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Gr. 03 - Razão, Interesse, Política e todos os casos dos artigos gregos (República de Platão)

Video

e o de Atena e o engraçado é que eu
cresci dentro da se dentro de bares seus
maus olhares não me são problema eu
atravessei equitares para tentar quebrar
ao gemas
[Música]
para quem tá caindo de paraquedas nesse
canal esse aqui é o terceiro vídeo de
uma série que a gente tá fazendo sobre
grego ático Por que grego ático porque
lá na Ática a região onde fica tenas
então portanto é o lugar onde Platão
escreveu onde tdes o historiador
escreveu onde a galera lá do teatro
primeiro teatro grego escreveu e que a
gente tem os textos até hoje então pra
gente poder acessar melhor esses textos
é bom a gente aprender O Gre do dialeto
ático Se tiver interesse ou pula então
para outro vídeo do canal nesse vídeo a
gente vai falar sobre uma coisa que eu
tenho conversado com vocês há muito
tempo que é a relação entre conhecimento
e política porque isso é um tema que tá
dentro da República de Platão e a gente
vai conversar um pouquinho sobre ela a
gente vai falar sobre a primeira frase
da República de Platão e depois a gente
vai falar sobre uma frase que tá lá no
centro lá no livro 5to sobre a relação
entre política e filosofia bom a gente
já fez dois vídeos nessa série é talvez
importante que você assista os outros
dois a gente abordou as 24 letras do
alfabeto grego então a gente foi de Alfa
Ômega abordou alguns outros temas
relativos a pronúncia e vimos aquele
negócio do Espírito Brando e do espírito
áspero o segundo vídeo que a gente fez
sobre essa série A gente aprendeu que No
grego tem três gêneros então tem
masculino feminino e neutro e a gente
aprendeu também que a posição dos nomes
nas palavras ela não funciona como no
português então a gente tem o nominativo
como sujeito e o ativo muitas vezes como
objeto tem mais dois que a gente não viu
naquele vídeo genitivo e o dativo que
são coisas que a gente vai ver hoje pode
soar um pouco difícil de decorar essas
coisas mas como a gente vai ver na
prática muita coisa você não vai
precisar decorar você vai aprendendo
pelo uso Então é isso que a gente vai
fazer aqui a gente vai ver uns casos e
aí com a prática a gente vai começar a
entender como é que essas coisas
funcionam Beleza então vamos conversar
um pouco sobre o tema Hoje a gente vai
falar sobre a República de Platão que
começa na seguinte
circunstância Sócrates na primeira
pessoa está dizendo fui ao Peru O que é
o pereo peru é um Porto o principal
Porto de Atenas Atenas inclusive fez um
muro em volta da cidade e correndo até o
porto para que os atenienses pudessem
dentro da cidade ir até o porto e
ficarem protegidos pelos muros ainda
assim como vocês podem ver aí então a
primeira coisa que Sócrates faz na
República descer ao Peru junto com
Glaucon que é irmão de Platão e portanto
filho de Ariston e eles eles vão curtir
uma festa para uma deusa chamada bendes
bendes não é uma deusa ateniense é uma
deusa dos trácios que não chegam nem a
ser de língua grega ou seja eles seriam
barbaroi ou pessoas que falam bar bar
que são pessoas que não falam grego para
vocês terem uma noção em dimensão Vou
colocar aqui no mapa onde ficariam os
traços nessa época e onde fica Atenas
que é a região da Ática então conforme
eu já disse em outras oportunidades
Sócrates desce com Glaucon eles vão cur
a festa da bendes Eles saem do Peru
estão caminhando para sair do peru e um
escravo puxa Sócrates esse escravo é de
polemarco e o que acontece é que
polemarco quer que Sócrates fique que
ele quer a companhia de Sócrates Para
poderem trocar uma ideia Sócrates diz
que não que tava com vontade de ir
embora então polemarco diz assim olha
quantos somos você acha realmente que
você pode ir embora ou você mostra que
você pode vencer a gente ou você fica E
você vai ficar Sócrates Então pergunta
se não haveria uma terceira opção como
persuadir essas pessoas polemarco diz
então poderia alguém
convencer pessoas que não querem dar
ouvidos ou que não querem
ouvir isso é muito importante se você
considerar o que que é o objeto do
Diálogo da República que tem a ver com a
justiça e a dado momento se fala sobre o
uso da força Olha como isso se relaciona
perigosamente com o tema da democracia
quer dizer se você não pode convencer as
pessoas pessoas não estão a fim de serem
convencidas E aí adianta você ser
racional adianta você dialogar essa é
uma pergunta muitíssimo importante que
já tá inserida ali nesse primeiro livro
então alguém lança um fato de que vai
acontecer uma corrida de cavalos ali com
fogo e não sei o qu e Sócrates então
larga a argumentação e decide ficar Não
beleza vai acontecer esse negócio super
legal vou ficar vão posteriormente pra
casa de polemarco e lá na casa de
polemarco encontram o pai de polemarco
que é céfalo que é uma pessoa que já
está mais velha Sócrates então começa
uma conversa com céfalo que vai
desembocar no assunto da justiça e nessa
conversa sobre justiça aparece a posição
do céfalo depois aparece a posição do
filho do céfalo polemarco e por último
aparece a posição do trasimaco que é uma
personagem muito importante que é
considerado um sofista que vai colocar
exatamente que justiça não seria nada
além do interesse do mais forte é uma
afirmação muito muito forte porque induz
as pessoas a concluirem que a gente não
deve tentar ser justo que não vale a
pena ser justo que justiça é sempre no
interesse alheio e que a gente deve
tentar ser injusto buscando sempre o
interesse próprio inclusive para chegar
no poder eventualmente e emanar
injustiça emanando o interesse próprio
Sócrates debate ali rapidamente com
trasímaco e trasímaco se cansa da
conversa é levado pela retórica de
Sócrates a falar besteira e aí ele
desiste e sai só Só que os dois irmãos
de Platão insistem em defender a tese de
trasímaco adicionando uma coisa mais que
coisa mais é essa eles falam sobre o
anel de gigis quem é gigis gigis foi um
rei da Lídia a Lídia vai ficar aqui no
mapa para você ter uma dimensão das
posições das coisas giji já aparece lá
nas histórias de Heródoto ele seria
criado do Rei aí o rei teria inventado
uma moda lá que a mulher dele era a mais
bonita do mundo e que o giz tinha que
vê-la nua giz fica relutante mas ele
acaba aceitando E aí a mulher descobre a
mulher fica furiosa com essa situação e
quer matar o próprio marido e pede ajuda
de gigis ele fica entre ser morto e
escolher matar o cara e virar Rei então
ele acaba matando e virando rei a
história que é contada aqui em Platão é
diferente da história contada em
histórias de Heródoto aqui na República
de Platão J teria encontrado um anel da
invisibilidade E aí com esse anel ele
teria decidido fazer tudo no seu próprio
interesse matar o rei tomar a mulher
como esposa e virar o rei da Lídia e
essa história é utilizada na defesa da
posição dos irmãos de Platão que estão
tentando resgatar a posição de trasímaco
como uma metáfora para dizer que na
verdade na verdade as pessoas buscariam
sempre o interesse próprio mas os
verdadeiros injustos de verdade essas
pessoas fingem que tão sendo legalzin
seres humanos sempre procuram o
interesse próprio mas aí eles tentam
enganar os outros e se todo mundo
pudesse ficar invisível como gigis
poderia ficar a partir daquele anel da
invisibilidade todo mundo então buscaria
sempre o interesse próprio se
aproveitando do fato de que não poderia
ser descoberto Porque estaria invisível
então Aquilo é uma metáfora quando
Sócrates é colocado ao corner nesse
exemplo ele então sugere que se mude o
foco da questão para se discutir o que
exatamente é justiça vamos ver o que é
justiça ele diz em letras grandes para
que a gente possa ver essa mesma palavra
essa mesma coisa colocada em letras
menores é mais fácil a gente ver em
letras grandes a partir daí eles começam
a criar uma cidade em palavras para que
se Veja numa cidade mais perfeita
possível o que seria justiça se
compreenda O que é justiça para que eles
entendam O que é justiça no indivíduo e
se cria uma cidade perfeitamente
racionalizada onde a razão domina E aí
ela controla o ímpeto a gana e o ímpeto
serve para administrar e controlar os
desejos essa seria a cidade perfeita
Lembrando que se constrói a cidade
perfeita para olhar em letras grandes
para depois voltar em letras miúdas
Então o que tá acontecendo na república
de Platão é criar-se uma cidade em
palavras a título retórico para tentar
demonstrar o que seria Justiça dentro de
um indivíduo e você vai ver então que
Sócrates está defendendo um indivíduo
que seja controlado pela razão e admin
estrando os desejos com a razão
comandando o ímpeto pessoal para que com
o ímpeto controle os próprios desejos
isso tudo tendo em vista a justiça a
ordenação do indivíduo nessa situação
seria a ordem necessária para que a
pessoa seja justa ou seria Inclusive a
própria definição de Justiça o
estabelecimento dessa ordem entre razão
ímpeto e desejos lá no centro do Diálogo
no livro CCO Sócrates vai dizer que tem
três ondas a serem atravessadas para que
se consiga fazer a cidade funcionar
existir e tudo mais essas três ondas são
ondas de racionalização da coisa se você
acompanhar o texto e as ondas envolvem
tratamento de homens e mulheres de
maneira igual nessa cidade depois a
comunidade de filhos e mulheres para
meio que integrar racionalmente toda a
sociedade como se fosse uma única
família por último você tem a união de
Filosofia e reinado se você considerar
que filia é amizade ou afinidade você
vai perceber que filosofia é afinidade a
sabedoria Então quem juntar política de
afinidade a sabedoria é mais ou menos
analogamente o que um monte de gente
quer fazer hoje em dia e que eu tô
tentando dizer para vocês que não vai
dar em nada vocês vão dar murro em ponto
de faca e eu vou achar é graça mas então
antes de explicar isso vamos começar
pelo princípio vamos falar da primeira
frase que tá lá na república exatamente
no 327 A a frase que tem lá é essa aqui
ó cben
kit perá meta Glaucon tu Ariston como a
gente tá indo direto para um texto
original eu já dei a dica falando sobre
o contexto da coisa toda de maneira que
você já possa intuir um monte de coisa
sobre esse texto Mas como já é um texto
original e aqui a gente vai encontrar
várias coisas que você não vai ver no
começo como um verbo no passado por
exemplo a gente nesse texto aqui e no
próximo que eu vou mostrar vai ter seu
amigo aqui falando exatamente o que que
tá escrito para vocês verem que já é
possível um pouquinho de compreensão
mesmo que vocês tenham pouco vocabulário
meu interesse aqui nesse começo de texto
é mostrar uma peculiaridade sobre o
acusativo e ao mesmo tempo mostrar para
vocês o genitivo que eu não tive
oportunidade de mostrar ainda com calma
e aumentar um pouquinho de vocabulário
primeiro o que que a gente tem que fazer
que eu sempre falei né procurar o verbo
o verbo é esse aqui ó cben cben é a
união de Bino que é o primeiro verbo que
a gente vai ver dentro do método que é o
verbo
ir com o catar catar é pra baixo e Bino
Como eu disse é o verbo ir na primeira
pessoa do singular por que que eu falo
baino na primeira pessoa do singular já
expliquei isso para vocês em outra
oportunidade e o helicóptero vai passar
agora quando a gente vai procurar no
dicionário de português a gente procura
pelo infinitivo amar ir ver quando a
gente vai procurar no dicionário grego a
gente procura pelo verbo na primeira
pessoa do singular Então baino é eu vou
certo então se a gente fosse procurar
esse verbo aqui a gente ia procurar o
verbo verbo cabino a gente não vai falar
sobre essa conjugação aqui mas a gente
traduz pro português no passado e o
sujeito não aparece é eu desci né cabe
mencionar que no grego a palavra eu é a
mesma palavra que aparece no nosso
português hoje
ego É exatamente esse advérbio de tempo
o ontem então desci ontem é espera eis é
uma preposição normalmente com o sentido
de para dentro
vezes a gente não precisa traduzir como
para dentro a gente vai ver inclusive
que o grego muitas vezes é redundante
ele coloca o verbo binal ir com o a
junto colado na palavra E aí fica a
binal é possível aparecer a bosim a tipo
entrar para dentro saca a gente vai ver
esse tipo de coisa quando a gente
começar a entrar nos textos do método
desci ontem para o Peru essa posição
aqui do perá é importante pra gente por
quê Porque essa palavra no nominativo ou
seja na posição de sujeito ela parceria
como peraus só que aqui ela tá como
acusativo e por que que eu acho
relevante mencionar isso porque eu vi
muito vídeo por aí mencionando que
nominativo é a posição de sujeito e
acusativo é a posição de objeto direto e
dativo seria posição de objeto indireto
só que pelo menos em grego ático não
funciona assim tão simples muda de
acordo com o que vem antes mas não é
correspondente exat ente a objeto direto
para ser acusativo e objeto indireto
para ser dativo não é tão simples assim
a gente vai ver com calma como que é
então de novo desci ontem ao Peru metag
glaucos O que é metag glaucos a gente já
viu em outros vídeos que metafísica
aparece
significando além da física ou após a
física aqui acontece com esse
significado de posicionamento eu desci
metag Glau conos é ao lado de então
desci junto dele mas porque ele estava
do meu lado ele estava ali junto comigo
ali ó ombro a ombro então a gente
precisa pegar mais ou menos um núcleo
semântico pra gente poder começar a
intuir a partir de um certo núcleo
semântico as possibilidades de
determinadas palavras Beleza então desci
ontem al pireu com
Glauco tu
Ariston aqui como a gente vai ver é o
artigo no genitivo singular como a gente
vai ver mais para frente o genitivo é o
mais fácil que tem que tanto no singular
quanto no plural ele não varia para
masculino para feminino e para neutro
Ele é igualzinho então o genitivo
singular para todos os gêneros neutro
masculino e feminino ele aparece assim
tu tu e Ton no singular e no plural a
gente vai ver isso aqui ainda nesse
vídeo então repetindo a frase toda deci
on
a pireu com Glaucon do Ariston significa
exatamente Glaucon filho de Ariston no
grego então nessa questão genética Eles
não falam como a gente eles suprimem o
filho está pressuposto que a pessoa que
é do nesse caso é o filho de e o
genitivo tem muito essa característica
de acompanhar a preposição de para
ajudar a decorar genitivo tem a ver com
isso de genética de origem de Gênese de
aparecer assim como filho de Mas pode
aparecer o genitivo com a região então
não sei quem de Atenas tá dando para
acompanhar no outro vídeo a gente se
focou no nominativo que aparece na
situação de sujeito aqui a gente vai ver
os outros três casos que são um
pouquinho mais complicados você tem um
acusativo aparecendo depois da
preposição a para dentro você tem um
genitivo acoplado com a preposição D
então apareceu o d você vai ver o
genitivo e por último a gente vai ver
uma situação do dativo que é quando tem
a preposição em então se eu falo assim
eu governo em Atenas Atenas vai aparecer
no dativo vamos lá a gente chegou lá na
república página
473 CD que é no livro 5to É bom lembrar
que isso aqui Pode parecer muito
complexo porque não se tem ainda
vocabulário então eu quero dar um
pouquinho de vocabulário para vocês para
que quando a gente chegue no texto do
método vocês já ten uma compreensão
básica do vocabulário e consigam
entender algumas coisas já sem precisar
que o que eu fale nada então a frase
aqui que a gente tem é basicamente essa
aqui esse entremeio que tem aqui é um
disse eu en deg que aparece com muita
frequência nos textos de Platão então
aqui você acaba vendo o eg aparecendo né
o eu mas vamos deixar isso aqui um pouco
de lado vamos para a outra frase que tá
aqui o que eu disse para vocês que é
interessante sempre procurar o verbo no
começo não é aqui está o nosso verbo
esse verbo está numa conjugação que a
gente não vai conhecer por enquanto essa
conjugação aqui é bem diferente do que a
gente vai se acostumar logo no começo e
ela se relaciona com isso aqui ó no
início a gente tem um si e uma negativa
o me então aqui seria se não E esse
verbo vai ser traduzido considerando
isso o verbo aqui basileus sim é o verbo
governar tem a ver com a palavra Basileu
e Basileu significa o rei o governante
então o verbo
basileus é o verbo governar com julgado
de uma maneira específica se eles não
governassem e quem são os eles quem é o
sujeito dessa frase você consegue
identificar pelo artigo porque o Roy tá
no nominativo mas vocês não viram esse
nominativo ainda porque é um nominativo
plural então no singular você tinha ro
ré e to masculino feminino neutro agora
você vai ver no plural que é hoi hai e
tá aqui nesse e você não tem o artigo
feminino porque porque para ser o artigo
feminino teria que est o espírito virado
para cá sendo re aspirado re é o artigo
feminino e é uma alternativa Então essa
frase que aparece aqui ela seria
coordenada com outra e por fim a gente
chega onde eu gostaria de chegar que é
en tiis policy en é muito parecido com a
nossa palavra em português em Enis
policy significa nas em mais o artigo as
cidades sendo que as cidades está no
dativo porque segue a palavra em Pronto
agora vocês viram nominativo acusativo
genitivo e dativo vamos aproveitar para
quebrar um gelo um pouco e dar uma
olhada nesse texto específico nessa
parte vamos ver o que que é na tradução
está escrito sobre esse trecho se os
filósofos não fossem Reis nas cidades
foi assim que se traduziu aquele trecho
se os filósofos não forem Reis nas
cidades ou se os que hoje são chamados
Reis e soberanos não forem
filósofos genuínos e capazes e se numa
pessoa não coincidirem poder político e
filosofia e não for barrar agora sob
coersão a caminhada das diversas
naturezas que em separado buscam uma
dessas duas metas não é possível caro
Glaucon que haja para as cidades uma
trégua de males penso nem para o gênero
humano
ou seja se não unir Filosofia de
política não vai haver trégua para os
males E isso tem muita relação com que a
gente tem debatido aqui nesse canal
durante muito tempo então o que ele tá
propondo é a junção de afinidade com a
sabedoria e política qual é o problema
disso minha gente o problema disso é o
seguinte é que política tem a ver com
interesses por isso que a coisa é tão
difícil Lembra no início do livro quando
aparece o cara dizendo assim como é que
você seria capaz de convencer alguém que
não quer lhe dar ouvidos Pois é tem
muitas vezes que as pessoas não querem
ser convencidas Elas não querem dar
ouvidos às pessoas elas não querem te
escutar você vai falar você vai mostrar
dados e a pessoa não tá interessada em
saber se você tá certo ou se você tá
errado por exemplo se tem na minha
fazenda uma área de preservação e eu não
posso fazer nada com aquela área de
preservação e aparece um senhor fulano
de tal dizendo que ele tem provas que
pode destruir a floresta assim que não
dá nada não para esse cara pode ser
interessante ele assumir essa coisa como
verdade não porque ele parou para
prestar atenção porque ele entendeu
porque
ele Bá não é por isso simplesmente
porque ele tem o interesse que aquela
coisa seja destruída e pronto para que
ele possa usar é isso gente que eu tô
tentando fazer vocês entenderem política
não se relaciona única e exclusivamente
com razão e se vocês acharem agirem
achando que a política pode se
relacionar única exclusivamente com
razão ignorando que as pessoas têm
interesses e que usam a sua razão em
prol dos seus interesses vocês vão ficar
dando murro em ponta de faca vão falar
besteira vão ser ingênuos um monte de
moleque Zinho ingênuo achando que vai
consertar o mundo com razão porque o
problema das pessoas repito na maioria
das vezes não é falta de razão O
problema é que as pessoas entendem o que
elas querem entender por causa de seus
interesses Então se tem uma pessoa que
quer eleger um político x e esse
político x tá falando abobrinha a pessoa
sai em defesa da abobrinha simplesmente
porque ela quer ver o político x eleito
porque ele pode fazer algumas coisas que
prestam a seus interesses então se você
tem um político que defende lá liberar
arma para todo mundo e a pessoa quer ter
uma arma esse cara pode falar a besteira
que ele quis É que muita gente vai
defender esse cara só porque ele tá
defendendo as armas e é interesse de um
eleitor lá maluco ter arma então ele
começa a se posicionar para defender os
seus interesses políticas sempre
funcionou assim há mais de 2500 anos e
continua funcionando assim hoje as
pessoas defendem seus interesses se você
ficar tentando argumentar com dados
científicos e não sei o que isso pode
funcionar para algumas pessoas mas para
outras não outras pessoas pessoas vão
continuar apenas defendendo seus
interesses para contra-argumentar com
pessoas que se apresentam como
defensoras de determinados interesses a
via não pode ser apenas ficar mostrando
dados porque muitas vezes não vai
funcionar gente não vai funcionar É isso
que eu tô tentando dizer para vocês se
você tem um cara aí na internet que sai
como defensor dos religiosos e que quer
defender o direito da psicóloga lá dar a
cura gay dela e não sei o que não sei o
que não sei o qu essa pessoa está mais
interessada em defender os interesses da
psicóloga e de um monte de Cristão que
quer acreditar que é possível ter cura
gay do que realmente debater dados É
isso que eu tô tentando demonstrar para
vocês deixem de ser burros Minha gente é
preciso compreender isso porque senão
você vai ficar com a ilusão Van de que
você vai apresentar dado para todo mundo
e todo mundo vai estar cheio de dado
correto científico não sei o qu e vai
parar de defender certos interesses isso
não vai acontecer galera isso não vai
acontecer em casos relacionados a
convicções mais profundas e sobretudo
quando tem interesses econômicos
relacionados Então você tem o debate do
desmatamento vai surgir gente gente
inclusive com canudo com doutorado com
mais não sei o que pós-doutorado o que
for ah não mas o desmatamento nem é tão
sério assim por que que essas pessoas
vão dizer isso porque elas representam o
interesse de quem eventualmente gente
tem o interesse de desmatar Então esse
problema que aparece na república de
Platão de unir o amor ao conhecimento o
amor à sabedoria com a política é
complicado mesmo autor já tinha
percebido isso no desenrolar da
República no final ele apresenta como
que no passar do tempo essa República
perfeita iria se desfazendo Porque nas
gerações posteriores próximos
governantes não iam ficar tão com amor
ao conhecimento assim e a coisa ia se
degradando Sócrates vai falar então que
a chance de salvar é acreditar no mito
de a l então tem que tomar muito cuidado
com leitura de manual leitura de crítica
vai l c poper que ele fala em the open
society and its enemies que ele fala que
Platão era isso é aquilo é aquilo outro
ele tem o interesse de fazer um debate
no tempo dele você vai querer entender
Platão mesmo você tem que pegar o livro
você mesmo e ler Olha gente não é um
livro muito grande e aí você vai notar
um monte de debates interessantes sobre
política que estão ali relacionados de
alguma maneira digamos assim com
psicologia quando se linca o indivíduo
de um lado a figura da cidade ideal que
eles estão criando e você vai ver que um
monte de coisa que estão tentando fazer
hoje em dia já tentaram fazer Galera
vocês estão achando que vocês estão
inventando a roda porque vocês não
gostam de ler tentar ligar amor à
sabedoria com política é legal é bonito
é interessante mas vocês não são os
primeiros que estão tentando fazer isso
e isso tem um limite Qual é o limite
disso é que que política é feita com
interesses então não adianta ficar
chamando as pessoas a razão porque elas
não vão parar de defender seus
interesses e para defender seus
interesses politicamente as pessoas
precisam se reunir em grupo porque se o
político não foi eleito como é que ele
vai agir politicamente como é que ele
vai passar lei se ele não for do
Legislativo como é que ele vai
administrar se ele não for do executivo
então para você fazer legislação ou
administrar você precisa de votos e para
ter votos você precisa defender o
interesse dos outros porque se você não
anunciar que você vai defender o
interesse das pessoas as pessoas não
votam em você então a política tem esse
problema tá dando para compreender agora
eu espero que esteja dando para
compreender agora no último vídeo
pareceu que a maioria esmagadora
conseguiu entender e agora eu acho que
tá ficando cada vez mais claro o
problema da política não é falta de
razão o problema da política é que as
pessoas defendem interesses E aí os
interesses individuais das pessoas que
estão disputando politicamente às vezes
vão contra os interesses que a gente
pode pensar se interesses do coletivo ou
da sociedade como por exemplo meio
ambiente ou às vezes questões econômicas
às vezes por exemplo Nessas questões
trabalhistas diminuir gastos
trabalhistas pode deixar as empresas
mais competitivas ou viáveis paraa
existência aumentando o número de
empregos por exemplo mas às vezes existe
realmente um conflito de interesses
gente conflito de interesse não foi
inventado pelo PT não deixa de ser
babaca pessoal então a gente vai falar
em reforma tributária no Brasil como
ninguém vai falar em acabar com os
tributos absolutamente é interessante
que numa democracia as pessoas defendam
os seus próprios interesses então eu
pessoalmente prefiro que não aumentem o
IPVA que é um imposto que cai sobre quem
tem propriedade de carro e que por
exemplo cobr imposto de jatinho de
lancha porque eu não tenho jatinho e nem
lanche Então se vão aumentar tributo eu
prefiro que não aumentem tributo sobre
mim que tenho menos grana há um conflit
de interesse se a questão é vai aumentar
o tributo e tem várias pessoas na
sociedade com vários bens diferenciados
há interesse em pessoas que moram de
aluguel e pagam IPTU que não aumente
IPTU então se tiver como não aumentar o
tributo sobre essas coisas e colocar em
outras coisas que ating a menos quem tá
numa situação de grana menor as pessoas
que TM grana menor deveriam defender
esse lado deveriam defender seus
próprios interesses mas muitas vezes o
que acontece é que por causa de
propaganda feita e aí sim ideológica
para um monte de canalzinho que vocês
sabem muito bem quais são o que acontece
é que num numa questão de conflito dessa
um monte de gente não defende seus
próprios interesses as pessoas ficam com
um discurso vazio de Ah eu sou contra
tudo isso que tá aí e aí não se
posiciona e o que que acontece quem tem
relação melhor com poder político
normalmente quem tem mais grana consegue
fazer valer seus interesses então
perceba que eu tô falando de coisas aqui
simples que não tem nada a ver com
revolução com comunismo com não sei o qu
com guerra terra de classe não sei o qu
eu tô dizendo simplesmente que as
pessoas deveriam defender numa
democracia seu interesse até porque se a
gente tá falando de número o que
acontece é que osos setores mais
numerosos iam fazer com que as coisas
não caíssem todas sobre as suas próprias
costas mas na verdade o que acontece é
que tem um monte de bobo alegre
ideológico E aí sim no sentido mais
adequado do termo que defende interesse
dos outros sem nem saber o que tá
falando por questões principiológicas
amalucados e você só consegue
compreender isso se você se focar nos
interesses e não numa suposta falta de
capacidade racional das pessoas apostar
metodologicamente em falar que o
problema é a falta de razão nas pessoas
é não mudar absolutamente nada nunca
porque as pessoas vão continuar sendo
bobon que é o que mais tem nesse mundo é
gente bobona inclusive gente com muito
estudo com graduação doutorado não sei o
qu não sei o qu Age de modo bobão em
muitas circunstâncias e isso é
inevitável o problema da política tá no
foco do interesse não da falta de razão
defender o grupinho nem coisa assim Se a
gente não mudar o foco e perceber os
interesses por trás das defesas
retóricas que aparecem a gente vai
continuar tomando ferro para sempre
agora voltemos pro grego vamos começar
pelo singular a tabela aqui tá da
seguinte forma nominativo acusativo
genitivo e dativo Masculino feminino e
neut vamos começar pelo nominativo
aquela posição do sujeito ro é o
masculino r
é o feminino e to é o neutro a posição
do acusativo no singular masculino e
feminino vai apenas ganhar o tau e o ni
então de ro a gente vai para Ton de ré a
gente vai PR Ten e no neutro o que a
gente vai ver que dá alguns problemas
depois continua a mesma coisa do
nominativo então o nominativo e o
acusativo no neutro é igualzinho o
genitivo que é aquele que aparece quando
tem a preposição D é o mais fácil de
todos porque ele é igualzinho para todos
os gêneros Então você tem o tu tu e tu e
o dativo é sempre marcado pelo iota que
é o izinho lembra então a gente tem aqui
ó Toi com o i subscrito eu não sei se dá
para ver tei com o ia subscrito e a
gente tem o masculino e o neutro iguais
então Toi também no neutro agora a gente
vai ver o plural se a minha caneta
deixar é claro ter que comprar outra
caneta então agora a gente vai pro
plural então eu vou tentar dar algumas
dicas para decorar no feminino você usa
tirando genitivo o Eta no singular e no
plural do feminino você vai usar o alfa
tirando o genitivo aqueles que se
repetem lá no neutro nominativo e
acusativo Totó no plural também vai para
Alfa tá E tá o mais complicadinho de de
decorar aqui é o acusativo porque ele
muda bastante mas uma coisa que ajuda a
decorar é que no plural fica com o Sigma
no final em vez do ni então aqui você
tem Ton no acusativo você tem tus aqui
no feminino você tem ten no acusativo
você tem tá o genitivo a gente decora
sempre lembrando que ele é igual lembra
aqui ó tu tu tu no plural é ton ton ton
igual em todos e o dativo tem a mesma
característica do singular sempre com o
yota então tois Tais tois e igual
acontece no
singular o masculino é igual ao neutro o
masculino é igual ao neutro e vamos um
por um então nominativo plural ri ri ta
acusativo plural tus TS tá genitivo
plural ton ton ton ativo plural Toys TS
Toys então do início Essa é a parte mais
difícil que vocês vão ver porque é muita
coisa né fica aquele mundo de Ah meu
Deus socorro mas não se preocupem Não se
desesperem porque isso a gente vai
pegando com a prática com a prática a
gente vai pegando as características a
gente vai ficar repetindo lembra que o
dativo tem o i lembra que o dativo tem o
i lembra que o dativo tem o i ou lembra
que o genitivo é sempre igual igual
lembra que o genitivo é sempre igual
lembra que o genitivo é sempre igual com
tempo de repetição a gente vai acabar
memorizando alguns deles e os outros vê
por osmose por eliminação e tal no
próximo vídeo que a gente for fazer
sobre grego a gente vai falar sobre o
presente de um verbo terminado em Ômega
como o binal que é o verbo ir então a
gente vai fazer eu tu ele nós vs eles no
presente do indicativo do verbo baino
com isso com a conjugação do verbo no
Presente com todos os casos do artigo já
vistos a gente vai conseguir dar uma
olhadinha num texto Então eu vou colocar
o texto do método para rodar com as
imagens bonitinho para facilitar você
entender o que que tá acontecendo E aí
vocês vão ver que já dá para começar a
ler algumas coisas beleza Lembrando que
esse tipo de vídeo dá um trabalho do
caramba se você quiser me ajudar
colaborando com o apoia-se você vai
ajudar a que esses vídeos continuem a
serem feitos e inclusive Se eu ganhar
muito apoio que eu acho que não vai
acontecer durante pelo menos os próximos
dias a gente pode qualificar as coisas
então quando eu for apresentar os textos
eu posso colocar um vídeo editado com
imagens criadas por alguém que eu pague
para fazer as imagens agora eu só
consigo fazer isso se vocês me ajudarem
no apoia-se beleza e meus caros insisto
sempre Leiam os textos essa coisa que o
pessoal tá tentando fazer de juntar
razão a política dizer que o problema da
política é que o pessoal não é razoável
isso não é novidade Isso não funciona
vocês vão socar a ponta de faca não vão
resolver o problema e vão ficar pagando
de inteligentes que conseguem pensar e
olhar os dados sem ideologia ou qualquer
coisa assim Beleza então Obrigado pela
atenção de todos e paz
[Música]
k
[Música]
[Música]