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DANIEL CIDADE - PODER E REAÇÃO PÓS-MODERNA (AI διάλογος #14)

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[Música]
[Música]
[Aplausos]
[Música]
fala meus queridos e minhas queridas
amigas tudo bem com vocês eu espero que
todos que aqui estejam presentes estejam
muitíssimo bem hoje eu tenho uma
felicidade muito grande de apresentar
para vocês que aqui estão o nosso
querido e conhecido amigo Daniel cidade
que me foi apresentado através
daquele grupo que a gente criou para
fazer o sextou Afinal que eu tenho
certeza que vocês tem saudade Daniel meu
querido amigo Ele é professor de
Filosofia
formado na Universidade Federal de Santa
Catarina fez o seu mestrado e o seu
doutorado naquela Universidade
ambas a sua dissertação e tese a
respeito de Senhor focou no foco verso e
o aspecto da questão da liberdade
é quando eu conheci o Daniel me chamou
atenção porque o nosso amigo Renan disse
para mim assim olha tem um camarada aí
falando nos negócios aí que é parecido
com você e é na Perspectiva assim meio
pós-moderna e tal Eu falei [ __ ] brother
sério pós-moderna aí assim falei caramba
cara Será mesmo que esse negócio é legal
porque eu tenho alguns preconceitos que
eu sei que as pessoas que eventualmente
estão nesse canal compartilham desse
preconceito e na prática da vivência
comum né da gente se conhecendo e
assistindo Daniel eu fui vendo que a
gente tem muito mais em comum do que em
divergência e
portanto para início dessa conversa eu
queria contar uma história relacionada
ao meu canal porque é o seguinte que
talvez o Daniel não conheça há muito
tempo atrás eu fiz um vídeo falando
sobre Deus e eu coloquei a questão do
panóptico que é uma figura que focou
recupera a partir do Planalto de Benta
que aquela estrutura que Benta imaginou
e como um presídio que consegue enxergar
toda ao mesmo tempo então e aí eu
naquela época quando eu estudava direito
ainda tive aulas de sociologia de
criminologia e tal e aí eu olhei aquele
negócio e falei cara isso é muito
parecido com a função que Deus exerce E
aí eu fiz um vídeo aqui brincando na
internet falando que a
compreensão acerca de uma divindade que
vigia que pude Depois tem muito a ver
com essa concepção
estrutural que focou apresenta como
uma coisa que se instalou na modernidade
né existem
muitas instituições que existem na
contemporaneidade tem essa figura de
vigiar e criar comportamento adequado e
tal
e portanto eu nunca tive problema apesar
de ter problema com muito pós-modernos
nunca tive problema com fogo Sempre
achei fofocou bastante bastante
interessante e aí digo isso da minha
experiência para já lançar a bola para o
Daniel e perguntar Daniel o que que te
chamou atenção nessa personagem da
filosofia o que te levou para a
filosofia para início de conversa o que
te atraiu para esse mundo por que que
você fez essa escolha específica de se
concentrar nesse autor e o que que te
trouxe para internet com esse nome né
que você escolheu iluminismo pós-moderno
que para muitos parece ser uma
contradição em termos em alguns sentido
eu queria que você me Contasse a sua
história como é que você se trouxe para
esse tema E por que que você escolheu
esse nome especificamente para o seu
canal muito obrigado por
excelente questão queria primeiro então
agradecer aí o convite né uma honra tá
aqui gosto muito do canal gosto muito do
Pedro né por experiência com o sextou
uma coisa que eu particularmente Se
depender de mim a gente continua ou pelo
menos faz alguns eventos enfim a
experiência com a internet também tá
sempre sendo legal e e ter esse espaço
agora né Para eu eu até botei alguns
pontos aqui que talvez eu venha esquecer
para não esquecer né mas assim sempre
que eu faço vídeo eu faço com roteiro
etc aqui eu quero falar um pouco mais
livre né Acho interessante essa
experiência da Live de falar um pouco
mais livre E eu diria que o que me levou
ao focou foi eu não tenho eu não tenho
nenhuma história romântica nem que me
levou a filosofia tal que me levou a
filosofia foi tipo ter lido O Mundo de
Sofia com 17 anos não saber o que que eu
queria da faculdade e quando está estava
bêbado com um colega ele falou por que
que tu não faz filosofia né uhu vou
fazer filosofia então foi basicamente
isso tá como ele levou para a filosofia
e sair da filosofia
indignado assim não não me achei dentro
da filosofia não não sabia também porque
que eu não me achei sabe eu via eu eu
entrar eu via muitas discussões eu via
muitos textos ele não faziam muito
sentido para mim tá eles não fazia muito
sentido para mim e eu não sabia o que
que tinha de errado tá não sabia que
tinha de errado hoje claro é dizem que a
gente gosta de reescrever a nossa
história da maneira que que nos torna né
tipo [ __ ] a gente dá um sentido que não
existia na época tá então quando quando
eu tô falando isso eu tô falando
completamente ciente de que quando eu
começo a estudar foco eu não tava ciente
tá eu não tava ciente do que eu tô
dizendo agora mas assim para mim o que o
que me deixa deixava angustiado na
filosofia é o excesso de idealismo tá eu
não sou eu Definitivamente não sou um
Idealista eu não sou um Platônico o
objetivo é ser anti Platônico tá excesso
de idealismo até cante antes é mais
sofisticado Beleza já dá para
problematizar melhor e dá para extrair
muita coisa de Kant mas ainda assim né
essa coisa de categorias transcendentais
e blá blá até queria já jogar agora né
Tipo o meu grande problema é Platão né
eu sei que o teu grande problema
Aristóteles eu acho que a gente também
que falando mais ou menos da mesma coisa
quando eu vejo grande problema Platão
meu grande problema Aristóteles eu vejo
grande problema Platão justamente porque
eu li bastante limite e é em Platão que
nit vai bater mas eu vejo que quando
você fala de Aristóteles você tá
preocupado com a questão de uma causa
final de uma visão teleológica das
coisas né que também é o problema né
esse pra mim é um dos grandes problemas
e e uns elementos já adiantando de ser
pós-moderno é não ver a história da
humanidade e não vê a própria humanidade
de maneira teleológica né para quem quem
não sabe que é teleológico significa ver
a história como algo que possui uma
finalidade né a história está caminhando
para um lugar a humanidade possui uma
finalidade está caminhando para algum
lugar né então é uma visão eu diria né
pós-modernamente fui condicionamento
nitianamente até até dependendo do Marx
de como que a gente vai ler Marx também
né a gente pode rejeitar uma visão
teleológica da história e daí depois eu
vou explicar também como é que eu
concilio hoje né há pouco tempo
pós-modernismo com comunismo tá que é
uma e o próprio iluminismo Tá mas enfim
que não é um iluminismo é o Iluminismo
Paulo moderno mas enfim eu chego em
focou Então por Vigário punir né por
alguém que começa não vai buscar não vai
buscar as categorias transcendentais não
vai buscar em uma teleologia não vai não
alguém que quer saber né a prisão como
funciona a prisão e qual que é o
discurso da prisão Qual que é o discurso
que a prisão se apresenta e qual que é a
função que ela realmente exerce na
sociedade tá E ele faz isso ele ele faz
aquilo que ele chama de uma genealogia
né então é traçar a história traçar a
história dos acontecimentos e ver o que
que os acontecimentos dizem porque uma
coisa é o que os acontecimentos nos
dizem outra coisa é o que os grandes
pensadores ou as pessoas que vão
transformar a história né vão dar uma
narrativa para a história então a gente
está sempre em relações de poder a gente
está sempre disputando narrativas tá a
gente tá disputando narrativa do que que
é o Iluminismo a gente está disputando a
narrativa do que que eu posso modernismo
tá a gente está disputando a narrativa
de fukô de Marcos a gente tá sempre
disputando essa narrativas então quando
eu falo né quando você vem e várias
outras pessoas vem com problemas com
pós-modernismo eu acho ótimo porque tem
duas pelo menos duas narrativas
pós-modernas e uma delas eu acho muito
problemática e eu rejeito e se
pós-modernismo fosse isso eu não me
diria pós-moderno né que a narrativa
a gente encontra por exemplo em David
Harvey
em outros pensadores assim
marxistas de modo geral que é o
pós-modernismo como a lógica a filosofia
a estrutura do capitalismo tardio né a
estrutura do capitalismo tardia Então
vem o capitalismo daí tem os marxistas
que são contra e teria em certo grau os
pós-modernos que são a favor ou pelo
menos cria um oba oba uma anarquismo sei
lá que não que aceita o capitalismo
porque não tem como superar mesmo e eu
não vejo dessa maneira né eu vejo que se
você for pegar focou um grande crítico
do capitalismo ficou
ele tem né então os estudos sobre
neoliberalismo por exemplo sempre vão
recorrer o nascimento político então eu
vejo que ficou me traz ao mundo né me
traz ao mundo filosófico de uma maneira
diferente de uma maneira que hoje eu
chamo inclusive de tá que a gente pode
eventualmente falar um pouco de
materialismo histórico mas que ele não
vai não vai usar o termo né focou também
tem alguns problemas de comunicação ao
meu ver tá o próprio focou fala que ele
ele dialoga muito com Marcos sem citar
Marx em várias obras eu acho isso
terrível né Por que que você não cita
por que que você não facilita a vida das
pessoas como é que você tá dialogando
com marketing da máquina que às vezes
você tá jogando a coisa tá elitizando a
coisa né eu sou eu sou contrário é isso
mas enfim precisa ser entendido que
focou né tem aí muitos pontos em comuns
com marketing Max e muitos pontos que
não são incomum e a gente também pode
pensar neles Tá mas assim o que me leva
a focou é uma maneira uma possibilidade
de fazer Filosofia de outra maneira para
além do que eu aprendi no meio acadêmico
na minha académico no caso Na graduação
que eu tava completamente
insatisfeito né eu tava completamente
satisfeito e ao ler focou eu fui
fechando vários pontos a própria
concepção de poder de a própria
concepção do que que é história própria
concepção do que que é a filosofia é
começou a fechar um monte de pontas com
essas pontas fechadas Eu acho que eu já
me vi com material suficiente para ir na
internet para começar a falar com as
pessoas para começar a trazer algumas
ferramentas para a gente pensar o
cotidiano a partir de que também estudei
só para deixar de passagem
na Minha tese inclusive para entender
nit para entender fuku porque fosco diz
20 anos e hot para entender a
pós-modernidade porque se diz moderno um
dos poucos que se dizem pós-moderno né
então quando eu penso após modernidade
eu penso muito nesses três autores e
agora depois também pelo sextou também
pela Soberana e pelo trabalho do Ian
pelo trabalho do Gustavo pelo trabalho
do Elias e por também textos o próprio
até o Gustavo Machado lá da orientação
marxista que eu sei que a galera tem
vários problemas com ele mas assim ele
começou eu quero mostrar o Marx que que
é diferente do que eu li tipo manual etc
tem muito manual aí da galera que tem
que escrever sobre vários autores e
trata de maneira superficial todos eles
e conforme tudo que eu venho aprendendo
sobre Marx é sobre essa perspectiva para
mim não não entra em conflito nenhum com
fiz algumas modificações conceituais tá
que a gente também quero Também quero
comentar aqui Inclusive a questão da
Meta narrativas tá não me esquecer a
questão das metas narrativas mas para
mim eu acho que e daí agora eu tô em
transição né o dia que eu tô em
transição porque eu tô estudando Marcos
tô lendo sistematicamente marcas acabei
de comprar o antídoto também quero ler
ainda porque a questão do materialismo
uma questão também trabalha né até a
própria dialética da natureza que eu
também pretendo ler enfim tô nessa
transição para tentar trazer inclusive
conciliar o que que após modernidade e
com o narcisismo comunismo etc e só para
deixar então deixa aí para a gente poder
fazer alguma pergunta né é eu vejo
eu vejo que o próprio conceito né então
tem a narrativa do que a modernidade por
David eu vejo que o como a gente sai de
um platonismo como a gente sai de uma
visão
que as coisas
existem possuem essências e afins
a gente tem
a gente entende que os próprios
conceitos estão em disputa tá então
quando eu falo que eu sou pós-moderno eu
estou disputando o conceito de
pós-modernidade tá Eu Estou disputando
com pessoas que vão dizer que é isso
pessoas que vão dizer que aquilo etc eu
tô disputando né vou citar
nascimento da biopolítica na primeira
aula Ele já fala assim eu faço uma
inversão de método entender o que que
são os universais eu pressupõe inclusive
universais não existem e veja o que que
dá para fazer a parte disso O que como
sofá pressupondo que os universais não
existem tá então eu acho muito
interessante é filosofar pressupondo que
os universais não existem e que daí vai
dialogar bastante inclusive com ateísmo
né não não necessariamente mas assim é o
platonismo é como vai dizer nítio o
platon o cristianismo é um platismo para
as massas né a gente joga os universais
a gente joga as essências do mundo pelas
ideias na mente de Deus então assim é
como é que a gente filosofa sem sem
tanto o cristianismo Mas sem o planismo
e sem Todas aquelas
armadilhas que eu vejo que a própria
razão e a própria ciência também caem tá
a própria razão não é rejeitar a razão
nem a ciência mas é falar que elas
também caem muitas vezes em armadilhas
platônicas talvez aristotélicas também
mas enfim dizer que elas também caem
armadilhas né o próprio Kant já é um
Platão sofisticado bastante sofisticado
Mas enfim então sair
armadilhas né filosofa dessa maneira de
uma maneira diferente
que
E por que que afinal você
decidiu fazer essa ambiguidade quando
você nomeou o seu canal e chamar de
Filosofia
pós-moderna e Iluminista ao mesmo tempo
iluminismo pós-moderno Qual foi o
significado que você quis atribuir já
que você já descaradamente já apontou
isso se trata de uma disputa O que que
você queria ressaltar e destacar no
aspecto do termo pós-moderno por um lado
você diz que a sua referência Rocha eu
queria que você falasse um pouco mais
sobre isso e ao mesmo tempo o que que
você tá valorizando no Iluminismo porque
isso é muito interessante que ao mesmo
tempo que você tá querendo valorizar
aspectos de um período que é muito
criticado inclusive por focou
me parece que você não tá distante do
próprio
focou porque por exemplo se você pega
vigiar e punir no início ele coloca o
desmembra de um ser humano
como exemplo de uma coisa digamos assim
pré-moderna então pré-modernamente se
desmembravam seres humanos como meio de
punição depois mudou tá tudo bem que ele
vai dizer que não é exatamente mudou
porque as pessoas ficaram mais boazinhas
foi a adaptação para o sistema moderno
que é mais racional que coisa tem que
ser igual para todo mundo e não sei o
que já cai a onipotência do monarca e
não sei o quê mas ao mesmo tempo no
texto dele me parece que tem claramente
um desenvolvimento quer dizer ele não
valoriza o pré-moderno e o moderno do
mesmo jeito embora e aí eu concordo é
isso que é o meu ponto inclusive em
relação a foco que eu acho muito
interessante que tipo assim não é
desconsiderar o processo que há um
processo e que em algum sentido a um
avanço quando você olha o desmembramento
do camarada que teria talvez
isto que quis assassinar o rei ou talvez
ele fosse doido né E aí o cara foi
esquartejado por causa disso isso em
comparação ao período moderno me parece
que tem uma diferença tem um
desenvolvimento então portanto me parece
que você faz o que o focou Faz Sem falar
que ele não tá dizendo que é tudo igual
sempre foi igual e né Parece que você
quer valorizar alguma coisa quando você
recupera esse tema o que que exatamente
você queria valorizar
então primeira coisa né quando fala do
suplício né desmembramento É como algo
para moderno e depois ele vai para as
prisões eu vejo aí inclusive eu vejo
inclusive aí certo materialismo se a
gente for ver né mas o materialismo que
não tá tão focado só nas questões nas
mudanças econômicas de uma sociedade mas
e outros outras mudanças que também
estão relacionados com mudanças
econômicas tá porque o que que acontece
né O que que ele tá falando quando ele
fala que o suplício é uma das maneiras
do monarca punir Tá o que que ele tá
querendo dizer ele tá querendo dizer que
assim ó se a gente for pegar as
condições materiais de uma época tá na
época do monarca da época do feudalismo
tá tipo a gente não tinha as estradas
agora para viajar um pouco mas não tinha
as estradas que a gente tem a gente não
tinha telefone a gente não tinha
internet ficou também não era da
internet mas enfim a gente o monarca ele
não era alguém que podia estar em cima
dos povos tá em cima do seu em cima das
pessoas para exercer um tipo de punição
que eventualmente vai surgir tá ele não
podia estar em cima o monarca ele era
ele acessava pouco as pessoas ele
acessava poucas massas etc então assim
ele tinha que ter um tipo de punição
aquele contexto ele precisava de um tipo
de punição que era descontínuo e muito
rigoroso muito forte porque ele era
muito forte não é porque o monarca era
malvado não é porque o monarca é mais
malvado do que e agora os nossos
presidentes são melhores e mais bonzinho
não é porque o monarca ele precisava
reafirmar o seu poder através da
violência precisava ser uma violência
que imprimisse imprimisse algo muito
forte nas pessoas tá então assim tinha
esse contexto tinha essa exigência de de
punição quando a gente cria faz a
revolução industrial para dar cria um
outro sistema é cria se outra
necessidade de punir de maneira
diferente cria-se uma necessidade mim
através da vigilância de punir através
enfim da criação de mecanismos
disciplinares tá porque agora a gente
tem a possibilidade de criar
conhecimentos sobre os indivíduos
produzir esse conhecimento e usar esse
conhecimento em prol do outro tipo de
poder que está surgindo que a burguesia
Então passa a ter acesso né o próprio
Benta ele vê o panóptico como algo bom
como uma Liberdade como uma maneira de
punir sendo menos violento né porque
porque você consegue Inserir a
vigilância no coração das pessoas tá
então o panótipo ele é eficiente o
próprio focou vai dizer né a gente você
não precisa ter o carinho ali na torre o
tempo todo né Precisa que as pessoas não
saibam quando ele tá na torre e quando
ele não tá então você consegue imprimir
as pessoas a própria vigilância a
própria
você entende que é uma tecnologia então
agora a gente vai trazer o conceito de
Tecnologia de poder então difícil é uma
tecnologia de poder o panóptico é uma
tecnologia de poder o panóptico de fato
ele é menos Violento mas ele tem aí o
panático o poder disciplinar ele é menos
violento que o suplício Mas ele também
tem uma série de outros fatores assim
que focou não não faz juízo de valor mas
é claro né a mesma coisa eu falo
do Sabor né Ele fala ah não tô fazendo
juízo de valor ba ba ba ba ba Mas você
vê claramente Quais são os valores dele
enquanto ele fala sem fazer juízo de
valor a gente vê isso na linha Jabu a
gente vê isso no focou você vê mais ou
menos os valores dele ao mesmo tempo que
ele não faz juízo de valor então eu não
sei se
a gente precisa falar em Progresso sobre
isso tá o que a gente precisa entender é
que
é que o Iluminismo Então vamos falar de
iluminismo né o Iluminismo quando eu
penso e no menino pós-modernidade quando
pensa assim por que que eu também me
considero Iluminista né pelo conceito de
emancipação tá emancipação emanciparam a
humanidade tá eu quero emancipar eu acho
eu acho que a tarefa de hoje é emanci
para a humanidade aquilo que cante vai
falar usar em termos Tiraram a
humanidade da sua menoridade né aquilo
que Marcos vai querer fazer também o
certo o cara da Lei rouanet mesmo que
faleceu inclusive pouco tempo ele vai
dizer ele vai entender que o liberalismo
é fruto do Iluminismo e o Marxismo é um
fruto crítico do Iluminismo tá porque as
críticas marxistas São não são ah o
Iluminismo quer trazer liberdade e quer
trazer igualdade quer trazer
Fraternidade né o grande lema da
revolução francesa não são uau
iluminismo é que é emancipar a
humanidade e essas coisas são ruins né
as críticas marxistas são o liberalismo
o capitalismo não entrega isso tá então
o capitalismo ele falha miseravelmente o
liberalismo falha miseravelmente ao
entregar aquilo que eu iluminismo se
propõe o Steven pinker falha
miseravelmente quando ele propõe um novo
iluminismo ele né ele ele tenta fazer um
monte de malabarismo que hoje em dia já
li bastante assim não se não se a maior
parte não não se garante né não passa
numa análise empírica e crítica coisas
mas ainda assim né é uma disputa entre
quem está de um lado do Iluminismo tá
quem acha que o liberalismo e o
capitalismo são capazes de fornecer
emancipação da humanidade e entra
aqueles que não estão desse lado que que
tem uma visão crítica e daí a gente pode
é qual que é essa visão crítica né daí a
gente precisa discutir né daí a gente
pode falar que os pós-modernos estão tão
nessa linha o próprio Sérgio Paulo
rouanet faz malabarismo para dizer que
ele não é pós-moderno ele é neo-moderno
tá então daí também não entrei muito mas
eu penso assim tá tá bom então né a
gente vai discutir pelo pelo prefixo né
ele vai discutir se é pós ou não moderno
e eu não tô tão interessado nisso pelo
menos por agora mas enfim
marxistas anarquistas ao meu ver né na
medida em que buscam a emancipação da
sociedade buscam a liberdade buscam
certo tipo de igualdade
certo tipo de liberdade certo tipo de
igualdade certo tipo de fraternidade aos
quais Eu discordo um gênero número grau
da visão do que o liberalismo entende
por liberdade da visão que o liberalismo
entende por igualdade da visão que o
liberalismo entende por Fraternidade
então é preciso reescrever a liberdade a
igualdade A fraternidade é preciso
reescrever o que quer emancipação humana
e é preciso inclusive escrever
epistemologicamente o que que é razão e
o que que é Ciência de hot que vai vai
dizer né olha
a razão e ciência se apresentam né nesse
iluminismo Parará como algo que tá
desvendando algo mais profundo na
realidade na realidade em si mesma ele
se apresentam como como por isso que ele
tem o livro mais famoso da filosofia e o
espelho da natureza né a razão e a
ciência se entendem como algo que está
espelhando a natureza que tá
compreendendo a natureza em si não é
isso a razão a natureza a gente precisa
de uma visão pragmática do razão é
Ciência tá a gente precisa de uma visão
pragmática para os nossos fins tá os
nossos fins eles precisam ser discutidos
eles precisam ser escolhidos e a gente
precisa a gente tá sim numa luta de
poder a natureza não nos criou para
sermos necessariamente emancipados somos
nós que Assumimos isso sem precisar de
base nenhuma tá é só porque a gente quer
mesmo que a gente quer emancipar que a
gente quer igualdade Liberdade
Fraternidade porque a gente prefere
assim Nós seres humanos que possuímos
empatia que possuímos empatia pelos
outros Nós seres humanos que que
buscamos então amenizar certos tipos de
Sofrimento o sofrimento que existe na
fome no celular no racismo nas
violências patriarcais e todo o resto
Nós seres humanos que queremos amenizar
isso estamos em luta com seres humanos
que querem propagar isso tá muitas vezes
a pergunta qual que é o seu fundamento
Não precisa não precisa no fundo pelo
poder tá e daí vem uma crítica ao
idealismo porque o idealismo é terra de
ninguém né o idealismo é o oba oba a
classe dominante sempre pode jogar para
o mundo das ideias dos seus valores e
esses valores então agora eles adquirem
uma hora sagradas seja por questões
religiosas seja porque Ah eu direita
constituição a tradição o que quer que
seja a gente vai num oba oba jogando
valores e fazendo as pessoas obedecerem
né a gente usa então o idealismo ele é
um prato cheio para que as pessoas
obedeçam porque elas caem nas armadilhas
no dualismo a gente é socializado com
uma visão Idealista idealismo é uma
pessoa bastante Platão tá gente a
socializado com uma visão Idealista do
que que é o ser humano por isso quando a
gente vai falar de gênero a gente pensa
que existem as categorias de homem e
mulher para além para além do do Físico
né do biológico a gente pensa que existe
existem categorias a serem respeitadas
nessa ideia de respeitar a natureza né a
natureza humana existe uma natureza
humana que a gente precisa é pagar os
débitos com ela a gente precisa acertar
as contas com ela isso é um prato cheio
para classe dominante exercer o seu
poder
Então nesse sentido eu sou Iluminista né
pela emancipação e pós-moderno porque o
modo como após modernidade a modernidade
apresenta emancipação né começa com
liberais donos de escravo e termina com
o conceito que os de liberdade que os
liberais defendem hoje né o direito de
fundar um Partido Nazista né então assim
não não dá então mais uma vez os
conceitos estão disputa Liberdade pode
significar qualquer coisa Dependendo de
quem tem o poder de hackear as mentes
humanas e falar a liberdade é isso né
então verdade no capitalismo é isso a
liberdade de você poder fazer o que você
quiser e não ter os meios para fazer o
que você quiser porque todas as cartas
estão marcadas para que a maior parte da
população se ferrem e uma pequena parte
busque os frutos né para uma pequena
parte parasita que a gente chama de
burguesia tenha
beleza esteja de boa aí e fique
mamando no resto da população né Então
nesse sentido eu vejo a necessidade do
Iluminismo sobre uma base pós-moderna e
eu vejo que focou eh Ficou atrás disso
tá ficou é um nit é caótico demais Nite
fornece ferramentas para focou e
ferramentas para gente mas a gente é
caótico demais nite não veria ele como
como Iluminista mas ele fornece base tá
e eu vejo que dá para conciliar sim
focou Marcos comunismo e enfim outras
visões de mundo porque o futuro está a
ser construído tá o futuro ele vai ser
construído pelas relações de poder que a
gente
se construir ele vai ser produzido pelas
relações com o poder que a gente
construir não tem nada de teleológico e
o progresso a gente pode definir o que
que a gente quer definir como Progresso
mas não é uma definição que está escrita
na ordem das coisas na ordem da natureza
né para o próprio Richard não é
progresso diminui o sofrimento humano e
aumentar a liberdade os seres humanos
fazer o que que bem entendam da vida
dele sem prejudicar os outros não vai
além disso tá Progresso não vai além de
uma definição que a gente dá de da gente
poder fazer o que a gente quiser sem
[ __ ] os outros e da gente sofreu menos
possível tá e não tem nenhuma base
metafísica para isso então o Iluminismo
pós-moderno ele tá ele é pós metafísico
assim como Marx assim como vários outros
pensadores
contemporâneos né é necessário você pode
metafísico Nesse contexto
muito interessante eu tenho muitas
questões para te fazer a partir da tua
fala agora eu vou tentar organizar para
a gente não se perder
a primeira a primeira questão que eu
quero fazer é o seguinte em relação ao
que você me falou de que Michael de
alguma maneira ele ele acaba sendo
materialista
tem duas colocações que eu quero fazer e
eu quero te ouvir acerca disso Bom
primeiro é que é muito claro que focou é
anti capitalista isso é muito claro ele
é ele é muito claramente ante a
sociedade moderna e as estruturas que
ela estabelece para se organizar de
alguma forma ele quer fazer a crítica
isso ao menos
E aí a segunda coisa que eu quero falar
ainda nesse tema é que ele faz uma
análise histórica das coisas então ele
faz uma análise histórica e eu acho que
ele tem uma necessidade
ou uma uma vocação ou como eu posso
dizer o interesse de não produzir
grandes conceitos ele faz a exposição
daquele problema e fala Olha
o problema tá assim né então acho que
tem a ver um pouco com o que você falou
sobre não fazer um juízo de valor acerca
de se o suplício é pior do que o
controle ou controle é o pior do que o
Zumbis ele só diz antes de um suplício
aparentemente por causa disso agora tem
a organização
disciplinar é isso que tem e a gente tem
que exercer uma crítica cerca do
fenômeno que há né a esse problema dado
bom se eu tô eu queria falar sobre isso
faz sentido a gente pensar como um
Pensador de problemas
momentâneos né tipo assim enquanto esse
problemas existir ficou pertinente se
daqui a 300 anos o problema for outro aí
vai ter outro corpo Essa época falando
desses problemas porque os problemas não
são universais não é construir o homem
excelente de todos os tempos de todas as
eras é assim hoje nós temos esse
problema amanhã será importante
essa fase da arqueologia né de como
parece ressaltar isso
se isso é verdadeiro e aí eu vou para o
segundo etapa primeiro se isso que eu
acabei de alocobrar aqui faz sentido
segundo exatamente correto
continua verdadeiro
me parece que ficou tá muito preso e eu
acho isso muito legal muito legal mesmo
ele tá muito preso a problemas dele
então quando ele elabora os problemas
ele fala assim ah vou fazer uma história
da loucura vou falar sobre os manicômios
é porque ele foi escrotizado pelo babaca
do pai dele e ele quando era jovem foi
colocado no manicômio foi por isso que
esse tema se tornou importante para ele
e ao mesmo tempo o tema da sexualidade
era importante para ele porque ele era
homossexual
homossexual não monogâmico e bdsem
gostava de uma roupa de couro
veja me chama atenção porque quando ele
faleceu
a pessoa o homem que era companheiro
dele teve dificuldade para herdar os
bens dele porque na [ __ ] da França em
1800 e 1980 e [ __ ] né não tinha a
normatização do casamento ou das
como é que é da relação estava da união
estável entre homossexuais em 1980 no
berço no centro do Iluminismo que agora
tá pagando de que ah como a gente deixa
acontecer em coisas e tal mas no centro
do berço do Iluminismo na França no
final do século 20 a homossexualidade
não era tratado como normal seguindo
todos parâmetros de herança que tem para
qualquer outro cidadão que não seja
homossexual então
a segunda pergunta é isso não carrega
demais o texto do cara como um texto dos
problemas do cara de modo que se alguém
for seguir num exemplo fukoteando de
objetivo não teria que ter os seus
próprios problemas também amarando de
seus textos né se para ele foi o
Manicômio hoje se para ele foi
homossexualidade quem conseguia a linha
cocotiana tem que ser bom para mim sei
lá para mim é um movimento Punk para mim
é e personalizar tal qual ele
personalizou
em terceiro eu quero te colocar sobre a
eficácia disso que é uma coisa que que a
coisa que mais detesto em algumas linhas
marxistas que eu mais tenho desprezo né
se você é dessa linha marxista
provavelmente eu quero te socar o nariz
aqui é o seguinte é em relação ao fato
de que essa mudança da qual o vulcão faz
parte a conseguir transformar isso em
uma pauta política e conseguir as
transformações aconteceu no período
histórico tão curto tão breve em
comparação a outras lutas por exemplo a
gente vai falar da luta das mulheres
para as mulheres conseguirem votar isso
já tem século né vai fazer século agora
a gente tá foi 30 que as mulheres
conseguiram esse direito o direito dos
homossexuais teria união estável é da
minha época de vida da tua época de vida
então assim o pessoal fica menosprezando
essas coisas
desconsiderando que esses ganhos são
realmente
absurdamente recente que se a gente diz
que o fim da escravidão é recente e é é
o direito de homossexuais né andarem de
mão dada na rua tem menos de 20 anos
Essas coisas acontecem como normal então
a terceira provocação Então a primeira
provocação você já respondeu né Parece
que faz sentido a segunda é se a coisa é
individualizável né é customizável não
devia Daniel cidade elaborar uma coisa
dos problemas dele das questões dele
isso existe no seu Horizonte Assim Quais
são as minhas questões e tal e a
terceira coisa é
você também enxerga isso e junto comigo
me ajudaria dar soco no nariz de
marxista babaca que não consegue
compreender que esses problemas são
muito recentes são questões muito
recentes e que estão em desenvolvimento
e que machucam né E que mexem com frio
pessoas que são coisas que há 10 anos
não tinha 10 anos pode não ter mais tá
tudo muito em ebulição e portanto você
enxerga a importância que isso tira para
além do indivíduo quer dizer o cara
conseguiu fazer parte de um processo
cultural
no qual gera grandes transformações que
são discussões do presente e até que
ponto você enxerga que essas
transformações são importantes mesmo
faça o fato de que você também está se
voltando para o Marxismo
tá excelentes questões tá e muito boa a
percepção de focou porque existem coisas
texto momentos textuais que ele
corrobora Por exemplo quando você fala
ah se focou não seria
eu não ouço nada você me ouve
eu não ouço nada
que aconteceu
eu não ouço Daniel vocês vão ver o
Daniel
eu não te ouço
rapaz
Daniel você tá falando sozinha ele não
me vê
bem ei ei
eu não ouço eu não te ouço
eu não te ouço
nada
você tá me ouvindo
não te ouço eu acho que ele não tá
Ninguém tá te ouvindo
tá bom não queria mesmo minhas perguntas
eram ruins mesmo Eu nem ia ter respostas
boas ia ser maior chato essa conversa
Caraca ele ficou com 5 minutos falo
Caraca que bugado
eu acho que se ele entrar ele vai entrar
no computador porque
achei vacilo isso
então aproveitando ó você que tá
chegando agora vire membro para me ver
ficar cada vez mais focou que né Aqui tá
quase Tá quase focou do fuku verso já
pô o cara deu o cara deu regeki velho
Que vacilo isso é muito pós-moderno
velho acho vacilo
Deixa eu ver se eu falo com ele aqui
deixa eu ver se eu passo ele para cá
E aí gente como é que foi o final de
semana de vocês foi tranquilo foi
sossegado
tomar um praia
cara ele disse que a culpa é dele lá que
o navegador bloqueou Será que ele tá me
ouvindo
espera aí
Qual foi velho tá me ouvindo né você não
quer participar você avisa velho você
pode falar não quero mais vou embora tem
problema não do nada o navegador
bloqueou a minha câmera não sei explicar
você ficou meia hora Desde quando você
começou a falar falou que eu você tinha
pergunta era boa
tá tá então tá só que a pergunta era boa
[ __ ]
Tá então vamos lá a tua pergunta As
perguntas são boas porque ficou
textualmente
vai dizer que as obras deles são são
para
São para serem usadas momentaneamente
mesmo tá ele não quer exercer o papel de
um intelectual que vai fornecer faz
parte da própria premissas que ele
aceita ao produzir ele vai dizer que as
obras deles são como bombas né são como
bombas a serem jogadas causaram efeito
no ambiente e depois
entrarem né no momento em que resolve se
o problema que que elas propõem ali o
problema que elas estão abordando a
gente passa para outra tá então ele tem
uma visão de do que que é um intelectual
ele tem crítica né o que Que crítica aos
intelectuais etc ele tem uma visão do
que que é uma intelectual é uma visão
muito mais coletiva é uma visão muito
mais muito intelectual como alguém que
vai resolver uma série de problemas a
serem resolvidos do que ficou muito
intelectual que vai dizer o que que a
sociedade deve fazer como é que a
sociedade se organizar etc né então ele
está criticando certo tipo intelectual
que abrange aí boa parte não só certo
tipo de intelectual mas certo tipo de
maneira pela qual a gente vê os
intelectuais os pensadores etc como
pessoas que vão nos salvar e nos dizer
qual o caminho a seguir ele não gosta
disso tá então sim daí ele vai para a
questão é
como é que eu vou dizer ele vai para a
questão biográfica Ele diz textualmente
também que as questões que influenciam
na vida deles são questões biográficas
ele trabalhou então no Hospital
Psiquiátrico ele viu o absurdo de
lobotomizar em um paciente ao certo
afeta etc ele tem a questão das prisões
também a questão do homossexualidade já
era ele leva ele a estudar sexualidade a
questão da loucura ele tem ele trata a
própria final da vida ele começa a falar
de Sócrates ele começa a falar de vida
verdadeira parada e cínico ele começa a
pensar muito na morte porque ele já sabe
que ele vai morrer né porque ele ele tá
com HIV ali então ele é completamente
autobiográfico e ele também não vejo
como um problema e daí o que que eu vou
te dizer né O que que eu vou te dizer é
que ainda que seja tubiográfico vamos
pegar os problemas que ele tá
trabalhando Vamos pegar como eles são
atuais no dia de hoje olha a questão das
prisões Olha que como a gente
hoje mesmo pega pega os bolsominions
hoje invadindo o congresso como a
questão do punitivismo entra em questão
né como a gente precisa saber lidar com
politivismo precisa saber lidar
basicamente no Vigário ele vai dizer que
as prisões foram feitas para diferenciar
as ilegalidades de uma classe de outra
né E daí por uma classe punições severas
para outra classe e punições bastante
restritas e fracas que é o que a gente
vê né Tá todo mundo hoje já falando Ah
se fosse preto pobre professora etc etc
da polícia caía batendo em cima mas como
é um monte de branco burguês Paraná
polícia tomar água de coco isso daí isso
daí já está em Vigário punir tá já está
a lógica prisional a lógica carcerária
lógica do Poder de polícia já está em
Vigário punir e é extremamente atual
ainda que ficou tenha partido por
questões biográfica né a própria questão
de como que a gente lida com a loucura

Já é pai da
gráfica dele mas é extremamente atual a
mesma coisa a questão da sexualidade né
Por mais que a gente tenha tido dois
certos avanços ainda uma certa questão o
que que ficou vai perguntar existe um
verdadeiro sexo né porque como é que a
gente coloca a Sexualidade em
como é que eu vou dizer numa linguagem
de verdadeiro ou falso né por isso que
ele volta para os gregos para os
afrodisíaco para ele a Sexualidade é uma
questão de prazer né não existe isso de
uma verdadeira sexualidade que seria a
heterossexual seria o relacionamento
monogâmico seria o sexo tradicional né
ele vai explorar várias outras coisas e
isso gera uma série de problemas para
nós para a humanidade Então se se a
gente tiver né um grupo um grupo
razoável de de
indivíduos produzindo coisas
a humanidade não tem tantos problemas
assim sabe tipo tantos problemas no
sentido é se a gente pegar várias
pessoas produzindo biograficamente a
partir das questões que pegam para ela
biograficamente a gente está produzindo
conhecimento para todo mundo né está aí
falando de ateísmo você tá produzindo
conhecimento para todo mundo que não não
encontra uma voz lateísmo essa vai falar
de sexualidade você vai falar é enfim
Quais são os problemas que a gente tem
né questões econômicas questões da nossa
vida pessoal com sexualidade com
relacionamento com problemas de saúde
mental Você quis dizer por não termos
tantos problemas é que o conjunto de
problemas Nossa é finito né é finito é
finito Exatamente é finito e
se a gente tiver uma parcela da
sociedade intelectualizando produtos em
ciência produzindo conhecimento fazendo
a história desse conhecimento etc a
gente consegue abrange tudo sabe não é
não vai ser um autor só que vai fazer
isso mas a gente consegue abranger
bastante Então
nesse sentido eu vejo que daí sim é o pé
na bunda que você falou
marxistas né existe
certo e daí conforme eu fui entendendo
daí lá do
Gustavo madale Ian cliente que não não
corresponde a máquina existe certo grupo
de marxistas que que é reducionista né é
economia tipo a gente resolve as
contradições econômicas é como se a
gente fosse Resolver as contradições
econômicas a gente fosse Resolver todas
as contradições da sociedade né então
não não a gente isso não tá em Marx né E
como você falou a gente teve uma série
uma série de avanço inclusive dentro do
capitalismo inclusive dentro do
capitalismo né embora o capitalismo
sempre dê soluções que ao meu ver é a
gente tenta resolver com consumo né a
gente tenta resolver com mais consumo
então até a questão da sexualidade né
cria-se todo um mercado em cima disso
cria-se o pink mana e cria-se uma série
de coisas que também são problemáticas
mas ainda assim o patriarcado ele vem
antes do que ele existe antes do
capitalismo né e o racismo enfim o
capitalismo ele se utiliza
de certo racismo e depois constrói enfim
vai elaborar então assim ó a gente
ficou vai vai até criticar certa a ideia
de que quanto pior melhor né então a
gente precisa ter uma classe
trabalhadora insatisfeita para então daí
fazer a revolução né ele tem aí certo
coisas que parece reformismo mas ele
depois vai dizer que não ele rejeita
também a reformismo tá então o que que
acontece focou ele tá muito mais próximo
e daí já a gente já começa a minha visão
do mundo hoje já começa a me trazer para
certas críticas a focou ficou muito mais
próximo de um anarquista tá o termo que
ele vai usar é anarquiologista que é um
termo que não cola que tá só num curso
do colégio da França ele não fala em
artigo ele não faz obra ele vai usar o
tema na arqueologista para dizer que ele
se aproxima do do anarquismo mas ele não
é bem um anarquista tá
então assim lá na arqueologia
nenhuma relação de poder
intrinsecamente válida né a gente não
precisa buscar colocar as relações de
poder também na lógica do verdadeiro ou
falso nós enquanto o indivíduos
precisamos escolher assim não tem como a
gente não precisa necessariamente
escolher o tipo de vida que a gente quer
levar e lutar por ele sabe a crítica é
isso para ele é a gente escolher a gente
saber que a gente está escolhendo então
o comunismo o anarquismo não é a maneira
correta da sociedade se organizar é
simplesmente uma escolha uma escolha que
está baseada na busca por uma sociedade
onde que a sociedade sempre foi bastante
não sempre teve várias experiências
menos mas a sociedade sempre tem aí
bastante experiências hierárquicas né e
experiências hierárquicas experiências
de exploração então a gente precisa
escolher Olha nós que não gostamos de
hierarquia nós que não gostamos de
exploração vamos lutar por outro tipo de
mundo tá e a gente vai lutar na Esfera
econômica por uma sociedade então
comunista barra anarquismo porque até o
provão combinar que o próprio comunismo
ele é um anarquismo né Ele é a ideia de
uma sociedade sem Estado só que ele é um
anarquismo que pressupõe a ditadura de
um né socialismo é ditadura da classe
trabalhadora para resolver as
contradições que já existem porque o
capitalismo não vai se desfazer sozinho
tá então mas no final das contas né de
divergem mais entre os meios do que os
fins então
nós então podemos ser comunistas Nós
podemos ser anti racistas Nós podemos
ser
anti-mofobia enfim feministas e todo o
resto né o próprio ficou sofreu algum
tipo de
homofobia o próprio alto serva e dizer
tá que era amigo do foco foco sofreu
homofobia no Partido Comunista inclusive
sabe então eles ele vai ficar assim com
o pé atrás acerca dos comunismo dos
comunistas Mas como você falou ele é
claramente anticapitalista tá E ele tem
uma ideia que daí eu já começo a destoar
um pouco que a ideia de que o que a
gente precisa enquanto intelectual é
muito mais
como é que eu vou dizer abrir os meios
de comunicação né os discursos da classe
dominante se apresentam como
é que eu vou dizer transmissores do
interesse geral e não são então a gente
precisa criar ferramentas para que a
humanidade é tem acesso a entender que
as prisões não são emancipadoras elas
não re socializam nunca ressocializaram
é o modo como a gente lida com a loucura
não é um modo de defender uma
racionalidade que é a razão e blá blá é
também defesa de interesse de uma classe
dominante o modo como a gente lida com a
sua sexualidade não é a busca por uma
sua sexualidade saudável blá blá blá né
a gente os outros conceito de gênero
Essência os degenerados etc quando a
gente ataca no degenerado a gente tá
atacando interesses em nome dos
interesses de uma classe dominante então
assim Existem várias lutas que se elas
puderem influir Que ótimo Que ótimo eu
gostaria né então se comunismo
antirracismo e blá blá blá tudo
confluíssem mas elas não vão
necessariamente concluir e os
intelectuais que vão estudar elas e
empenha-las não necessariamente tão
completamente interligados e fechados
sabe então você pode ter aí sei lá uma
Jamila Ribeiro que fala muito bem sobre
as questões raciais e deixa um pouco a
desejar quando fala em questões de
classe sabe Beleza a gente pode fazer a
crítica e o próprio Jonas Manoel faz
várias críticas muitas críticas
interessantes etc mas ainda assim né o
que ela produz sobre questões raciais
vale e a gente tem ferramentas
literalmente a gente o intelectual
produz ferramentas para que a gente
possa lidar com a realidade e com os
problemas que a realidade traz e com
problemas que dizem respeito a nós
porque a gente tem de lutar melhor dá
até para trazer Paulo Freire aqui né a
gente o faz mais sentido quando toca na
gente né faz mais sentido quando você
entende que você faz parte da
trabalhadora que ações satisfação com
seu emprego ela não não é do nada ela
faz parte de um sistema de exploração
que a sua insatisfação com o modo como a
sociedade vê a sua sexualidade ou a sua
cor faz parte de um sistema e você
precisa trazer essa satisfação para
intelectualidade para a política para
esfera pública e para luta tá então
enfim a questão é como é que a gente
organiza tudo isso e enfrenta esse poder
que está surgindo aí que é mais
organizado mais calórico embora seja
caótico pareça caótico pelo menos do que
a gente e que consegue lidar bem né
consegue criar ferramentas de poder
bastante grandes
duas coisas que eu queria comentar
começando pelo final que você falou
sobre ferramentas de poder a outra coisa
que você falou quase agora se
aproximando do final também foi que
[Música]
né você mencionou de Jamila e o Jones e
não sei o que tal e eu lembro que o
Jones Manoel uma vez ele fez um vídeo
que você respondeu acerca da do Foucault
que ele fala ali Ah eu tive um professor
que aí ele meteu pós-moderna ele falou
que a verdade não existia e ele aí ele
fez um cotonedota lá daquele passou e aí
você respondeu a isso que me chama
atenção é o seguinte que
O Jones Manoel ele se preocupa
especificamente com o tema da do
aprisionamento Esse é um tema de pauta
de campanha dele muito forte e foi um
tema
ironicamente do Central da discussão de
Foucault não só porque ele tem um livro
sobre isso mas porque em Vida eles se
juntou com outros intelectuais franceses
para fazer o vistoriamento do sistema
francês de aprisionamento exatamente
para mostrar para o público que ele não
era tão racional quanto parecia E aí eu
acho que eu junto as duas coisas na
verdade ele disse que ia começar pelo
final não comecei pelo final que é
essa
me parece que inseta medida o foco é
muito aproximado de estruturalistas
talvez até mais do que de pós
estruturalistas no sentido de que ele tá
manifestando primeiro que ele tá
manifestando o problema exatamente como
da estrutura da sociedade que se
espelham em exemplo x e y que ele retira
mas esse exemplo manifesta essa
estrutura que se modifica historicamente
e
que ele tá vendo esses problemas
estruturais e que ele tá apontando esses
problemas estruturais no sentido de
fazer política contemporânea né Porque
conforme eu acabei de dizer agora por
exemplo uma luta de vida dele foi
exatamente um mostrar como sistema não é
racional como prometia ser conforme né
quer dizer quando a gente estuda
Às vezes o pessoal fala assim não mas o
cientificismo o cientificismo ele fez
com que as pessoas ficassem muito do mal
e eu sempre Briguei muito com isso eu
sempre me irritei muito com essa tese de
que a ciência veio e os seres humanos
ficaram mais ruins né inclusive nesse
sentido eu me alinha um pouco com o
pinquer que só uma mitologia completa
não há nenhum cabimento em falar que
porque a ciência chegou os seres humanos
ficaram mais maligno se comparado ao
passado mais uma coisa eu acho
verdadeira uma coisa eu acho verdadeira
com advento da Ciência da compreensão
científica a justificativa ficou mais
malemolente então
uma coisa eram as crueldades que
poderiam ser aplicadas contra
pessoas com deficiência mental com
dificuldade de compreensão da realidade
da sua volta na antiguidade uma coisa
que você pode sei lá você pode voltar a
pensamentos que vem com Eugenia
espartana né a pessoa que tem algum
problema de saúde não não passa ainda
infância e tal você tem algumas maldades
bastante cruéis em vários locais do
planeta terra em vários momentos mas tem
um que esquisito na modernidade que a
justificativa de que isso é para o teu
bem
Então você está doente eu conheço o
mecanismo da estrutura humana né Eu sei
como é que funciona o cérebro Eu sei
como é que funciona a sociabilidade e eu
estou te dando Este eletrochoque é para
o seu bem e isso tem uma coisa esquisita
na modernidade que essa justificação
científica de uma coisa que existe
anteriormente então por exemplo o
racismo eu não tenho nenhuma dificuldade
para imaginar que tem dois grupos com
fenótipo diferente já pode ter racismo
agora a justificativa científica do
racismo de dizer assim não é assim
porque o formato do cérebro assim assado
e porque se nascer assim vai ter essa
dificuldade a gente tem que estudar o
crânio e não sei o que fica uma coisa
assim meio bizarra né um tom de bizarro
a mais quando se cientificisa todos
esses defeitos que a humanidade já tinha
então ao fim pergunto para você é Você
não acha que ainda tem no sistema atual
e e na nossa na própria na nossa própria
esquerda né essa incompreensão de que
nós temos lado de que nós temos o local
histórico de essa coisa toda e que aí o
cara acha que o que ele tá fazendo é
sempre ciência né os cara não isso aqui
que eu tô fazendo com certeza é o certo
isso aqui com certeza para melhorar o
mundo né E nesse sentido eu queria te
provocar a puxar a treta mais nesse
sentido quando quando o Jones faz uma né
Alfa cor e tal não sei o que ele não tá
assim com esse espírito de que ele tá
com a ciência revelada e vem cuspir a
ciência na cara de todo mundo e tal que
a gente ouvir um pouco sobre isso
tá então
sim sim
tem uma série de críticas tá não lembro
exatamente qual que era a crítica que o
Jones fez que eu rebatia etc eu lembro
claramente que eu não rebati mas que me
deu raiva crítica com uma uma pessoa de
esquerda Angélica Lovato não sei se já
ouviu falar ela faz uma série de
críticas também afogou que eu acho
problemática já vou comentar sobre ela
mas vamos lá primeira coisa
E daí que entra a minha visão
pós-moderna baseada em focou né
se em se razão né foco não é um
irracionalista muitas pessoas entendem
ficou como irracionalista porque ele faz
críticas a razão tá a razão ela pode ser
opressora o fuko vai dizer textualmente
é ter razão mais opressora ainda né
então não se trata de abandonar a razão
em nome de um racionalismo porque o
racionalismo ele é mais ou pessoa mas se
trata de entender que existem várias
racionalidades e que a gente está sempre
precisa optar por uma delas a gente
precisa a gente está sempre optando né
que a gente precisa ele não tem opção
ser isento e ficar no muro já é optar
por alguma coisa a mesma coisa a ciência
né a ciência tem todo um potencial
opressor e de fato foi muito utilizada
para oprimir pessoas A grande questão é
que a gente tá vendo agora né que o
negacionismo científico é mais opressor
ainda então é razão e ciência não são
incompatíveis
mas sim eles vão fazer a crítica dos
mesmos tá então quando você fala né ah
de que a ciência né lá atrás é cometer
uma série de erros sempre existe essa
ideia né de antes a ciência tava errada
mas agora a gente tá certo agora a gente
desenvolveu melhores as ferramentas e
agora a gente vai a gente vai resolver o
problema então eu vejo isso eu vejo isso
como problemático sim quando você fala
não sei se os homens Manoel fala isso
mas por exemplo né a gente pega marca e
fala assim ah existe o socialismo
utópico e agora existe o socialismo
científico né então assim o que que é
esse socialismo científico Eu preciso
estudar melhor para para dizer porque
assim ó se a gente tá dizendo que aquilo
que o Marcos falou ah o socialismo ele
vai derrubar a casa dominante Parará da
Marcilene a gente vai estourar uma
ditadura do pro e daí as contradições
vão ser resolvida e necessariamente a
gente vai chegar numa sociedade
comunista E isso não é bem científico tá
se a gente entender que tá então assim
eu não vejo isso como socialismo
científico se isso é socialismo
científico para mim não é científico tá
agora se a gente entende que a gente tem
um fim lá a gente estabeleceu esse fim
porque a gente quer a gente quer uma
sociedade comunista porque a gente não
aceita a propriedade privada dos meios
de produção porque a propriedade
privados meios de produção gera
parasitismo para uma pequena classe gera
imperialismo e a gente tem nojo disso
não é porque nenhuma visão teleológica
da história tá então se a gente recusa
isso a gente precisa cientificamente
criar um socialismo tá a gente vai se
basear em Marx como base mas para criar
um socialismo que vai ser diferente em
vários lugares né o socialismo chinês
vai ser diferente socialismo brasileiro
que vai ser diferente de cada sorriso a
gente precisa criar o socialismo com as
ferramentas da ciência que funcionam
para eventualmente buscar resolver as
contradições e criar uma sociedade que
se aproxime do ideal comunista tá então
assim não é sobre possuirmos um
socialismo científico mas sobre criarmos
trazermos a cientificidade para o
socialismo e muitas vezes eu não sei se
o Jones Manuel Talvez sim tá muitas
vezes eu vejo que marxista se importam
Como já sendo portadores de um
socialismo científico tá e o socialismo
científico que já está escrito ele está
para ser escrito Claro que tem coisa né
claro que tem é coisa que a gente a
gente está experimentando né então o que
a gente precisa fazer e que muita gente
está fazendo que eu nem sei como opinar
por ter muito pouco conhecimento é
chegar lá e estudar a União Soviética
experiência Soviética estudar o que está
acontecendo na China né me interessa
então eu vejo que essa é um pouco a
visão do Elias inclusive quando ele fala
China quando ele critica né ah porque
tem lá porque tem Pois é é o que tem
sabe é o que tem a gente tem que pegar a
realidade e lidar com ela e fazer o que
que a gente consegue com a realidade
trazer a ciência para a realidade e
buscar Essa sociedade comunista a gente
não pode ter a cartilha escrita ele tá
sempre batendo nessa tecla a gente não
pode ter a cartilha escrita que a gente
vai seguir a cartilha e fica e daí eu já
critico um pouco o Gustavo Machado que
ele faz isso né para mim Gustavo Machado
ele tem a cartilha ideológica dele ele
desmerece todas as experiências sobre
essa lista Ou pelo menos boa parte e e
ele segue a cartilha ideológica e fica
mostrando como tudo que passar pelo
capitalismo vai dar errado e de fato de
fato assim não é nem que ele tá errado
assim completamente errado mas é que o
que que a gente faz então né a gente ou
a gente tem um mundo ideal ou a gente só
fica criticando e não faz nada eu gosto
de apreciar as experiências reais com
todas as suas contradições com todos os
seus problemas com todas as críticas que
a gente possa ter ela a gente precisa
apreciar não apreciar Mas enfim tomar as
experiências reais como a ferramenta da
ciência porque a ferramenta da ciência é
o empirismo né o o cientista ele tem lá
a sua hipótese ele cria uma hipótese e
ele vai testar ela na realidade né então
assim Marxismo etc né eles têm lá a sua
hipótese a gente tá testando e não
restam dúvidas pelo menos para mim não
restam dúvidas que o capitalismo
não tem o que fazer né então assim 100%
de capitalista agora como a gente vai
construir uma experiência socialista com
aspecto que vai eventualmente culminar
numa experiência comunista etc a gente
precisa de ciência tá aí a gente e a
gente precisa criar essa ciência tá já
estamos em algum grau criando enfim a
gente precisa fazer essa análise tá
então é uma crítica que se faz ao focou
né de que ah ele vai contra Razão Vai
contra a ciência eu não vejo dessa forma
tá outra crítica então que eu falei da
Angélica Lovato dizer que ficou vai
propor uma transgressão resignada quer
dizer a gente precisa transgredir o
sistema mas nunca se revoltar né ela
apresenta focou como alguém que nega a
revolução o que não existe nenhuma base
textual ela não não citou em nenhum
momento ficou negando a revolução pelo
contrário ficou vai até cante estudar
cante e
e o cântico tem uma posição que assim eu
acho acho meia boca mas acho
interessante e que não sei se ficou tá
escrevendo embaixo ou não mas eu acho
que sim né é que mais importante que a
Revolução é o espírito de revolução não
é só o que os revolucionários estão
fazendo mas aquilo que os
revolucionários estão causando as
pessoas que estão assistindo né eles
estão criando um mundo onde as pessoas
começam a entender que elas deveriam ter
o direito de escolher os seus líderes tá
e de fato a gente
meio que criou esse mundo embora eu veja
que o capitalismo Conseguiu dar a volta
né conseguimos criar a democracias que
não são democráticas tá a maneira do
capitalismo de lidar com com essa coisa
que foi criada na Revolução Francesa e
que foi inserida no nosso espírito né
com a ideia de que a gente deve escolher
os nossos líderes democraticamente a
gente consegue dar a volta no
capitalismo né Por exemplo criando
Estados Unidos né bipartidário você vota
em A e B você escolhe a e b né E aí tipo
né enfim e aí b não diferencia muito né
você escolhe entrar aí bem não tem muita
diferença é sempre a elite que está no
poder é sempre a elite que está no poder
nas democracias então assim a gente
criou a democracias não democráticas Tá
mas assim essa questão do espírito tá
muito forte e focou tá o espírito não
sentido metafísico né enquanto uma
atitude tá enquanto
enfim inserida no coração das pessoas
Então não é alguém que nega a revolução
Mas ele também não é alguém que diz
assim olha a gente sabe como é que a
gente vai fazer a revolução Pelo
contrário né ele prefere deixar a
revolução para as pessoas que vão fazer
a revolução do que para os intelectuais
o que também já vejo algo problemático
porque eu acho que os intelectuais têm
seu papel sim no momento revolucionário
Tá mas o foco vai dizer que a Revolução
fique com as pessoas que estão dispostas
a morrer por elas né e dificilmente são
os intelectuais que vão morrer na
Revolução embora existam intelectuais
que façam de fato isso né então ao meu
ver essas existe uma série de críticas
descabidas que ele é anti-ração que ele
é de ciência que ele é anti-revolução e
sim sim existe certo tipo de Marxismo
que foi o que fez eu ficar eu eu anos e
anos não me dizer marxista mesmo sendo
anti capitalista menos mesmo achando que
a burguesia fede e toda uma série de
coisas eu vejo que a gente está por
criar está por criando né enquanto
enquanto vive as forças históricas estão
criando enfim
contextos né de opressão todo para focou
todo o poder cria ainda que virtualmente
um a possibilidade de uma resistência
Então é isso que a gente tem que fazer
você continuar fazendo daí a gente não
sai tanto dessa necessidade de fazer
trabalho de base de estar Enfim uma luta
constante todo todos toda a nossa
existência é uma luta e hoje o
bolsonaroismo né Tipo eu descobri hoje
que o Xamã acabou Sabe chamar a banda do
Cara vocês conhecem metal um pouquinho
o ex-vocalista da banda do André Matos
fundou chamando eu grato morreu etc
chamam acabou agora porque o baterista
bolsonaroista e ofendeu o absurdamente
um fã com coisa homofóbica e blá blá e
os cara acabaram a banda quer dizer tá
no dia a dia né o bolsonarismo agora
enfim o bolsonaroismo então que é são
tecnologias de poder né da Elite para
subjugar hackear o cérebro das pessoas
subju massas tá então assim já deixa né
a parte do e o Val harnari né a parte em
que ele não é um safado sem vergonha
vendido para o sistema a parte do e o
Val Hari que eu gosto é quando ele fala
ó tudo ficção é tudo ficção e o Cérebro
humano é uma [ __ ] de um algoritmo sabe
e eu acrescento um algoritmo facilmente
hackeado sabe não quero chegar no
reducionismo dizer assim é só isso tipo
eu quero dizer a gente só consegue se a
gente precisar isso tá se existe algo de
metafísica em nós a gente não consegue
se a gente precisar porque a ciência tá
a mercê do princípio de causalidade e a
gente não consegue sair disso se existe
se existem coisas metafísicas como
Liberdade inclusive tá você existem
coisas metafísicas como a liberdade que
estão para além do princípio de
causalidade a ciência não consegue lidar
com essas coisas tá então se a gente
precisar o ser humano e entender que a
gente é uma sim uma [ __ ] de um
algoritmo e a gente precisa
vai reescrevesse algoritmo para né
Apagar o fascismo e buscar maneiras de
fazer legal esse algoritmo né em vez de
deixar o Zap Zap com o tiozão e Tiozão
virar fascista podia deixar arranjar
alguma maneira e deixar o Zap Zap com o
tiozão e tirar um fusão e virar
comunista Porque não daria para ter
feito isso se a gente fosse organizado
se a gente tivesse entendido né então
tem a crítica que muita gente queda fala
a direita foi muito antes para a
internet a direita foi muito antes pela
internet a direita tá mais nas igrejas a
direita Tá mais lá no povo a direita tá
fazendo é o seu trabalho de de de
capturar as mentes e a gente não e é e é
isso tá no fundo não é a disputa do
certo errado não é disputa do bem mal
não acredita em bem mal acredito em
sofrimento e e Prazer sabe é sofrimento
e prazer que é o que é assim a gente
precisava tá que é o que é assim a gente
precisava então a gente tá em busca de
um mundo com menos sofrimento isso não é
necessariamente utilitarismo tá mais
flerta utilitarismo de maneira
pós-moderna que utiliza também se propõe
se é uma uma ciência que responde a
questão da ética eu não acho que a gente
tá de fato respondendo à questão da
ética a gente está diluindo a questão da
ética a ética também é uma ficção tá e a
partir dessa ficção a gente precisa uma
ficção que a gente não vive sem a ética
e a liberdade na verdade né Elas são
ficções que a gente não vive sem então a
gente precisa construí-las né construir
o que que a gente vai entender por
liberdade por ética por igualdade mas
uma série de coisas
enfim
tem muita coisa que você fala que
seria difícil para mim explicar porque
que a gente concorda mas bom é quase
como como se você falando fosse eu
falando mas eu queria eu queria colocar
algumas questões
eu queria começar eu queria começar pelo
que eu acho fácil né porque assim para
mim a sua a sua comparação entre o ser
humano e o algoritmo é o fundamento pelo
qual eu tenho cada vez mais me
aproximado da necessidade de aprender
linguagem de programação e tal Porque
assim muitas coisas do que eu falo sobre
a influência do discurso na consciência
das pessoas é exatamente porque assim
que eu tipo assim a estrutura da lógica
que o pessoal gosta tanto e fica
chupando as bolas aristotélicas e tudo
mais na verdade é uma coisa que
simbolicamente a gente pode expressar
conforme
menina
que vai dar na linguagem de programação
mas só que isso tipo assim o legal disso
é que isso é mecanizado isso é tão
previsível é tão previsível é tão óbvio
que isso funciona assim que você possa
colocar lógica a partir de transistores
e de ligado e desligado então assim é
mecânico né então é se não é mecânico é
exatamente o que você falou tipo assim
e saber política e saber política sim e
saber política a gente concorda muito a
gente concorda muito em níveis curiosos
Aliás o indivíduo o indivíduo não é
previsível a massa é
o político
a partir da estatística a gente prever o
ser humano a gente aprende das massas
estão visíveis eu tento dizer isso para
o meu público o tempo todo ele não
consegue entender Nunca na vida muito
louco como um indivíduo não é previsível
e a massa as massas
se você
você você vai dar educação Parará o
Fulano teve educação e virou bandido tá
ok você aumenta a educação você aumenta
estatisticamente você
administrativamente a criminalidade
ponto não é sobre Fulano Fulano [ __ ]
Ninguém liga para você cara exatamente
Ninguém liga para você Ninguém liga para
você se eu conseguir botar 20 milhões na
educação e esses 20 milhões 1% da
criminalidade é uma criminalidade uma
questão de investimento sabe é só isso é
só isso
é biopolítica isso a gente não sai da
minha política sabe e política não é
incompatível a visão o que ficou vai
falar de poder disciplinar de
biopolítica etc não é incompatível com o
Marxismo Pelo contrário né a gente a
gente precisa entender que é hoje em dia
existem tecnologia de poder que
funcionam que os fascistas utilizam
melhor do que a gente e Essas
tecnologias de poder consegue movimentar
os fluxos da humanidade
não tá falando de indivíduo é isso
pronto pronto obrigado por ter feito
suas minhas palavras as suas porque
agora eu fico tão feliz quando eu não tô
sozinho falando Ah tem outra coisa que
eu quero falar que é o seguinte é
você ainda no momento Logo no início da
conversa você falou o negócio que mim é
muito caro porque para eu defender essas
coisas que eu tô defendendo Eu costumo
usar os vocábulos que você
inclusive isso tem tudo a ver com o que
você já tá tendo nisso que os vocábulos
estão em disputa estão disputadas e tal
e dado momento você falou que os termos
natureza humana ele servem a um
indicador de dever né então quando você
fala assim ah você não deve fazer isso
porque não é da natureza humana não é
próprio da natureza fazer isso quando eu
falo e eu sou absoluto e resignável
defensor da natureza humana eu falo tem
natureza humana pronto acabou
exato Só que aí o problema é o seguinte
quando a gente vai lá para literatura
sobretudo de engenhos né não a marxista
mas sobretudo de engenhos você tem a
diferenciação que ele faz que para ele é
muito cara entre dialética
e metafísica e tal tal quando ele fala
de metafísica ele fala de coisas que são
eternas e imutáveis que nem sempre é o
que significa metafísica na boca de
qualquer autor é mas na boca da
discussão daquele tempo do século 19
marxista quando você está falando de
metafísica você tá falando desse
experimento de pensar as coisas a partir
de um universais eternos e imutáveis de
forma que o focou pelo que vocês pois
ele estaria na linha de alérgica que não
pensa coisas eternas Pensa a partir da
experiência do que tá te passando e tal
é naquela divisão simplista que que
aparece no texto Gamer quando eu falo de
natureza portanto eu não tô E aí ele faz
uma Divisão muito interessante ele fala
olha existem
falando naturalista uma coisa assim ele
fala Matriz existem materialistas
metafísicos e materialistas dialéticos
os materialistas metafísicos eles pensam
eles estão falando de materialidade Mas
eles pensam na forma da matéria que se
estabelece como formas eternas enquanto
os dialéticos estão pensando em
transformações que se dão por
contradições internas da própria matéria
e parar de enfim
esse tipo de reflexão me influencia para
eu dizer que se tudo é matéria se tudo é
realidade histórica se tudo daí
transformação isso é por Excelência
natureza se não existe nada fora disso
tudo é natureza então tudo que existe é
natural só que se é natural não implica
em ser eterno é essa que é a questão
para mim ser natural não implica em ser
eterno Porque tudo que é natural está em
transformação Desde da vida da arminiana
conforme a gente sabe que ela é
desde que se constatou que a vida o
animal está em transformação ela foi de
um jeito e hoje ela não é a gente sabe
que natureza e mutabilidade são
combinados a natureza Não significa
imutabilidade agora há um problema
quando a gente fala de
natureza ela bate também com a discussão
que você falou sobre hipótese de
liberdade com você muito bem apontou e
você você acaba basicamente me desarma e
a gente está em conflito porque
a gente sabe que liberdade é ficção a
gente sabe que a gente tem consciência
de liberdade a gente tem impressão de
liberdade o que não implica
necessariamente que essa liberdade seja
que eu tenho operações causais que são
para além das causalidades que formaram
a minha corporeidade então isso nem está
em questão a gente assim fenomenal
logicamente para mim parece que eu sou
livre parece que eu escolhi foi eu que
tomei essa opção ou seja se eu não tomar
essa opção eu que isso a partir da minha
mente Parece isso parece pra gente
pronto portanto quando eu tô apontando
para uma natureza e eu não tô falando de
coisas eternas eu tô apontando para
determinações que são pretéritos a meu
interesse é isso que eu tô falando tão
simplesmente e essas coisas existem e tá
tudo bem existem pré-determinações
existem determinações que são
da minha estrutura porque eu tenho o
cérebro porque eu preciso ir ao banheiro
porque eu preciso me alimentar e essas
estruturas não é que é assim e é
inevitável que seja assim para sempre
será assim Pode ser que daqui a 100 anos
eu não precisa eu não preciso comer mais
mas hoje é da natureza comer eu não
escolho querer comer eu preciso comer se
não eu morro senão o corpo se vai e
acaba então é natural é um impulso que
inclusive é anterior eu querer eu não
querer é aliás constitui o meu querer
ele é exatamente é assim que funciona
constitui a minha vontade de comer
Exatamente Essa necessidade que a
pretérito a isso então sempre que eu tô
falando da existência de natureza tem
gente que surta e quer ficar maluca que
tá achando que eu tô dizendo que não tem
como mudar Só que a natureza humana
implica em mutação inclusive muito além
do que os outros animais do que a
estrela do que o planeta terra a
corporidade humana ela tem uma
plasticidade de comportamento muito
maior então caminhando para conclusão
quando eu falo em Natureza Humana o que
eu quero falar é o seguinte existe na na
estrutura do que eu sou coisas que são
pré-definidas que não sou eu que escolhi
e que tão dadas e que estão colocadas e
que eu devo considerá-las na hora de
tomar uma atitude quando eu tomo as
minhas escolhas aquelas que eu tô
consciente que eu acho que são escolhas
não adianta eu tentar passar por cima
daquilo que me sobre determina que eu
sei que vai estar lá então eu não posso
imaginar uma viagem achando que eu não
vou passar fome eu não preciso eu não
posso imaginar portanto em termos
sociológicos eu não posso imaginar uma
revolução não imaginando que as pessoas
vão deixar de ter interesse pessoal no
processamento entendeu É isso que eu
tento falar existem coisas que são
determinadas só de você ser humano que
se você escolher ignorar isso na hora de
pensar as mudanças sociais você vai
fatalmente
se é fatalmente vai dar com os Búzios na
água ah meu Deus o eu vou criar uma
revolução de pessoas todas são elas
pensam nas outras e não isso mesmo não
vai funcionar Pô você vai criar um
negócio que não tem cabimento da
realidade tá bom dito isso
eu vejo isso no focou quando focou
apresenta a sua literatura de tentar
mostrar por exemplo o quanto que houve
de abuso da ciência
na compreensão de que ela vai dominar a
doença Por exemplo quando você tá
querendo dizer que que uma uma falha
cognitiva uma incapacidade mental ela
tem que ser corrigida você tá fazendo
força contra a natureza daquele
indivíduo talvez aquilo não seja
corrigido talvez aquilo não seja
corrigido e portanto seja importante
saber lidar com aquele ser humano com
aquele que você deve considerar um
defeito ou não deve do jeito que você
quiser chamar mas o fato é um problema
uma pessoa com uma debilidade mental ela
não deve ser pensada
ignorando-se essa natureza deste
indivíduo ele tem aquela debilidade
Mental é isso não faz menos humano do
que outro ser humano e eu acho que ficou
pensa isso muito bem talvez partindo até
da questão do fato pessoal dele que ele
sabia muito bem que ele podia até ter os
defeitos dele mas isso não gerava aquele
dever de ter sido internado quando da
infância dele quer dizer do fato de que
você tem alguma debilidade alguma
deficiência algum defeito algum erro
moral porque não dizer não implica que
você tem que ser forçado a correção
cientificamente a gente tem que saber
aceitar os defeitos era aqui que eu
queria chegar aceitar a natureza humana
para mim a nível sociológico quando eu
tô falando de revolução a nível
individual É sim cara eu tenho falhas na
barba sou eu entendeu eu tenho essas
falhas tem gente que não tem eu vou
ficar careca tem gente que não vai e tá
tudo bem
tem gente que é grosseiro existe tem
gente que que seu conviver duas minutos
com você eu não eu canso porque eu sou
assim e faz parte da sociabilidade
humana saber lidar com esses defeitos eu
acho que eu encontro isso na literatura
de fuku essa compreensão seres humanos
às vezes eles são doidinhos e não
precisa colocar o cara no Sanatório
porque ele é doidinho entendeu
nesse sentido eu acho que o focou aceita
um pouco da natureza humana
Então
antes nós vamos falar vou falar mais de
Natureza Humana porque aqui tu trouxe
antes a questão da dialética né E daí eu
já vou entrar em com vocabulário que eu
não tô muito acostumado ainda não não
tive leituras ainda queria ler mais
ainda queria já ter lido em Deus para
ter essa conversa mas enfim mas eu vejo
assim ó é uma visão dialética né
eu penso em dialética marxista né Não só
dialética né uma dialética marxista em
guerreana sei lá enfim no sentido de que
para para rede eu né a coisa vai
combinar no espírito absoluto
tá então é uma dialética teleológica
ainda né E como me foi apresentado pelos
manuais que eu vou chamar de ordinários
hoje explicando o espírito absoluto de
Marx ao comunismo ah [ __ ]
vai tomar no cu né tipo
a humanidade não vai ter
a pior coisa que a humanidade já criou
foi o manual de Filosofia é a pior coisa
Pois é
concordo contigo Enfim então assim olha
é uma dialética se você entender que
essa essa dialética não é teleológica né
se você entender que na própria questão
da evolução né não existe assim um Telos
da evolução na evolução são são mudanças
arbitrárias que permitem sobrevivência
dos organismos que Auto organizadores
que a gente chama de vida né A mesma
coisa então
a sociedade é isso a sua cidade está
sociedade estão tentando viver e na
natureza das coisas não se uma sociedade
autoritária tá funcionando tá
funcionando é isso aí não tem nenhuma
não infringe nenhuma regra da natureza
nenhum desejo a natureza não tem desejo
a natureza ela não é normativa a ciência
não é normativa a razão não é normativa
tá o hot vai usar o termo Redentora né a
ciência a razão eles não são redentoras
elas não trazem Redenção a gente quer
Redenção a gente precisa conversar é
usar afetos tá são os nossos afetos que
buscam Redenção a ciência a razão e a
própria dialética não são redes e a
própria evolução né a evolução da
humanidade a evolução não tá buscando o
bem do indivíduo tá ela tá buscando a
sobrevivência da espécie a fêmea
louva-a-deus arranca a cabeça do
louva-a-deus depois de Popular tá tudo
certo para a natureza tá tudo certo e
todas né A natureza é uma carne e nem
[ __ ] isso a natureza sabe e a gente
está dentro da natureza tá a gente está
dentro criando valores que são fixões tá
que são fixões e e precisa lidar com
isso que chega a ser absurdo inclusive
né eu falo que muitas vezes você
pós-moderna ele dá com um absurdo da
existência né muitas vezes o trágico
pelo menos no mínimo o [ __ ] de
trágico então assim
quando você fala né existe uma natureza
humana focou Olha só quando for contar
discutido com chowsky ele não vai dizer
assim não existe uma natureza humana tá
ele vai dizer assim ó eu não tô
interessado eu nem tenho um método para
para dizer o que que é a natureza humana
o que que não é eu tô interessado o que
que ele não vai dizer as classes
dominantes já terminologia marxista né
mas o que que o que que sai Quais são as
relações de poder
que a gente se envolve quando a gente
fala de natureza humana quando a gente
busca compreender a natureza humana
quando vem alguém com o discursinho da
natureza humana para cima da gente tá
então vamos lá e quando o pessoal vem
com discursinho da natureza humana é
para dizer isso seria o humano perfeito
e mítico normal
eu vou dizer assim o ser humano não ser
biológico tá então se tu falar assim ah
o ser humano não precisa comer o ser
humano tem uma série de necessidades das
quais eles podem ele não pode abrir mão
eu vou concordar contigo e vou dizer
inclusive que eu não sou Democrata
acerca delas tá para mim a democracia
começa de barriga cheia a democracia
começa
com uma série de ferramentas necessárias
para a gente ser democrático
para garantir que a natureza humana se
preencha [ __ ] é isso brother não tem
nem para onde sabe
a maioria decidiu e [ __ ] a maioria
decidiu pela fome sabe maioria decidiu
pela escravidão se a gente tiver o poder
a gente vai derrubar e [ __ ] não sou
Democrata aí eu sou Democrata depois a
gente joga depois
é então assim ó
mas assim quando a gente tá falando de
natureza humana e de tradição filosófica
a gente vai com aquela mais uma vez
filosofia tem que acabar Pois é mas é
por isso é porque eu quero disputar
esses termos tem gente que quer jogar
daí a gente fecha sim tá eu tô eu tô
escutando modernidade a Natureza Humana
porque assim ó quando a gente fala de
natureza humana duas coisas que não três
coisas que vivem na cabeça agora tá que
faz eu me afastar e faz cocô também se
afastar
conceito de natureza humana aquela velha
discussão Hobbes E russoman ai o homem é
bom por natureza o homem é mau por
natureza bom e mal não existe gente bom
e mal não existe tá primeira coisa então
não se isso é a natureza humana não
existe bom e mal então se a natureza
você quer me dizer se a natureza humana
é boa a natureza humana não é boa é má
porque bom é mal não existe tá é quando
você fala ai isso vai contra a natureza
né muito usado para o discurso contra
homossexuais né Ai é anti-natural isso
que você tá fazendo não tudo que você
tiver fazendo é natural tá você não
consegue você não consegue ir contra as
natureza necessariamente vai sabe é eu
não consigo sair voando sem nenhum
apetrecho e é isso e se você consegue
sair voando se você pega um avião e sai
voando é exatamente porque fazer avião é
um desdobramento da Natureza Humana
porque você Dominou a natureza humana
você Dominou a natureza é quando você e
na natureza que você consegue fazer
outras coisas que você não consiga não é
quando você infringe a natureza não é
infringindo a natureza ninguém vai
conseguir voar infringindo as leis da
física você consegue a física quando eu
tô disputando esses termos eu quero
dizer que o ser humano não é nada além
de um ser natural o ser humano não é
especial ele não saiu do da caixinha e o
que ele faz agora é artificial em
comparação ao que é natural Tudo sim não
faz é natural só
tudo é natural e aí se tudo é natural
existem determinações sobre essa essa
naturalidade que de acordo com as
escolhas que a gente faz a gente pensa
igual é tipo assim eu escolho Se eu por
exemplo eu quero eu quero ler livros ler
livros não é natural a opção por ler
livros é da plasticidade do
comportamento no sentido de que eu posso
gostar de ler e o outro pode não gostar
de ler agora a partir do momento que eu
decidi que eu gosto de ler aí eu tenho
que aprender as técnicas de leitura eu
tenho que me especializar e tal tal e
isso segue regras É só isso que eu quero
chamar atenção para as pessoas se você
quer disputar poder político e eu acho
que focou é muito claro nisso se você
quer disputar poder político as regras
de disputar poder político não senhores
que você quer não sou do século 13 é um
do século 19 é outra sempre tem relações
de poder colocadas e elas são
microfísica do Poder não é é dado é da
estrutura você se relaciona com o ser
humano eu tô me relacionando com Daniel
aqui eu interrompei a falar dele relação
de poder ele me interrompeu por cima a
relação de poder E é assim que é pô e é
assim que é então tudo que na minha
visão né o que eu quero postar para as
pessoas é tudo que existe é natural e
por ser natural quando você escolhe
fazer algumas coisas por exemplo eu
quero participar da disputa de poder
isso aí não tá dado na natureza a
escolha que você vai fazer dado a partir
de cidade do comportamento você pode ser
ausentar e varrer chão e fazer qualquer
outra coisa que não seja disputar poder
agora optou por disputar poder as regras
são matemáticas são físicas são
logaritmos logarítmicas como você falou
é isso que eu quero defender para as
pessoas e as pessoas não quero aceitar
elas querem achar que no mundo delas
quando elas quiserem daqui a 800 anos
quando a gente tiver
sei lá
vivendo de prana aí não vai ter relação
de poder aí quando eu te interromper
aqui não vai ser relações de poder aí eu
aí eu olho para as pessoas e fala então
tá bom então você tá certo é não é tudo
é relações de poder né não é não é sobre
não existir natureza humana sobre ela
não ser normativa
você deve fazer isso você deve se
comportar de tal maneira não a natureza
tá cagando para Como ativa é isso que a
gente implica quando a gente tá brigando
com a natureza humana normalmente agora
isso não significa que não tenha regras
na natureza Casseta e as elites
dominantes
normatizam a natureza humana seja
chamando um Deus ou não chamando um Deus
tá Às vezes a gente pode normatizar de
maneira laica muitas vezes inclusive com
a ciência ah ciência escolher uma babá
sempre volta e meia vem um discurso de
que a ciência a ciência também não é
Norma tá então mais uma vez Então se a
natureza humana não é normativa é a
gente tem o que a gente vê inclusive
cada vez mais no disco nos estudos
históricos arqueológicos antropológicos
que é uma enorme plasticidade de
comportamento do ser humano né então o
ser humano ele tem uma plasticidade de
comportamento uma vez que aquilo que é
indiscutível que é biológico que é como
é que eu vou dizer
inabitável não precisa uma palavra
melhor mas que a gente não tem como como
é que eu vou dizer a gente não tem como
abdicar tá então assim daí marca mais
uma vez né ele não tem como abdicar
Acerca das coisas que estão que a gente
usa para produzir a nossa existência né
então a gente precisa
fazer o discurso a gente precisa
necessariamente entrar em certas
disputas políticas porque
ela diz respeito a todos nós né
alimentação diz respeito a todos nós E
existe uma série de comportamentos
humanos que a gente não precisa né então
a Sexualidade de cada um para mim O
único problema a única questão sexual
que existe é do consentimento
é a única questão sexual que existe é a
questão que pode ser problematizado é
ouve ou não ouve consentimento né
pedofilia entra nisso inclusive né o
Pedofilia é errada por um único motivo
porque criança não dá consentimento né
então continua sendo consentimento tá no
momento que o ser humano dá
consentimento e claro você sente
sentimento é um autor é autônomo né na
medida em que o ser humano é raqueável
na medida que o ser humano pode ser
enganado então a gente complexifica essa
questão agora se o cara vai lá e quer
fazer bdsm e e quer ter prazer com jogos
eróticos que você acha horríveis e você
acha que profanam a sua moral e tal
[ __ ] sabe é então assim isso vale
para cultura de modo geral tá então
assim existe existe nesses termos que tá
me apresentando existe uma natureza
humana e a gente faz mal uso dela quando
a gente fala que ela é normativa né ela
não é
ela não é então o grande problema
político não entra tanto na Nessas
questões Ele tá preocupado o quê existe
vários momentos que que a gente entra em
discussões que não vale a pena né a
discussão do verdadeiro sexo a gente
quer usar a natureza humana para dizer
que existe um verdadeiro sexo não existe
existe o quê afrodisíaco ele vai lá para
os gregos né que que afrodisíaca são as
diversas maneiras pelas quais a gente
sente prazer então os gregos falam ah os
gregos problematizam as afrodisíaco né O
prazer não sexo tá não coloca em termos
de verdadeiro ou falso tá daí ele vai
viajar ele vai falar de uma estética da
existência e que eles queriam que o
prazer sexual deles fosse bonito fosse
Belo eles levam para uma lógica estética
não para uma lógica moral né Então até
quando o eles problematizam por exemplo
a questão do do homem mais velho que é
passivo né Porque os gregos eles eram
bastante falou sempre né então tipo o
homem mais velho transava com um homem
mais jovem e outra no passivo se o homem
mais velho gostava de ser passivo isso
era um problema mas isso não era um
problema moral isso era um problema
estético tá então Enfim uma série era um
problema assim ó você quer ter uma vida
boa você quer ter uma vida bonita você
quer ser louvado pelos seus dados pelo
cidadão pelos seus iguais não seja
passivo quando velho mas não é que isso
é imoral não é que você vai ser preso
não é que a gente vai criar um sistema
que proíbe fazer isso tá então eles eram
tinha essa certa Liberdade aí mas enfim
Tô indo além mas assim essa ideia
Central aí a natureza humana não é
normativa e as elites o poder dominante
utiliza de ideais normativos e coloca na
boca da natureza humana os seus próprios
valores Isso é um problema e aí eu quero
cair para a última
alfinetada nesse sentido se a estrutura
é mais ou menos essa não faz sentido que
em certa medida a gente esteja
disputando
pela dominação desses valores no sentido
de que bom Exatamente porque a gente a
gente não tem nenhuma dificuldade né É
porque anda para a gente é meio óbvio né
a gente precisa ganhar
uma questão de discutir a gente precisa
ganhar a gente precisa ganhar é
os valores do da produção do modo de
produção aquilo que a humanidade produz
tem que ir para a humanidade não para o
lucro privado a gente precisa ganhar a
questão da Igualdade tá a questão que eu
queria falar inclusive né quando você
fala igualdade tipo Inclusive eu lembro
de anéis falando que Marques diz que os
seres humanos são naturalmente desiguais
e eu concordo em gênero Negrão somos
todos desiguais igual eu eu queria
trazer não é exatamente igualdade que a
gente defende é equivalência nós somos
equivalentes Ninguém está
hierarquicamente acima do outro tá então
nós somos nós somos tão
e não existe nenhum tribunal de
igualdade que nós somos iguais nós somos
tão desiguais que que só nos resta Só
nos resta tá dado tirado tipo o
usado os nossos atos que prejudicam os
outros que também nessa são o problema
na verdade nós somos iguais no sentido
eu tenho direito de viver a minha
sexualidade do jeito que eu quero você
tem a sua eu tenho o direito uma série
de coisas que não estão
afetando a sua vida né então nós somos
equivalentes tá então a gente tá
disputando isso a gente tá tipo quando é
que a gente não é equivalente
socialmente né quando quando sei lá na
Idade Média cria esse conceito de sangue
azul quando os deuses são divinos quando
alguns seres humanos são divinos quando
alguns seres humanos possui por tradição
possuem
privilégios né quando alguns seres
humanos possuem
como é que eu vou dizer a propriedade
dos meios de produção e com isso não
conseguem explorar outros eles conseguem
ter o tempo livre deles eles conseguem
ter o poder e os outros estão a mercê
deles então assim é uma luta por
equivalência a gente tem uma série de
coisas que a gente daí eu vou ser chato
a gente não precisa mais discutir faz
não precisa discutir Se as pessoas devem
andar de passar fome as pessoas não
devem passar fome a gente não precisa
discutir Se as pessoas devem ter
dignidade na sua sexualidade no seu
não a democracia vem depois disso sabe a
ideia é que a gente tá em disputa por
poder a gente tá disputa por poder as
elites muitas vezes transformam em
discurso de liberdade a própria pressão
né como Monark falando que quer direito
pro nazistas quando
a gente está mais procurando a gente
entende né a gente por exemplo vamos
criticar a China a gente fala muito mais
do direito que ele dá Eles não têm
direito ao Facebook né a gente não fica
mostrando a imensa miséria que tem na
China porque né porque a gente tá bem
pior que a gente não fica mostrando
enfim a violência chinesa porque a gente
está muito pior que eles o sistema
carcerários chinês o absurdo do sistema
carceragem porque a gente tá pior que
eles então assim isso tudo também é
liberdade isso tudo também é liberdade
sabe e isso tudo é não está em disputa
né Tá disputa o Facebook né se o
Facebook é importante ou não é
importante uma sociedade e o quão
dominadora a China porque eles não tem
Facebook lá sabe enfim mas é isso é isso
sabe
liberdade é as condições materiais
se você tá na Liberal você não livre tá
então assim aquilo que O Liberal entende
por liberdade eu entendo por dominal né
não que não existam
né que enfim são países
que enfrenta inclusive né o imperialismo
enfrentam todas as dificuldades então
a gente traz sim discursos de disputa
sobre poder que a natureza A ciência é a
razão não nos fosse
a gente tá pelo afeto nesse sentido eu
sou pós-moderno nesse sentido isso pode
moderno e ele trazer para o Iluminismo
que a emancipação da humanidade é um
afeto tá eu não sei se os marxistas
concordariam mas nesse sentido
continuado Eu quero uma sociedade
comunista mas eu quero que vocês
entendam que o comunismo é um afeto
é cara tá me ouvindo
aqui ficou ficou meio travado e tal
ficou um pouquinho mas eu acho que eu
consegui entender 100% do que você falou
o comunismo não afeto a emancipação da
humanidade são afetos a razão a ciência
e a natureza humana não são normativas
tá nós somos seres os únicos seres
capazes de normatividade tá e a gente
vai na normatividade pela afeto a gente
cria ficções para legitimar essa
normatividade e esse hábito que a gente
tem de criar ficções tá esse hábito que
a gente tem de criar ficções gera uma
série de problemas políticos porque
ficção é terra do oba oba
oba não Então nesse sentido parece até
pouco pós-moderno né porque a gente é
sobre consciência de que a própria moral
é uma profissão
Eu acho que eu não gostaria até o
dinheiro tá reclamando ali eu não
gostaria de usar a palavra afeto porque
eu acho que ela é confusa parece
inclusive um erro de categoria de
categoria quando você fala assim o
comunismo é um afeto eu eu não sabe o
que que eu diria eu eu construo e você
disse você concorda com ajuste eu diria
que querer essa solução querer este
destino optar por esse destino Depende
de uma valoração de certas coisas e aí
nesse sentido né afetivo né Você tem um
valor que te aproxima disso você engaja
com isso você se conecta com isso e isso
não é científico você pode gostar de
apanhar ou você pode gostar de carinho
só E se alguém te dá um tapa você pode
não gostar então É nesse sentido que
afetivo né
se relacionam valor se é relacionado uma
opção designada por valores ou seja se a
pessoa esses valores fodeu ela não vai
associar exatamente se não tivesses
valores fudeu não adianta tentar
convencer o psicopata não adianta tentar
começar o psicopata a gente precisa
aprender a lidar e sociedade psicopata
não é
a dialética o diálogo ele não tem o
poder que a gente que a gente acha que
tem tá E daí eu vou para aqui você é
inimigo de habermas que nem eu matei
totalmente totalmente
e daí eu fui inclusive
daí eu vou inclusive para duas questões
de nit tá duas questões de nit é
a primeira é que Sócrates morreu
justamente porque eles não gostavam de
dialética só sabe tipo os gregos não
gostava muito tinha os valores dele eles
exaltavam os valores deles nos Deuses né
então assim quando Sócrates começava a
problematizar demais
a galera não gosta de dialogar sabe a
humanidade a gente quer criar uma
cultura do Diálogo mas a gente romantiza
muito a maior parte
muito diálogo a gente romantiza muito
diálogo romantiza muito a gente sabe é o
maior mito da humanidade que aí o
pessoal fala não pera aí mas eu quero
conversar com você que é nada brother
você nem gosta de mim e é isso que é
[ __ ] sabe por quê Porque quem são as
pessoas que mais romantizam o diálogo as
pessoas que estão mais abertas ao
diálogo as pessoas que estão mais
dispostas a colocar as suas crenças ao
diálogo e reiterar as suas crenças quer
dizer pessoas extremamente inteligentes
quanto mais inteligente mais você vai
cair nessa [ __ ] dessa armadilha de algo
é solução para tudo
mais inteligente mais ficar nessa
posição
engana porque ela fica mentindo Pois é e
daí a grande Pergunta que fala para o
namorado ah mas se não tem garantia se a
razão a ciência não são normativa porque
não não são babaca porque não matar todo
mundo etc a gente vai dizer assim ó A
vida nos obriga a escolher a vida nos
obriga valorar tá Não como você falou
vai orar não valor uma uma possibilidade
nós enquanto seres humanos não temos
opções é como se essa razão toda tivesse
evitado que nazismo tivesse surgido é
como se essa razão Toda
instrumentalização Toda tivesse não
evita pô Não tem diálogo que dê conta
não Não tem diálogo e você não tenha
possibilidade de não atribuir valor as
coisas
o niilista o niilista povo é uma Quimera
o inimista por uma ilusão não existe
lista a gente tá condenado a decidir não
tem problema
somos condenados a ser nos livros nós
somos condenados a valorizar as coisas
nós somos condenados a valorar as coisas
A grande questão é de que lado você tá a
principal questão é de que lado você tá
é só isso
é com esse
alinhamento é tipo assim o eu chamei o
Daniel aqui para eu não tá falando
sozinho no deserto só para isso porque
tipo assim o que você diz é exatamente o
que eu digo Só que talvez com outras
palavras mas a gente bom a gente tá
palavras tem várias palavras possíveis
vários contextos a história da filosofia
é uma coisa a história da filosofia
muitas vezes se repete mudando palavras
mudando contexto Mudando significações
mudando autores mas assim é menos do que
parece tá agora eu vou jogar bomba que é
menos do que parece tem menos ideias do
que parece a história da filosofia Tá a
gente se debate muito é um bocado de
meia dúzia trocando por vocês aí o outro
falou não mas vocês vejam meia dúzia é
como é que é outro nome que tem para
vocês tem o terceiro é meia é meia sim
porque é tudo porque no fundo a gente
está em Jó a gente se entra em jogos de
poder a gente entra em jogos de
prestígio o meio acadêmico o meio todo
intelectual tá num jogo de prestígio
então muitas vezes você
crias que às vezes estão aí não tô
defendendo Max de verdade a palavra do
senhor Jesus Cristo também
inclusive né só para problematizar então
por exemplo né quando eu fui eu fui lá
começar a assistir o curso do do capital
do do Gustavo Machado que eu gosto
bastante inclusive tá embora ele tenha
lá seus problemas né E daí quando ele
vai falar do segundo do terceiro Volume
do Capital ele fala ele ele fica um bom
tempo explicando que não que foi o
Marcos que escreveu Porque o Wender eu
fiquei editou etc e que não tem todo uma
discussão Como assim é o mais importante
é se for ou não
isso é aquilo que está escrito ali é
científico e certo sabe não foi não foi
o o apóstolo Foi Deus que escreveu isso
isso não foi o que não foi o apóstolo
não foi Deus que escreveu e isso é muito
importante ter sido quer dizer se é um
livro de ciência mágico de como é que é
a humanidade é isso que eu fico falando
né Isso é um livro de ciências [ __ ]
foi Max Weber eu quero saber se está
certo aquilo que ele tá dizendo é só
isso que me importa mas não precisa
mostrar pra galera não a gente foi Max
que escreveu Porque Marcos é maior que
em Deus claro sabe então tipo isso não
faz sentido isso a gente está em jogos
aliás tem uma coisa que eu descobre de
gêmeos que quando ele diz que ele é o
segundo violino [ __ ] nenhuma Sinfonia
completa meu irmão me respeita
pode ser pode ser ele certamente escreve
melhor né é certamente mais agradável
cara mas é porque
é porque eu gosto eu particularmente né
Particularmente eu me interesso pela
temática que o Enzo invoca que era
relacionar a concepção que eles estão
fazendo em relação à economia humanidade
com um projeto de totalidade ciência eu
gosto muito dessa coisa se você A
ciência é uma só eu gosto dessa coisa
entendeu Tipo assim física e química não
é diferente é a diferença é só de grau a
química física é a mesma coisa que a
mesma coisa que sociologia só que no
outro grau de uma outra coisa mas outra
complexidade e com a possibilidade de
construir outras ferramentas né
assim é parte de um mesmo mecanismo eu
gosto dessa pegada eu gosto dessa pegada
Por isso que eu gosto
é que a gente vai para o pessoal para
transformar a ideia né para transformar
a sociologia paciência tal qual a física
o que a gente precisaria de uma
capacidade de processamento de dados que
de conhecimento do que que é o cérebro
humano e do que que são o todo todos os
as composições inclusive químicas que
acontecem no nosso corpo que levam o
nosso comportamento no nível
extratosférico que a gente não consegue
então a gente precisa criar outras
metodologias outros atalhos e uma certa
interpretação da realidade para fazer
que a Sociologia seja algo parecido com
uma ciência tal qual é a física mas num
grau num sei lá assim algum dia a
inteligência artificial começar a fazer
ciência a nível extratosféricos A
sociologia virou uma ciência como como a
física né ou existe algo metafísico que
a gente não consegue dar conta
um dia a gente descobre
Talvez nós somos demasiado humanos
é mas aí que tá né Essa é a grande
questão né Tipo
se existe um empecilho metafísico e sei
lá fazer engenharia reversa do cérebro e
tipo tem um cara chamado
rakers veio que é um cara doidão da
cabeça mas também meio gênio assim ao
mesmo tempo que ele fala a gente vai
fazer engenharia reversa do cérebro a
gente descobriu como é morte para criar
um humano e evitar a morte o teu cérebro
vai ser colocado tipo o teu cérebro é
nada mais do que um padrão né é um
padrão que se forma e você coloca esse
padrão num num computador em qualquer
lugar a gente vai a gente vai
eventualmente abandonar os nossos corpos
humanos da nossa existência biológica e
não a nossa consciência porque a nossa
consciência é proveniente desse padrão
ele vai longe para [ __ ] mas se a
gente vai ser fiel aos premissas a gente
pode aceitar isso né A questão a gente
vai criar a tecnologia e se não existe
algum imbecil elemento físico né que não
é minha preocupação agora enquanto a
humanidade está morrendo de fome etc
né é uma preocupação mais pro futuro mas
que já tá acontecendo né a gente já tá
já tá desafiando com inteligência
artificial com enfim todo o que a gente
mexe no cérebro humano Tão tentando
fazer a engenharia reversa do cérebro né
neurociência etc e se a gente fizer ou
deu muito bom muito ruim né mas sim a
humanidade Deixa de ser humanidade isso
tá no hara Hari isso tá no curso veio
está numa galera mas daí que eu já acho
uma pira muito grande Tá eu já não quero
eu já não gosto muito eu gosto de
especular no bar e beber e trocar os
papo louco mas eu acho que a gente tem
que ser até os problemas de agora né o
Brasil tá com os problemas aí a gente
tem que ter as ferramentas a gente tem
que pensar no hoje e nas ferramentas que
a gente tem né se a gente vai virar
Imortal daqui a pouco daqui a 100 200
300 anos o cães veio e disse que já ele
acha que ele vai não vai morrer né ele
tem 60
ele acha que não vai morrer 250
para 250 comprimidos por dia já
comprovado porque ele é conservador
ainda porque ele só toma opção
comprovados ele acha que não é que a
gente vai chegar logo na na imortalidade
mas é que a gente chegou já chegou tá
Nós já chegamos no momento em que a
gente vai conseguir prolongar a vida
humana e nesse prolongamento depois a
gente prolonga mais e daí a gente
prolonga mais até que eventualmente a
gente descobre alguma modalidade Quando
a gente tiver 200 anos digamos a gente
vai conseguir chegar a gente vai
prolongando sabe então assim é mas é uma
viagem assim eu tô falando para pensar
nessas premissas o que o materialismo
até onde né uma visão materialista
poderia nos chegar se não existir nenhum
empecilho metafísico o que chega a ser
até assustador às vezes até vontade de
pedir um empecilho metafísico Será né
daí eu fico provocação para você que é o
hotel o hotel
também sou ateu tô falando você que é o
até o que fala né que que compra pauta
da atriz né o São Mateus que não cumpre
tanto a pauta do ateísmo por estar
preocupado com outras coisas mas enfim é
porque eu vejo a vida como algo tão
legal cara tipo assim primeiro eu vejo
para mim né eu valor a vida de um modo
tão Positivo eu nunca passaria pelo
Sofrimentos de caminho de Sartre dessa
galera de ai que coisa e tal eu vejo de
uma maneira tão positiva que nada para
mim acerca da possibilidade o pílula
mesmo já falou sobre isso se ele tivesse
a possibilidade de ficar a vida como
seria terrível para mim se não fosse
ficar a vida depois que o planeta
explodiu fica vagando obviamente
Mas se for esticar a vida razoavelmente
bem acho top tranquilo também eu quero
oxe Então fechou a gente vai tomar uma
durante a eternidade fácil eu acho que o
único perigo disso é porque não tem
espaço né porque imagina a humanidade se
reproduzir para sempre vai para onde
essa humanidade a gente vai parar de se
reproduzir e a gente vai colonizar o
planeta vai ficar só os que estão vivos
e aí quem quer é bom vai dar bom no
final e a gente vai colonizar os
planetas
teve Nossa eu quero muito essa pessoa
esse pessoal que chora a vida aí mano
vocês tem que corrigir alguma parada aí
que tá errado mano porque tem como dar a
bola o cara não sei teve um problema
pode ser não eu tô brincando Claro cada
cada mundo enfim cada um sabe a dor e a
delícia de ser o que é né enfim
perdi uma amizade por causa de religião
pela primeira vez estou muito triste o
cara não aceitou [ __ ]
Dead Trip é o que tem né É mas é o que
rola cara
de derrotas e de vitórias se faz a vida
acontece acontece Vivo para construir
uma sociedade em que terminaremos as
nossas amizades porque o desgraçado é
religioso Como assim o cara religioso
até hoje Que absurdo luto por essa
inversão de poder para que quando a
gente chegue lá a gente possa falar poxa
cara não precisa ser assim o cara é
religioso mas é gente boa pegada de
posso usar o máximo ele é religioso mais
[ __ ] até amigos que são
Mas é isso gente então para mim eu não
sei para vocês para mim foi um prazer
sempre um prazer conversar com o Daniel
eu espero que tenha sido para vocês
também e que tenha ajudado a refletir aí
sobre ideias de liberdade e poder e
porque não conhecia ficou verso percebo
que tem umas coisas interessantes aí né
e para de escutar os cara do pessoal são
tudo doente mental
Daniel um abraço para você peço que você
dê sua palavra afinada e se despeça por
favor bom queria Então chamar a galera
para o meu canal né iluminismo
pós-moderno né agora que tá mais claro
um pouco o que que é esse iluminismo o
que que é esse pós-modernismo que não
não vejo como incompatível com
Marxismo Pelo contrário né pretendo
compatibilizar de maneira mais mais
sólida no futuro onde eu tiver mais
leitura marxista etc mas né No fundo é
isso assim né A minha a minha dica meu
minha palavra final é saiba quem você é
saiba Quais são os seus valores os seus
afetos e se e que mundo que você quer
viver ilude por ele né não não
busque nenhuma como é que eu vou nenhuma
Redenção em algum lugar
mais busque conhecimento não não para
para encontrar Redenção né não busque
nenhum guru que te digo te fazer o que
fazer mas busca busca sim tipo a gente
pode estar bem intencionado com os fins
bem bem
definidos moralmente e cair em ideologia
né a gente eu gosto de dizer que todo
mundo tem duas coisas né duas lições
sinais então não existem vácuos de poder
tá então você não tem a possibilidade de
ser um isentão o isentão ele tá do lado
de quem tá ganhando então ele tá
fortalecendo o poder dominante então não
existe vácuo de poder e você não pode
ser isento e
qual que era outra coisa não existe
vácuo de poder
E você tem necessariamente pontos cegos
tá você tem eu passei muitos anos
achando que eu podia ser um liberal de
esquerda tá passei muitos anos achando
que podia ser Universidade esquerda
Descobri que não dá
liberalismo enfim mas foi por lei
inclusive liberais legais assim né Foi
porque eu gosto de falar que a culpa é
mais de Stuart mil pessoas escreve muito
bem explodiu é moderadinho é bonitinho
é [ __ ] nesse sentido ele foi um filha da
[ __ ] para mim porque ele é tão bom que
ele ele
é ele é tão bom que ele me fez ser
liberado de esquerda por um bom tempo
sabe então ele também tem culpa no meu
cartório também pois é pois é Não leia
Não porque ele é bom
justamente porque ele é bom porque ele
tá errado ele é bom e tá errado deixa
ele lá deixa que você não vai aprender
com ele mas você vai gostar se você ler
Então deixa ele lá
então é isso queria agradecer então né
um prazer enorme tá aqui e mandar um
abraço um beijo aí para todo mundo que
tá assistindo e [ __ ] Tamo junto sempre
que quiser aí tô tô à disposição Eita
beijo e até
até mais
[Música]