Featured image of post Ocupação do MLB - Expedito Xavier Gomes

Ocupação do MLB - Expedito Xavier Gomes

Pera aí. Vamos lá. Tá dando para ouvir
agora?
Tá dando para ouvir?
Teste, teste, teste.
Tá dando para ouvir
aí? Então beleza.
Então beleza. Vamos ver aqui. Deixa eu
deixa eu ver se eu ajeito aqui a imagem
aí. Tá dando para ouvir agora o áudio?
Tá bom? O áudio tá tá suave.
Tá bom. Agora sim, depois de um certo
problema técnico, a a gente tá aqui numa
ocupação do MLB, o expedito Xavier
Gomes. Estamos aqui para conversar com
um pessoal que tá organizando a
ocupação. Eh, eu passo a palavra,
inicialmente a gente vai trocando o
celular, tá? Pra gente poder conversar
eh com a Hana. a Hana, que é minha
amiga, minha companheira, eh tá na
iniciativa aqui. Eu queria saber de
você, Hana, inicialmente, eu queria que
depois se apresentasse o resto das
pessoas que estão aqui conosco. Ah, como
é que foi essa ideia desse projeto,
dessa atividade que aconteceu no dia 7
de setembro, que não foi só no Distrito
Federal, foi no Brasil inteiro. E o que
que ele significa? Qual é o objetivo de
ocupações desse tipo urbana? eh que tipo
de pressão política se pretende fazer e
como é a atividade? Porque aqui nós
estamos com representantes e
organizadores, só que existem pessoas
que estão morando na ocupação. Quem são
essas pessoas? Como isso se organiza?
Por favor, Hana, conte pra gente um
pouco.
Oi, gente, boa tarde aí. Dá para ver se
tá me ouvindo direitinho?
Tá. Eu sou a Hana, eu sou coordenadora
distrital do MLB. Eh, no ano passado, no
7 de setembro, nós organizamos o Pátra
sem fome, que foi uma ocupação de
supermercados
na luta contra fome. Então, nós passamos
o dia, né, tanto eh a coordenação do MLB
junto com as famílias que são
organizadas nos nossos núcleos, nós
passamos o dia todo até eles liberarem
doação de cesta básica.
Aqui no DF a gente recebe as cestas
básicas, né, por um desses supermercados
que nós ocupamos e inclusive estamos
recebendo até agora. Então já tem um ano
que as nossas famílias, né, eh tem a sua
fome sanada através da dessa luta que a
gente construiu. E aí para esse ano a
gente pensou em ser um pouco mais ousado
e exigir mais. Então nós fizemos 18
ocupações em 15 estados, né? Aqui do DF
essa ocupação a expeditavier.
E a ideia principal é falar que não há
soberania nem dependência sem moradia
popular.
O Brasil, né, assim como todo o sistema
capitalista em si, vive essa situação da
especulação imobiliária, né? Então, algo
que era para sanar uma necessidade
básica nossa virou eh tema de
eh virou uma oportunidade de gerar
lucro, né? Então, aqui no DF, por
exemplo, a gente não tem nenhum programa
que beneficie a faixa um das famílias,
que é as famílias de que recebem de zero
a três salários mínimos. Elas não
conseguem financiar uma casa, elas não
têm nenhuma oportunidade de moradia
popular que seja eh subsidiada pelo
estado. Então são famílias que vão
passar a sua vida inteira morando de
aluguel
ou morando de favor, morando todo mundo
junto em condições muito precárias, né?
A gente tem famílias aqui, né? Tem
senhoras 70 e poucos anos, né? uma
companheira que falou isso esses dias,
ela falou: “Tenho 72 anos e eu nunca
tive sob a minha cabeça um teto que
fosse meu”.
Infelizmente a companheira só tem essa
expectativa de uma casa dela na luta.
Então, a gente faz a luta eh tanto para
conseguir as casas, as moradias para
essas famílias, quanto para denunciar a
questão da moradia, né? Porque não é
normal que as pessoas passem a sua vida
inteira morando de aluguel. E aí, para
apresentar, a gente tá aqui com a com
dois coordenadores distritais também, o
Bruno, que é coordenador distrital do
movimento luta de classes e a Dara que é
coordenadora distrital do movimento de
mulheres Olga Benário.
Eh, Bruno, o que que você acha que a
gente, enquanto participantes do
movimento luta de classe, que é um
movimento eh de relações sindicais,
deveria fazer construir como ele apoia o
grupo, não pertencendo ao grupo? Isso é
possível? Como que funciona? Qual é a
ideia de ah atividades diferentes serem
complementares? O que que você acha que
o movimento luta de classe, que é um
trabalho, repito, sindical, ele pode
contribuir nesse tipo de ah luta
política de atividade relacionada à
questão da moradia,
nesse caso que a gente tá vivendo agora
nessas ocupações, mas na discussão sobre
a moradia no Brasil como um todo.
Certo, Pedro? Eh, V, como você falou, o
movimento luta de classe é um movimento
que luta nesse âmbito do do da luta
sindical por direito dos trabalhadores,
pelo pelo direito dos trabalhadores a as
a condições de trabalho dignas e que
respeitem o trabalhador, né, que deem
uma,
como posso falar, d pro trabalhador esse
esse essa oportunidade tanto de ter uma
vida com qualidade ade quanto de
trabalhar sem perder a sua dignidade,
né? E aí a gente esbarra nessa nessa
nessa questão que é o movimento de luta
de classes, ele tá eh envolvido com
várias categorias do mundo do trabalho.
Então, hoje, principalmente aí os
trabalhadores eh
do serviço público, mas também vários
trabalhadores na questão da eh em
serviços privados, assim, em na na eu
esqueci a palavra, mas naiva privada
iniciativa privada, perdão, niciativa
privada, no âmbito da luta contra a
escala 61.
E aí a gente vê que o o trabalhador que
mais sofre com essa com essa questão da
especulação imobiliária, com essa
questão da falta de acesso à moradia, é
esse trabalhador. Então, formar eh esses
trabalhadores
politicamente para estarem na luta pelos
seus direitos trabalhistas e também
pelos seus direitos como ser humano que
precisa existir e sobreviver para
trabalhar. Então, eh, essa luta pro
a união da luta da moradia com a luta
sindical se constrói nesse âmbito, né? O
trabalhador ele ele trabalha seis dias
na semana, 8 horas por dia, sem direito
a descanso, lazer e ganha um salário de
miséria que não lhe dá acesso a esse a
esse aspecto da vida, que é morar, que é
se alimentar com qualidade, que é ter
direito à sua família. E aí a gente vê
um movimento como o MLB, que possibilita
a conquista de um de um da moradia e da
alimentação. Isso apoia o a luta do
movimento luta de classes no âmbito de
um trabalhador que tem a a necessidade
básica de morar de alimentação sanada,
ele tem mais poder para poder eh lutar
pelo seu direito como trabalhador, como
sindicalista e um trabalhador que já tem
um um
poder como um poder,
não um poder, né? o
o organização sindical que já tem os
seus direitos sanados, que já tem a sua
possibilidade de se organizar e lutar
pelos seus direitos, também tem uma
possibilidade de ajudar na luta pelo
direito do próximo. O que acontece muito
aqui dentro do do da ocupação, que é
outros camaradas que estão como
apoiadores estarem aqui dentro
trabalhando pela moradia de quem
realmente necessita, né? A gente tem
alguns camaradas aqui do MLC que estão
ajudando principalmente na coordenação
de limpeza e de de segurança, que estão
nesse âmbito de já sou organizado, já
tem uma condição melhor de vida e eu
posso apoiar a luta do do meu camarada
do lado
para que ele tenha essa você tem essa
outra dificuldade e pode
conquistar a casa dele, né? Então é
isso.
Eh,
das três pessoas que aqui estão
conversando comigo, a única pessoa que
eu ainda não conheci é a senhorita. Eh,
me diz exatamente como é que você conta
sua história, pessoal. Vamos conversar
um pouco sobre ah o que que leva alguém
a a se unir a esse tipo de movimento,
como você veio se aproximar do movimento
que tá acontecendo aqui. E eu queria
ouvir também um pouco sobre o cotidiano,
né? O que que ã o que que acontece numa
ocupação? O que que é uma ocupação? O
que que quais são os problemas? Quais
são as questões? Por exemplo, antes da
gente começar a gravar aqui, tinha um
pessoal capinando ali, tirando a Eu vi o
eu vi a gente tem assim, uma ocupação
acontece num prédio abandonado. Nós
temos um prédio que tá abandonado aqui
há anos, há anos, há anos, há anos. Eh,
e a ocupação também se presta a isso, a
mostrar o fato do de que tem muita
moradia abandonada e tem um déficit
habitacional muito grande no Brasil. Eu
tava lendo, você pode pegar para mim o o
eh o jornal do A Verdade. Eu tava lendo
aqui rapidamente essa edição do A
Verdade. Eu não sei se eu consigo
mostrar para vocês aí na que estão
assistindo, mas a capa é moradia digna é
um direito básico do povo brasileiro.
Esta é a capa, certamente dá para ver
que eu consigo ver daqui. Então dá dá
para ver.
É, a é a edição atual do jornal, a
Verdade, eh, em que se fala, por
exemplo, sobre uma coisa que eu
simplesmente não conhecia, que era ah,
existe uma vertente do Minha Casa, Minha
Vida, que é o Minha Casa, Minha Vida,
entidades. Eu não conhecia isso, ã, que
é uma outra forma, uma um modelo, uma
atividade do Minha Casa, Minha Vida que
consulta mais ah a população.
junta com grupos de organização social,
pelo que eu entendi, para que se
consulte qual a empresa que vai fazer,
como que vai ser feita, paraa casa não
ser pequena, para ela não ser aquela
casa que ah tem uma tendência a se
tornar uma casa com aspecto de antigo
muito rápida. Ã, bom, essa é a situação
que a gente tem em geral. Eu queria
saber como é que é a sensação de estar
com as pessoas que sentem a necessidade,
que tão vivendo de aluguel, que não tem
a casa própria, que às vezes pagam, eu
vi uma história que ah, paga R$ 1.000 de
aluguel, você vai ver o salário da
pessoa é R$.500. R$ 1.000 só de aluguel.
Falta sobra R$ 500 para pessoa, pra
pessoa poder se alimentar, para poder
sair final de semana. Imagina se tudo
que tá na Constituição fosse possível.
Então, a moradia, lazer, não, não dá
conta. Então, as pessoas me parecem,
pelo que eu vi aqui em 5 minutos, muito
animadas. Eu queria que você falasse
sobre isso.
Eh, bom, essa pergunta acho que foi um
presente assim, né? Bom, meu nome é
Dara, eh, eu sou professora de biologia
e, né, acho que vou falar um pouco da
minha história e aí eu acrescento sobre
a ocupação, né? Então, sempre me
importei muito com o meio ambiente, acho
que sempre foi uma pauta muito
importante. Se a gente fala de moradia,
as duas lutas estão extremamente
interligadas, né? Se a gente olha para
esse prédio de seis andares, eh, coisas
foram feitas para que ele existisse, né?
Trabalho foi feito. Então, o ambiente
ele é modificado pelo trabalho e tem que
ter um objetivo, senão a gente cai, né,
nesse maquinário capitalista, né, de
utilização total de recursos que são
finitos, né? Então, a gente pega o
prédio que tá abandonado há mais de 10
anos, há aproximadamente 15 anos e tudo
que foi utilizado aqui gerou algum dano
ambiental que até então estava sendo sem
objetivo nenhum. E aí então quando a
gente, né, olha para todas essas lutas,
a gente vê que elas se integram, né?
Então é a luta das mulheres junto com a
luta pelo meio ambiente, junto com a
luta sindicalista, que também é a luta
pela moradia, né? a luta pela
alimentação. Então, quando a gente
coloca, faz uma ocupação, a gente tem eh
todo esse pensamento de utilização do
local, né? Então, a gente vai promover
não só um lugar para as pessoas ficarem,
né? É uma organização que vai promover
saúde, seja essa saúde física, seja essa
saúde eh intelectual, emocional, né, de
viver em uma comunidade, de as pessoas
terem direito a alimentação, né, terem
direito à cultura, lazer, esporte. Então
a gente se movimenta muito, né? E então
dentro disso entra o Alga Benário, né,
que tá ali na comissão cultural, se a
maior parte da comissão cultural de
comunicação é bem formada pelo Alga
Benário, né, e outras frentes também,
mas a gente tá fazendo vários contatos
para tentar trazer o máximo de cultura
para cá. Então a gente já teve roda de
poesia, a gente tá querendo fazer
batalha de rap, né? Então já tá marcado
aí. Então tudo isso a gente tem que
conseguir resistir aqui para ter tempo
de fazer isso, para mostrar que viver em
coletivo é também promover saúde,
cultura, educação, né? Então todas as
habilidades que a gente tem é revertido
para o coletivo. Então a gente quer
fazer aí um cursinho popular, né, algo
para alfabetização, né, todos os sonhos
que a gente tem, né, e que todo mundo
poderia usufruir do trabalho que a gente
executa, né? Então são todos
trabalhadores que se unem numa causa
conjunta, né? Então a gente entra dentro
disso. E aí o Alga Benário tá
completamente ligado a essa luta de
moradia, porque se a gente pega os dados
e a gente vê que a maior parte das
famílias, até as famílias que estão
conosco, elas são formadas por mulheres,
são regidas por mulheres e são
sustentadas por mulheres. Então são as
mulheres que precisam lutar pela
alimentação de seus filhos, são as
mulheres que vão ficar no trabalho de
cuidado dos filhos, às vezes dos
próprios pais, às vezes dos maridos, né?
Eh, então é muito importante a gente
enxergar essa pauta de uma forma
classista, né, que os trabalhadores
unidos, né, os trabalhadores
trabalhadoras unidos vão conseguir
conquistar a partir dessa organização,
né? Então a gente tem todo o entrela de
todas essas lutas, assim. E aí se a
gente pega mais dados, a gente vê que,
por exemplo, mulheres trans são
completamente marginalizadas, né,
expulsas de suas casas, então não tem
qualquer perspectiva de uma moradia
digna. Então a gente tem essa
perspectiva também, né, de os
marginalizados serem aqueles que se
organizam, né, para poder conquistar,
porque as pessoas que estão aqui, elas,
como o Bruno falou, trazem o apoio, mas
quem realmente necessita de conquistar,
aquelas pessoas que realmente não tem
nada a perder, porque o capitalismo gera
essa impressão que a gente tem algo a
perder, que a gente tem uma moradia, que
a gente tem um emprego ali, né, que a
gente não pode perder aquilo, vive numa
insegurança. E quando a gente tá em
coletivo, é isso, a gente se sente
seguro, a gente vê que a gente consegue
construir e revitalizar. Então é igual
você falou, tinha gente capinando aqui,
a gente fez um mtinão de limpeza lá
dentro e era um local que poderia estar
gerando muita doença, né? Porque era
completamente abandonado, né? Eh, e
cheio de riscos. Se a gente pega aqui a
localidade, a gente vê que é um local de
muito risco, né? Porque não tem uma
atenção governamental. Então a gente tá
aqui também para denunciar esse aspecto,
para mostrar, né, que as mulheres
organizadas, por mais que elas tenham a
carga de trabalho, trabalha fora, chega
em casa e tem que trabalhar mais, aqui a
gente reparte essa carga de trabalho,
né? Então aqui não tem gênero para as
atividades, né? Então as mulheres
trabalham no trabalho pesado também, os
homens trabalham na cozinha, né? Então
tudo isso, né? Unifica a gente, né? Todo
mundo tá aqui eh promovendo condições
para que todo mundo possa fazer alguma
coisa, né? Então acho que essa pauta
assim é muito importante. Eu me
encontrei muito dentro do movimento
porque é exatamente isso, né? Trago uma
visão ali da biologia, uma visão mais
acadêmica que eu consigo executar e ver
acontecendo mudanças no meio ambiente em
relação ao trabalho dentro da ocupação,
né, dentro da organização. Então é isso,
a gente tem que produzir, a gente tem
que trabalhar mais com objetivo em
comum.
Encontrei uma engueziana absolutamente
clara. Estou muito feliz. Meus queridos,
nesse momento eu queria colocar um
banner aqui com a eh o Pix da ocupação,
não é? Eu acho que é importante fazer a
divulgação do Pix da ocupação, a
ocupação e queria fazer um comentário.
Esse é o Pix, né? Oupacão, né? Sem sem o
Sidilha. Oupacão@gmail.com.
Tá na tela para você.
Eh, ocupa, é, tá, mas tá escrito certo.
Ocupacãoxpedito@gmail.com.
Eh, eh, e aí eu queria fazer esse
comentário, Hana, do seguinte, a gente,
como é uma ocupação é de um imóvel eh
que tá abandonado há muito tempo, tá num
litígio judicial, etc, etc.,
Mas eh para além da questão específica
que tá sendo colocada, que a gente tá
numa ocupação específica, isso aconteceu
no cenário nacional inteiro. A gente tem
uma ocupação momentaneamente, mas a
gente não sabe o que que isso será
amanhã da decisão judicial. a gente não
sabe eh como é que isso se como isso
avançará no tempo. Tem uma outra
ocupação que aconteceu eh no Guará, que
que inclusive com o movimento de da Olga
Benário, eh acabou que a ocupação foi
desocupada por força policial do governo
do Distrito Federal. Tudo certo. Mas com
essa luta, no final das contas, a a Olga
Benário conseguiu um espaço com
negociação com o poder público. Quer
dizer, mesmo que a ocupação
especificamente do local não tenha dado
ah em resultado no local, isso jogou
luzes sobre uma questão que de maneira
propositiva e positiva gerou um
resultado pro movimento alga Benário,
que é agora ela tem o seu espaço aqui em
Brasília. Eh, eu vou passar a palavra
para você perguntando sobre a os
resultados que o MLB eh encontra em sua
em seu trabalho. E na sequência eu
queria que você passasse a a palavra
para que a gente conversasse também
sobre o a questão do algo benário aqui
no DF, o que que tá onde fica o
movimento alga Benário, qual é o local
em Brasília, porque agora já é oficial,
não é uma ocupação, não tá em litígio.
Isso. Eh, a nível nacional, só nessa
atividade que a gente fez agora do 7 de
setembro, a gente já tem uma vitória com
relação à à moradia. No Piauí, as
famílias já conseguiram 40 casas,
já foi decidido,
já foi decidido
que foram as famílias que ocuparam.
Então, a gente ocupa com essa
perspectiva, algumas ocupações se
consolidam. Então, a gente tem, por
exemplo, a Eliana Silva em Minas, que
tem 12 anos, tá lá, virou um bairro,
virou um bairro,
aliçãoana,
água,
tem tudo fruto de luta, né? Eles não
simplesmente levaram energia lá e o
correio foi muita exigência, ocupação de
prefeitura,
sequestro de caminhão pipa. Então assim,
é uma história de muita luta das
famílias lá, mas tá bem consolidado o
bairro lá tem o Vale das Oupações, né?
Quem for de Minas consegue visitar lá o
local. E aí, mas a gente também tem
outros pontos, né, que é, por exemplo, a
Expedito aqui, a primeira que foi no
SIG.
a gente teve a reintegração de posse,
foi proposto uma negociação com a gente
que não foi paraa frente, né? Aí agora a
gente tá tentando outras negociações
aqui no DF, né? Então já encaminhamos
algumas negociações, não só para tentar
ficar no prédio, mas também assim, caso
a gente saia do prédio, o que que a
gente vai oferecer paraas famílias?
Um oferecimento de alguma solução para
essas famílias. Exatamente. Então, eh,
infelizmente a gente tem essa
dificuldade que é, ninguém oferece as
coisas pra gente só quando a gente pede.
As coisas não são dadas pro nosso povo
só quando eles falam que necessitam,
porque eles estão necessitando a vida
toda. Então, é por isso que a gente
organiza luta, né? A Casieda, essa
situação teve a primeira ocupação do
Guará, teve a segunda ocupação. Na
segunda ocupação foi pouco tempo, eu não
tenho certeza da quantidade de dias
também, mas aí já falaram assim: “A
gente libera outro prédio para vocês e
vocês desocupam esses que vocês estão.”
Então assim, e aí eu acho que seis meses
depois a gente tinha um prédio que é o
atual lá, né? A gente teve outra
situação também de vitória do MLB no Rio
Grande do Sul, porque com asentes,
o MLB conseguiu organizar cerca de 100
famílias para ocupar um prédio que foi
eh que houve a reintegração de posse em
menos de 24 horas, foi bastante
violenta.
Inclusive, tem uma matéria no jornal que
se chama eh O MLB salvou a minha vida e
salvou a vida dos meus filhos. Acho que
dá para pesquisar eh por esse nome,
jornal A verdade, que aparece ela, que é
a companheira. A na foto de capa tem ela
segurando os cílios no filho nos braços,
assim, a polícia sendo muito ostensivas
ali em cima dela no meio da chuva. as
famílias foram desabrigadas no meio da
chuva,
mas aí depois ocupou, né, a prefeitura
exigiu e aí essas famílias já tiveram um
terreno destinado paraa moradia delas,
né? Então assim, independente do tempo
de ocupação, a gente sempre tenta
negociar para garantir eh que as
famílias conquistem a sua moradia, né?
Então essa forma sim, eh, aqui a gente
tem essa situação, né? Um prédio que tá
15 anos desocupado, então eles passaram
um tempo tentando reformar, né? Quando a
gente entra, a gente consegue ver isso,
algumas paredes de tijolo novas ali, mas
quando a gente ocupou tava soldado tudo,
então já não havia mais trabalho, o
prédio tava total abandonado. A gente
sabe que o prédio tem muita dívida. um
de eh uma dessas dívidas que a gente
teve acesso é de 15 milhão
né? Então assim, e são várias dezenas de
dívidas que o prédio tem, então a gente
sabe que realmente não tinha intenção de
estarem mexendo com esse prédio
atualmente, né? Então, eh,
a gente pensa muito se há realmente a
possibilidade de ficar aqui, porque é
bem localizado, tem escola próxima, tem
supermercado. É um ponto que a gente
recebe doação e visita tranquilamente,
que as pessoas passam de longe, vê um
bandeirão do MLB, já pergunta o que que
é, vem conhecer, consegue participar das
nossas atividades culturais que o Olga
tá ajudando a organizar, né? E aí também
é um prédio que consegue fazer uma
estrutura que a gente já tava
procurando, que é
iniciar a escola Eliana Silva aqui no
DF, né? A escola Eliana Silva a nível
nacional ela proporciona educação
popular, então alfabetização, cursinho
prévestibular, aulas de música, eh
oficinas, discussões políticas, formação
política, né? Então, eh, a gente assim
fica bem esperançoso com relação ao
prédio, né? Mas também se não for, de
qualquer forma a negociação, né? A gente
já tá correndo atrás de fazer.
Pois é. Então, foi falado da escola, eh,
que é um projeto relacionado ao Olga,
não é? Ou ou não
é do MLB mesmo o projeto,
tá? Então, eu queria saber do Olga,
especificamente, a partir daquela outra
ocupação, eh, surgiu um espaço pro Olga.
Como é esse espaço? Na verdade, eu
tenho, essa pergunta não é irônica,
porque na verdade eu já deveria ter ido
lá 500 vezes. Eu não fui nenhuma vez.
Nenhuma vez. É, eu tenho eu tenho que
admitir o erro aí, mas é fato. Eu nunca
fui lá e eu, portanto, faço essa
pergunta como quem não conhece de
verdade, né? Apesar dele já existir, eu
queria saber quanto tempo que tá lá. É
na Asa. Eh, é bem localizado. Como a
Hana mencionou, do lugar onde eu tô
olhando, eu vejo um prédio ali bem
construído, um outro aqui. Ali tem
comércio, aqui é bem localizado. E por
isso seria bom que esse prédio fosse
revitalizado e colocado para as famílias
morarem, porque ele é otimamente
localizado. Em 2 minutos eu chego ali no
na Praça do Relógio, que é onde tem uma
eh foi falado de batalha de rap aqui.
Tem batalha de rap ali na Praça do
Relógio que eu já fui. É incrível. Ah,
mas a Praça do Relógio é do lado,
eh, ele é do lado do eh, do verdade, é
verdade. Eh, ele é do lado do metrô,
então ele é bem localizado por causa
disso. Ele é no centro de Itaguatinga,
né? Então, ah, tem toda essa questão de
que não é o prédio tá abandonado, mas
ele não tá abandonado no meio do do
oceano, no meio do deserto. Esse é um
local muito bem localizado. Eh, e nesse
sentido eu queria ouvir sobre como é a
estrutura lá do Olga, o que que se faz
lá no Olga, ah, o que que tem sido
produzido
depois da conquista daquela localidade.
Eh, só um aspecto interessante que você
falou da localidade, né? tá bem
localizado. É importante a gente pensar
que um espaço bem localizado, vazio,
significa que várias pessoas estão em
locais onde elas são empurradas paraa
margem, que não são tão bem localizados.
Então, esse espaço inutilizado empurra
as pessoas pra margem, né? Ficam mais
distantes dos seus empregos, ficam mais
distantes da parte cultural, ficam mais
distantes da parte de transporte, né,
das estações de metrô. Então é muito
importante que a gente pense, né, em
como um lugar inutilizado promove, né,
esse empurramento das pessoas para as
margens, né? E é exatamente isso que a
gente pensa quando a gente ocupa e
conquista, né? Então que lugar que a
gente vai ficar, o nosso local é na
Casieda, né? Fica na 307 Sul, próximo à
estação 106 Sul, né? Perto do C
Brasília. Então é extremamente bem
localizado ali, né? E a gente atende
muitas mulheres trabalhadoras
principalmente, né? e todas as pessoas
que estão ali na região lá, a gente eh
usa também como um local de denúncia,
né? Porque a gente vê que as casas
brasileiras da mulher brasileira, né, eh
de acolhimento que deveriam estar
abertas existindo, muitas delas passaram
mais tempo fechadas após inauguração do
que abertas acolhendo mulheres em
situação de vulnerabilidade e violência,
né? Então a gente utiliza a casa como
essa forma de acolhimento também, né? a
gente disponibiliza a ajuda jurídica,
psicológica e de assistência social. E a
gente faz principalmente um
direcionamento, né? A gente ainda não
tem condições, né, de fazer um
acolhimento eh de moradia, mas a gente
faz, né, leva ali no Cris, leva na
delegacia, faz um acompanhamento, né,
daquela mulher. Mas essas coisas
acontecer uma situação de violência,
aconteceu uma situação de violência, a
gente tem essa parte de acolhimento de
primeira escuta, né? A gente faz cursos
relacionados à primeira escuta para
saber como acolher essa mulher, né? e
como direcioná-la, né? Os serviços
legais que estão disponíveis, mas a
gente tem que deixar muito claro que a
gente não faz o papel do Estado, né? Que
a gente tá ali como forma de denúncia,
porque não existe esse paralelismo, né?
O governo vai fazer o que ele quer, não
vai disponibilizar verba paraa luta das
mulheres e a gente vai ficar para o
trabalho dele, né? A gente tá ali
justamente para colher as mulheres que
não têm condições, que não sabem, né?
Então, a gente promove plantões eh todos
os dias da semana e tentando, né, abrir
esses plantões para o finais de semana,
porque a violência ela não tem hora, ela
não tem dia, ela não tem data, né? Então
a gente tá lá com a casa aberta e a
gente também faz todo o trabalho de
finanças para conseguir pagar internet,
luz, água. A gente tem um bazar incrível
lá e também vários eventos, como você
disse, nunca foi, está perdendo porque a
gente acabou de ter, por exemplo, eh,
Algabenário mais FNR, que é a Frente
Negra Revolucionária. Então, uma roda de
conversa sobre feminismo negro. A gente
teve a apresentação de um rapper que é
colado na gente também, da que também é
da organização, né? E várias comidas,
né? Bebidas. Foi.
É o Pedro, né? Pedro
Alabasta.
Alabasta. Pedro Alabasta. incrível,
sabe, a apresentação dele. Mas a gente
também tem feirinhas, né? A gente tenta
fazer ali bimestral, inclusive a gente
tá programando a nossa feirinha para
comemorar a primeira ocupação que foi há
três anos atrás, né? Então, três anos de
tentativa e de eda, né? A gente já
completou agora um ano com a casa nova.
Então, assim, tem muita coisa boa lá,
né? A gente promove muita cultura, muita
ação, só que a gente também acho que tem
um aspecto muito importante de ser
mencionado, que a gente presta esses
auxílios, né? auxílio jurídico,
psicológico, de assistência social, de
comunidade. Mas a gente só consegue
fazer isso porque a gente organiza as
mulheres. A gente não conseguiria
prestar esse apoio se a gente não
tivesse uma organização e um objetivo em
comum, né, que alcançar algo muito
maior, que é o poder do povo, poder das
mulheres, né, uma mudança social, né,
completa relacionada ao sistema. Então,
eh, essa assistência, ela não é
meramente assistencialista, né? Eu vou
lá, te dou uma assistência. Não, a gente
consegue essa assistência porque as
meninas, as mulheres que estão com a
gente têm essas habilidades e essas
habilidades se voltam pro coletivo.
Então é muito importante assim deixar
claro que a gente não faz o papel do
Estado, a gente não tem nem condições de
fazer isso e que a gente consegue
apertar essa assistência porque a gente
consegue organizar as mulheres junto com
a gente e elas sabem, né, que a gente
tem um objetivo comum, assim como as
famílias do MLB, né? Então é assim, é um
espaço muito importante, mas é
principalmente o espaço de luta, né, que
a gente conquistou com muita luta. Se a
gente não tivesse organizada, com
certeza a gente não teria conquistado.
Então, né, quem luta conquista, é o que
a gente sempre fala.
Eh, queridos, eu eh queria passar a
palavra paraa Hana mais uma vez, eh,
para a gente fazer uma espécie de
consideração a respeito do hã
do fato de que essas lutas tem muito
dispêndio, muito desgaste, muito
esforço, muita concentração, muita
atividade e e é cansativo em algumas
medidas. Mas eu queria saber das coisas
positivas que aqui mesmo se eu virar a
câmera de costas, tá cheio de
desenhos de produções ali que tem a ver
com a produção cultural aqui mencionada.
Eh, eu queria saber mesmo, tipo assim,
se você puder colar aqui, se você quiser
conhecer primeiro onde estamos, onde é
que a gente tá, né? Que lugar é esse,
como é que chega aqui, como é que faz
para entrar em contato? É só pular como
como é que faz para entrar em contato,
para conhecer, para saber, para
vivenciar e que tipo de coisa que está
se precisando aqui. Eu sei que no sábado
teve um churrasco e aí ou churrasco não,
perdão, uma feijoada. E aí nessa
feijoada se pediu se você pudesse trazer
1 kg de arroz, de feijão e etc. O que
que é necessário? O que que se precisa
aqui? E se uma pessoa tiver em Brasília,
tiver disposta, quiser conhecer, quiser
ajudar do que precisa, não só de
material como alimento, mas assim de
força de trabalho, de atividade, o que
que a gente eh como é que a gente
consegue convidar as pessoas para se
aproximarem do MLB?
Bom, gente, a gente fica aqui em
Taguatinga.
Aí a localização é a pontinha do Pistão
Sul com o centro de Taguatinga.
Fica no setor hoteleiro. Só tem esse em
Taguatinga, né? É hotele, setor
hoteleiro sul. Aí fica perto do metrô,
perto da praça do relógio. Quem vai em
direção a IPTG passa e vê aqui o prédio,
né, com bandeirão, que é os o imóvel da
frente é menor. Então dá para ver da
pista, quem passa na pista, a gente
precisa de muita coisa. Eu acho que
assim, o principal
é questão de alimentos perecíveis, né?
Porque a gente construiu luta, então a
gente tem uma certa quantidade que
aguenta o dia a dia na semana
da de alimentação para as famílias, né?
Então pense assim, é uma grande
quantidade de pessoas que almoça, que
janta, principalmente, porque as pessoas
trabalham e volta para cá, né? Já trata
a ocupação como suas casas e o final de
semana a gente recebe mais gente ainda,
a principalmente no final de semana é
quando a gente pede doações, né?
Eh, então assim, a gente precisa de
fruta, muita fruta, é muita criança,
eh, leite, eh, eh, verduras, legumes,
proteína.
Então, acho que esses assim são os
pedidos principais.
Aqui a gente tá num trabalho assim, já
tem uma semana, mas o prédio tava tão
sujo e continua que a gente precisa de
ajuda na limpeza. Então, qualquer
horinha que vocês conseguirem tirar para
passar aqui, para ajudar a gente na
limpeza, eh, seria muito importante
assim, porque a gente fez, a gente
entrou, limpou a primeira parte do
prédio, né? Mas assim, são seis andares
e o prédio é bem grande, então tem tava
cheio de entulho, eles tavam fazendo
reforma e abandonou a reforma no meio,
né? E a gente planeja fazer horta aqui,
fazer eh plantar árvores frutíferas
e mexer com a própria estrutura do
prédio, né? Então é muito trabalho. E
além dessa questão da limpeza, a gente
também divide, né? Aí já vai as próprias
famílias na comissão de creche, comissão
de alimentação.
Então as pessoas estão o tempo todo
ocupadas, né?
E outro outra ajuda também que a gente
precisa é tornar a ocupação sempre um
espaço vivo, né? Então, se você é
artista, se você dá aula, se faz alguma
oficina,
pode vir que a gente organiza algum
horário assim.
Eh, e eu acho que não teve ainda, que
foi uma coisa que a gente pediu paraas
meninas e estamos tendo dificuldade de
encontrar, eh, relacionada a alguma
atividade física, assim, sabe, uma roda
de capoeira,
eh, uma dança, uma luta. Então, assim,
se você é esse tipo de de artista, de
esportista,
eh, falar com a gente, né? A gente tá no
Instagram, MLBDF.
Mas também pode vir aqui, a gente recebe
pessoas o dia todo, né? A ocupação ela
não fica aberta, né? Porque claro, a
gente tem esse risco de reintegração de
posse, mas é só bater no portão que a
gente vai lá, recebe, então
fazer esse contato e mesmo que você não
consiga prestar uma doação, eh, fazer
alguma oficina aqui, venha conhecer esse
trabalho, sabe? Pedro falou assim da
dificuldade e realmente é uma
dificuldade a gente se organizar e tá
militando ali no dia a dia, tá lutando
para mudar essa sociedade que a gente
vive, né? Mas a sensação de você ver as
coisas feitas, eu acho que vale muito a
pena, sabe? A gente tava aqui
conversando antes da live e tinha uma
companheira se despedindo. Ela falou:
“Eu vou ali rapidinho, tem que fazer
umas coisas”. Mas eu tô muito feliz de
estar aqui. Eu tava até esquecendo da
minha casa. Então assim, eh, esse
aluguel,
ela mora de aluguel e ela que paga R$
1.000 de aluguel.
Então, assim, eh
isso é um resultado muito bom, né?
Porque assim, a gente, o MLB
é um dos movimentos sociais que constrói
a unidade popular, né? Unidade popular
que é socialista, né? que quer mudar,
quer acabar com o capitalismo.
Então assim, a gente organizar as
famílias nesse sentido, organizar as
famílias paraa luta, todos os nossos
movimentos, né? Organizar os
trabalhadores para serem mais
combativos, para
eh mudar esse sistema mesmo, né? pelo
fim do capitalismo em si, é muito
satisfatório. Então eu realmente acho
assim, eu nem penso tanto no cansaço, eu
penso no cansaço quando dá o nosso toque
de recolher que a gente vai dormir,
sabe? Mas assim, eh, o dia a dia é muito
é muito grandioso assim você saber que
você tá lutando por coisas que nem vai
te atingir diretamente, que vai atingir
o nosso povo, né? Então, é essa conversa
que a gente tava tendo aqui
anteriormente com as companheiras que
faz valer esse trabalho, sabe?
Eh,
a forma de entrar em contato, portanto,
é o Instagram que você passou. Você pode
repetir para eu fixar na cabeça dos
seres humanos?
O, a melhor forma de seguir é o MLB. PDF
no Instagram para saber atualização de
informações, como é que tá a ocupação,
os horários, se tiver atividade, ah,
notícias boas, notícias ruins, é pelo
mlb.def,
né, @mlb.df.
Exato. Eh, vocês queriam acrescentar
mais alguma coisa, queriam fazer mais
algum comentário? Eu, para, para mim, na
minha visão, foi uma excelente primeira
conversa.
E se for aqui, se a coisa se
estabilizar, porque insisto, a gente
nunca sabe, a gente tá falando isso, não
sabe o amanhã, não sabe o depois de
amanhã, mas se as coisas derem certo, se
negociações foram feitas e etc e tal,
ah, eu pretendo, se vocês se dispuserem,
se vocês se interessarem, de estar
sempre conversando com vocês, ah, para
est noticiando o que que tá acontecendo
e manter as pessoas, pelo menos que
seguem o meu canal, conhecendo a
atividade, porque Eu acho que ah dentro
da internet as as pessoas às vezes até
sabem o que que é unidade popular, sabem
o que que é MLB, que existe um negócio
de moradia, mas eu acho que dar palavra
para quem ativamente tá construindo as
coisas, eu acho que é uma coisa que
falta. E eu eu gosto mesmo de falar
pouco e deixar quem tá na frente poder
contar. Eu espero que vocês tenham
gostado e pergunto novamente, tem alguém
quer acrescentar algum detalhe, alguma
conversa? Tá. Eh, mas é bom. Eu achei
você uma pessoa muito capaz de oratório.
Achei muito incrível isso. Achei muito
incrível. Ah, ah, e eu agradeço por
vocês terem se disponibilizado para essa
conversa. Eh, posso fazer, pô, essa é
uma boa ideia. hã, passar umas três,
quatro perguntas enquanto você vai
fazendo a sua a sua fala. Eu vou dando
uma caçada numas perguntas aqui para
dispor para vocês.
Eh, eu quero fazer um convite para todas
as mulheres, né? Mas principalmente as
mulheres de Itaguatinga, Ceilândia, é a
região mais su aqui de Brasília, né?
Recanto, Samambaia, Riacho Fundo, né?
Porque
e que é a mais populosa também,
que é a mais populosa, grandona.
grandona. E eu queria fazer um convite.
Queria fazer um convite porque nós
teremos uma reunião no dia 22,
segunda-feira, né? Eh, presencial aqui e
vai sair todas as informações no
Instagram do Olga, né? Movimentoga
também. Então, movimento no Instagram
@movimentoolga.
Isso, exatamente. E aí lá vai ter todas
as informações, tá? do horário, a
localização, quando começa, o que que
tem que trazer, se tem que trazer alguma
coisa, assim, traga você, uma amiga sua,
a sua mãe, a sua tia, mas, né, venha se
organizar para que a gente continue, né,
eh, fazendo essa luta e conquistando,
né, porque como eu falei, a luta da
mulher não se dissocia todas as outras
lutas sociais, o que é um grande exemplo
aqui na ocupação que a gente tem creche,
né? Então, paraa mulher poder trabalhar,
paraa mulher poder viver, para ela poder
socializar, ter acesso à saúde, cultura,
entretenimento, ela precisa também de
ajuda para poder ter cuidado com seus
filhos. E aqui a gente promove esse
trabalho e a gente só consegue fazer
isso com organização. Então eu convido
todas as mulheres a se organizarem com a
gente, seguir a gente no Instagram e
ficar ligado na reunião de
segunda-feira. E eu vou est lá, hein,
vou est na reunião. Então, quem quiser
me conhecer,
já tô ficando famosa aqui, eh, pode vir,
entendeu? Fiquem ligadas lá. Qualquer
dúvida também pode mandar no Instagram
do MLB.
Eh, bom, eh, eu vejo muitos
agradecimentos aqui ao trabalho de
vocês. Ah, o Leandro, por exemplo, tá
dizendo: “Muito bom conhecer. São
pessoas assim que dão esperança para
quem tá com o coração pesado. Eh,
muita gente fazendo elogio. Olha só que
que relato interessante. O Leonardo, que
é uma pessoa que nos acompanha há algum
tempo, ele disse eh paraa outra pessoa:
“Henrique, sou filiado da UP, mas
infelizmente sou motorista rodoviário e
minha única folga é para descansar ou
sair eh cansado com a família, que tem a
ver com a disputa da escala 6 por1, né?
H, mas é bom saber que os camaradas são
incríveis, que quem está em condições,
que está com, né, que conversa muito com
a fala do Bruno, quem está em condições
de disponibilidade, às vezes sem tempo
mesmo, mas como a Hana inclusive falou,
a Hana falou: “Olha, eu nem penso em
cansaço”, porque às vezes a gente cansa
porque o o físico nosso é físico, mas ah
ah eu posso garantir que quando a gente
tá junto com essas coisas, O espírito da
gente dá uma sensação que deve ser, eu
suponho, parecido quando de quando a
gente faz exercício. O pessoal faz
exercício físico, no começo dói, não sei
o quê, uma canceira e no final das
contas tem uma coisa até física de de
endorfina relacionado a isso. E tá com
os nossos eh colegas e pessoas que a
gente já considera amigos. Eu acho que
construindo isso tudo, laços, é sempre
importante. O Rafael fez uma pergunta e
ele também é camarada da nossa. Vocês
lembram dos dos pins que a gente
produziu, uns pinzinhos metálicos? Quem
quem desenhou o pin foi o Rafael, eh,
que tá fazendo uma pergunta aqui para
nós. Qual é o caminho para as famílias
procurarem, né? Como é que elas procuram
a ocupação? Como é que faz para se eu
sei, né? Há uma um cadastramento e tal.
Como opera esse cadastramento? A
pergunta que o Rafael faz. Rafael, você
é um artista lindo, tá? E você é lindo
também,
gente. Então, eh, as famílias, a gente
faz mobilização, muita mobilização, né?
Então, a gente entrega Panfleto. No
Panfleto tem
eh os nossos contatos todos e a gente
faz reunião de núcleo. Então, as
famílias do MLB, elas se aproximam
através das reuniões de núcleo, né? E aí
a partir dessa reunião de núcleo do
convívio, que a gente explica que a
gente não é qualquer ocupação de
moradia, que a gente é uma ocupação com
aspecto político, né? que a gente
organiza as pessoas paraa luta, que a
gente luta não só pela reforma urbana,
mas também pelo socialismo, né? Então
assim, eh essas coisas elas vão se
aliando junto com a necessidade
econômica, né, que é a necessidade da
moradia. E aí numa ocupação que já
existe, as famílias que já moram, os
moradores, eles aprovam a entrada de
outras pessoas para morar. E quando não
existe uma ocupação, a gente organiza as
famílias para fazer uma ocupação. Então
assim, essa ocupação que a gente fez, a
gente vinha organizando as famílias
desde o último ano, desde o ano passado,
né? A gente passou o último ano
organizando as famílias em três núcleos
para fazer uma ocupação. Então, a forma
é essa. A família se aproxima, a gente
conversa, apresenta o movimento e já
coloca a família para participar das
reuniões de núcleo, né? podem ser
semanais ou quinzenais. E essas reuniões
de núcleo, elas têm esse aspecto
formativo, né, de formação política e
também encaminha das nossas atividades,
as nossas tarefas. Então, a ideia é
sempre tá organizando as famílias para a
luta.
Então eu novamente agradeço a todos
vocês. Peço desculpa por tirar tanto
tempo de vocês, que eu sei que tá cheio
de coisa para ser feita aqui. Inclusive
nem sempre coisas que são pegar no
batente, né? Ontem mesmo tava
acontecendo um Ah, hã,
teve teve como é que éada.
Teve bingo, teve bingo que você quase
ganhou, que eu vi, eu vi que você quase
ganhou, mas não deu. Ah, então assim,
tem vão ter outras, né, outras
oportunidades verão, mas ah, existe
confraternização também, né, relações
sociais que precisam existir. E eu tô
sequestrando a Hana porque na hora que a
gente estava tentando gravar aqui antes
de começar, era 5, 5 minutos indo alguém
conversar para resolver uma questão,
para falar sobre um ah um procedimento a
ser adotado e etc e tal. Então eu
agradeço de verdade a todos vocês pelo
tempo. Eh, conheçam o MLB, conheçam o
Olga, conheçam o movimento luta de
classe, né, que são atividades
diferentes, mas de pessoas que todas se
conhecem, que estão eh interagindo e
estão se apoiando em cada uma dessas
atividades, né? são todas braços de uma
atividade específica, todos estão
relacionados a um partido político eh
institucional que é a Unidade Popular
pelo Socialismo, da qual também tenho
orgulho de fazer parte de alguma forma.
H, e espero que vocês que estão
conhecendo agora, que eventualmente só
conhecem por ouvir falar na internet,
eh, veja um pouco da atividade, né?
Porque existem pessoas que produzem e
que às vezes nunca nem, né, nunca nem
gravaram nada pra internet, parece que
não tem na internet não existe, né? Mas
existe essa atividade e é importante que
vocês ajudem a divulgar o que acontece e
para evitar coisas que são divulgadas e
criações de imagens e absurdos que estão
muito longe da atividade real do que
realmente é produzido aqui. Eh, bom, eu
agradeço a todos vocês que estão me
assistindo, melhor, eu agradeço a todos
vocês que estão me assistindo. Ah, e a
gente vai fazer esse tipo de atividade
mais de uma vez. Tá? Eventualmente
quando tiver alguma coisa no Olga, se
vocês acharem interessante, a gente pode
fazer isso lá também, tá? E a gente vai
fazer com que a a atividade da UP, pelo
menos do Distrito Federal, chegue na
internet por via desse canal e que a
gente também vá conhecendo outros
colegas produtores de conteúdo, que têm
interesse de se tornar produtores de
conteúdo, até para incentivar, porque
atividade como essa aqui, talvez a de
Brasília, não seja nem perto de ser a
maior. Tem muitas coisas acontecendo no
Brasil e que às vezes não ah aparecem,
né, não são divulgadas. Então, a gente
vai fazer essa atividade, vai est
divulgando para vocês o trabalho e tá
convidando vocês, né? O resultado desse
trabalho de divulgação é o convite para
que vocês se aproximem se vocês acharem
que é um movimento interessante.
Então, um abraço para todos, tenha uma
ótima tarde. Falou, valeu e até
até mais.
Não foi, não enganei.