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BRUNO PIEROZI - A Razão e a Verdade em Espinoza (διάλογος #26)

Video

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[Música]
[Música]
fala meus queridos e minhas queridas
amigas tudo bem com vocês eu espero que
esteja tudo bem com vocês no vídeo de
hoje eh a gente vai fazer mais um quadro
do F gerado diálogos onde a gente pega
pessoas e
dialoga porque eu acab Acabei de
conhecer tem pouco tempo que eu conheci
o Bruno pierot o que acontece é que em
determinado momento eu fiz um vídeo
acerca do Olávio de Carvalho um colega
que era inscrito aqui no canal
apresentou o vídeo do Bruno falando olha
tem um cara reagindo seu canal Eu já
pensei [ __ ] merda já vão falar mal de
mim de novo aí eu vi a reação do Bruno
tem muitas coisas que ele falou no no na
apresentação dele que a gente tem
algumas visões em comum ali sobre a
leitura do que que representa o LV de
Carvalho etc e tal e ele me fez um
convite nesse nesse nesse contato que a
gente teve pra gente ter uma trocar uma
ideia trocar uma conversa a
respeito dessas questões relacionadas a
aos debates que eu tenho feito a
respeito da verdade e essa coisa toda na
aqui no nível de digamos de senso comum
que é o que a gente tá aqui no YouTube
como Bruno eh é estudante de Espinosa
que é uma personagem com uma certa
relevância na tradição marxista
inclusive porque
a gente já fez a leitura aqui do
socialismo Topic a socialismo científico
em que engels apresenta o Espinoza como
um dos pensadores dialético e Espinosa é
uma pessoa na qual assim eu sou um
completo ignorante claro que eu conheço
alguma coisa né A Wikipédia a gente já
visitou a gente já viu né um artigo ou
outro é isso que eu quero dizer o básico
saber o que que é o que que tá dizendo
quais são a filosofia em geral sei que
tem um tratado muito importante de Ética
do Espinoza etc etc mas eu não Hã Não
tenho muita profundidade nunca peguei
uma obra completa para ler do baru ã
então nessa oportunidade eu achei que
seria interessante trazer o Bruno aqui
para ele apresentar exatamente
a a a leitura que ele fez Então a
primeira coisa que eu faço né O Bruno é
um colega né professor professor de
Filosofia na rede de ensino da de São
Paulo e aí eu queria saber Bruno o que
que te levou especificamente para paraa
Espinoza né porque assim eu sei que
Espinosa é uma personagem assim de uma
relevância quase anedótica né Einstein
disse Deus existe é o Deus de Espinosa
etc etc que eu acho que ele tem um ponto
de transição importante né entre o o
período pré-moderno e o período moderno
em que ele faz uma defesa de uma deidade
que é quase a própria razão do mundo etc
etc Ah eu queria saber mais sobre a sua
pesquisa você me falou aqui nos
Bastidores rapidamente que você tá eh
fez um estudo acerca da
ã da desse aspecto do Sobrenatural da
mitologia trabalhada por por Espinosa eu
queria te ouvir o que que te levou a
Espinosa e do que que você tratou no seu
trabalho muito obrigado seja bem-vindo
meu quero muito obrigado pelo convite
Pedro É uma honra inclusive
eh eu conheci o seu canal através de uma
indicação né Eu pedi indicações para de
vídeos para reagir e eu já tenho vídeos
que eu falo faço uma certa Gênese do
bolsonar
e do e também um pouco do dos Patriotas
essa figura toda e já tinha lá falado da
relação entre o Olá de cadáver e Brasil
paralelo né que é como mentor né dessa
direita dessa tática então eu já já
tinha falado dele antes e aí eh essa
pessoa pegou e recomendou E aí que eu
conheci o seu trabalho não conhecia
ainda o seu trabalho até porque eu vim
pro YouTube recentemente tanto no
sentido de produzir quanto no no sentido
de assistir mais constantemente ass
H antes eu assistia mais pontualmente
até porque quem tá na vida acadêmica ou
quem tenta a vida acadêmica sabe que são
horas e horas e horas para leituras e
enfim é uma outra dinâmica outra relação
com o tempo eu acho mas
eh eu vou vou falar um pouco do meu
processo de formação porque eu acho que
é interessante porque é o meu percurso
de Formação eh até chegar em Espinoza né
Eh eu comecei a estudar eu fui paraa
filosofia por causa do Marxismo por
causa da política de organização
política fui paraa filosofia e eh numa
organização que tinha uma leitura muito
forte do Hector benoá que é um Prof
interessante ele me influencia eu eu
cito ele acho que eu já comentei isso
com você a gente Sim Sim esse é um ponto
que depois eu quero muito conversar
contigo é é sobre as leituras que você
tem de Platão por eu tô começando porque
foi a leitura da dialética eu comecei
estudando a dialética em Platão que que
é diálogo e dialética porque no sentido
vulgar beleza mas no sentido filosófico
tem um mundo né enfim é é uma
profundidade muito grande para entender
o que seria a dialética e depois eu fui
Qual é a diferencia entre a dialética
platônica hegeliana e marxista Esse era
o meu projeto de pesquisa inicialmente
pouca coisa né pouco ambicioso você
coisa não e o lance de que quando a
gente é estudante Esse é um problema meu
todas nossas pesquisas são grande
eloquentes assim um bagulho gigante e aí
você vê que você é burro tá ligado eu
sou burro para [ __ ] e aí o meu
mestrado que eu aprendi eu aprendi que
eu sou burro e que eh e a segmentar
melhor a pesquisa para que ela seja
exequível né Para que eu consiga
realizar mas aí que acontece eh eu tava
bastante focado em estudar Platão
e e um pouco entender a dialética em
Platão ã e a força que tem da da
passagem ao contrário nos argumentos E
aí o olhando de certo modo mas eu tava
no começo da graduação mas eu tava
olhando de certo modo para aporia do
parmenides aonde Sócrates se cala e aí
quem resolve isso e essa é uma leitura
do Hector né do Hector Benois que depois
no o
sofista quem aparece para resolver o
problema dos gêneros é o estrangeiro de
eleia E aí o estrangeiro de eleia no
caso em referência ao próprio parmenides
né parmenides gelé você tem aí o livro
eu tenho eu queria apresentar pro
público o texto do Hector porque o
Hector é uma pessoa assim fantástica que
eu acho que vale a pena acho uma ótima
recomendação é eu acho que vale a pena o
pessoal S sabendo que a leitura do
Hector é uma leitura heterodoxa né
diferenciada etc vale a pena conhecer né
odiceia de Platão as aventuras e
Desventuras da dialética Hector Beno ou
Héctor
benoá uma pessoa muito muito gente boa
estudante de Marxismo etc trista do bem
sim
eh e e aí nisso eu estava estudando e
tal conhecendo outras ab filosóficas
tendo que me deparar com a Crítica da
Razão Pura Crítica da Razão prática e
crítica do juízo do C entre outras obras
consideradas
clássicas me formei na Federal de São
Paulo só que daí no meio desse processo
eu comecei a me aproximar de alguns
diálogos com a teoria crítica E aí o que
Me interessou foi a noção de dialética
negativa no Adorno a potencialidade do
negativo num momento que a posi idade
estava corroída na medida em que você
precisaria fazer algo na contracorrente
e Lógico eu não vou desenvolver aqui mas
eu tenho uma impressão que o Adorno é
muito mal liido ele é chato também de
ler né e não é fácil a leitura
do de hegelianos né hegelianos são isso
é não ele é um um hegeliano assim de
carteirinha
e só que eu acho que com do ponto de
vista até teórico ele leva o Marxismo
muito a sério enquanto teoria enquanto
modo de pensamento enquanto princípios e
fundamentos para interpretar a realidade
alcunhar a ideia de Capitalismo tardio
então isso começou a me interessar num
duplo registro num registro político ou
seja dialogar sobre objetos da cultura
que o Marxismo estava
afastado e do ponto de vista teórico
olhar e entender melhoras no nuances do
que a grande parte da teoria marxista
não olhava e ficava reproduzindo eh
condições subjetivas condições objetivas
e eu como trotskista reproduzi isso só
que eu senti um incômodo muito grande em
relação a isso e aí eu fui me
aproximando só que daí eu tenho um
projeto escrito aqui desse da dialética
negativa que era a ideia de
reconciliação Mas eu nem vou aprofundar
Porque eu peguei e larguei E aí eu fui
fui fiz uma avaliação que assim para
quem tá estudando filosofia Na graduação
não foi o seu caso né tem os pontos
fortes e ponto fraco de não fazer Na
graduação e de fazer eh do ponto de
vista de você aprender a ler um texto
filosófico a graduação Depende qual
Universidade também né mas de modo geral
nas universidades públicas você tem um
aprendizado de ler um texto filosófico a
gente não passa por todos por quê Porque
a ideia de que se você aprender a ler
bem um texto ou seja ele qual for você
lê qualquer texto de filosofia é um
princípio que eu levo para mim concordo
bastante só que como pesquisa o Adorno
ou seja um contemporâneo ele exigia
muitos pressupostos é ele exigia ele ele
tava falando com Kant com com Marx com
Hegel com fre tudo junto sabe é se você
não conhece essas pessoas o que que elas
produziam e que tipo de resposta ele tá
fazendo você fica né você fica no vazio
você fica tendo que preencher lacuna com
a tua consciência não o que ele tava
querendo mesmo eu me senti num campo
minado E aí eu fiz uma avaliação dupla
que ela é foi acadêmica e política
também que foi o seguinte eu quero ir
para um clássico eu quero minha eu sinto
que eu preciso do ponto de vista da
minha formação em filosofia ir para um
clássico isso ir lá para trás para algum
clássico que não remeta a vários outros
necessariamente que é lógico toda a obra
dialoga com outros autores mas tem uns
que fazem explicitamente e
desmesuradamente é o caso do Adorno por
exemplo né ã o enfim outros não é tão
explícito Bergson pouco também faz isso
enfim H merl Ponti também só que ainda
no merlon ainda tem um trabalho que você
não precisa toda hora arremeter em
Adorno eu acho isso impossível não sei
outros que conseguem ótimo eu acho muito
complicado E aí eu conheci Espinoza já
tinha feito umas aulas de dec e tal
comecei a participar do grupo de Sus
espinos com a Mar Lena choui e outras
pessoas incrível e as discussões E aí eu
comecei vou até pegar aqui é para para
divulgar essa que é a tradução feita
pelo pelo grupo de estudos espinos anos
né é um projeto de 10 anos da marena
choui é ó
aqui de e é muito bonito porque eles vou
mostrar aqui reproduz como a capa
original e e é é bilíngue Então ela é
latim português né tem todo um cuidado
em relação a isso é é a melhor tradução
que tem e eu comecei a ler a ética que é
a obra Magna a obra maior é mas por que
que o que que Me interessou na
superstição para ir direto ao ponto
assim você que tá escutando o que que
porque tem muitas coisas fascinantes no
Espinoza primeiro ele ele tem uma noção
de de verdade que eu a gente vai chegar
lá de verdade de razão de conhecimento
né de compreensão de apreensão do que as
coisas são que difere de muitas coisas
difere de praticamente todas as as
concepções
filosóficas e eu até brinco né que eu
sou eh espinosano na economia e Trot
quista nos costumes porque é isso do
ponto de vista do ponto de de vista da
da o que chamam de Ontologia do Espinosa
ou a concepção do Espinosa da unidade de
todas as coisas Deus civ Natura o
Espinosa diz isso Deus ou seja natureza
quase todo momento que ele tá se
referindo a um ele se refere mutuamente
Deus ou seja natureza colocando num
outro registro e eu tenho certas
hipóteses para trabalhar depois em
doutorado e também Extra
academicamente mas a superstição como
aquilo que a gente acredita como aquilo
que a gente como as fake News por
exemplo a gente pega houve algo que é o
nosso viés de confirmação ah disse algo
que me agrada Então eu tenho uma
tendência a tomar isso como verdadeiro
porque me é favorável me é agradável do
que confrontar com pesquisas então é o
que teve recentemente lá da
ã da coisa
da de verm e diabetes sabe nada a ver só
que aí alguém pega e propaga essa
besteira propaga outras mentiras e aí
tem uma adesão quanto mais próximo for
da do tipo de vida que as pessoas têm
isso tem uma tendência mais forte delas
acreditarem delas tomarem para si como
verdadeiro não é verdade mas elas
consideram verdadeiros ou pelo menos tem
certeza e a certeza ela já indica uma
relação com sentimento é um sentimento
ter certeza diferente de verdade sim sim
e aí o que que ter certeza é algo como
está muito certo de que isso é
verdadeiro né confiante é confiança é é
boa né trocar pela palavra confiança
deixa certeza é confiança é E aí o que
acontece Espinosa foi Desculpa os
pós-modernos que me desculpem mas não
foi deeus inclusive eh não foi delus e
Companhia limitada mas inclusive leuse
fala tanto dos afetos porque ele volta
paraa Espinosa ele tem um doutorado em
Espinoza E é isso que para mim foi
fundamental eu fui pra Espinoza eh por
por querer querer entender a dinâmica
afetiva e veja a superstição ela é
pensada na dinâmica afetiva e nisso eu
entendi também que a política Isso é uma
frase que não sei se o Robs eu acho que
disse isso mas que a a política é o
campo das paixões a gente usa razão usa
raciocínio mas o que move o campo da
política não é a razão porque isso é
retomar a toda a tradição filosófica
Idealista da filosofia que falava que o
governo tem que ser aí chega Maquiavel e
diz como funciona não como deveria ser
mas qual é o funcionamento real então
tem tem em vários registros no registro
Lógico ele demole grande parte da
metafísica
aristotélica e
Escolástica do ponto de vista
eh e a ideia das causas ele ele vai ser
um o Espinosa é um desenvolvimento da
noção do bacon sabe de você eliminar a
ideia de causa final porque se você tem
uma causa final ou seja Você projeta que
tem que no final se tornar algo isso
impede que a gente descubra como as
coisas funcionam né Então esse é o ponto
é do da ideia de causa final e da
discussão sobre a causalidade então tem
várias mudanças e sobretudo ele tem uma
uma abordagem dos afetos e ele vai
entender então ele vai compreender a
dinâmica afetiva e é lembra que eu disse
um pouquinho antes que eu senti uma
demanda até pela vida militante sabe e
por estar na sociedade hoje compreender
melhor compreender melhor uma dinâmica
afetiva que move a nossa vida social em
todos os âmbitos e para responder
politicamente isso também tava eh se
colocava e o último comentário do porque
eu fui paraa Espinosa e eu falo um pouco
da aspersão eh eu também quis ir para Um
clássico que não se apresentasse como
como comunista
estrategicamente então é olhando para
possíveis eh endurecimentos né da do
regime social que a gente vive censuras
na universidade e tudo mais como uma
forma de driblar inclusive de não
aparecer como um ele pesquisa um
comunista tipo é Ah vou pesquisar Marx
como tem vários e todo direito com todos
os limites do que é pesquisar em Marx na
academia também né convenhamos mas e eu
também tava pensando alguém que tivesse
uma potência transformadora uma potência
revolucionária nesse sentido mas que ele
não Mas lógico se eu não tivesse
encontrado ele Talvez eu pegasse outro
que fosse explicitamente comunista Mas
isso também foi interessante no Espinoza
eh inclusive Antônio Negre foi um
comunista que tem uma leitura do do
Espinoza e escreveu
eh escreveu um livro velhíssimo mais de
um sobre o Espinoza
eh e então ele consegue também pegar o
Espinoza a partir de uma ótica de
transformação revolucionária eh o
próprio Marx escreveu eu tem um caderno
de eh de estudos do tratado teológico
político de Espinosa então tem alguns
encontros interessantes aí e aí a
superstição é tudo aquilo que a gente
acredita que a gente é movido acreditar
só que se a gente fala religião é muito
Evidente a superstição né Ah então viu
uma cobra falante e disse que as coisas
são assim então você precisa acreditar
em Deus isso é muito Óbvio Só que também
astrologia porque você nasceu
você assim aconteceu alo na sua vida por
causa da posi dos asos que nem é a
posição real se for pegar astrologia
cideral é a posição do que tava no
passado é não e que é fixada Porque tem
uma diferença védica astrologia védica
ela ainda tem uma ela trabalha com a
posição atual dos astros entendi ela
projeta PR frente isso agora a
Astrologia Ceral que essa ampl
desconhecida Ela faz o quê Ela trabalha
com os com o o local fixo dos mapas no
passado projetado pro Futuro projetado
pro presente então eh ou coisa banal
sabe ah eh não vou passar debaixo da
escada porque vai acontecer alguma coisa
ruim gente vamos pensar aqui uma coisa
Essa é minha explicação do meu mestrado
por assim dizer gente eh parcial né Eu
tô brincando mas a coisa é a seguinte ã
que Espinosa é um autor que pensa em
termos de causa efeito se você não tá
acostumado a pensar em causa efeito é
para algo tem que causar Ah para que
algo ocorra não vai surgir do nada nada
surgir do nada então precisa que ocorra
algo que crie que Produza Produza seria
o melhor termo do que criar enfim mas a
ideia de Produza Então significa que se
sei lá eu estiver andando e eu não vi
uma parede bater eu vou me machucar por
quê Porque a causa foi eu me movimentar
não prestar atenção causou um efeito
tinha um objeto da minha frente simples
todas as coisas são causa e efeito sem
complicar muito Qual é a relação de
causa efeito de acontecer algo de eu
passar debaixo de uma escada ou o
chinelo Estar ao contrário e acontecer
algo
ruim
nenhuma não existe relação de causa e
efeito E então só que aí eu percebi que
algumas obras da cultura e isso assim eu
meu mestrado não vai falar disso agora
mas isso é eu Bruno estudando Espinoza e
pensando futuro doutorado e enfim e
reflexões que eu quero fazer não apenas
a não apenas esses exemplos de
religiosos ou mais explícitos de fé eh
São superstição algumas obras
filosóficas também são superstição só
que isso é uma briga muito grande para
manter isso isso é uma coisa assim de
uma vida mas eh o Espinoza deu deu uma
diretriz deu um caminho deu uma
perspectiva muito interessante
e E aí só para fechar esse esse
comentário
eh Espinoza então ele é um filósofo
eh esquecido muito até o próprio citado
por Marx no capital num dos prefácios de
maneira mais se implore assim tipo não
Batam em Espinoza como se fosse um
cachorro morto né tipo ó não é assim
sabe por causa de toda a briga que
ocorria na filosofia alemã da época e
tal mas eh a superstição que atua nas
nossas vidas e a entender nós somos
naturalmente propensos à superstição ou
é algo cultural como que é a superstição
o Espinosa dá uma resposta e é isso que
eu estudo isso que eu fui aprofundar e
num nível do pensamento dos Bates
filosóficos que você faz aqui né que a
gente faz que eu gosto eh uma tradução
de superstição é conclusão sem premissas
uhum entendi é você tirar conclusão
baseado do absoluto nada porque você
quer isso é a Gênese da superstição seja
por uma dinâmica afetiva de um Deus que
diz que vai te prover Porque assim fica
mais fácil lidar com a incerteza da vida
seja porque você ou uma astrologia ou de
baixo da escada etc Então são dinâmicas
e o Espinoza E aí eu fecho esse
comentário depois eu vou falar mais mas
o que que da onde se origina a
superstição pra Espinosa toda
superstição tem origem no medo e não
existe medo sem esperança então o medo e
consequentemente a esperança são a causa
da
superstição e aí para lidar com is ISO
bem versado isso é bem versado em
mitologia antiga né a última a última
último mal que foi Guardado na Caixa de
Pandora foi exatamente a esperança
Esperança Você já ouviu falar do André
contes povilho ele virou meio famosinho
né falou André contes povilho sim ele tá
meio famosinho dando palestra né ele era
da não sei se era da sorbone mas era de
uma uma universidade professor
universitário lá na França mas eu gosto
muito da Leitura que ele tem de Espinosa
ele é um espinosano e ele tem um livro
chama a felicidade
desesperadamente Porque isso é uma
discussão que não é das mais fáceis se a
gente tá pensando num Horizonte político
de transformação mas a ideia do
desesperar é deixar de esperar e assim
agir a ideia da Esperança significa
porque Tecnicamente O que é Esperança eu
é uma
alegria de uma coisa que eu espero que
ocorra no futuro e ocorra ou de que o
mal que eu temo não ocorra não ocorra e
a ela é uma alegria já o medo ele é uma
tristeza ele é uma tristeza de que algo
ruim ocorra ou de algo bom não ocorra só
que não existe medo sem esperança ficar
no regime de medo e esperança é ficar
volátil ou no que Espinosa chama que é
a ficar com um animo confuso tem um
termo agora me fugiu a mente que ele
fala como um dos piores dos a oscilação
do ânimo a oscilação do ânimo é uma das
piores coisas porque você oscila em um
em outro né Então a partir de uma
leitura espinosana falar que nós
precisamos do socialismo
desesperadamente eu acho mais
interessante do que criar uma nova
Utopia pelo menos o ponto de vista
espinosano porque desesperadamente é a
gente não esperar e se a gente não
espera a gente tem que fazer então ele
tem um indicativo para ação mas lógico
Isso é uma é uma certa leura que eu faço
a partir do Espinoza e tal mas em
relação à mitologia antiga também mas é
porque medo e esperança sendo uma
alegria e uma tristeza elas são muito
são sobre coisas que não estão sobre o
nosso controle e faz com que as coisas
fora de nós nos afetem muito grande e se
a gente é porque você o que você um
comentário que eu precisaria fazer
porque eu ten eu venho fazendo uma
discussão acerca do lucat a respeito
exatamente da desesperança como ficar
desesperado e eu acho que não é isso que
você quer dizer e talvez a palavra que
você devesse usar para não confundir
Exatamente porque tem uma palavra em
português para desesperado né seria
desesperança e não desesperado
desesperadamente ou desesperançosa
talvez colocar desesperançosa para não
faz sentido porque parece que você tá
buscando igual um louco desesperadamente
não é isso que você tava querendo dizer
pode causar uma confusão de linguagem
mas acho que essa confusão de linguagem
ela até proposital É no sentido de que
eu acho que nós estamos desesperado Em
Busca da Felicidade por isso que
abraçamos coisas que nos colocam em
tristeza que nos colocam em confusão que
nos colocam em estados que vão E aí toda
a psicanálise né que vão contra o que a
gente quer mas eu acho que tem um duplo
registro a discussão é importante não é
um único sentido de desesperar né de
deixar de esperar e de você também ficar
desesperado afoito numa numa relação
assim mas eu acho que essa esse duplo
sentido ele é real no sentido de que não
é apenas o vocábulo o vocábulo também é
uma expressão de algo real né é um pouco
isso e eu não sei se Espinosa é o
primeiro filósofo isso eu não sei mas
Espinosa foi o filósofo que cunhou o
conceito de expressão quem estudou isso
foi o deleuse o deleuse falando de
Espinosa ele é maravilhoso eu não go eu
não gosto muito de alguns textos que ele
faz com guatarri mas ele falando como
professor universitário dando aula e
curso de Espinosa ele é maravilhoso e
até uma das teses que eu tenho
eh teses hipóteses ideia para trabalhar
eh vem vem dele vem dele Uhum mas eu
esse foi o meu percurso E aí anos atrás
eu sou professor na rede acho que eu não
não comentei né Eu sou professor 12 anos
12 anos que eu leou na rede rede privada
rede
pública só que eu comecei a sentir falta
de produzir um outro tipo
de ter contato com o público que tem
interesse em filosofia que esteja que
não seja nem o escolar num processo
obrigatório que eh e que inclusive é o
desmonte está ocorrendo aqui em São
Paulo a Passos largos o desmonte do
ensino médio e consequentemente da
filosofia esse ano eu tive que pegar
várias disciplinas x e do e na
universidade é um extremo academicismo
num sentido inclusive eh que é é uma
outra linguagem você aprende uma língua
quando você tá nos estudos acadêmicos
tem sua importância tem até seu prazer
eu gosto só que eh eu queria mais
pessoas têm interesse em refletir certas
questões e aí a dificuldade minha que é
esse não lugar não é nem a nem o sentido
sabe de uma formação básica senso comum
e nem o o hiper avançado algo
intermediário aonde a gente possa falar
de questões da filosofia de gente que
não nunca pensou em fazer uma faculdade
de Filosofia pode abrir o meu vídeo e
pegar e ouvindo eu falando sobre algum
alguma situação do dia a dia e fala
[ __ ] [ __ ] é isso mesmo e refletir
então é tornar não sei se tornar fil
filosofia Popular eu não sei se é isso
mas eu acho que é tornar filosofia menos
enigmática e mais parte do nosso da
nossa vida e uma e buscar uma dimensão
mais crítica E aí há quase do anos que
eu comecei o canal elogio da filosofia e
estamos aí produzindo vídeo enfim
fazendo debates discussões eh mas é um
pouco essa também a minha experiência
profissional e o por que eu vim pras
redes produzir conteúdos né do meu canal
são quase vídeoaulas né dá para ver quem
for lá assistir meus vídeos eh vocês vão
ver que no começo tem uma playlist como
fazer seminários como fazer dissertação
Então tinha essa pegada para criar uma
base e ajudou bastante e como ler textos
depois eu comecei a fazer aulas
vídeoaulas praticamente estoicismo
outros temas enfim as estética
ética política lógica e tal e só que aí
depois eu falei não ainda tá muito
formal e eu falei eu quero fazer vídeo
ensaio sabe E aí eu comecei a fazer isso
e deu certo foi aí que o canal começou a
começou a dar certo e
ah em relação ao ao você a gente
mencionou rapidamente que o tem um
trabalho muito importante de Espinosa
que seria o centro da sua filosofia que
é a ética eu me interesso bastante sobre
conhecer você você chegou a a a
trabalhar alguma coisa na ética de de
Espinosa teve algum interesse nessa área
especificamente ou
a a discussão que você fez Espinosa te
direcionou mais paraa
epistemologia se você tem alguma coisa
para falar sobre a ética eu gostaria de
ouvir vou vou falar mas eu já adianto a
resposta curta e simples essas coisas
não são separáveis em Espinosa de um
modo muito muito complexo vou falar um
pouco da ética e vai ser um prazer falar
dessa obra que eu tô estudando há 5 anos
eh a ética é uma obra que ela é o título
dela é ética só que ela é apresentada
brevemente só assim como ética só que se
a gente for ver o o nome original que tá
depois o subtítulo é ética demonstrada
em ordem geométrica Uhum aí o bicho já
começa a ficar um pouquinho mais
complicado ela assusta a primeira vista
porque ela Como assim ordem geométrica
Ele trabalha assim como Euclides
trabalhava então eu primeiro Preciso
solando né é eu preciso colocar uma
definição ele inclusive Não começa com a
definição de Deus você fala [ __ ] o
livro Um se chama de Deus a primeira
definição ele define por causa de si a
Mar Lena choui é a minha Bíblia que a
nervura do real esse catatal aqui e que
tem um outro livro Só próprias notas de
rodapé esse esse livro ela leva acho que
umas 100 páginas só para explicar o
porquê causa de si é o prime a primeira
definição por qu a a questão geométrica
significa o seguinte eu não posso
considerar nada eu preciso provar tudo
que eu disser então eu começo por uma
definição então eu posso falar de um
círculo se eu não sei o que é um ponto
se eu não sei o que é uma linha não eu
preciso antes definir a linha só que
para definir a linha eu preciso do ponto
por isso que
a se eu não estou enganado a primeira
definição do Euclides dos elementos de
Euclides é o ponto sim é Então a partir
do ponto eu vou construindo
geométricamente as outras coisas né Uhum
eh e
aí para quem quiser vou fazer uma
indicação
assim e eu vou falar da ética mas para
quem quiser entender eh e e aí eu vou
falar um pouco mais da questão ética sim
no que é essa obra se chama ética que é
obra Magna Mas quem se interessa Mais
especificamente pela questão do
conhecimento formas como nós conhecemos
elas elas são complementares que são
obras em momentos diferentes da vida tem
essa aqui que é tratado da emenda do
intelecto essa da editora autêntica
enfim não é PB mas poderia ser eh é
muito boa também o mesmo pessoal da USP
né meu orientador que tá no processo de
tradução eh e lá ele vai falar
como como corrigir emendar né o
intelecto no sentido desses erros
equívocos que a gente tem então ele tem
uma meditação muito forte e aí a obra
termina incompleta e ele
abandona em vida ele só o Espinoza só
publicou um livro em em vida que eh dois
um anonimamente um com seu próprio nome
um com seu próprio nome foi curso sobre
a
eh sobre descar que ele comenta os
princípios de descar para um aluno né um
curso que ele fez para um aluno e depois
ele escreve os pensados da
metafísica se traduz pensamentos
metafísicos mas ele usa o latim citata
então indica essa ideia dos pensados da
metafísica poderia ser uma tradução E aí
anonimamente por prudência
ã ele pega e faz o quê ele publica o
Tratado teológico político porque uma
informação para pra gente falar sobre
ética eu vou falar do sistema dele mas
eu acho que o Espinoza é alguém que vida
e obr se confundem de maneira
interessante ele era um judeu para quem
não sabe um pouco da história Espinoza
ele era um judeu de
origem portuguesa
Ah tinha da origem portuguesa espanhola
e aí eles vão para ou seja ele é
resultado dado da expulsão da Península
Ibérica exato exato e da E aí que
acontece ele vai pra Holanda os pais
saem e vão para Holanda Se não me engano
ele nasce lá nunca saiu da Holanda só
que aí ele e aí você vai vendo a empresa
que ele tinha tinha escravos no Brasil
tinha tinha um lance assim né só que o
que acontece que era a empresa da
família e e tudo mais e Inclusive tem
três nomes né o mais aportuguesado é
Bento Espinoza porque tem o baru que é
Latino e tem o
eh o Bento do Espinoza e o Baru e tem um
outro que agora
benedictus tipo de bendito essa coisa do
bendito é interessante pessoal por quê
porque eh ou um esqueci agora o nome mas
tinha um colega dele que já tava
começando a questionar a a leitura a
exegese né a leitura da da Torá do
tourada atá enfim da das obras
religiosas dentro
do dentro do espaço religioso judaico lá
eh Holandês E aí
eh enfim tem E aí Rolou isso já tinha já
tinha uma certa insatisfação E aí o
Espinoza ele começou a ter essas ideias
e aí falou não Espinoza vem cá vem cá
deixa essas ideias Deus não gosta disso
e tudo mais aí o que aconteceu foi que
ele foi Escom umado sim então e aí o
texto tem aí na internet vocês quiserem
depois ler eh ele fala maldito seja de
dia maldito seja de noite maldito ao
andar maldito ao levantar porque
benedictus E aí é Malditos né E aí isso
ele ainda nem tinha escrito o Tratado
teológico político que é a primeira
interpretação histórica da Bíblia né Ele
é a primeira que se tem notícia né que
pega a bíblia e vai comparar eventos
históricos ou vai comparar a Bíblia
entre elas o mesmo evento ocorreu de
duas maneiras em um ele é narrado de
forma fantástica no outro não que que é
é mera superstição e ele vai falar bom
se for lembrar que os escritos não foram
os próprios
eh Apóstolos que escreveram mas a
comunidade isso tem a ver com uma
tradição oral isso é retórica para
chamar atenção e aí baseado nisso faz
todo o sentido tido esses elementos
pictóricos né Eh na na descrição de um
que é apenas retórica né e ele usa isso
para desmontar e vai mostrar como a
Bíblia desmente ela própria em diversos
aspectos e ao mesmo tempo ele vai seguir
uma linha e aí ele rompe com a família
rompe com todo mundo para não afetar a
família também então ele passa a viver
sozinho muito humilde até recebe algumas
algumas eh
algumas doações ele recebia outras ele
recusava mas ele é vivia de forma muito
humilde e ele polia lentes certo essa
essa coisa essa atividade que e o Adorno
até fala só o Espinosa para com uma mão
polir lentes com a outra mão Eh escrever
a ética enfim Lógico o Adorno tava
falando eu quero continuar com o meu
privilégio de não trabalho Operários
trabalhem para que eu continue não
trabalhando a gente sabe dessa merda
dessa contradição mas o Espinosa não ele
então por isso que eu também para falar
de ética que tem a ver o modo de viver o
modo de se estar no mundo eh e as
implicações disso
eh eu acho interessante olhar pra vida
do Espinoza e a e a obra nisso então
Eh Teve uma época no final quase no
final da vida que o Espinoza Ia publicar
a ética mas a a coisa Estava acirrando
eh e aí tem um conflito que agora eu não
vou conseguir reconstituir com clareza
histórica mas tinha um conflito
ocorrendo na Holanda nos 600 eh e que
inclusive numa das vezes o Espinoza ele
escreveu em latim sei lá se na época na
rua era muito comum o latim último
Bárbaro para tipo um ataque que houve do
governante e tal e aí ele morava numa
casa alugada tipo o cara é tipo uma
pensão tipo o cara da pensão foi pegar
uma Espinosa para ele não se ferrar
então ele tinha uma implicação com a
vida entre pensamento e vida que eu acho
que é
interessante e do ponto de vista da
interessante essa história eu eu chuto
porque como eu disse eu não tenho
domínio da de Espinosa né mas eu chuto
pela época que você tá falando que é eh
ter deve ter relação com o processo de
independência da Holanda em relação à
Espanha dos habsburgo porque que
inclusive tem a ver com o o processo da
Invasão Holandesa aqui no Brasil porque
FIPE I Felipe I se estabelece né união
ibérica e aí a Espanha brigando com a
Holanda a quando a Espanha vira
Portugal há uma invasão aqui dos
Holandeses porque a Espanha era
português é duas casas uma representava
diretamente acho que Orleans não sei se
é Orleans ou é outra
e então aí o processo de formação da
Holanda é um processo muito curioso
porque a Holanda é um PA
vai ser será um país relativamente
grande que é uma república né porque
antes você tinha aquelas repúblicas
salada lá de vene casa de Oran né Eu
acho que era os orjas casa é então a
casa de Oran que vai acabar tomando a a
a vai sair na frente na disputa do Poder
pela pela Holanda

processum É nesse processo E é anedótico
né o Espinoza o filósofo que saiu com
cartaz o último Bárbaro né então eu acho
isso muito interessante
eh em vários
aspectos não só pro Bruno militante mas
também né você vê alguém que se implica
nas coisas que pensa que acredita eu
tomo isso como um valor e eh mas
evidentemente ele era um filósofo que
pensava ele recusou ser professor
universitário porque isso Tiraria a
liberdade dele de falar abertamente
sobre as coisas é naquela época era isso
né se você falasse qualquer coisa que
incomodasse hoje tem formas mais sutis
mas é diferente Claro mas aquela época
era era vida ou morte Mas então a ética
de Espinoza é uma obra que começa
definindo
ã eu vou chamar aqui eu sei que quem
discute muito as questões do pós-moderno
tem um certo ranço com essa palavra que
eu tinha por exemplo eu quando vi a
ontologia do ser social do Lucas eu
odiei o termo e eu fui ver E aí eu achei
bastante problemático na época quando eu
li tem outras coisas do Lucas que eu
quero ler né Eh não é o autor que eu
mais simpatizo né no sentido da das
ideias mas
eh Por que a gente chama que Espinosa
tem uma ontologia porque ele demole a
metafísica sim ele demole a metafísica e
só que ele trabalha com noções que a
gente vai chamar do qu eh que é pr sobre
o ser Deus se vi Natura como que as
coisas ocorrem como que funciona né
então Eh eu fique curioso Eh você tá me
relatando que tem uma leitura de que
Espinosa não tem uma metafísica Porém
uma ontologia portanto por que te
incomodou Lucas falar em ontologia do
ser social Não entendi curioso no
sentido da naturalização do ser social
da ideia de ser social de você vincular
um processo de não natureza de não
natureza que é o ser social que deriva
da natureza mas um processo de eh
dialético de construção histórica social
Então você olha pro ser social que se dá
sempre historicamente situada M E você
vai usar um termo de Ontologia que
aponta pra Essência natural de algo e
isso me suou problemático gente tá a
gente teria um um bom tema para debater
durante algumas horas sobre isso tá mas
assim eu não aprofundei os meus estudos
em Lucas essa foi uma impressão mas
podemos sim depois eu leio e a gente faz
essa conversa mas em
A ideia é que ele trabalha com noções
que aparentemente são metafísicas mas
ele demole todos os princípios da
metafísica né ele chama a metafísica de
frivolidades essa palavra é muito forte
frivolidades são meras frivolidades se
seu frívolo é muito bom e aí o que
acontece ele precisa primeiro se ele faz
uma ordem geométrica ele tem que
determinar o Deus Deus o que as coisas
são então ele vai começar por causa de
si então ele define o que existe existe
em si mesmo ou em outra coisa então Ele
vai com coisas que a gente chama de
ontológico no sentido que estabelece a
base lógica da do do funcionamento do
mundo e aí para vocês entenderem a
compare o raciocínio iso é a base da
filosofia de Espinosa ele fala que Deus
Ou seja a substância infinitamente única
que é com ele possui infinitos
atributos dos quais nós Só conhecemos
dois e aí quem já leu decar já ouviu
falar sobre decartes vai saber extensão
e pensamento porque de infinitos
atributos nós Só conhecemos dois a minha
leitura é porque nós só participamos
desses dois boa é uma boa leitura sim
sendo que a gente participa de ambos
então a a gente tem conhecimento de os
outros a gente alcança né a gente
consegue enxergar observar o resto e e
ao mesmo tempo a gente não define o
outro só a partir de si né que é para
sair dessa coisa Rasa de uma certa
epistemologia eh empírica de que o mundo
só existe o que eu vejo ah a árvore que
eu passei existe ou não existe [ __ ] tem
nada melhor para fazer da vida não sabe
é é mais profundo do que isso E aí ele
vai chamar então de de atributos e modos
tudo que existe são atributos e
atributos da extensão e o modo então tem
modo finito modo eu vou simplificar o
corpo humano o nosso corpo ele é um modo
finito da do atributo extensão porque é
um corpo que tem extensão física matéria
se você quiser pensar é uma delimitação
isso a mente a mente ele é um modo
finito a minha mente ou a individual é
um modo finito do atributo pensamento
sim então só para entender um pouco essa
ideia Ele trabalha então com a ideia de
atributos e de modos e tudo que existe
aí Tem uma parte que ele fala só existe
corpos pensamentos e nada mais e tudo
mais porque é isso Você tem os corpos E
você tem as ideias dos corpos no caso do
ser humano pra gente caminhar um pouco
paraa ética ele tem a definição mais
difícil e mais simples do que a mente
e eu vou tentar explicar da melhor
maneira mas não é uma coisa fácil para
também não entrar num num senso comum
como alguns YouTubers aí fazem quando
vão falar de filosofia não preciso citar
nomes e a questão é a
seguinte para Espinosa Isso é uma
definição exista a mente é ideia do
corpo ponto
final lida com isso se [ __ ] aí para
entender mente é ideia do corpo e aí só
para vocês terem uma uma uma dimensão eu
eu comecei falando que tem definições
acabou a definição você tem proposição
demonstração proposição demonstração Às
vezes você tem escolhas que que é isso
são estruturas formais Por isso mesmo
que é que é a referência é geometria né
muito parecido com metodologia do cides
disposição metodologia disposição doid é
muito parecido ele tem eu vou fazer uma
parte porque eu acho que não dá pra
gente pensar ética se paraa Espinosa
pode ser uma leitura muito minha pensar
ética eh mas depois eu vou dar uma
definição direta de uma perspectiva
ética Mas falar ética sem falar de
conhecimento como nós conhecemos é muito
complicado porque a referência é
Euclides e também uma discussão dos
geômetras do século 17 16 que vão o Robs
faz essa discussão mano esse livro quase
ninguém fala eu nem lembro o nome do
livro Ah mas é alguma coisa de
discussões matemáticas eh tem um livro
que o Robs ele vai fazer a a discussão
da definição genética não sei se vocês
já ouviram falar mas na filosofia nessa
época decar Hobbes vai buscar a questão
da definição genética como a definição
superior no sentido que você vai na o
que gerou se você não fala como algo foi
produzido isso não seria uma definição
eh e o Espinoza naquele nesse livro aqui
o Tratado da emenda do
intelecto ele fala muito disso muito
muito disso e tem um amigo dele que
escreveu a medicina da mente aí tem tem
muita relação um com o outro então esse
volume é bom porque tem os dois livros
do Espinosa do chus e a correspondência
entre eles então é uma ção muito bem
preparada eh acho que metade eh metade
da minha B nca tá aqui você consegue ver
o raciocínio sendo feito pra elaboração
da H isso isso e E qual é o E aí eu vou
comentar o uma coisa da dessa definição
genética que é o que o Espinosa usa por
exemplo o Euclides nem toda a definição
dele é genética eh como que a gente
definiria o círculo a gente tem que
origina ele né em certa medida eu creio
que sim né porque você pode fazer você
só fala da linha quando você fala dos
pontos que dão a origem pra linha Mas
isso é isso é
descrição descrever algo não é definir
algo paraa Espinosa só conceituamos algo
quando a gente define e só há definição
se eu digo como foi
produzido entendi é e repara como é
porque em matemática seria difícil fazer
isso pressupondo que foi há uma produção
de linha de fato mas há ele chega Nessa
definição que é a discussão dos
matemáticos Na época eu não sei se dá
para levar isso ISS para tudo tipo virar
um hipogloss tá ligado como há uma
tendência no pensamento você achar tipo
um um não Placebo sei lá ah tipo é
dialética tudo é dialética você resolveu
tudo luta de
CL isso isso mas o que é riquíssimo para
que a gente pense melhor o em o
intelecto se quiser falar como Espinosa
é o seguinte
eh Espinosa vai dar o exemplo do Círculo
ou eh você reconhecer que tem uma
circunferência que todos os pontos estão
equidistantes você apenas
descreveu agora
eh eu acho que faz tempo que eu que eu
li isso mas eu acho que a definição dele
é essa quando você tem uma semirreta sim
e parada e outra rotacionando sobre si
própria Uhum você criou uma definição
porque você disse o que produziu o que
produz Sim sim entendi e aí tem uma
discussão que um Professor vou até
mandar um abraço para ele o Cristiano
Rezende eh que estuda bastante do
Espinoza professor em Goiás Federal de
Goiás eh
ele ele ele chama de uma a matemática do
trabalho de uma de um conceito do
trabalho porque ele é operativo porque
ele é produtivo né nesse sentido da
definição genética que você identifica o
que produz e o conceito precisa dizer
como sur o que que o fez né O que é cara
isso é realmente eh eh ilumina na minha
cabeça porque que ah engels diz que o
Baruk é um um dialético né porque ele tá
dizendo o círculo não é né como é que
você define ele não é e sempre foi ele
emerge né então defino é dizer como ele
surge exato uhum [ __ ] é muit é muito
muito louco e aí eh entendido isso
entendido esse ponto
de que a definição
precisa lógico se você for ver
detalhadamente a gente pode falar não
aqui parece que ele tá só
eh só só descrevendo coisas mas na maior
parte das definições nas proposições não
tanto mas na definição ele faz
Justamente esse trabalho de de de uma
definição é sempre o que a produz né E
como que ele fala eh um toda um jargão
que o Espinosa usa ele fala por causa de
si entendo no no latim É inteligo no
sentido tipo eu inteligo no sentido do
intelecto né Eh que seria uma forma de
definir ou seja por esse termo entendo
isso isso isso e aquilo e aí ele vai
fazendo esse trabalho então ele fala ele
vai definir Deus depois ele vai a parte
dois é sobre o Deixa eu só confirmar mas
se eu não não me engano é sobre o homem
não natureza e origem da mente ele fala
primeiro da mente Aí depois ele fala da
origem e natureza dos afetos E aí é o
livro três aí o quarto é da servidão
humana ou a força dos afetos e o cinco
da potência do intelecto ou da Liberdade
humana eu vou falar sobre uma questão
que não é das mais fáceis mas agora a
gente vai entrar propriamente na ética
ã o que é ação para Espinosa porque sign
eh pra Espinosa pra Filosofia de
Espinosa ação não é qualquer movimento
que o corpo
faz isso que a gente chama como ação no
sentido mais simples eh Isso precisa ser
abandonado pelo menos no sistema de
pensamento espinosano por quê Porque ele
vai identificar
eh isso como
páo não só no sentido de paixão no
sentido emocional mas ser páo
por exemplo se alguém disfere um golpe
contra mim que acerte ou que não acerte
e eu vá revidar Isso é uma ação não pra
Espinosa isso não é uma ação Isso
é uma reação que enfim o termo em
português é ruim né porque já tá ação e
reação mas teria a ver com esse elemento
passional que nos move pra Espinoza
a a a ação ela vem de quando eu sou
causa interna a mesma a definição de
causa livre de Aristóteles é é eu só ajo
quando eu sou causa interna de algo eh
que ocorre dentro de mim ou fora de mim
quando algo ocorre apenas por mim ou
fundamentalmente por mim lógico isso não
é você viver numa bolha não você se
relaciona com a vida por isso que a
gente não age o tempo inteiro a ação é o
é o âmbito da Liberdade sim só que a
liberdade em Espinoza ela não é oposta à
necessidade ela é inclusive por meio do
necessário pra Espinoza não há
contingência não há o campo do possível
Espinoza vai falar que o possível é um
defeito eu não gosto da palavra defeito
um equívoco do nosso pensamento go eu
gosto para caramba eu também acho porque
é parment acho isso eu sou
compatibilista entendi não é faz sentido
e o Espinoza então ele vai trabalhar que
a liberdade é a partir do mundo
necessário ou seja de causa efeito Então
se algo ocorre vai ter certos efeitos
que diante de outras ações diante de
outros acontecimentos diante de outras
coisas que são produzidas e a ideia
produzida cabe bastante no Espinoza eh
isso faz com que que ocorra uma cadeia
necessária e o Espinosa ele dá dois
nomes para tem dois nomes diferentes
para entender a natureza sobre a ordem
do necessário e a e a ordem do que a
gente chama de possível que é a natureza
naturante né e a natureza naturada que
seriam essas essas duas dinâmicas e a
natureza naturante é a conexão
necessária do todo de suas articulações
a natureza naturada que é uma que é
digamos um um uma expressão não tão
Clara não com todos o é como você fosse
ver um prédio sem toda a estrutura sem
raio x de ver como que todos os
alicerces todos os pontos e ligações a
fundação enfim numa analogia talvez
tosca talvez ótima eu use depois meu
mestrado não sei eu vou avaliar vocês
dizem aí se ela é boa ou não E aí que
acontece você tem então Eh o
funcionamento do mundo a partir
E você tem o funcionamento do mundo a
partir da natureza naturante naturada no
mundo que é necessário que as coisas são
causa e efeito e ele vai abandonar toda
a causa que não é eficiente e agora o
ponto principal o Espinoza é o filósofo
da imanência imanência que é o conceito
Central lá para Platão de alguma
forma não sei se é Central mas
importante Central não sei Central acho
que eu tô exagerando um pouco mas
importante é não é é que é imanente é
importante pro Hector eu por isso que eu
eu me identifiquei por isso pro Hector é
importante até até pro conceito da
metodológico dele a leitura imanente
important leitura imanente do Capital
leitura imanente do isso eh Então mas
engraçado né que eu eu saí da por
trotskismo E aí eu fui pro Platão Hegel
e da dialética e a imanência que tem
Hegel alguma coisa e é discutível se é
imanente A fenomenologia do Espírito ou
não Eu Tenho minhas dúvidas Mas enfim
eh mas não vou arrumar essa briga com
hegelianos agora pelo menos agora é mas
eh eu fui para Espinosa que é a
imanência E por que que é importante ser
a imanência eu faço uma Ô vou vou falar
o que eu falo em sala de aula para meus
alunos não existe jogar o lixo fora
não a ideia de jogar o lixo fora é
lógico é sempre uma questão relativa de
referencial fora da minha casa tá só que
vai jogar num aterro tá vai jogar em
algum canto que que é parte da minha
cidade que é parte da
terra vou soltar eu vou soltar fora do
planeta terra não não tem foraa não
existe fora é esse é o fora só existe
referencial sim exato não existe fora
e E aí ã uma definição também importante
pro Espinosa é a Alguns chamam de teoria
né mas eu tenho tem toda uma discussão
sobre o que é teoria a partir de alguns
estudos espinos enfim mas e marxistas
mas vou usar vai teoria do conatos o que
que é conatos essa palavra é Latina mas
ela ela é muito famosa porque ela é
usada por estudiosos da filosofia do
Espinosa que o conatos ele é o esforço
de perseverar na existência Então esse é
uma definição Central paraa Espinosa
nenhum ser tem em si mesmo dentro de si
disposição para o seu próprio fim sim
todo ser tenta se esforça para conservar
a existência é a minha a minha a minha
eu eu já falei na internet que se eu
chegar até os 60 anos eu vou escrever
uma ética e quando eu for escrever essa
ética vai tá pressuposto que o conato é
natural que é da estrutura da natureza
essa própria sim perseverança continuar
a existir e o o hobs usa isso outros
autores usaram Isso então isso não é
dois pinosa né é muito comum esse termo
então o conatos é o esforço de todo ser
bem tipicamente moderno esse termo é bem
da época moderna bem bem bem moderno
eh e aí o que acontece
eh na medida em que nós somos eh é essa
potência porque o conatos é uma potência
uma potência limitada por quê Porque eu
morro porque tem coisas ao redor de mim
que produzem algo que o corpo
deteriore que certos alimentos certas
condições climáticas a gente respira um
negócio que vai desgastar as nossas
células a [ __ ] oxigênio tá ligado é
isso exato então Eh todos esses todo
esse processo significa que há coisas
foras de nós que nos desgastam enfim ou
acontecimentos inesperados eh que tirem
a vida ou algo do tipo mas a ideia é que
E aí isso tem uma discussão muito grande
a própria questão do suicídio e outras
questões ligadas a isso a partir de a do
conatos como essa disposição disposição
não esse esforço a palavra acho que
esforço é importante é um esforço de
permanecer existindo não é interno ao
ser eh o seu próprio filho Mas é porque
tem algo de Fora que o supera de alguma
forma então é esse eterno conflito que
existe de conatos de diversos conatos
Pois é nessa perspectiva Olha eu
gostaria muito esse tema para mim é
muito [ __ ] nesse sentido a gente poderia
dizer que uma tendência interna à morte
a extinção de si próprio seria
antinatural exato É antinatural não é eu
considero antinatural eu concordo com
noa nesse ponto e e eu acho que as
próprias perspectivas da mais
interessantes da psicanálise apontam
diretamente para isso através de um um
conceito que resolve isso
introjeção
uhum o sentimento de a introjeção mas de
forma simples eu tomo para mim algo que
é do exterior então por exemplo eu eu
sou chamado de o bullying por exemplo ai
eh eu sou chamar de burro eh tantas
vezes tantas vezes eu intj internalizei
que eu sou de tanto que eu escutei ou de
tanto que falam a sua vida não vale a
pena a sua vida sabe então você tem um
processo de que eh as palavras e também
eh às vezes até agressões físicas ou a a
a consequência de dificuldades na vida
muitas coisas podem ser Eh esses
elementos exteriores que vão nos eh que
vão enfraquecendo nosso conatos ent né
Então essa ideia é antinatural e é
produzido por se for usar para facilitar
o termo da psicanálise a introjeção Veio
de fora por causa de Duelos ou de enfim
desse conflito incessante constante do
dos conatos e que fez com que as pessoas
que por si essencialmente não ten uma
disposição para o próprio fim isso pode
ser produzido entendi eh é E e essa é
uma discussão interessante PR a
diferença entre o que o que constitui e
o que produz e o Espinosa ele é muito
sabe aquela coisa filósofo ou professor
de Filosofia estudante mais ainda que é
chato com a palavra sei se preparem
Espinosa é pra [ __ ] mas isso é bom
ele é tão conciso no uso dos termos
assim tanto que nas cartas Dá para ver
que a a primeira versão da ética e a
outra versão da ética vê porque em
trocas de carart
alguém criticou ele por um termo usado
de uma forma tão bom etc é então tem
isso E
aí vou agora um certo resumo para entrar
na ética é
o Deus ou substância ou
natureza que essa substância
infinitamente
infinita ela é a potência absoluta
Uhum tudo que pode pode porque é ele
potência agora é uma leitura minha Pode
ser que outro espinosano discorde mas ã
então a totalidade é a potência Total
absoluta e o que que seria a
impotência o nada não sei você tá me
perguntando o que que seria potência tá
deixa eu pensar tá proposição se a
potência é a capacidade de fazer todas
as outras coisas é a inação é o o nada o
nada o nada mas E aí impotência não
existe então absolutamente ela não
existe se a gente usar um sentido
relativo a eh se se for ser rigoroso
assim dois dois âmbitos âmbito lógico
âmbito analítico até usaria se não
tivesse várias discussões para limpar o
terreno aí mas se fosse do ponto de
vista cognitivo assim de entender o
termo
eh
é impotência seria o nada então não
existiria o quando existe na não haveria
nem existência para falar disso exato no
sentido retórico a gente usa a
impotência o próprio Espinoza usa né por
isso que eu tô falando é uma leitura
minha E aí eu gosto de pensar que a
nossa vida são as variações da potência
nós não não vamos chegar a ser potência
absoluta porque um ser limitado não
consegue a potência de todas as coisas
Reunidas Uhum E que não tem limite não
tem fim todos esses conceitos Lembrando
que o infinito no século 1 é uma
discussão que eu não vou arriscar
começar ela aqui mas tem uma discussão
sobre o que é infinito não é a noção eh
vulgar de não tem fim sim sim entendo eh
mas eh então você tem que a E aí o o ser
humano nós homens mulheres ou homem no
sentido né do ser humano
eh nós somos uma potência limitada mas
uma potência e nosso E aí tem três
afetos originários que fazem com que a
nossa potência aumente ou
diminua a potência primeira é desejo uh
ou seja nós desejamos coisas e ela
digamos é é a que move as outras duas
potências potências não desculpa dois
afetos H que é a alegria e a tristeza a
partir desses afetos três desejo alegria
e tristeza S Cara isso é muito Platônico
alegria é aumento da ele ele comenta
sobre Platão não é tão legal que ele
comenta mas eu já falo e alegria então
você que tá assistindo o que que é
alegria alegria é o aumento da potência
de existir do corpo e da mente porque é
ambos é simultâneo nós somos ao mesmo
tempo corpo e mente eh e ele
propositalmente não escolheu alma o
termo alma em em latim Ele Escolheu
mente Uhum E aí é toda uma discussão do
porquê disso né para evitar um alguma
coisa meio religiosa penso eu e
tal então e a tristeza é a diminuição da
nossa potência da potência de ser
potência de existir potência de pensar
quanto mais alegre eu estou mais eu
consigo pensar mais
amplamente quando você tá triste muito
mal [ __ ] sabe mano terminou um
relacionamento você com dívidas você não
consegue pensar você não consegue se
mover Então é isso que que ele indica e
e do Platão assim é o único não sei se é
o único mas tem um momento nos citata
meta eh no citata metafísicos Pens
pensamentos metafísicos que ele diz E ai
o o a a tradição de Platão e Aristóteles
tipo não cheira nem Fed para mim uhum
porque ele tá olhando muito mais acho
que uma tradição cartesiana e também os
estóicos de alguma forma né É agora os
históricos não existem no vácuo né Não
claro claro claro não eu concordo mas
não que não existe mas que não é uma
tradição Mas acho que ele tava R qual
ele recorre né não exato sabe aló eles
falava isso [ __ ]
[ __ ] que isso B para ele ele e assim
eh
eu nessa nessa dinâm é porque eu vou te
dizer o que que eu tava pensando eu tava
em mente é famosa tripartição de áa na
República né então ah só que antes eu eu
acredito que essa elaboração é
construída dentro da obra eu acho que no
Lax é muito observável o desenvolvimento
disso daí em certa medida o conceito de
coragem ele vai aparecendo ele vai
ficando parrudo que é o que da República
Vai representar o exército né a metáfora
ali do exército eh mas o que que é o a a
a essa coragem quando você tem coragem
você tem O quê você tem ímpeto então H
se você substitui Epia por desejo que é
quase literal né E se você substitui a
Andreia que é esse essa virtude que dá
no cara que tem impulso que tem
capacidade de agir impulso para né por
isso que ele representa no exército né
Eh bom é isso então você tem os os
desejos embaixo que te eh impulsionam
para um impulso que pode ser correto ou
não e aí vem a terceira esfera que é a
da cognição para você ter o impulso para
coisa que é boa né e não ter o impulso
para coisa que é ruim mas a grande
novidade eu eu eu considero isso uma eu
não sei se é uma novidade pra época mas
acho que uma grande força
eh que depois a gente conheceu por
provavelmente mas a Espinosa que define
a essência humana como desejo ele fala
tamente é
claríssima o que eu quero dizer na minha
na minha cabeça o que eu tô querendo
dizer é que a estrutura porque às vezes
a gente pode pensar que isso é muito
arbitrário né porque desejo porque não
sei lá eh porque porque medo e alegria e
não outro afeto qualquer eu tô dizendo
que provavelmente esses esses afetos que
foram Escolhidos estão impregnados de
Platão e aí o que ele vai fazer é
reverter né não é a razão que guia o
desejo mas o desejo que tá produzindo eu
não sei se é por Platão Pode ser aí
precisaria fazer é uma discussão boa
estudaria uma pesquisa muito boa
inclusive mas a a leitura que eu faço
eh saindo um pouco da tradição que é um
outro tipo de leitura válida Mas
diferente que é o seguinte a partir de
como ele vai construindo o sistema de
pensamento dele a obra ética que a obra
ética É obra da vida inteira
eh e eu prometo no final eu falo o por
esse nome ética que é uma reflexão que
eu tive que faz todo o sentido e e por
isso que parte de como o mundo funciona
para chegar na ética A ideia é um pouco
essa
eh mas eu tenho uma impressão que é
muito mais pro o seguinte sentido o
desejo é primário no sentido de que
somos seres limitados e carecemos de
coisas ao nosso redor comida para nos
alimentar teto para morar etc etc Uhum
Então logo desejo há de ser o nosso
afeto primordial deve ser o que nos
constitui porque é isso que nos move
para buscar certas coisas né E aí na
leitura dele ele vai pensar alegria e
tristeza como expressão emocional de um
de como ele isso vou vou tomar ele mas
ele vale para todo mundo né como ele ou
alguma pessoa fica ou se sente quando
aumenta a sua força de existir ou quando
diminui então por isso E aí ele vai
definindo vou pegar um exemplo aqui e eu
acho que ele conhecia o português ele
não isso é uma Isso é uma hipótese bem
interessante ele usa o termo em latim
desiderium que tem uma referência a
saudade que é da que que só tem no na
língua portuguesa então tem uma grande
tradição aí discutindo que ele de alguma
forma falava português eh em casa entre
os familiares falava muito mal o o Latin
não muito mal
o Holandês falava muito bem o o hebraico
E também o latim que ele
escrevia era língua aniversário inglês
um pouco e um pouco de inglês porque ele
se comunicava com alguns ingleses eh tem
isso mas ó olha que interessante eh a
definição então
Eh o ódio o ódio eu vou ler a definição
de ódio para Espinoza é a tristeza
conjuntamente a ideia de causa
externa É disso que eu me livrei pô é
exatamente isso é disso que eu me livrei
Eu não me preocupo mais com isso eu vou
ficar triste por uma causa externa não
vou mano os estóicos Têm razão [ __ ]
não tem como se eu não tenho controle eu
vou ficar puto por quê Uhum é exatamente
e E aí a gente lhe dar e tomar decisões
porque é isso o que que é agir isso
existe uhum a questão é como você lida
com isso você pode continuar fazendo com
que isso perca o seu dia fazendo um
testão S exato ou você pode pegar e
falar legal e e namorar depois e viver a
vida come vidro aí então come vidro aí
pode agora em contraposição o que que é
o amor como
eh Espinoza define o amor se o ódio é a
tristeza conjuntamente a ideia de causa
externa o amor é alegria conjuntamente a
ideia de causa externa tá então tem
sempre essa ideia de que todos os outros
eh sentimentos afetos aqui no caso eles
remontam a alegria e tristeza a partir
de algo E aí Alguns T sutilezas
inclusive né tipo despreso é a
imaginação de uma coisa que toca tão
pouco a mente que esta é levada pela
presença da coisa a imaginar antes o que
não está na própria coisa do que o que
está
nela Caramba mano ess hipnose é muito
bom vai se [ __ ] Vel velho é muito bom é
muito bom só que aí eu por exemplo A
para chegar se você ler linha por linha
como a gente faz em textos de Filosofia
para chegar no na parte três que começa
a ser latim o o original é latim latim
[ __ ] que pariu não sei estudar Latim é é
eu ainda eu quero estudar mas pra frente
mas enfim sei pouco ou quase nada mas Ô
essa essa tradição tá muito boa e ela é
bilíngue Eu recomendo essa do grupo de
Sus espinosano saiu P É eu vi esse eu vi
esse texto na na na leitura aqui do
casaparque eu achei bonito para [ __ ]
eu quase comprei só que tá caro para
[ __ ] eu falei vou comprar vou comprar
não que vou comprar essa merda desse
tamanho não vou saber onde que tá
falando direito vou enfiar na instante e
nunca mais vou ler mas agora eu tô
interessado não mas é muito bom muito
bom
e fazer o seguinte eu sou estudante da
Usp eu vou vou comprar um eu te mando de
presente
Ah achei fofo isso a muit o a ética do
Espinosa [ __ ] Que presente do [ __ ]
mano valeu Não essa obra essa obra é
muito boa é muito boa mesmo e a tradução
é ótima foram mais de 10 15 anos de
pesquisa coletiva e é sobre a
responsabilidade da Maria Elena choui
mas tem a várias mãos mas eu queria
falar uma coisa que eu acabei não
falando porque são muitas coisas eh que
é bem importante com o título da Live
não sei se alguém fez essa pergunta ou
não mas a questão da Como que é o nome
da Verdade razão da razão razão e
verdade eu vou eu vou começar com uma
provocação que é da Verdade para depois
falar da razão que é a seguinte
eh escrevem ele trocava carta com as
pessoas
e o conversava né com diversos
interlocutores aí perguntaram Espinosa
Mas
você Você acha que a sua Filosofia é
melhor ou não a resposta del não
melhor se é a melhor eu não sei eu sei
que a minha é a verdadeira
veradeira Ai é [ __ ] PR [ __ ] ou
seja agora agora é o Bruno Bruno pierzi
Bruno pierzi falando eh recuperar
Espinosa no século XX para mim é
recuperar uma vitalidade da Verdade é
recuperar algumas coordenadas para
compreender o mundo para compreender as
coisas eh que existem e que não são
meras narrativas é não cair nesse engodo
né E ao mesmo tempo olhar para essa
dinâmica afetiva
e entender que tal como Espinosa diz o
homem o ser humano é uma unidade de
mente e corpo não há e essa essa
dualidade esse dualismo exatamente há
uma unidade de mente e corpo e o que é
expresso corpo o que o corpo sente é
expresso na mente entende existe uma
simultaneidade desse processo e tanto
que eu falei muito de afeto
e tem a palavra afecção que que é uma
afecção afecção é aquilo que me marca
que acontece algo que me marca e afetos
é a ideia que eu tenho do que me afetou
afecção é É dinâmica corpórea se quiser
pensar assim material entre aspas eh e
afetos é a de e é a dimensão
correspondente exato É expressão
psicofísica se quiser pronto expressão
psicofísica seria um termo mais mais
atual para entender essa dinâmica E aí
nós nós temos três gêneros de
conhecimento tudo que nós legal é
expressar desculpa te interromper mas o
legal é porque eu acho esse tema muito
interessante O legal é É pensar que de
fato são coisas diferentes porém que não
existem independente da outra né ou seja
o afeto é uma coisa afecção é outra
coisa só que o afeto é o polo da afecção
né exat
exato e ele se dá nos dois atributos ao
qual nós fazemos parte que é a a
extensão porque é coisa extensa uhum ah
eu tô andando Bati a perna é extensão Eu
não bati no nada não foi uma uma dor
metafísica não não tem essa palhaçada o
que acontece é ô se eu tô estudando
muito até isso é físico são neurônios
trabalhando é um processo natural do
próprio corpo então Eh isso é é físico
ganha uma dimensão uma dimensão eu
prefiro expressão isso também se
expressa como sentimento cansaço fadiga
alegria tristeza ânimo disposição ou
seja se expressa emocionalmente
afetivamente Uhum Então o afeto tem a
ver com isso e e e eu acho riquíssimo a
gente pegar e olhar pro pros olhar com
os pros afetos eh a força que os afetos
tem e a direita sabe muito bem manipular
os afetos pros interesses políticos a
eleição tá aí processo eleitoral tá aí a
gente fica reclamando vou só fazer uma
parte porque tem a ver com essa dinâmica
afetiva o que eu me incomodo na esquerda
e também na tradição filosófica é porque
eu acho que a gente vive uma espécie de
iluminismo
meu umaa em relação a sentido dos afetos
né mais que isso Acha que basta
apresentar o racio pess que ela vai
mudar é uma espécie de iluminismo
ingênuo achando que é porque não chegou
na verdade que o cara tá votando votou
no bolsonaro etc e tal que foi tomar
cloroquina que é porque não sabia não
gente gente gente não é no meu vídeo eu
falo o que faz que as pessoas votaram no
bolsonaro na minha leitura é porque eles
queriam ser o bolsonaro igual fazer
coisas e ficar fazerem as maiores
barbaridades E ficarem punes então é um
desejo que tá movendo uma identificação
do que são ou querem ser eu teria um
complemento Talvez uma discordância mas
aí a gente teria que se expressar
conversar para ver se essa discordância
existe de fato Ou não porque eu penso o
seguinte esse tipo de af
eh eu não acho que há dicotomia entre
afeto como você mesmo expressou no
começo dessa conversa que a razão seria
uma espécie de afeto
também falar disso então e eu eu penso
que quando o
cara eu vou eu vou pegar um exemplo
assim bem concreto e bem real anedótico
claro que é um exemplo que eu que eu
conheço e etc etc que é o seguinte
eh eu tava conversando com um cara que é
bolsonarista que era um colega de enfim
não vou entrar em muito detalhe senão eu
marco a pessoa né Eh que ele é um que
que é bem pesada a a situação mas eu
tava conversando com uma pessoa que é
bolsonarista e que ela tava tentando
falar com comigo ã a respeito do da
faixa de gas e das questões que estav
acontecendo Logo no início quando
começou a acontecer quando ele começou a
argumentar comigo eu Ah comecei primeiro
eu não eu não sabe a pessoa vem Ah você
é um fascista não sei o qu não vamos né
tipo assim com os seus símbolos né com o
que você tá falando como é que eu
consigo ir né e pá E aí em certa medida
Eh o meu argumento para conversar com
ele desse aspecto em que a defesa dele
era não tem que destruir aquelas pessoas
que estão ali porque senão não vai ter
paz para aquele grupo de pessoas que não
fez nada que por exemplo acabou de
sofrer um ataque etc etc Então tem que
destruir mesmo então o papo dele é nesse
nível não é assim ele não tá tentando
argumentar comigo que tem uma sutileza
que de repente é um ataque não é para
ele é tem que exterminar porque senão
aquilo sempre vai acontecer então
inimigo externa né É É o k schmit né
então assim o inimigo a definição do
inimigo então se eu não resolver o
inimigo para ele é a mesma coisa então a
gente vai ficar naquela intriga ité
então assim fascismo é o nome né é
fascismo Inclusive a esquerda precisava
estudar k schmit é enfim eh então ele
tava expressando fascismo né assim e aí
veja então eu tô eh eh eu Eu sempre
pensei isso que você tá dizendo e
portanto tava tentando
Ah eu não ia virar para ele mano iso é
fácil né Então aí
tá tentando partir do ponto de vista de
que isso poderia ser considerado
racional levar as últimas consequências
o raciocínio colocado daquela situação e
explicar que ainda neste paradigma nem
assim isso seria racional E aí Ah qual o
que que eu queria dizer era o seguinte
olha não veja bem ainda que isso que
você tivesse defendendo fosse verdadeiro
qual é o problema o problema é que não
existe a menor possibil idade disso
acontecer do jeito que você tá
descrevendo o que vai acontecer é que
Israel vai atacar vai se desgastar no
cenário Internacional e vai começar a
ter problemas para si própria e virando
a opinião pública você vai ver isso
acontecendo vou te pode esperar se você
acha que tá certo espera acontecer vai
vai continuar acontecendo isso vai criar
uma pressão inclusive nos Estados Unidos
uma pressão pública nos Estados Unidos
pros Estados Unidos não apoiar o que tá
acontecendo porque aquele sangue vai
ficar escorrendo o tempo todo não vai
chegar nessa definição que você tá
dizendo E o fato político que vai
acontecer é que a própria o próprio
Estado de Israel vai se enfraquecer ou
seja tô adotando todo o paradigma do
cara e falando ainda assim as
consequências reais do que você tá ainda
assim é falso é seria falso E aí
Ah ele insistia em tentar Ira estudando
e pesquisando e vendo as notícias e me
trazendo toda vez que a gente se
encontrava e aquele né vamos voltar a
conversar sobre aquilo então e aí trazia
e eh o que eu quero dizer ele
estudava ele estudava para fazer essas
defesas para explicar porque que eu
estava errado Sim desejo de ter razão né
então eu eu vou eu vou transicionar eu
quero o que eu quero dizer é que eu não
concordo com tanto com você tá com o
passar do tempo que tipo assim eu já vi
ele fazendo isso em várias outras
matérias hoje eu não tenho contato mais
com ele mas eu vi ele fazendo isso em
várias outras matérias em algumas delas
foi por exemplo a veja n tendência da
ditadura era melhor da ditadura era mais
tranquilo e a economia tava indo e etc
etc etc e aí em certo momento eu falei
cara você diz tipo assim ele vai para
números estuda pesquisa e mostra por
exemplo que a ditadura não matou a
Ditadura Militar Brasileira ela não
matou tanta gente como normalmente as
pessoas acham que matou Isso é verdade
as pess a quantidade o número de pessoas
que morreram não é exatamente o que as
pessoas imaginam normalmente Se você
pegar na rua e perguntar Quantas pessoas
você acha que matou a ditadora militar
ela vai chutar sei lá 1,5 milhão e me
500 milhões ele vai chutar uns números
assim esdru
ah nessa conversa eu falei cara um
familiar morreu o meu por causa da
ditadura militar entendi e aí que ele
tava em certo momento da discussão era
que [ __ ] mas tava vindo o bolsonaro
para né fechar o regime nesse negócio de
8 de janeiro etc etc tava vindo militar
para eles estavam vindo para fechar o
regime mas veja se fechasse também o
argumento dele era esse se fechasse
também também não seria tudo isso que a
universidade diz e não sei o quê Porque
os números são assim são assados aí eu
falei cara eh e aí ele tava eu eu falava
Quando Ele começava a falar sim mas eu
não me preocupo com os outros né usando
raciocínio dele eu não me preocupo com
os outros o problema é que se a a
ditadura militar fechar ela vai me pegar
ela vai me pegar eu tenho canal no
YouTube eu falo bosta o tempo todo ess
esses caras vão me encontrar aí ele
tentando argumentar ele dizia Ah que não
você tá exagerando você tá exagerando
não ia pegar aí eu havia argumento de
não matou tantas pessoas assim etc e aí
eu saco o meu exemplo pessoal e falo
cara eu tive um familiar que foi
assassinado pela ditadura militar eu
tive pessoalmente então assim você diz
essas coisas porque você não
experienciou você não sentiu e etc etc
com o passar do tempo o que a gente foi
somando encurraladas dessa que eu dava
nele que ele aí ele travava né ele ele
fala não aí ele começou falar uma coisa
assim tipo cara eu entendo porque você
pensa assim ele dizia isso era
profundamente irritante eu entendo
porque você pensa assim é
porque PR [ __ ] é porque isso te toca
no pessoal né Você lembra né do aí por
exemplo o negócio da covid e ele ele
sabe que covid era doença e tal e que o
cara táa falando aí ele falava assim
cara mas isso nem é tão assim qual é a
influência dele eu falei [ __ ] meu tio
morreu por causa da covid cara meu tio
morreu ele tava hospitalizado E aí um
pouco depois chegou a vacina ou seja se
a administração bolsonar não tô falando
que o bolsonaro fez que ele é do mal tô
concedendo tudo eu tô dizendo assim ele
demorou para conseguir a vacina se ele
tivesse conseguido um mês antes não sei
o resultado poderia ter sido diferente
entende aí jogando isso para ele aí aí
jogando esses exemplos né que né eu
tenho um famíliar morto pela ditadura o
negócio da covid aí ele aí ele soltou
uma que quase deu um soco na cara dele
ele falou assim mas [ __ ] também tu tem
um azar da [ __ ] hein mano Nossa mas eu
quero eu quero dizer isso para você e
revelar isso aqui porque na verdade eu
não acho que ele esteja adotando essas
linhas discursivas apenas porque ele tem
vontade de tá certo mas porque ele sabe
que ele faz parte de uma aparelho de
outras pessoas uma comunhão de pessoas
que se se ele conseguir ser hábil o
suficiente para me convencer dos pontos
que ele tá querendo colocar ele vai
fazer um projeto de fazer maioria você
entende tipo assim ele el entendi
entendi ele ele em certa medida ele tá
competindo comigo não só por questões de
afeto é porque ele sabe se ele for bom o
suficiente para me dobrar ele consegue
dobrar outros e outras pessoas do
cobrando outros eles serão maioria E aí
talvez não precisa nem de golpe de
estado pô porque se tiver elegendo tá
tudo bem entende entendo perfeito H há
um aspecto racional nessa nesse apego às
próprias ideias Ah e eu não acho que
haja uma dicotomia entre uma coisa e
outra não eu concordo contigo Inclusive
eu concordo e eu acho que não há um um
um eu falei tava pensando mais no
exemplo da eleição né do do que nos Move
para para votar a Adesão e para nós que
estudamos que já fomos ou somos
militantes de diversas formas Lógico que
as propostas eh tem uma coisa importante
atuação não só na campanha Isso é o que
deveria balizar né um uma eleição e não
e não é só que uma coisa é o que deveria
outra coisa como é como é e são todas as
emoções é por isso que todo mundo que
trabalha com publicidade campanha
publicitária sabe que é tocar nas
emoções é o que a táa tá fazendo fez em
termos de campanha melhor que ningém que
essas operações são Racionais é porque
eu acho que é uma tolice muito grande
quando as pessoas o público de esquerda
se acha muito inteligente então assim Ah
eles estão convencendo Porque eles estão
tocando na emoção do povo burro é é é
assim o que eu quero dizer é que o meu
colega ao que eu me referia ele não era
convencido de que a cloroquina faz mal
mas ele tentar
juntar todos os argumentos possíveis de
que olha veja bem ele o meu político tá
defendendo essa mera então assim se eu
não defender o que ele tá defendendo a
gente perde legitimidade no público e aí
a gente perde o poder eu ia eu vou
comentar uma coisa um complemento porque
eu acho que digamos eu eu vou eu
corrigiria não corrigir é muito
deselegante eu acrescentaria nisso que
não é só o político Mas uma coisa que
você mesmo falou a comunidade aal qu ele
pertence e e eu acho que isso é muito
importante é isso que a Brasil paralelo
faz inclusive por via da igreja então
você cria uma comunidade e que
afetivamente para você se sentir incluso
vocês têm que defender a mesma ideia se
vai arregimentando certos militantes à
direita Na
igreja eu acho que a única diferença que
eu teria é que eu acho que isso é é
racional não é tipo assim o cara entra e
aí quando ele entra ele ó meu Deus agora
eu tenho que defender coisas que eu não
acredito Na verdade ele sabe o que ele
tá fazendo é essa a minha minha questão
ISO não é irracional é é igual por
exemplo a lógica da Mente Não É a lógica
formalista aristotélica que a gente
conhece mas a lógica da mente é dos
sonhos por exemplo é Lógica tem um tem
um ordenamento tem uma estrutura então o
irracional o ilógico são termos
problemáticos a meu ver né Eu acho que
existe uma tendência eu concordo com se
é real é racional não quero nem saber
exato exato Então desse ponto de vista
eu concordo eu quis me referir E aí a
provocação à esquerda foi de um
eh um tipo de E aí por isso que eu falei
nem falei raci eh racionalismo ou
iluminismo mengo que é só você trazer a
informação ó pronto você as pessoas vão
deixar de eh fazerem ou acreditarem no
que acreditam porque a informação
verdadeira correta tá na frente não
porque o que nos move é toda uma
dinâmica é uma rede uma uma rede
diversos afetos de pertencimento que a
gente não olha e por isso que a gente
apoia tanto e e dado a minha trajetória
eu fui pra Espinosa a Espinosa me ajuda
muito a olhar para isso e a entender
disso né
e e o que eu tava falando antes da de
falar desse exemplo do Iluminismo
ingênuo
eu eu não lembro eu lembro que a gente
entrou nisso mas eu concordo com o seu
apontamento ah sobre a sobre os três
gêneros do conhecimento em algumas obras
tem
eh seu áudio tá cortando
a desculpa agora tá bom melhor foi mal
eh o tem um livro do Espinoza o Tratado
do de Deus do homem do bem-estar que na
verdade tem toda uma discussão sobre a
validade dele porque foram alunos deles
uma espécie de de estudantes que viviam
com o Espinosa ou próximo de Espinosa
recebendo aulas lições
eh E então dá para ver que a des
Espinosa tem uma proximidade mas também
tem tem uma linguagem um pouco mais
distante no prefácio fal em Jesus que
eram religiosos que defendiam um
esclarecimento racional apesar da sua fé
né Uhum Então então tem esse elemento eh
em primeiro lugar mas ele vai ter duas
num momento ele define que são quatro
gêneros e no outro ele define que são
três ora ele fala modos de conhecimento
gêneros de conhecimento vai mudando o
termo mas a
ideia a
ideia a ideia básica eh é que são três
gêneros do conhecimento o primeiro
gênero é a imaginação uhum a imaginação
é no sentido quase
como uma projeção
a imagem o que a gente vê quase no
sentido da fenomenológico as coisas que
nós vemos nós formamos uma imagem
eh e aí então a gente pode falar que a
imagem é um defeito ou um erro não qual
é o ponto e porque eu acho que isso é
muito [ __ ] em Espinosa e não é uma
escadinha não tem uma hierarquia e nós
eh quando a gente tá na razão a gente
não deixa de de ter de pensar
imaginariamente sim porque quando eu
vejo um copo eu vejo esse computador eu
vejo alguma coisa essa imagem é é
percebida com todas as associações que
estão constituídas na minha experiência
Então nesse sentido
a a constante é a imaginação ela é a
primordial e é lá que você pega e você É
lá que está também a
superstição e eu não sei se eh depois
depois eu falo uma coisa eh é a
superstição ela tá na imaginação mas a
gente a imaginação não é um erro por
imaginar qual é o problema e aí essa é a
minha pesquisa porque estudar
superstição é estudar imaginação humana
a imaginação
ela ela entra em curto circuito quando
ela tenta responder a algo que é da
Ordem do racional e não da Ordem da
Imaginação a imaginação indica como um
corpo recebe uma informação Ou seja a
imaginação fala sobre mim sobre eu
perceber alguma coisa
agora se eu usar a imaginação para
explicar o mundo ah vai ser uma
explicação imaginária então por exemplo
eu tô jogando um jogo eu me emociono ou
vendo um filme tá eu vejo coisas que não
existem só que aquilo é no nível da
imaginação eu posso me emocionar a gente
se emociona mesmo que não existam essas
pessoas ou coisas que ocorram num
determinado numa determinada ficção seja
um jogo seja um filme só que você
atribuir para além A além do escopo da
Imaginação de uma ficção você atribuir
realidade a algo que é da Ordem da
ficção é você extrapolar o campo da
Imaginação então a imaginação ela não é
um erro por imaginar
eh tanto que o o Espinoza ele responde
uma carta aonde
o falando que ele ele teve uma visão de
que o filho ia morrer e teve isso num
sonho etc umas coisas assim e aí o
Espinosa vai explicando ora você teve
isso depois de alguns meses você viu a a
a lâmpada de a lâmpada a vela de uma
certa forma eh provavelmente isso se
remeteu a uma coisa a distância temporal
sua nada garante que seja tão fidedigna
você perdeu um filho tudo isso afeta e
ele vai mostrando como se o problema não
é ele imaginar a imaginação não é um
erro porque ela indica como o meu corpo
foi afetado por algo exterior meu corpo
porque é isso que a gente tá falando né
sim só que o problema é quando eu
atribuo eh eu vou sei lá entendo
explicação do mundo a partir só do que
eu vejo Ah então se eu tomo como
parâmetro ã o horizonte que eu vejo a
hora o sol tá aqui hora o sol sumiu
então o sol se move Isso é uma
explicação
imaginária sim porque eu tô eu tô usando
como critério a empiria em grande medida
isso é um excesso de
empirismo uhum tolo né traz de volta a
Terra plana ex e o Esse é o primeiro
gênero do conhecimento Qual é o segundo
gênero é a
razão O que que é a razão paraa Espinosa
meu tem uma tem uma pesquisadora da de
Portugal eu quer vou usar o espaço para
faz agradecimento
eh deixa eu pegar aqui o livro
eu ganhei de presente a última edição da
fundação kalus
guban a dinâmica da Razão na filosofia
de
Espinoza o Catatau Uhum é uma obra é
tipo uma Marilena ch lá de Portugal a
Maria Luisa Ribeiro Ferreira Quero
agradecer pelo pelo livro era o último
né foi doado e não tinha lugar nenhum do
mundo assim pararam não vai ter outras
edições é nem cebo
e E aí o que acontece ela não é simples
mas de para para simplificar ou para
vocês terem uma primeira noção do que
Espinosa entende por razão ele entende
como uma noção comum bem parecido como
os geômetras entendem noção comum é
aquilo que você vê em diversos casos
você estabelece então comparativamente a
cativamente você estabelece então um
elemento comum ou algo que existe no
particular e no todo então a razão ela
tem essa capacidade de perceber então
coisas que estão na parte no
todo a razão não é a compreensão
absoluta de todas as coisas a isso cabe
o terceiro gênero então a razão ela e aí
é uma discussão se que eu ainda não
tenho resposta se a ética do do Espinoza
ela é escrita com Qual dos três gêneros
do conhecimento da Imaginação Eu acho
que não mas eu acho que em certo momento
ele vai pra imaginação para sabe tocar
sobretudo nos escolhos que ele faz uma
discussão ele vai chamar a a superstição
como e a religião como Asilo da
ignorância a vontade do Deus desculpa a
vontade de Deus é o asilo da ignorância
ele fala ou seja eh tem um uma coisa
racional mas ele tá dialogando muito
também com com a ordem do Imaginário
muitas vezes agora se é a razão ou se é
o terceiro gênero que eu já vou falar o
nome eh Pois é eu tô aqui achando que eu
tinha me perdido que até agora você não
falou o terceiro primeiro é primeiro é a
imaginação o segundo é a razão Qual é o
terceiro intuição é a famosa intuição
intelectual de Deus uh eh que ele que
ele chama que é a que é uma que é a
potência máxima entre aspas máxima não
mas uma potência do intelecto para
compreender a verdade para compreender o
verdadeiro a sua Gênese o melhor exemplo
do que é intuição eh intuição é aquilo
que
instantaneamente sem mediação ou seja
imediatamente eu compreendo todo o
processo de produção de algo quando eu
vejo algo sabe a literatura trabalha um
pouco isso Sei lá eu viv vi um
personagem viveu diversos processos aí
bate o olho numa pessoa que ele revê a
vida dele inteira como que ele chegou
até aquela situação por exemplo a
intuição na literatura e também na
filosofia ela tem essa dinâmica de você
ter uma apreensão imediata de várias
mediações é como se num átimo num ponto
num instante você tivesse uma
compreensão total de um
objeto compreensão total no sentido de
como foi produzido eh o processo de
produção só que a razão vai fazer isso
por mediações
a intuição seria um processo por isso
que elas são simultâneas né E não uma
superação não uma escadinha hierárquica
de e lógico tem uma certa ideia de
superioridade da intuição porque ela é
Rara ela é difícil enfim mas nós não
deixamos de imaginar quando a gente
pega quando a gente pega e e quando a
gente intelige algo compreende eh pela
intuição eu não deixo de ser afetado
pelos o meu corpo não deixa de ser
afetado por outros corpos Pela Luz eu
não eu não sei se eu entendi a intuição
seria o resultado de um processo
específico depois ou ou ou ele pode ou
ele não tem causa você de repente tem a
intuição não não não tem causa tem causa
é a é a potência da mente é é a a causa
é a propriamente de compreender
ah compreender imediatamente todo um
processo que produziu esse algo Então
imagina que você eh por isso que eu dei
o exemplo exemplo acho um exemplo
funciona
eh a marlena chaui usa um exemplo do
Guimarães Rosa um personagem e eu não
lembro Exatamente é do Grande Sertão
Veredas
eh mas eu não lembro exatamente o
exemplo
mas pensar assim
eh eu vou Posso alterar
eh não Guimarães Rosa mas Graciliano
Ramos que Graciliano Ramos eu entendo
mais e eu gosto muito dele sou
apaixonado por as as as possíve os
possíveis exemplos só estão na
literatura você não consegue você não
tem não
não não de fato é algo mais difícil eh
de
de colocar em termos muito práticos
assim eh mas a gente pode pensar na e o
exemplo que eu vou dar um exemplo então
no sentido
prático imagina o
trabalhador que não tem uma certa
consciência de classe
eh que vive trabalhando eh sendo
explorado ora ele vê a exploração H ele
não vê como exploração e aí tem um
processo de greve ou ou não um processo
de greve mas por exemplo alguma atitude
de um burocrata de alguma pessoa que né
alguma ação fortuita que pode ser um
grito pode ser uma demissão pode ser uma
greve instantaneamente ou seja numa ação
única imediata ocorra um processo mental
que compreenda a a cadeia inteira de
acontecimentos de como funciona o
capitalismo de que tem essa estrutura de
como a vida dele tem sido com
até chegar qu como se fosse uma epifania
então eu poderia fazer uma comparação na
literatura epifania tem uma dinâmica que
é um pouco Epifânia nesse sentido nem
sei se essa palava existe Epifânia Mas
enfim eh é é um pouco isso ela é Rara no
sentido que não é tão habitual mas é a
capacidade de você ter uma intelecção do
processo como um todo mas imediatamente
e e como é processo ele é um resultado
da Raz
buscando compreender as causas a gente
sendo afetado pela imaginação né
então a dinâmica a dinâmica do o
conhecimento funciona pra Espinosa sobre
esses três domínios ou três gêneros ou
três modos modos de conhecer as coisas
porque isso é conhecimento né o
conhecimento Imaginário diz sobre o meu
corpo o conhecimento da Razão diz sobre
propriedades comum nas coisas e a
intuição intelectual é uma apreensão
total de um processo então em em resumo
assim eh essas esses três gêneros eles
ocorrem e
o o que faz a a tudo aquilo que faz a
mente pensar mais é sentido como alegria
porque é a potência da mente ao pensar
então na medida em que a a própria
capacidade da mente é pensar e ela se
percebe como sendo capaz de refletir e
de pensar a si própria e o que a
constitui ou seja olhar pra razão olhar
para essas noções comuns e começar a se
perceber como agente de certos processos
talvez poderia pegar o seu caso das as
coisas todas não vou brigar mais não vou
mais brigar você a sua mente percebeu Em
algum momento avaliando a situação do
Entorno que você poderia ser a causa da
sua ação apesar do Entorno né ou lidando
com o entorno então na medida em que
você se percebe como causa interna você
aumenta a sua potência e sente isso como
alegria na medida que você fala nossa
cara ô uma prova Nossa eu consegui fazer
um trabalho consegui fazer uma prova ou
por exemplo quem trabalha com ti Nossa
consegui tirar esse bug você se vê como
capaz sabe uma potência de pensar de
realizar coisas mas pensando Mais
especificamente a mente
ã é é esse processo onde a mente se vê
eh percebe ou tem consciência da sua
potência para isso e ao perceber eh da
sua potência ele tem uma ele
aumenta e se ocorrer se ocorrer o
contrário
Ah eu vejo que eu não consigo sair de
uma sinuca de bico uma situação ocorre
que é isso é sentido como impotência
então a gente pensa menos entra numa
dificuldade e aí por isso que a melhor
coisa à ve
gente que estuda todo mundo deveria ser
assim mas é difícil porque às vezes a
gente fica 4 horas no mesmo parágrafo
mas é hoje não deu outro dia a gente
volta a descansar Porque conforme você
não não CONSEG l a gente tem um grupo de
tradução de Aristóteles que tem vezes
que a gente le uns dois negócios inteiro
e tem dia que a gente fica em uma linha
exatamente grego grego é fascinante eu
lro a experiência mais
isso foi Hegel eu fiquei 14 dias em duas
linhas de Hegel para
entender depois eu consegui e quando eu
consegui [ __ ] nossa eu berrei tanto
naquele dia foi engraçado mas e aí
percebe que havendo esses gêneros do
conhecimento e o conhecimento é uma
expressão mental ou seja conceitual
enquanto ideia das coisas dos corpos que
estão
eh que estão à nossa volta porque agora
eu vou falar uma coisa que talvez seja
linguagem adorniana mas ajuda a explicar
o conceito sempre fala do não
conceitual do que tá fora do conceito do
mundo uhum também o conceito pode falar
de si próprio enquanto linguagem meta
linguagem pode mas via de regra o
conceito ele fala do Extra conceitual do
fora do conceito né Eh das coisas que
estão fora fecha esse parênteses de
linguagem
adorniana que ficou para mim muito
porque eu acho que é importante tem
certo
valor
o o Espinoza o que que ele faz em toda a
ética e por que ele começa por Deus
depois ele fala da natureza depois da da
natureza e origem da mente depois das
afecções das afecções e dos afetos
humanos depois vai pra Servidão e por
último a potência se o a parte quatro
era impotência ou Servidão humana
significa que se nós estivermos sobre o
regime de afetos
tristes são afetos que rebaixam nossa
potência significa que seremos infelizes
eh e seremos
controlados a servidão humana a servidão
humana é ficar no regime de ser eh
guiado ser é definido delimitado pelo
outro uhum a potência humana paraa ação
e por isso que liberdade e ação para
Espinosa é a mesma coisa ação Liberdade
ação e liberdade é quando você é causa
interna você ou algo fora de você
eh você ser causa do que ocorre em você
ou fora de você quando nós somos causa
interna
eh de uma determinada ação avaliando com
texto
eh avaliando todas essas
situações a gente aumenta a nossa
capacidade de pensar e também a nossa
disposição do corpo de ser e de existir
né Uhum eu não tô entrando em detalhes
Muito técnicos que seria quase acadêmico
mas eu vou comentar porque eu acho que
isso isso é ilustrativo isso não vai
explicar tudo mas para você Pedro e para
qualquer pessoa que goste tá interessado
a
na parte C que é a última parte da
Liberdade humana a proposição 38 ele
fala assim quanto mais a mente entende
as coisas pelo segundo e pelo terceiro
gêneros do conhecimento ou seja pela
razão e pela
intuição tanto menos padece dos afetos
que são maus e menos teme a morte ou
seja eh então a relação de eh ô tem tudo
a ver com o que eu tô falando é como se
é como se Espinosa eu acabei de gravar
um vídeo pela manhã pela tarde não sei
se você viu eu tô falando exatamente
sobre essa temática exatamente sobre
essa temática eu nunca linosa nunca li
Espinosa na vida ô legal legal é depois
a pode até conversar mais Eh mas essa
proposição é a 38 da parte 5 mas foi só
ilustrativo e ele vai explicando
eh que quando está no segundo ou no
terceiro gênero do conhecimento é a sua
parte que permanece
eh permanece ser constante por quê
Porque o segundo gênero são as
propriedades não é tão volátil quanto a
imaginação né Eh a imaginação ela ela é
muito mais
inconstante a inconstante é uma ótima
palavra
Ah E aí o terceiro gênero ele ele quer
entender as coisas do ponto de vista da
eternidade então também tem isso a
estrutura do mundo de alguma forma a
obra de Espinosa É sobre o terceiro
gênero porque ele vai descrever uma
ontologia ou seja um funcionamento no
mundo das bases ou que eu falei lá
natureza naturante né que é a ordem da
Necessidade e que a gente chama possível
acaso eh eh porque a gente desconhece as
leis de funcionamento mas o Espinoza ele
tá buscando justamente essa lei de
funcionamento que é olhar as coisas do
ponto de vista da eternidade né e e
esses afetos que são maus aqui até
porque por exemplo Espinoza Ele trabalha
com a noção de útil e de nocivo é muito
rico para pensar eticamente se algo me é
útil ou se algo me é nocivo bem melhor
que bem e mal muito melhor do que certo
e errado então eu acho isso muito
interessante acho eu acho que isso é é
enfim trocar palavra pode ser pode ser é
no fundo tipo assim tem tem termos que
são tal eu eu posso conceber e conceder
que tem termos que são mais
interessantes no nosso aparato
cognitivo pelas conexões que a gente faz
[ __ ] é uma dicotomia né do que você
quer qu não dicotomia sim mas meu
problema não era não é não é a dicotomia
dualidade nesse sentido o meu problema é
a a valoração num sentido de que se
pressupõe como bom e mau né enfim mas
não então eu eu eu eu entendo que tem
uma carga filosófica problemática mas eh
né usar bem mal né Tem uma carga
histórica sobre esses termos e etc mas
assim aí eu fico com com com rilme por
que que eu teria que buscar o o útil né
assim por que que eu por que que eu não
poderia querer buscar o nocivo enfim não
tem nada n po é então mas não teria nada
escrito na natureza que me puxasse para
ir eu acho que as palavras bem e mal já
indicam que né É claro que bem é melhor
n todo mundo sabe né É claro que que o
últim é melhor é claro que o nocivo é
ruim enfim é bom é tá eu acho que eu
acho que tem um ponto que vai explicar
mais sobre mim e menos sobre a discussão
que é Eu me formei em filosofia
eh Na graduação e a quantidade de
autores que em especial Platão
Aristóteles e toda a Escolástica falando
do bem É então mar bem Supremo bem então
não é só bem no sentido de bom é bem tem
outras conotações mas assim sentio é é
um bem que tá lá fora que diz para você
eu entendo entendo é mas eu mas eu mas
eu concordo com o seu raciocínio e E aí
tem uma tem uma frase eu eu depois vou
vou mandar para você vou postar nas
redes também ã mas o tem um texto que
atribui ao filósofo georgio agamben vivo
ainda enfim que ele fala do Espinoza que
a obra do Espinoza
eh a ética do Espinoza é é ela é
praticamente a busca do Bem Viver então
a mas tô brincando é não Ótimo ótimo É
isso mesmo a busca do bem-viver né
e e para Eu Bem Viver conduzir minha
vida eu preciso entender como o mundo
funciona Claro gente Claro gente e a
partir disso né A questão eh
epistemológica ou cognitiva H lógica e a
e a questão ética ela tá embc e perceber
eh na
olhar para as coisas que ocorrem conosco
com a mesma naturalidade que um hoje um
cientista olha pra natureza num
laboratório né pode falar Ai nossa tipo
a chuva molha pode ser horrível para uns
e ótimo para outros as coisas em si
mesmas não são boas ou ruins o uma chuva
pode destruir cidades como ao mesmo
tempo pode fazer Florescer cidades e faz
ambas as coisas né
ã naturalmente falando então
o e ele vai fazer isso também no Tratado
político e ele vai falar tô tentando
olhar pra política como olho pra
natureza eu posso achar ruim que eu
corre mas é ele vai na mesma mão do
Maquiavel que ele elogia bastante o
Maquiavel chamando de o Florentino
eh no sentido de você fazer uma análise
de como as coisas são Inclusive a famosa
frase e me esforço por não rir não
lamentar não
vilipendiar as coisas que ocorrem mas
por compreendê-las né
então é enfim é isso e E aí
Ah o que que o agamben diz a definição
dele ele diz que a ética só deve ser
guiada ele coloca uma reflexão que eu
concordo mas que vai um pouco pode ir
além do Espinosa mas eu acho que é
interessante no sentido do que a gente
na filosofia chama de Um clássico Por
que ler Um clássico vou citar merl Ponti
porque Um clássico ele é produtivo ele
nos dá pensar lendo Um clássico nos dá
pensar e ao dar a pensar a gente produz
outras obras a gente produz pensamentos
a gente continua
abre um pouco o Horizonte né É Ah ela
continua através de seus leitores por
assim dizer é um pouco isso eh mano se
você v Se você ver o vídeo que eu gravei
hoje T você não vai acreditar Eu juro a
a se se você tem uma boa memória e
lembra do que a gente tá falando hoje é
porque é impressionante a quantidade de
temas que tão num vídeo de hoje mais
cedo que estão sendo repetidos aqui que
você tá me dizendo que Espinosa que
dizia [ __ ] vou assistir s depois você
me fal você ajud e a E aí
eh o o que o agamben diz é pra ética
importa o desejo até a
responsabilidade coisas que nós
precisamos ter numa vida ela não é do
âmbito da ética e não pode ser uhum Esse
é a leitura que o agamben tem que eu
concordo plenamente porque até a própria
responsabilidade entra no âmbito do
direito e não da
ética a responsabil
Exatamente porque isso choca
frontalmente com
cant porque a ética paraa Espinoza
entendendo por felicidade que eu nem
entrei nem falei o que é felicidade mas
uma pista a felicidade pra Espinosa que
não é a mesma coisa que a alegria a
busca máxima do Espinosa é a felicidade
e a felicidade que o termo em Latino
enfim e a gente a tradição religiosa
Cristã enfim usou tanto esse termo
beatitudo beatitude que a gente traduz
por felicidade para se distanciar da
beatitude num sentido
religioso do termo da palavra no latim
mas é beatitudo o o termo em latim a
felicidade ela é ela passa
pela pelo que eu expliquei de ser a
causa interna na ação e de ser livre né
então felicidade significa estar num
certo estado de coisas que você alcança
em que você consegue ser causa interna
compreendendo as coisas só que não é uma
hierarquia Ah eu cheguei na felicidade
eu não tenho mais tristeza não você tem
tristeza só que você lida de forma
diferente com a tristeza eu falei tudo
isso hoje masc
eh [ __ ] muito porque eu enfim há
algum tempo atrás eu já tinha falado
isso que eh bom Espinosa é panteísta né
ponto Pacífico né Não não é você não
você não acha que ele conta is não eh
tem a tem duas respostas Mas fala aí
depois eu eu eu comento brevemente se
for necessário a
gente bom o que eu o que eu acho é que a
forma de perceber o universo que tu
assim pelo menos assim eu acompanho
enquanto a gente tá conversando que ah
para falar de ética para falar de
comportamento a gente tem que reconhecer
uma certa ordem Universal se compreender
dentro dessa ordem Universal e a
sacralização dessa ordem Universal
envolve Talvez o que a pós-modernidade
não aceita mais que é a ideia de que né
esse mundo tem regras as regras são do
mundo não são suas não é você não pula
da janela e sai voando
eh é claro que isso é o estereótipo mas
o estereótipo é a consequência deles não
lidarem sério com as coisas do jeito que
elas são né então ah eu não sei o que
que é verdade vai saber se é não tem
valor O valor é construído etc e ele
ainda tá fazendo uma discussão não os os
valores que a gente tem é claro que a
gente tem valores é claro que os nossos
valores são criados é claro que os
nossos valores são são históricos etc
etc ninguém é idiota Ninguém nunca achou
que não é assim agora o que tá colocado
nessa perspectiva anterior e moderna e e
digamos nesse caso Espinosa é que você
busca o valor no mundo né você tenta
compreender o mundo para achar o seu
lugar no mundo né você tenta entender o
mundo e portanto aí é eu acho que é
nessa dimensão que tá a sacralização do
mundo e nesse sentido
um panteísmo né então o mundo é é Divino
uma vez em que ele é a operação dessa
razão que não que tá acima de mim que tá
fora de mim que não sou eu e que né eu
não sou o dono do mundo que tem um mundo
aí enfim nessa nesse sentido eh fazendo
uma comparação eu acho que é o mesmo
pressuposto elementar do estoicismo como
um todo eu acho que ele pensa a noção de
mundo como o mundo Divino como Logos
Divino nessa mesma circunstância e
portanto eu preciso entendu meu lugar no
mundo eu preciso me adaptar eu preciso
saber eh reagir das coisas etc etc e aí
eu tô falando de uma perspectiva de
leitura do estoicismo eu tô eu tô
encarando as obras do estoicismo ou
reflexões minhas pessoais que eu fiz a
partir da minha leitura do estoicismo e
que você tá me apontando que isso tá em
ah em espin muitos dos temas que eu
falei de manhã estão aqui e você tá me
dizendo que é um teórico enfim tar o que
eu tô dizendo é que me parece
haver de fato uma tradição certo que vem
do materialismo e que n então ter uma
lógica no mundo uma razão no mundo e aí
por isso e etc olha Eh vou vou comentar
por alto depois podemos aprofundar hoje
ou em outro momento porque a discussão
sobre ser ou não ponía não é simples não
é simplória mas
eh eu acho que essa tem aproximações
inegáveis tanto que eu falei que os
estóicos são referência muito mais
importante pro pro pro Espinoza do que
Aristóteles ou Platão por exemplo né
então ele ele tinha em consideração
essas obras tinha em casa eh quando ele
morre catalogaram a biblioteca dele mano
o ódio que dá Man a gente tem 1000
livros e Fica lendo lendo relendo o
lógico a gente sabe que a gente lê mais
do do que a gente tem em casa mas pensar
século X Ele tinha do que nem 50 livros
em casa e produziu tudo isso às vezes é
por isso também né enfim eh Mas voltando
para ele tinha então uma um ele tinha
livros dos estóicos na na biblioteca
dele ele conhecia e a referência maior
para ele é é decard de alguma forma e e
a matemática também porque ele estudava
eh ele era é
um
um polidor de lentes ele ele tem estudo
sobre a luz tem toda uma discussão da
Luz da ciência que começa a entrar na
arte por aqueles pintores holandeses
famosos agora eu esqueci o nome tem dois
eh era vizinho de Espinosa um deles
inclusive
ã que vão fazer um vão ter uma mudança
vão representar luz dentro da pintura de
uma de uma certa forma me me foge o nome
agora mas depois eu posso enfim deixo
nos comentários aí depois eh e e também
eh o hens ele escreve um tratado sobre a
luz então tem toda toda a influência de
um desenvolvimento da ciência que também
forma o Espinoza bom ã em relação a eu
acho que essa aproximação Essa
aproximidade ela existe ela é real mas
acho que você vê uma vinculação muito
muito maior não que não exista a
proximidade só não é igual
né porque eh essa é uma diferença
importante
eh o Espinoza não é panteísta num
sentido vulgar eu poderia brincar com o
termo teísta né não existe uma fé aqui
mas falar tá isso é jogo de palavras e
tudo mais a gente precisa entender da
uma constituição de um ser que aqui ele
próprio chama de Deus eh o tempo todo
que que que é todas as coisas e isso é
muito importante para o panteísmo
significa que Deus está em todas as
coisas certo essa é a tese central do
panteísmo só que o Espinosa faz uma
distinção fundamental entre ser
constituído por ele não está em todas as
coisas no sentido assim a gente tem que
entender o sentido agora que eu vou
falar é mais rigoroso não é num sentido
banal de ah como que então ele não tá as
coisas tem algo fora dele não Só que uma
coisa é é a definição que eu falei no
início de ser em si ou ser em outro
porque Deus ou a natureza ou a
substância única ele eh São por exemplo
a extensão ou seja nos atributos
infinitos
um corpo é um atributo finito
eh não dá para um corpo finito isso
quase T reproduzindo o Espinoza eh eh
sem Deus ele nem pode ser nem ser
concebido sem
Deus porque Deus constitui ou a
substância única constitui o modo eh o
modo finito que é por exemplo uma pedra
que é uma árvore que é um um ser humano
eu você então é constituído por Deus mas
não significa que é e que está em todas
as coisas então ele vai fazer uma
distinção conceitual eh
entre essência e constituição e vai
falar bom Deus constitui todas as coisas
mas isso não significa necessariamente
tal como o panteísmo que Deus é e está
todas as coisas e aí ele vai pensar os
mod a diferença de atributos e de modos
E aí você tem o modo infinito e o eh
imediato imediato e o modo finito e aí
vai entrar em toda uma discussão eh
filosófica para pensar por exemplo o
movimento o movimento ele é o
intermediário ele não é nenhum corpo se
movimentando mas também não é extensão
então o movimento ele seria um modo
infinito porque ele é derivado da
extensão só que ele não é um corpo em
movimento então ele não é um modo finito
de um corpo se movendo por exemplo E aí
ele fazendo essa distinção ele vai
mostrar Deus está na base de tudo ou sua
substância única e as coisas são
constituídas por Deus mas
eh não é como no panteísmo que Deus está
em tudo tipo ah aqui Deus todo lugar que
você for Deus está lá constituindo ele é
as coisas ele constitui essa é uma
diferença importante é por isso que eu
falei da questão das palavras do termo e
Lógico eu tem toda uma construção para
isso eh
e E aí um um Pitaco meu que é uma coisa
a minha leitura de Espinosa eu tenho uma
eu ten uma uma questão que eu quero
desenvolver ainda não
é não é ponto tranquilo na comunidade
espinosana dos acadêmicos e tal mas para
mim ele usa toda hora a palavra Deus
para desgastá-lo
é proposital eh inclusive um dos
críticos do Espinoza fala isso ora não
tem palavra que Espinoza use mais do que
Deus e não tem palavra que ele destrua
mais em relação ao que a tradição
considerava constrói em relação a isso
eu não tenho n dúv por ele fala no no no
prefácio no apêndice o apêndice da parte
um da ética que é que é o meu objeto de
pesquisa propriamente ele vai pegar e
falar sabe esse Deus que você que cria
as coisas
ã esse Deus que eh
recompensador esse Deus punitivo sabe
esse Deus isso é o Deus imaginado ele
fala eu estou falando do Deus enquanto
uma propriedade ou enquanto o ser que
constitui todas essas coisas só que ele
usa a mesma palavra só que ele destrói e
demole tudo que a tradição em especial é
Escolástica porque a gente tá falando do
século 17 não para mim é muito claro
para mim é muito claro e isso eu acho
genial não para mim iso é muito claro
para mim isso é muito claro para mim
isso é intencional e pela própria
biografia que você disse aqui eu acho
que isso inclusive é viga tio uhum
Possivelmente seja eu acho isso E assim
a marielena choui na livre docência dela
ela colocou uma tese que ela não
desenvolveu eu espero desenvolver de
alguma forma isso porque eu acho que é
brilhante E aí eu
vou vou vou fazer um paralelo inusitado
que é Espinosa e Marx a ética do espinos
e o capital de Marx Olha só
ã a a Marilan choui vai ter uma leitura
do Espinoza de que
a ele tem um modo de falar que ele
começa com argumento alheio e ele
desmonta ou por redução a absurdo ele
vai refutar ele vai demonstrar e
esvaziando e ela chama isso de
contradiscurso ele fala bom pega um
argumento de e ideal o argumento da
outra pessoa você leva até as últimas
consequências e nisso você faz um
processo de
desmontagem e aí se você ler no início e
no final frases muito parecidas mas que
carregam sentidos muito diferentes no
começo e no final por esse processo e
ela chama isso de contradiscurso Esse é
o motivo do por uma playlist um quadro
do meu canal é contradiscurso é esse
exercício de desmontagem e que por
motivos históricos políticos na
filosofia eu me recuso a usar o termo
desconstrução é uma escolha política
inclusive eh e esse contradiscurso eu
acho que ele é interessante que a mesma
coisa que o Marx faz no capital porque
por exemplo Só existe valor não existe
preço no livro Um do do Capital por qu
ele tá trabalhando com as categorias
burguesas de Adam Smith de David Ricardo
Ou seja no cenário ideal segundo a
economia burguesa
seria inola em crise que é o Capítulo 24
acumulação originária e crise ou seja
mesmo no melhor dos cenários o capital
se autodestrói conforme vai o livro dois
e o livro três ele vai adentrando em em
questões eh concretas vai a concretude
vai chegando no capital e vai saindo só
do abstrato eh o Hector também tem uma
leitura assim junto com o Fernando dberg
eles têm um livro né Eh sobre a
exposição do do mento dialético do
capital e eu acho faz bastante sentido e
o Marx também opera isso essa
desmontagem que é uma palavra mais
simples mais fácil pra gente Entender
esse processo de contradiscurso de você
pega o argumento alheio você vai
demonstrando com absurdo é E aí no final
ficou só pó para mim ele faz isso com
Deus né Então desse ponto de vista eh eh
desse ponto de vista se perguntassem pro
Espinosa a o Não perguntaram para
Espinoza Perguntaram pra mariaelena
choui o Jô Soares na entrevista que ela
deu para ele falou tá mariaelena estamos
aqui h horas conversando mas pegou no
braço dela e falou mas você eu já
entendi o que Espinosa tá falando Mas e
você acredita em Deus A Resposta dela
foi a mais espinosana possível e eu
apenas reproduzo porque ela é genial eu
não acredito eu entendo
Deus muito bom é bom PR [ __ ] e a
resposta mais espinosana que tem é
[ __ ] porque não é um processo de
crença é um processo de entendimento do
seu funcionamento E aí eu vou pegar um
gancho porque eu acho que é muito
importante
eh não é essa coisa de tem que ter Deus
para ter regras não o mundo funciona com
leis naturais a ciência Mostra aí os
acontecimentos físicos isso e o o
próprio Espinosa fala as cois eh tudo
ocorre a ordem da Necessidade a ordem do
necessário e não do provável inclusive
na filosofia quem é o diametralmente
oposto do Espinosa é o Pascal pro Pascal
Só existe possibilidade é só o o o
possível e o acaso pra Espinosa é só a
necessidade eh e o acaso Possibilidade é
um equívoco um erro da nossa imaginação
Então desse ponto de vista o Espinoza
estabelece
a a estabelece os Marcos baseadas na
própria natureza Lembrando que Deus ou
seja natureza essa substância única
infinitamente infinita e e é esse
processo que Espinoza eh estuda e busca
compreender o seu funcionamento como que
isso atua em nós as nossas
dinâmicas e que estabelece o o o modo de
funcionamento sem precisar de Deus
Inclusive a gente poderia ia falar que
Deus é uma ideia imaginativa regulatória
funcional para que
eh continue S Servidão ou faça um uso
político da eh da servidão humana
enquanto impotência né até porque tem
que lembrar uma coisa no na na obra
tratado teológico político
Eh toda a instituição ele mostra nessa
obra que toda a instituição religiosa é
uma instituição política não existe
institui
que não seja
política na medida em que é uma
instituição é a instituição é isso uma
reun de pessoas para fazer hoje é claro
mas você falar isso em
1700 não
1600 1600 tem tem um peso né E E é isso
que ele faz então eu acho que é um autor
que ele foi revolucionário para sua
época não assim gente que é da esquerda
ou do Marxismo e vai você não vai
esperar o manual de são essas coisas do
tipo e nem é o que se propõe mas eu acho
que se as pessoas estão dispostas a
pensar a conhecer uma obra filosófica
que é difícil porque ela é não é um
texto corrido é estruturado em ordem
geométrica então ele e aí tem até
algumas iniciativas de acadêmicos
tentando fazer com a internet
geometricamente como ficaria
geometricamente a ética né Eh porque
entendo entendo e fazer uma ar a partir
daí né isso o próprio Lacan o Lacan
pegava e e pegou as folhas da ética e
colocava na parede tentava montar
remontar desmontar acho todo mundo que
estou de Espinosa vai pensar um pouco
por esse crio às vezes eu acho que é
frívolo às vezes eu acho que pode surgir
coisa interessante daí no mínimo pode
ser divertido é não divertido é
divertido é o problema e aí é atribuir
seriedade demais a brincadeira que eu
acho que é o lance da imaginação é você
se perde no personagem né se perde no
personagem acho que tem esse o ponto e e
um dos uma coisa que eu queria deixar
Clara pro público e para você não sei se
ficou
Claro da minha pesquisa quando eu decidi
pesquisar superstição eu estou
pesquisando ideologia Claro inclusive o
Marx ele vai escrever Ele tem estudos
ele eu acho que ele só conheceu
diretamente do Espinoza a o Tratado
teológico político e são outras obras
que ele aprofunda essas noções mas e é
inegável que toda a escola alemã
tradição de filosofia alemã de shellin
Schiller eh schlein o Hegel Kant eles
estavam dialogando inclusive idealismo
alemão inteiro Oi o idealismo alemão
inteiro idealismo alemão inteiro exato
idealismo alemão inteiro tava debatendo
que eles chamavam de aquerela do espino
ismo o cara é bravo aquerela do espinos
ismo ou seja ele colocou um problema que
Kant tentou resolver para mim acho que
só piorou de um certo ponto de vista tem
ganhos a a algumas alguns pensamentos do
Kant que eu acho que são interessantes
mas enquanto solução né enquanto solução
ou pensar o conjunto da obra você cria
problemas aporias o númeno e toda essa
questão que vai ter desdobramentos no
pós-modernismo bastante complicados e
que vai ter vou brincar aqui uma dança
do Hegel para tentar contornar isso mas
no fundo Isso é uma resposta ao Espinosa
Então o que eu acho é que se for pensar
o que é sempre um problema mas se
momentaneamente a gente pensar num
sentido linear olhar a filosofia
linearmente como se faz na universidade
né a gente vai olhando eh por épocas por
autores etc e tal nessa linearidade que
a gente escolheu para ver a
filosofia de forma Quase que proposital
tá na som aqui Espinoza é um pouco essa
sensação Eu acho que o Espinoza é
inclusive uma pode ser inclusive uma
estratégia de reabilitar elementos da
filosofia estóica
epicurista inclusive eh uma obra que eu
um dia quero estudar ainda quero
aprender grego Mas vai ser bem mais para
frente eu quero ler o The Heron Natura
eu quero trabalhar o Natura do lucrécio
porque é é uma obra importantíssima né
eh pro Espinoza Eu também do que eu já
li eh achei interessante você falou em
grego mas eu acho que o Heron é não é é
Latin é Latin n é verdade é mas mas tem
é verdade é Latin eu me equivoquei
e e eu acho que o Espinoza como esse
autor temporalmente ele é
intermediário Pois é cara ele é
interessante por poder talvez reabilitar
essa questões e também fazer um um juízo
um julgamento no sentido
eh do problema da religião da deidade no
sistema estoico sim que eu acho que é um
problema que persiste no estoicismo
porque eu percebo essa atitude que me
parece que você tem eu tinha Pô legal o
estoicismo ele apresenta certas
perspectivas até de sabe h a as
tusculanas esqueci agora eh o Cícero
ful não gosto não se você citar Cícero
já tá errado eu não gosto de Cícero não
não mas o exemplo é como lidar por
exemplo com a morte de um ente querido
tem uma coisa interessante nas acho que
é nas tusculanas que ele vai pensar as
diversas for eu detesto S eu eu detesto
Cícero como ser humano entendi aí faz
sentido mas outras que vão pensar o Marc
Aurélio enfim de como lidar né com a
vida tem um ensinamento prático uma
valorização da reflexão pra vida que
mano é é ótimo só que ou vai pela via da
deidade ou voltou com os coach de bosta
para vender curso essas merdas na
internet tanto que o meu vídeo sobre
estoicismo que eu tenho bemo
significação eu eu começo tirando um
sarro né desses coaches né é uma piada
isso sim sim sim é uma piada mas eu acho
que tem uma força é que eu eu sinto que
a gente vai pros estóicos
sempre se justificando um pouco sabe
fazendo culpa a gente tem que pedir
desculpa para estudar eso por causa
dessa [ __ ] desse Coach que tem
internet é uma merda e também a questão
religiosa o vínculo religioso e e enfim
quando a gente vai estudar os antigos a
gente entende
que a forma a forma do divino
estruturando a vida não é a mesma que a
nossa hoje também estruturava mas é uma
outra forma de estruturação né então
também também tem essa perspectiva e a
gente tá lendo hoje eu falo eu falo isso
do vídeo que eu gravei hoje eu f eu eu
brinquei o vídeo que eu gravei Hoje você
teve hoje um vídeo esticado em dois foi
porque veja porque eu acho que é uma
tradição e assim um pouco dessa nossa
conversa eu acho que o prova você vai
ver quando você vê o vídeo porque você
disse assim ah mas ele não é eh
panteísta porque [ __ ] temu conceito tem
assim tem assado tem assado Não beleza
tudo do massa mas quando for ver na
prática a gente tá falando a mesma coisa
sobre a estrutura do Como que é o
comportamento humano como é que você
deve pautar suas o que eu quero dizer é
que se a gente for rigoroso demais com
certeza não é a mesma coisa Óbvio n
óbvio que o homem do século ieo eh
depois de Cristo não tá escrevendo a
mesma coisa do século X Cristão na
Holanda da formação da Holanda brigando
enfim judeu e etc ET Claro que não é a
mesma coisa mas o que eu quero dizer é
que é muito curioso muito curioso sim eu
não tenho contato nenhum com Baru E aí
eu eu tô eu tô discutindo a partir de
outro referencial e quando a gente vai
tratar dos temas sim ah você não
controla o que é externo a você isso
deve ser um um tópico de concentração
para você diagnosticar O que que você
deve fazer ou deixar de fazer e etc etc
você vai ver que é muito curioso que não
só as posições éticas elas aparecem
nesse vídeo de noite e no vídeo de tarde
mas também o até Ática Tem coisa que
você começou a falar assim que eu falei
[ __ ] isso foi o resultado veja que
curioso porque eu não gravei o vídeo
para falar eu gravei o vídeo para
responder pergunta os temas que eu gerei
fizeram as pessoas fazerem perguntas
pelo que eu tava falando as pessoas
fizeram perguntas em cima disso e que tá
o tema voltou aqui entende o que eu
quero dizer o o que eu quero dizer que
eu acho que são tópicas no sentido da
filosofia né tópicas com isso isso é
como se a gente tivesse Navegando em
no sentido aristotélico de a gente tá
com sensos comuns assim de lugares
lugares lugares lugares temáticos
traduzindo Aristóteles lugares temáticos
lugares temáticos perfeito Sim e eu vou
vou vou vou dar um spoiler mas que eu
acho que é interessante que vai nessa
linha posso ler como a ética termina o
último a últimas linhas é uma boa
maneira da gente terminar o vídeo a
ética vai terminar falando o seguinte
e evidentemente deve ser a eh eu vou ler
o escolho que é tipo um comentário com
isso concluí tudo que eu queria mostrar
quanto a potência da mente sobre os
afetos E quanto a liberdade da mente de
onde fica claro quanto o sábio
prepondera e é mais potente que o
ignorante que é movido só pela lascívia
com efeito o ignorante além de ser
agitado pelas causas externas de muitas
maneiras e de nunca possuir o verdadeiro
contentamento do ânimo que é um afeto
fundamental para Espinosa vive quase
inconsciente de si de Deus e das coisas
e logo que deixa de padecer
simultaneamente deixa também de ser por
outro lado sábio enquanto considerado
como tal dificilmente tem o ânimo
comovido mas ccio de si ou seja
consciente de
si de Deus e das coisas por alguma
cidade eterna nunca deixa de ser e
sempre possui o verdadeiro contentamento
do ânimo E aí a parte primorosa se agora
parece áo o caminho que eu mostrei
conduzir a isso é só uma parte porque a
coisa da ética até pensar a ética como o
campo daquilo que a gente vai por por
causa interna em Oposição a moral como a
regulação do que é para fazer não é que
você tem que fazer mas se você é quer
ser feliz e no mundo estruturado dessa
forma é um pouco é um pouco essa questão
se agora parece ardo o caminho que eu
mostrei conduzir a isso contudo ele pode
ser
descoberto evidentemente deve ser ardo
aquilo que tão raramente é
encontrado com efeito se a salvação
estivesse à mão e pudesse ser encontrada
sem grande Labor sem grande labuta
trabalho como poderia ocorrer que seja
negligenciado por quase todos mas tudo
que é notável é tão difícil quanto raro
Ah mano é muito bom mano [ __ ] que pariu
é do [ __ ] é do [ __ ] e acho que
isso sintetiza a a que você me perguntou
da ética né Eh então é essa perspectiva
de alcançar a felicidade e que alcançar
a felicidade é compreender as coisas eh
do ponto de vista da eternidade estar
menos afeito a afetos tristes porque os
os afetos afos que diminuam nossa
potência né
Eh que ou seja são afetos que nos deixam
na passividade e e e na impotência ao
passo que outros afetos que são de
alegria afetos alegres ou afetos ativos
por quê Porque eles nos colocam em mais
potência e nisso temos mais condições de
agir e não só de padecer então é essa
dinâmica do mundo de como uma vida ética
pode ser vivida eu acho que isso é uma
ótima forma de dizer paraa Espinosa essa
obra quer dizer é possível viver uma
vida ética você escolha aí o que você
faz meu irmão mas é possível viver e
aqui esse foi o trabalho da minha vida
eh que eu consegui achar e eu acho que é
eu acho não ele não diria não que eu
acho e é isso é por aqui é e é isso e
lide com isso porque é pode CR cara
Bruno eu gostei demais da conversa com
você eh Eu agradeço muito a a a sua
disponibilidade a paciência com com o
meu temperamento e etc
e que bom cara que bom que foi um prazer
eh e eu eu tenho que te dizer que como
professor que você é e a exposição que
você fez ela comigo pelo menos ela
cumpre a tarefa que ah bom o professor
de Filosofia que apresenta um autor deve
fazer eu tô muito muito interessado em
em em começar a lei sobre hipnose Como
eu disse para você você as pessoas vão
perceber isso na primeira parte do vídeo
todo eu tô calado porque eu não eu não
conheço muito a obra e assim muito
interessante agradeço muito mesmo sua
apresentação e eu vou começar a conhecer
melhor a hipnos por causa dessa conversa
eu espero para todo mundo que estiver
assistindo e para você também
eh dei uma chance paraa Espinosa agora
assim se você se assusta com uma
estrutura geométrica vou até mostrar
visualmente um pouco como que é
aqui não sei se proposição demonstração
proposição demonstração é dá para ver
mais ou menos é enfim escolho então
assim é eh não é um discurso corrido se
você é uma pessoa assim eu sugiro muito
começar pelo tratado da emenda do
intelecto porque é análogo ao discurso
do método de descart aqui é o dilema
dele eh deixar de sofrer deixar de
padecer e entender melhor as
coisas eu eu enfim eu nem falei muito
sobre essa obra porque é uma outra obra
e tal eh e foquei mais na ética que a
obra Magna obra da vida inteira dele mas
eh não se assuste com essa estrutura
geométrica à primeira vista né
Eh o comecinho se você não gosta das
discussões chamadas de metafísicas ou
ontológicas eh elas vão ser densas elas
são muito densas e quando chega na parte
três é muito prazeroso porque aí a
discussão do ser humano os afetos
sentimentos tá falando o tempo inteiro e
fica muito claro né é a única vez que eu
tentei ler eu parei mesmo no no início
Porque eu cansei exato Não não é é é
cansativo e tal se você não tem algum
contato uma obra e eu recomendo como
matal de leitura inclusive Esse livro
foi criado para ensino médio mas é usado
introdução de curso de faculdade a
marena xi fez um livrinho e bem
pequenininho daquelas coleções de
introdução ao autor
eh eu gosto de lhe dar sempre com
original mas às vezes é bom uma obra que
dê uma visão de conjunto coloque as
principais questões algumas balizas
claro isso é fundamental para todo aluno
que tiver ouvido isso você você ir
direto pro autor no pelo sem saber o que
que é o que a pessoa trata o que que que
que é quais são os temas que a pessoa
enfrentou n um uma espécie de sinopse da
vida eu acho que dificulta muito para
você ler a história da filosofia o livro
se chama e depois eu vou deixar eu
comento aqui na descrição ou te mando
comentário você deixa não deixa no
comentário beleza Tá bom tá bom eu deixo
e mas o livro se chama Espinosa uma
filosofia da
liberdade e E aí e
e para comprar é difícil achar mas tem
PDF a rodo enfim e é isso e que eu
recomendo se você quisesse aventurar em
Espinoza e também
eh eu vou fazer mais vídeos ironicamente
eu eu falo pouco de Espinoza do meu
canal porque é o que eu estudo então eu
tenho muita coisa a gente fica medo a
gente fica com medo fica travado É sim
sim mas eu quero fazer mais vídeos de
Espinoza E como eu sou um pesquisador eh
da USP em Espinoza e e tem o canal eu
também vou procurar fazer alguns
conteúdos já tem um vídeo falando sobre
a noção de homem em decar e Espinosa
isso tem lá no meu canal quem tiver
interesse um elogio da filosofia agora
eu vou produzir mais e nas minhas redes
sociais vocês quiserem alguma dica
alguma sugestão ou ajuda pra Lei
Espinosa vale muito a pena só que esse
começo Se for começar sobretudo na ética
esse começo ele é arenoso mas
depois você entra em questões e ilumina
sabe
e é igual o próprio Marx fala no capital

Eh Todo começo é difícil Uhum ele escrev
em algun dos prefácios e tal mas é isso
mas quem tá disposto a conhecer essa
obra e
a a palavra aqui é C né de cautela essa
esse era o carimbo dele e o b o s de
Espinosa ou Bento de Espinosa uma flor e
c de cautela que era uma Medida no
sentido de prudência de agir com
prudência na vida nas coisas então a
ética é a busca da felicidade de viver
bem seria isso a ética e eu acho
formidável Eu acho incrível o que ele
abre em termos de possibilidade
reabilita para nós a verdade reabilita a
ordem do necessário a ordem da
causalidade né Então essas coisas
existem nada surge do nada existe e ao
mesmo tempo Ah eu não preciso de um Deus
para colocar ordem na bagaça porque a a
bagaça já tá em ordem uhum qual ordem é
tem muitas ordens e pode se reordenar e
esse é o lance a gente pode reordenar o
mundo organização social modo de
produção asiático modo de produção
capitalista modo de produção feudal são
Ordenações são ordens são formas de
organização social e elas se transformam
ou seja elas se reordenam então a ordem
e aí a gente ultimamente tem estado numa
ordem com seus caos Mas isso é uma ordem
o caos também é uma ordem então a
questão é qual ordem nos é interessante
E aí é um algum um ponto de encontro que
eu faço entre Espinosa e Marx entre
filosofia e Marxismo de alguma
forma olha ah muito obrigado Bruno mais
uma vez eu tenho uma pergunta do Adriano
Mas eu precisava muito ir embora deixa
eu só passar a pergunta que o Adriano
colocou ele diz assim ó Boa tarde gente
Bruno você leu o livro do Professor
Maurício Vieira Martins que é Marx
Darwin Espinoza pensadores da imanência
se sim o que seria uma imanência em
Espinoza é o mesmo que substância Não
não é eh PR
respondeu não mas eu eu vou fazer vídeo
sobre isso sobre a imanência bo
meu canal boa que aí a gente dá um
motivo para quem se interessar sobre
essa questão é não e vamos lá podem me
cobrar se vocês gostaram vocês estão
aqui se vocês gostam de filosofia eh e
também de outros canais falam de
filosofia eh e se sobretudo se gostaram
de Espinosa que é o que eu estudo vão lá
nos comentários seja dos vídeos seja da
Aba comunidade essa né Pode pedir pode
pedir nos comentários qual vídeo esse
livro eu não conheço viu eu vou
pesquisar mas eu vou falar sobre a sobre
a imanência
com
o pensem na coisa de interno imanência é
algo interno eh ou seja não existe jogar
fora o lixo porque não existe fora ou
seja imanente que é de dentro não é
exterior O que é o contrário do imanente
aquilo que é colocado de fora ou seja
exterior externalidade são conceitos que
referem-se a a algo então uma leitura
imanente é uma leitura que está na
própria leitura não é colocado de fora
então isso é imanência e paraa Espinoza
essa leitura que eu tenho do Espinoza há
uma imanência absoluta
é bom obrigado teve uma pessoa aqui que
falou outra coisa que não tem nada a ver
reag aula 4 da Maria conceção Tavares eu
só tô colocando em tela porque pagou
Thales Muito obrigado Thales mas é é
isso né é outra outra coisa então gente
muito obrigado P reag foi foi você ou eu
eu não entendi acho que é você né pode
ser os dois né fica aí a dica pros dois
não
reagire não reagire mas é isso né Não
não conheço qual é a aula quatro
eh Então é isso queridos muito obrigado
pelo espaço foi um prazer muito grande
conversar com
vocês um grande abraço a todos Tenha uma
ótima noite falou valeu e
até até até mais k
[Música]