, eu aposto com você 300 vezes um
texto de Paulo e vai dizer assim: Deus
disse, Deus não disse [ __ ] nenhuma que
Paulo não é Deus. Paulo não é Deus. Mas
os textos de Paulo são recheados de
preconceito contra a homossexualidade.
Então, se você for caçar no Novo
Testamento motivos para preconceito, vai
tá onde? Nos textos de Paulo de Taro.
Esta desgraça oana que pisou na terra.
Ah, agora textos com falas atribuídas a
Jesus Cristo, você não vai achar
preconceito. Então, essa doutrina que é
a de um homem chamado Paulo de Taro,
essa desgraça humana que andou da Terra,
influenciaram um certo padrão discursivo
humano que existe até no contemporâneo
em qualquer sociedade cristã do planeta,
nesse certo preconceito com
homossexuais. E eles tentam criar, a
ideia é tentar criar a noção de que em
qualquer lugar do planeta Terra sempre
houve uma restrição contra homossexual
como contra a homossexualidade e no
máximo romanos e gregos toleravam a
homossexualidade, que é o que eles estão
querendo dizer que tem que ser feito
aqui no Brasil hoje do século XX. Essa é
a tese. A tese é essa, para isso que
serve. Então eles usam a historiografia
de maneira absolutamente evidente, de
maneira pragmática. Então eles constróem
o discurso, fazem a pesquisa, leem em
grego, procuram a tabelinha de argila,
qualquer uma que confirme a tese de que
as pessoas homossexuais foram toleradas
em qualquer lugar da história. Mas
respeitar mesmo, ninguém nunca
respeitou. Essa é a tese que eles querem
advogar para poder dizer que Paulo de
Taz tá falando a mesma coisa, que tá
certo, que isso é a palavra de Deus,
para poder manter preconceitos contra
homossexuais. Essa é a tese. A tese é
essa, tá bom? Não se não se trate como
doido, como ignorante. A tese é muito
simples. A tese é muito simples. Se você
tentar procurar falas de Jesus Cristo
contra homossexuais, você não vai achar.
Em Paulo de Tarço tem explícitas,
explícitas. você vai pegar uma clareza
muito grande que no Novo Testamento
esses caras vão se recorrer, vão
recorrer a isso para criar uma noção
específica contra homossexuais de
maneira intencional e dizendo: “Isso
aqui é a palavra de
Deus”. Além de ser a palavra de Deus,
não importa que você não acredite nisso.
Também pensavam assim os romanos e os
gregos: “Veja esta pedra da [ __ ] que
pariu aqui dizendo que não pode transar
qualquer um no meio da rua aqui, tá
vendo? Isso aqui é uma prova”. Então
eles trabalham assim, tá? É muito claro
isso. Agora, dito isso, homossexualidade
em Grécia e Roma era absolutamente
normal. Ah, oi, Pedro. Sou o Chuá, sou
da União Democrática dos Artistas
Digitais e tem lutado não só pela
regularização da profissão, mas também
pela regulação. Aí sim, agora estamos
falando como homens adultos. Eh, das
IAS, adoraria trocar uma ideia com você.
Tá bom, uma hora a gente troca uma
ideia, mas eu não vou parar de usar nada
individualmente, tá? que fique claro. Ã,
mais cinco para não ser mal educado e te
desejar um feliz aniversário. Muito
obrigado, querido. Bom, é isso. Achei
muito pouco dinheiro que vocês me deram.
Estou absolutamente triste. Vou embora.
Falou, valeu e
até mais.
Eu de sacana que eu você o
te vai te amarrar. Presta atenção que
agora eu vou te ensinar. Vai no foguetão
doão. No foguetão doão. No foguetão
doão. No foguetão doão. No foguetão do
elão. Subindo, descendo no foguetão. Se
sacana sabe como é o foguetão do Elão. É
tão [ __ ] que dá ré. Se não acredita, vem
cá tu ver. Mas agora quem vai dar ré é
você. Vai no foguetão doão, no foguetão
doão, no foguetão doão, no foguetão
doão, no foguetão doão, subindo,
descendo no foguetão, subindo e descendo
no portão melão.
[Música]
[Música]
Cara, no foguetão duelão. No foguetão
doelão. No foguetão
doelão. Foguetão doelão. No foguetão
doelão. Subindo, descendo no foguetão.
Vai no foguetão doelão. No foguetão
doelão. No foguetão
doelão. No foguetão doelão. No foguetão
doão. Subindo, descendo no
foguetão. Descendo noão
belão. Sacan. Complicado isso daí, cara.