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Comentário à Profunda Filosofia de Matrix - Verdade, Prognose e Ação Prática (Platão e Baudrillard)

p
[Música]
e com essa conversa bastante ambígua
começa Matrix filme dirigido pelos a
época irmãos wowski e lançado em março
de
1999 Nossa há exatos 20 anos que loucura
Cronos não é mesmo se prestarem bastante
atenção nesse diálogo que ouviram entre
cer e Trinity perceberão desde já a
genialidade do roteiro desse filme A
questão ali colocada é se Trinity
acredita realmente se ele entre aspas
seria de fato o cara referindo-se ao
personagem ainda não apresentado Thomas
Anderson que navega no mundo virtual so
o nickname de Neil não à toa a primeira
cena do filme tem como protagonista
exatamente Trinity que é a portadora do
último plot desse filme fechando o seu
sentido de amb em relação à questão
sobre se há de fato escolha ou se o
mundo é totalmente determinístico É eu
sei muita gente quando vai falar de
Matrix fala que se trata de um filme
sobre conhecimento sobre se livrar das
amarras da aparência e como na república
de Platão sair da caverna e alcançar no
Ápice do mundo inteligível a ideia de
bom ru Agato Idea como consta no
original em grego
ático mas o brilhantismo do roteiro que
constantemente esconde a posição de
Trinity como veremos é que acaba
ocultando a questão principal do filme
Justamente a relação entre conhecer uma
verdade e em função disso tentar
prognostic quer dizer com conhecimento
prévio perceber resultados e a partir
daí escolher as ações que vai se tomar
mas isso depende de responder uma
pergunta se é possível de fato fazer uma
escolha Afinal Esse é o ponto cuja
resposta ao final dos três filmes é
objetivamente ambígua como veremos mais
paraa frente mas vamos voltar ainda
nessa cena inicial somos apresentados
aos antagonistas chamados de Agentes ao
nível da ficção e da simulação na qual
estão inseridos eles são agentes como
representações dos agentes da agência
central de inteligência dos Estados
Unidos a central intelligent Agency a
ccia mas ao nível do prognóstico como
conhecimento prévio o nome agente se
referirá mais paraa frente mesmo ainda
no primeiro filme como uma
insinuação de que o Smith é um programa
com capacidade de agenciamento ou seja
capacidade de escolha Mas isso é sempre
feito com um brilhante toque de
ambiguidade no roteiro a cena seguinte
mostra na tela do computador de Nil
pesquisa sobre o mencionado morfeu que
teria fugido da polícia no
os lances Geniais de ambiguidade
continuam sobre o conceito de
prognóstico Ou seja a capacidade de
traçar o provável desenvolvimento do
Futuro A partir de um processo que se
apercebe continuam Quando nessa tela
surge uma mensagem para Neil sobre a
Matrix que faz uma alusão à ideia do
enredo de Alice no País das Maravilhas
quando ela segue o coelho branco e logo
em seguida a mensagem anuncia que irão
bater na porta quando alguém realmente
bate na porta a mensagem some ficando
nesse início de filme impossível saber
como aquele bater na porta foi previsto
ou mesmo se isso seria apenas uma coisa
da cabeça da personagem ao abrir a porta
revela-se que Neil está fazendo alguma
espécie de contrabando de programas que
ele guarda em uma tradução de simulac e
simulation de Jean billar com o fundo
falso bodar foi um sociólogo que tratou
filosoficamente a compreensão da
situação de dita pós-moderna do mundo
contemporâneo se dá no final do século
XX para cá ele diz que tal mundo está
recheado de cópias de cópias de cópias
de cópias que perdem o referencial no
real criando o que ele chama de
hiperreal onde não mais o Real tem
sentido para as pessoas tanto quanto a
representação sendo símbolos e
representações mais importantes do que a
própria realidade metaforicamente é mais
ou menos isso o plot do cipher que
pretenderá voltar a ser pulgada no mundo
de representações que para ele parece
mais real do que a própria realidade é
importantíssimo notar que a página do
livro que é mostrada na cena é a do
início do último capítulo do livro
simulac simulacion com o título sobre o
niilismo e que contém todo o significado
do plot do último filme da trilogia Mas
isso é assunto para outro vídeo no final
dessa cena shoy ou cador do programa
brinca que Nil seria o seu Salvador seu
pessoal Jesus Cristo essa brincadeira é
mais um prognóstico da função de
Salvador da humanidade que tem Nil na
trilogia colocada na boca de um
personagem que é um ser humano normal a
questão está sempre embutida ao longo do
filme está tudo determinado ou não está
chamado por shoy para ir a uma festa
Neil nega primeiramente afirmando que
tem que acordar cedo para o trabalho
mas ele muda subitamente de opinião ao
notar a representação do coelho branco
tatuado em uma mulher que está com shoy
a prognose da mensagem no computador
alterou a escolha de Neil percebem
novamente cimentada a dúvida entre
determinismo e escolha uma vez na boate
ao som maravilhoso de dragol do HOB
Zombie Neil conhece Trinity que afirma o
ter levado aí porque ele procurava por
mofu que como sabemos é o nome de um
Deus dos sonhos grego que aparece na
obra metamorfose do poeta Romano Ovídeo
apresentado como um dos moldadores de
sonhos Trinity diz para New que ela
também procurou o morfeu mas que na
verdade ela como Neil não estavam
procurando exatamente morfeu e na fala
mais platônica do filme Trinity diz que
o que os move é a questão Ou seja a
a próxima cena baseada no atraso do
protagonista no trabalho brinca com a
ambiguidade do sermão que cujo nome de
batismo é Thomas Anderson recebe em
consequência de seu atraso
além de ser um puxão de orelha é também
a criação do estereótipo por
representativo do Rebelde e o filme
novamente usa um personagem aleatório
para fazer um prognóstico do que
acontecerá no filme você pensa que é
especial que as regras não se aplicam a
você mas você obviamente está errado diz
o chefe é o mundo real chamando-o ao
Realismo no instante seguinte morfeu
entra em contato com thomas thomas nesse
momento ainda apenas é um homem com
questões e é surpreendido por suas
questões o levarem a ser perseguido pelo
sistema enquanto morfeu com prognoses
bastante estranhas o guia para a maneira
de escapar dessa perseguição sentindo o
absurdo da situação de arriscar a
própria vida por questões incertas Neil
decide se entregar preso New entra então
em contato com Smith pela primeira vez
Smith a esse ponto não é mais do que
parte do sistema e convoca New para
fazer a coisa certa entre aspas ajudando
a trazer o terrorista morfeu paraa
justiça a resposta de Thomas Anderson é
simbolicamente rebelde com aquela coisa
toda do dedo do meio mas convém uma
afirmação curiosa sobre saber os seus
direitos Isso significa que Thomas
Anderson a essa altura ainda acredita
que as leis se aplicam a ele ao
contrário do que sugeri seu chefe isso
permanecerá assim até muito próximo do
final do filme Em uma camada diferente
como veremos nesse momento Smith mostra
para Anderson que o uso de uma faculdade
uma escolha de direito só é possível se
você é capaz de
exercê-lo e faz aquela magia de fechar a
boca do Erson com a pele colocando uma
máquina bizarra no seu
[Música]
[Música]
interior novamente o filme brinca com
ambiguidade sugerindo logo na cena
seguinte que tudo aquilo poderia ser um
sonho mas logo se é afastado morfeu liga
diz que Neil é o cara dos caras e
pergunta se Neil ainda quer conhecê-lo
ele topa vai pro lugar indicado aponta
uma arma para ele é colocada a questão
da escolha de novo ele ia pular fora mas
enfim decide ficar com agenciamento
questionado mais uma vez o bicho
estranho é tirado da barriga dele
revelando que aquilo não era um Son e
ele finalmente é levado para conhecer o
que de fato seria falso sendo
apresentado finalmente morfeu para acord
a primeira pergunta do Diálogo dos dois
é justamente sobre determinismo e
escolha
[Música]
já a seguinte colocação de morfeu é
profundamente platônica Mais
especificamente tem relação com o Menon
de Platão
Mat do you want know what it
is the
Mat
All even now in
this you can see it when you look your
When You turn
onion you can it when you to
work when you to
church you your
tax is the world that
has that you are a Slave
Como di M fil
sabe de fato algo mas não consegue
explicar o que sabe morfeu é como
Sócrates dialogando com o escravo não
ensinando algo novo mas ajudando o
escravo a explicar o que dentro de si
ele já sabia em seguida novamente aposta
a questão da Escolha para Neil na famosa
cena da pílula vermelha Neil assim como
aquele que está assistindo o filme pela
primeira vez está movido Como disse
Trinity anteriormente pela dúvida O que
move New é querer saber a verdade por
trás da experiência cotidiana que ele
conhece esse algo a mais que não conhece
é o que Thomas Anderson procura ocorre
mais um diálogo sobre saber se está
acordado ou não que é o que ditará a
ambiguidade do filme Até o Final
[Música]
e apenas depois de mais de 30 minutos de
filme é finalmente mostrado que seria
nesse enredo o mundo real New então
acordando mas ainda com muitas perguntas
sem respostas e conversas e cenas que
fazem mostrar que Neil está sofrendo com
os novos olhos e com novo corpo o que
faz de algum modo referência ou pode ser
pensada como analogia a dor de descobrir
a verdade a partir da alegoria da
Caverna da República de
Platão a partir daí né É apresentado a
nave Nabuco donosor cujo nome será
simbolicamente importante para a
narrativa dos demais filmes e finalmente
tem o bate-papo sobre o que é a Matrix
que também é uma conversa profundamente
platônica especialmente dessa vez
relacionada com o teeteto no teeteto
Sócrates conversa com o jovem de nome
teto sobre o que seria episteme ou
conhecimento a primeira resposta do
jovem é que conhecimento é
aesis ou o processo de percepção morfeu
nessa cena assim como Sócrates no
teeteto não ensina para o ouvinte O que
é o conhecimento mas apenas faz com que
seu interlocutor renuncie a sua
convicção anterior é o processo de
desconstrução e não de construção
[Música]
[Música]
isent
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asur
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após esse processo o filme cita
diretamente e seu
deser na seginte
frase a fala de mor tem uma referência
ambígua a primeira e imediata é de que o
Real naquela história que estamos sendo
apresentados se tornou um desesperador
deserto obscuro e sem vida a segunda tem
a ver com a obra de bodr a concepção de
bodr de deserto do Real está Logo no
início de simulac simulation em que o
autor lembra que Jorge Luiz Borges
concebeu uma fábula em que se cria um
mapa tão grande de um império que era do
tamanho do próprio Império com o
declínio do império o mapa foi
abandonado em qualquer lugar a oeste
onde passou a ser habitado por animais
mendigos revelando-se como verdadeiro
duplo da realidade enaltecendo A Busca
do Rigor pela ciência porém segundo bodr
hoje a simulação deixou de apenas
pretensamente tentar copiar o real e
passou a criar por modelos de um real
sem origem na realidade esse fenômeno
bauder chama de Hiper idade explico as
imagens as cópias as representações
passam a ter um sentido para nós mais
importante do que o sentido de realidade
a realidade se esvazia do sentido e vira
o deserto do Real isso ocorre enquanto
as representações vão se misturando a
realidade e ganhando a característica de
hiperreal quando por exemplo você se
grava em um vídeo imitando um
comportamento que você sabe que vai
funcionar tornando essa representação de
fato um aspecto do que você é essa
Imitação é ao mesmo tempo uma imagem e
real ação regular daquilo que você é ou
em outro exemplo as imagens que
formatamos no nosso Instagram acabam
fazendo parte tão grande da nossa vida
que aquelas imagens apesar de imagens
acabam sendo real e com características
inclusive muito importantes pras nossas
vidas tem gente que ganha efetivamente
dinheiro e sobrevive do trabalho que faz
a partir de sua exposição no Instagram
em outras palavras o que era uma cópia
uma repetição se torna o seu próprio
modo de ser não havendo mais separação
entre ato real e cópia esvaziando o
sentido da realidade tornando-se tudo
uma grande sucessão de cópias que perdeu
a referência original e Inclusive a
ideia de agenciamento criativo se
esvazia já que toda a atividade real é
apenas uma cópia replicante programada e
pré-estabelecida a essa altura do do
filme e aliás no primeiro filme inteiro
a citação de Biller é extremamente Sutil
e tudo que eu falei poderia suar um
pouco de Hiper interpretação pois toda
essa análise fica totalmente omitida só
sendo exposta nos demais filmes quando o
morfeu explica para Neil que toda a
experiência de sua vida foi falsa e
aquela falsidade foi criada para gerar
energia para os senhores da humanidade
agora as máquinas New começa a negação
daquela verdade pede para sair e desmaia
mas um diálogo muito importante Talvez o
mais importante dessa sucessão ocorre no
dito mundo real após acordar
mat
[Música]
conclusa a fase de aceitação do chamado
mil dará início à fase de treinamento do
monomito dessa estrutura A ideia é
simples na Matrix é a mente que manda e
se a mente domina de fato o sujeito
consegue desenvolver o domínio total do
corpo o que por sinal é totalmente
Platônico com a diferença de que no caso
Platônico é o domínio dos desejos para
paz política enquanto no filme a
alegoria é do domínio de qualquer coisa
mesmo envolvendo corpos
físicos Aí vem uma sucessão temos a cena
da porrada morfeu diz que está querendo
libertar a mente de Nil eles carregam o
programa do Pulo morfeu diz que ele deve
se livrar da dúvida para conseguir mas
Nil falha Considerando o texto da cena
ele não falhou apenas tornando-se um
personagem de papalégua sei lá mas
essencialmente o que está colocado aqui
é que ele falhou em confiar em si mesmo
esse é o ponto a cena seguinte é para
lembrar que o cer é aficionado pela
Trinity e que ela está desenvolvendo o
amor pelo Nil a próxima cena é a última
que completa o ciclo de referências
potenciais a epistemologia de Platão
temos essa incursão na noção social da
busca pela verdade que é equiparável
nesse trecho do filme ao mito da caverna
de Platão na República que é um livro
carregado de questões políticas na
república de Platão para a construção de
uma cidade idealizada diz a personagem
Sócrates que seria necessário unir
política e amor ao conhecimento ou seja
Filosofia é exatamente no livro sétimo
da República que o papel do filósofo é
ilustrado com uma alegoria a alegoria da
caverna ela retrata pessoas presas a a
vida inteira em uma caverna e que apenas
conhecem sombras de representações uma
delas se liberta Sai até ver o sol
referido por Sócrates como analogia a
ideia de bom e retorna para a caverna
para guiar todos até o sol ou seja a
ideia de bom mas os acostumados com a
vida de sombras veem o liberto
tropeçando após o Retorno à escuridão
desacostumado a ela e não ditando no que
ele diz são hostis com liberto a cena
termina com a apresentação platônica da
necessidade de negar os desejos pois os
desejos ameaçam a destruição política no
caso da Matrix a mulher de vermelho
passa chamando atenção e desviando Neil
do seu foco sendo ele em seguida
apresentado ao perigo os chamados
programas sensíveis morfeu diz então que
todos que não foram desplugados do
sistema são um agente impotencial
perceba agora aquela apresentação de
Smith ao início em que morfeu seria um
terrorista não parece tão fora da
caixinha assim não é mesmo mas isso é
uma questão a ser analisada melhor em
referência aos próximos filmes voltando
agora ao contexto inicial do filme na
fala do chefe morp agora ensina que o
grande diferencial entre Neil e os
Agentes do sistema é que esses Agentes
do sistema estão presos a regras
enquanto New quando esver preparado será
livre e ilimitado
pausa você será ilimitado totalmente
livre se seguir o caminho correto o
caminho verdadeiro Essa parece ser a
conclusão do primeiro filme O que
carregaria uma profunda incitação à
ingenuidade mas esse simplesmente não é
o ponto da trilogia muito pelo contrário
isso fica bastante Claro nos outros dois
filmes mas se seguirmos o plot que é
escondido na omissão expressa daquilo
que contou o oráculo para os demais
personagens
percebemos se assistimos o filme pelo
menos duas vezes claro que a dúvida
sobre o limitado e o ilimitado na
dicotomia entre livre e determinado é a
base do filme afinal se nos tornássemos
uma figura filosófica Suprema que tudo
sabe poderíamos fazer qualquer coisa ou
seria o contrário se soubermos tudo que
vai acontecer todas as causas e
consequências dos eventos de modo que
toda ação então se torna determinada sem
espaço para agenciamento para dúvida e
efetivamente para escolha como que
poderíamos escolher fazer outra coisa
além do que já está determinado Mas
voltando digamos assim para o mundo real
nessa ficção na cena seguinte é
apresentada a ameaça da sentinelas e um
impulso eletromagnético que para todas
as máquinas inclusive desligando a
conexão deles com a Matrix que acaba
matando quem tá plugado o que será
fundamental para o plot final desse
filme Em seguida tem a cena engraçada do
cipher dizendo que ne assustou estou
Jesus para fora dele que é uma expressão
idiomática inglesa e ao mesmo tempo o
indicativo prognóstico de sua traição e
cer mostra como ele curte bebê como ele
só vê mulheres nos códigos e como ele
gostaria de ter tomado a pílula Azul
aquela da conformidade que o
transformaria como vimos na cena passada
em mais um dos inimigos deles é a mente
de cipher presa aos desejos que está
falando aqui se New tivesse lido Platão
igual eu falo para vocês lerem os
originais o tempo todo ele teria
antecipado essa enfim cer diz isso
[Música]
aqui cipher é a incitação à dúvida você
só é uma pessoa normal fuja como nós
fugimos depois disso vem a famosa cena
do Bifão que deixa qualquer um que come
carne com água na boca e determina
platonicamente exatamente o que o cipher
é um escravo dos desejos dessa vez o
enredo fala com todas as letras
platonicamente por ser um escravo dos
desejos cipher vai causar um estrago na
tripulação inclusive com a sua própria
morte tudo isso para entregar morfeu aos
agentes para eles conseguirem Segredos
sobre Zion em um acordo que lhe daria
uma vida prazerosa de volta para Matrix
a cena imediatamente seguinte mostra o
contraponto da comida esquisita sem
sabor para dar sentido ilustrativo a
decisão de seifer em ser um escravo dos
próprios desejos com mouse até tocando
no assunto da mulher de vermelho para
dizer que os seres humanos não podem
negar seus impulsos pois isso seria
negar o que lhes faz humano sério a
República é toda sobre isso três partes
da alma o domínio dos desejos pela parte
racional criação de uma idealização que
não funciona tão perfeitamente como se
imaginava é exatamente isso muito embora
leituras historicamente interessadas
tenham tentado entender um projeto
político ali que evidentemente está
colocado no próprio texto como falível
bom Leiam o texto Leiam os originais
citados caramba na altura da metade do
filme acontece a parte que do filme é a
mais importante que dará substância para
tudo que eu venho afirmando sobre a
questão entre determinismo e a escolha
Neil faz uma divagação de como ele
conhecia um restaurante e que isso não
seria real Trinity diz que isso
significa que a Matrix não poderia dizer
para ele quem ele é ele questiona se um
oráculo então poderia Trinity hesita em
dizer porque ela sabe que a oráculo é
diferente que é o detalhe de que ela vai
se apaixonar pelo escolhido ela sabe
portanto se o Neil é ou não o escolhido
essa coisa de ser guiado por Eros em
direção da Verdade é outra coisa
bastante platônica que aparece do
banquete aqui a coisa começa a ficar
mais claramente grega os protagonistas
passam por um cego que os cumprimenta a
relação presente entre oráculo e
cegueira é comum na poesia grega
especialmente nas tragédias mas
sobretudo na figura de tirésias profeta
de que já no Épico de Homero ajuda
odisseu a escapar do Adis mas como
morfeu diz claramente e Dirá mais à
frente o oráculo é apenas um guia que
ajudará a encontrar o caminho mas não
falará em termos de certo e errado isso
é diferente do menino da telecinésia que
move os objetos à distância com
Aparentemente o poder da mente o menino
fala em termos de verdade e diz que para
entortar a colher não é possível
entortar a própria colher é preciso
entender que quem tem que se mover é
você é você que entorta não a colher que
entorta aqui está Sutilmente mais uma
vez colocada a questão do agenciamento
considerando a ficção da coisa o menino
só está Relembrando Neil de que a colher
é um programa que de fato não existe mas
considerando a metáfora estamos diante
de uma consideração de que as ações como
controlar uma colher dependem da
inclinação de cada um para produzir a
modificação do mundo Ou seja você
precisa ter dentro de você o impulso e
decisão para mudar algo e esse impulso
interno é que vai modificar algo ao seu
redor mas a oráculo vai colocar tudo
isso de ponta cabeça e todo o sentido do
plot doss três filmes está na oráculo
Então essa cena é muito importante para
a compreensão do filme nesse filme A
oráculo é uma figura humanista Muito
provavelmente podemos fazer alguma
assimilação dela em relação a personagem
prometeu uma vez que prometeu grego
significa exatamente ver antes a
personagem que tem muita afinidade com
seres humanos e que deu a luz para os
homens Mas se for necessário falaremos
mais disso nos vídeos de sequência da
trilogia nascendo do Oráculo volta mais
uma vez a questão do agenciamento
[Música]
[Música]
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a oráculo determinou a ação deil de
derrubar o vaso se ela sabe tanto e pode
influenciar com palavras levando a
quebrar ou não o vaso pode ela por
palavras lev aer quisa que elais
oráculo tira a capacidade de escolha de
Esse é o centro dos filmes está sendo
manipulado por engrenagens do próprio
sistema ouil está escolhendo de fato mas
A grande questão é que o oráculo não
responde a pergunta de sobre se ele é o
escolhido ou não vej
Being the one is just like
Being no one can tell
[Música]
[Música]
[Música]
supposed to
say that’s Inter but you
say but
[Música]
you got the
[Música]
primeiro eu não sei porque ela tem
aquilo ali em latim mas segundo geógrafo
paas
gon conheça a si mesmo estava escrito no
chão da entrada do importante Oráculo de
Delfos que Sócrates teria visitado para
descobrir que era o mais sábio de Atenas
apesar de dizer que não sabia de nada
justamente por admitir que não sabia o
que é o primeiro passo para o
aprendizado um texto ainda mais tardio o
lexo da Suda Diz que esse aforismo do
conhece-te a ti mesmo é indicado como
fala do sábio Espartano Chilon um
provérbio aplicado aqueles que querem
exceder aquilo que são diz a mesma Suda
no Oráculo de Delfos aparecia esse texto
como uma indicação para não prestar
atenção na opinião dos muitos pois essa
opinião dos muitos só admitirá o
estabelecido e não a verdade é por isso
que a oráculo diz que só Neil poderá
saber se ele é de fato o escolhido ou
não ela não diz absolutamente nada ele é
que conclui que não é escolhido logo
depois dela ter explicado isso tudo
sobre se autoconhecer aquele teatro que
ela faz com Claro tom de zombaria apenas
está espelhando o que o próprio Neil
pensa naquele momento ela não diz que
ele não é o escolhido ele diz e ela só
lamenta dizendo que e parece que Neil
está esperando por algo ainda para ser
escolhido é ele que tem que dizer e
acreditar nisso exatamente o mesmo
problema da cena do salto entre os
prédios é Thomas Anderson que tem que se
convencer e agir como Neil nas palavras
de morfeu atravessando a porta os outros
só podem mostrar a porta portanto a tal
oráculo não revela a verdade para Neil
mas adianta ele que diante daquela
convicção que Ele carrega dentro de si
de que não é o escolhido uma situação
futura ocorrerá de que morfeu correrá
perigo e ele Neil achando que não é o
escolhido terá que decidir arriscar dar
a própria vida para salvar a morfeu
questiona a vocês Será que se Neil
soubesse com a certeza que nesse momento
falta para ele que ele seria o cara que
ia salvar o mundo inteiro não seria ele
convencido pelos outros a não se
sacrificar para salvar moru aí é que tá
peço para reconsiderar a cena a oráculo
não disse que um dos dois ia morrer mas
que Neil teria que escolher encarar
diante do que ele acreditava que era
morte certo já que ele acreditava que
não seria escolhido ir ao Resgate da
vida de morfeu Ela disse o que passaria
pela cabeça dele a escolha de salvar um
dos dois e a escolha o moverá Justamente
a se tornar o cara quando ele passa a
aceitar o seu papel tudo perfeitamente
alinhado resta ainda dúvida dúvida houve
nesse caso escolha ou foi tudo delineado
previamente pela oráculo seja como for
no ponto seguinte tem a cena do Dejavu
com modificação da Matrix morre o mouse
pega o morfeu e cfer mata uma galera
para um escravo dos desejos tudo que ele
quer é fazer o que ele deseja não
obedecer qualquer tipo de ordem que seja
dada para ele seja lá qual é o motivo a
escolha do cer é uma escolha tendo em
vista que está sendo impulsion nada pelo
que ele próprio é mas na tripartição
elaborada por Platão alegoricamente para
fazer compreender isso cer é um escravo
de si mesmo usando as palavras
platônicas é um escravo das próprias
vontades a razão dele está submetida a
essas vontades e por isso ele entra em
conflito com os outros Ele quer
irremediavelmente o prazer e vai fazer
de tudo para obtê-lo inclusive se jogar
naquele conflito pela terceira vez é
perguntado para tr se ela acredita que
Neil é o escolhido E mais uma vez ela
reluta mas finalmente diz que sim só não
é ainda nos contado porque ela acredita
nisso quando ela diz que sim Deus x
máquina ocorre Deus x máquina é o nome
Latino para um artifício do teatro que
entra pra literatura como uma linha na
narrativa que cria uma situação
Irreversível e depois é revertida com a
ajuda de um Deus que no teatro grego que
literalmente descia por uma máquina que
rebocavel I para inverter o pló ensin
continua-se nesse momento sem dizer que
o Deus ex máquina que surge o cara que
não morreu Quando deveria ter morrido
surge exatamente por causa do papel da
Fé da Trinity na tal profecia que era
ameaçada ali pelo cer a próxima cena é
muito intrigante porque no nível da
ficção anuncia-se que tudo que Smith
está fazendo ao contar sobre a primeira
Matrix que era perfeita e os humanos não
aceitavam e Todas aquelas sugestões
negativas sobre a humanidade era ainda
apenas uma ação programada para
claramente deprimir e metaforicamente
quebrar o espírito de morfeu de modo que
fosse possível retirar as informações
dele como se fosse uma tortura
psicológica para pegar as informações e
destruir inteiramente Z o ponto é que
como cifer falhou em matar as pessoas na
nave os que estão do lado da realidade
podem simplesmente desplugar morfeu o
que a narrativa brilhantemente acabou de
mostrar que mata personagem diga-se de
passagem e evitar todo o problema nesse
momento a profecia da oráculo se
concretiza e Neil percebe que pode se
lançar para a morte certa considerando
que ele acha que não é o escolhido para
enfrentar agentes que ele sabe que não
pode vencer e sabe porque ele acha que
não é o escolhido e salvar morfeu nessa
dicotomia que ele aceitou na cabeça dele
por achar que não é o escolhido mas a
Trinity sabe que ele é o escolhido e de
novo reticência a fala da Trinity em
seguida vi é importante para não
confundirmos as coisas nesse momento o
que está em questão não é a crença em
Deus no oráculo ou qualquer coisa assim
é a crença em relação às futuras coisas
incertas pois essa crença é que faz a
gente tomar essa ou aquela atitude você
estuda muito para passarem uma prova
porque você acredita que pode passar
você treina para vencer um campeonato
porque você acredita que pode vencer
você se esforça para fazer algum tipo de
regime e exercícios porque você acredita
que pode chegar a um shape ou forma
corporal x que te interessa é isso que
está em causa diante do fatídico
desconhecimento do Futuro dado na
condição humana o que move o ser humano
são suas crenças de qualquer forma o que
bagunça a equação no enredo do filme é
que temos um sistema com uma máquina
Possivelmente onisciente ao menos
considerando apenas o primeiro filme que
pode estar puxando as cordinhas então
muito embora na Perspectiva humana possa
parecer escolha na Perspectiva da
máquina potencialmente onisciente pode
ser apenas determinação do sistema o que
se debaterá melhor nos outros filmes
então deixa para adiante Smith continua
enchendo o saco de morfeu sem sucesso
aparecem armas da hora para a cena de
ação Smith pede para ficar sozinho com
morfeu a fala de Smith A partir dessa
cena tem um tom um ambiguo interessante
sobre esse assunto de liberdade porque
embora ele esteja em tese apenas
representando esse papel para quebrar
morfeu em palavras Smith fala como se
quisesse escapar da Matrix logo depois
de ter pedido para os outros agentes
deixarem ele sozinho indignado como se
tivesse sido infectado pela humanidade O
que é bastante irônico porque inverte a
nossa perspectiva entre máquina e ser
humano o que tá inclusive no próprio
discurso do Smith que fala que estudando
os humanos passou a considerar que eles
seriam como vírus e não como mamíferos
então ele diz que quer efetivamente
escapar da Matrix então ele está se
apresentando como uma criatura
potencialmente de características
humanas tem uma cena de ação aqui Vale
ressaltar que a cena de Smith brigando
com morfeu que se vocês lembram bem é o
nome do Deus do sonho é brilhante é
claramente um indicativo de que talvez
ele possa escapar do sistema sendo ele
inclusive interpelado por um dos outros
agentes que pergunta o que ele está
fazendo quando eles entram na sala e
encontram sem óculos e com o fone de
agente fora da orelha novamente um
prognóstico para que serão os próximos
filmes a emancipação de Smith do sistema
sua similitude com o humano a confusão
entre real e artificial tudo isso
lançado no ar junto com a referência ao
niilismo da última parte do texto de
Biller que é o caminho que tá tomando o
Smith é muito genial depois disso temos
essa cena para lembrar que o Neil agora
está acreditando no próprio
agenciamento tem essa ceninha de
ação e então na famosa cena do desvio
das balas Neil finalmente se mostra
suficientemente forte para realmente
batalhar ali lembram do treinamento que
ele recebeu de com
esse aqui era realmente o treinamento
que ele precisava para efetivamente se
tornar o escolhido adquirir força de
vontade para aquilo que ele já sabe há
muito tempo que tem que fazer tipo você
que deveria estar estudando agora e não
vendo vídeo no YouTube que você tá
ligado ninguém precisa te dizer isso
falta convicção e força de vontade não
conhecimento era essa força de vontade e
confiança em si mesmo que tinha que ser
estabelecida em new depois disso temos
uma metral giratria no Eno confiante
moru catando cavaco Tir do tanque salva
um salva dois vidro explodindo
bizarramente com o choque do helicóptero
e de novo uma ambiguidade na pergunta
para Trinity
o que eu acabei de dizer o problema é
tomar vergonha na cara e fazer o que
depende de uma vontade que é traduzida
em Ação através de uma escolha algo que
parece muito uma escolha é como o plot
de Full Metal wm Brotherhood desde o
início o protagonista já sabia qual é a
verdade faltava para ele apenas aceitar
ou decidir ir pelo caminho e de fato
Executar a travessia pela ação na
direção daquilo que já se sabia há muito
tempo mais uma cena de ambiguidade do
conhecimento da Trinity para você não
dizer que eu não avisei que esse é o
centro do enredo e Smith aparece
anulando a possibilidade da Trinity
voltar mas ao invés de correr como
sugeriu cipher que não acreditava em
Neil Neil escolhe ficar mostrando que
virou a chavezinha e de fato começou a
tornar-se O Escolhido cena de porrada
propaganda da cerveja sol porrada parada
estilosa para tirar a poeira diálogo
sobre a inevitabilidade da Morte e Neil
se recusando a ela dizendo que não é
mais Thomas Anderson e sim Neil
aceitando o seu papel e que Portanto tem
a capacidade de vencer o agente Smith
morre Smith volta New foge porque também
ele não vai ficar trocando porrado pro
resto da vida começa então o início do
plot final com a chegada das sentinelas
que vão destruir a nave então o Neil tem
que voltar correndo Antes que as
sentinelas invadam a nave para que todo
mundo possa sobreviver com o uso do
pulso eletromagnético que desligaria a
máquina e portanto mataria Neil se ele
ainda estivesse conectado mais uma cena
de ação correria correria transformação
correria tiro correria dica de porta tá
cego corredor porta tiro transformação
pulo no lixo correria acha a sala
correta tirambaço no peito e um monte
que é para não ter dúvida de que ele
morreu mesmo inclusive com checagem de
pulso e tudo é aí que vem a virada de
cena que está implantada desde lá na
primeira cena Trinity se abaixa e
finalmente diz o que o oráculo contou
para ela ela Maria um dia e esse que ela
Maria seria exatamente o escolhido agora
que ela sabe que ama o Neil logo ele tem
que ser o escolhido Aqui começa a
aparência de infantilidade que Eu
mencionei em outro vídeo Trinity nega a
tal inevitabilidade mencionada pelo
Smith da Morte dizendo que Neil
simplesmente não pode estar morto porque
ela o ama e ele é o escolhido tem que
ser aí com o Amor e a profecia o cara
simplesmente vence a morte renasce como
um Cristo volta já com poderes
ilimitados da Matrix tipo parar uma
chuva de balas lutar de modo arrogante
destruir o Smith bem como sair correndo
na hora certa pro pulso eletromagnético
ou seja o final do filme Matrix dá com
Deus ex máquina sendo exatamente o amor
O amor move para continuar lutando Mesmo
Diante Do que parece impossível parece
parce um fim infantil e de certo modo É
mas não de todo modo como se verá nos
outros filmes da trilogia o amor é só
uma palavra que representa algo como
conexão e não apenas em um sentido
carnal O amor é um apego que pode ser a
uma pessoa como con Trinity a uma causa
como morfeu ou mesmo aos próprios
desejos como com cer Essa é a concepção
platônica de amor no banquete não é só a
de Sócrates que está correta mas todas
as concepções e aplicações de formas de
Amar constróem a Vida Prática de cada um
direcionando formas de Amar Para cada um
essa afirmação é mais descritiva
portanto do que propositiva amar é
apenas uma palavra que significa uma
forma de ligação e cada um constrói a
sua vida e sua relação de amor com as
coisas da forma que lhes interessa
inevitavelmente isso é descritivo e o
filme não acaba assim tem mais uma cena
que é reticente e intuitivamente
política a conversa de Neil com o
próprio sistema diz Neil que agora pode
sentir o sistema vê que o sistema está
com medo com medo da mudança agora Neil
não mais acha que a questão é conhecer
ele admite que não sabe como aquilo tudo
vai terminar mas sabe como vai começar
porque ele fez sua opção mostrar às
pessoas o tal mundo do ilimitado sem as
regras da Matrix onde tudo é possível E
aí o sistema vai decidir para onde eles
vão a partir dali então New voa pelos
ares e tudo mais mas a pergunta que fica
é espera um pouco aí no nível da
narrativa o mundo sem Limites não é o
mundo de Fora o mundo potencialmente
limitado é o da Matrix então
Tecnicamente falando a proposição de
Neil não é pela Liberdade do sistema da
Matrix Vamos pensar de outro modo então
ele estaria falando do mundo da mente
onde a partir da Escolha tudo é possível
inclusive o impossível Como ressuscitar
os mortos seria essa mensagem peço para
pensarem novamente a oráculo previu tudo
exatamente como aconteceu inclusive o
próprio amor que será questionado na
sequência como mais uma das ilusões
especialmente por Smith na última cena
do último episódio desse modo até a
suposta ausência de limites provou
tocada pelo amor teria sido antecipada
ou programada pela própria Matrix desse
jeito até o amor seria uma forma de
programação e de controle da Matrix tão
ilusório quanto o amor de cipher pelos
desejos mas se tudo é irreal e
construído o que resta é o niilismo
embora com toda a pinta de final feliz
infantil porque o amor fez milagre essa
conclusão fica aberta porque permanece a
questão bastante pós-moderna por sinal e
e presente na análise de bodr ilhar
sobre se há diferença entre real e
representação o amor de Trinity é real
ou parte programada pelo sistema
poderiam ser as duas coisas bom a
resposta do filme para essas questões
fica lançada para o resto da trilogia
outra pergunta Será que de fato o pedido
de algum de vocês me influenciou e
modificou a realidade para que eu
criasse esse vídeo ou eu apenas usei as
imagens I de uma coisa que eu já iria
fazer mesmo antes de alguns de vocês
terem pedido e no caso vocês não
influenciaram em nada não tiveram nenhum
agenciamento nessa escolha por hoje é
isso espero que tenham gostado desse
vídeo e se for o caso considerem de
verdade colaborar no meu apoia-se cujo
link segue na descrição isso ajuda muito
na minha perspectiva de investir tempo e
continuar produzindo aqui para esse
canal tudo bem Espero que tenha um bom
[Música]
dia n