[Música]
[Música]
Fala meus queridos e minhas queridas
amigas, tudo bom com vocês? Espero que
esteja tudo bem com vocês. No vídeo de
hoje eu quero conversar sobre apocalipse
nos trópicos. H, o Henry acabou de
gravar um vídeo e, bom, primeira coisa
que eu quero dizer antes da gente
começar a tratar do tema eh que eu acho
que o Henry é um interlocutor
respeitável, tá? diferente da galera do
web comunismo as filiais de extrema
direita. Eu acho que eh o Henry é um
interlocutor respeitado. Essa é a
primeira coisa que eu quero dizer.
Segunda coisa que eu quero dizer, eh, é
que
ah, o que eu falo aqui nesse momento, o
que eu vou falar aqui nesse momento, tem
a ver eh, eu vou eu vou mudar um pouco
de assunto antes da gente comentar sobre
o apocalipse dos trópicos. Acho que o
Henry fez uma leitura que é a leitura
dele, enfim, não tem problema. A
interpretação dele foi como o
documentário tocou o, né, como o tocou e
tal. Hã, e eu quero chamar atenção, na
verdade, sobre o seguinte, que esse esse
apocalipse dos trópicos que tá na
Netflix, eh, ele é um documentário que
expressa faceta, certo? uma faceta, um
aspecto do desenvolvimento da extrema
direireita. Eu já vi muitos comentários
muito, muito, muito, muito, muito,
muito, muito, muito ruins sobre eh esse
hã documentário ah que vão mais ou menos
no mesmo sentido que é um sentido
culturalista de bom selvagem, né? É um
sentido culturalista de bom selvagem.
Veja, se os seres humanos eles vão para
aspectos religiosos
estranhos, esquisitos, que vão
justificar h posições políticas
autoritárias e etc, etc, etc.
Ah, na verdade as pessoas são boas, elas
só fazem isso porque elas estão passando
fome porque o BPC, qualquer porcaria
nesse sentido. Obviamente isso tá
errado. Isso, evidentemente, tá errado.
Não tem a menor condição de isso estar
próximo disso está certo. E a o que se
colocava dentro dessas críticas era
muita gente dizendo o seguinte: “Olha,
mas aí você retratou o o evangélico como
maluco e não percebeu que tem muitos
evangélicos legais e etc etc, etc?”. Tá?
Essa crítica é é é muito ruim. Ela é
muito ruim. Ela é muito desconectada com
a realidade e ela ela parte de uma ideia
de bom selvagem
absolutamente evidente, né? É uma
inclusive no no limite é uma leitura
racista. Ah, veja só, vou pedir em
substituição dessa leitura que a gente
perceba, eu vou fazer até uma
aproximação bem simples, bem simples,
para tentar fazer as pessoas entenderem.
Vocês já assistiram aquela série,
que todo mundo gosta de mencionar, como
a série do cara frio e calculista e etc
e tal. A série se passa no Entre
Guerras, entre a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial, ah, na Inglaterra, no
processo de industrialização acentuado e
na ascensão do fascismo no mundo. E, ah,
o grupo de personagens principais são
gangsters, eles são criminosos. E esses
criminosos, eles lidam com o fato de que
o mundo é muito difícil, o mundo é muito
duro e etc e tal. Big blindas.
Exatamente. Blides. Ah, o mundo é muito
duro, o mundo é muito difícil e etc e
tal. E a personagem principal, ela é
muito fria e calculista dentro desse
mundo duro, que só dá para viver nesse
mundo duro, sendo muito frio, muito,
muito sereno, calculando cada passo que
você dá e etc e tal e etc e tal. Tem
muitas personagens que encarnam essa
esse estereótipo. Você vêem Doctor
House, como o o colega tá mencionando
ali, Breaking Bad, né? Não, o personagem
principal ele é muito calculador e etc,
porque o mundo é muito duro e pi po pó,
né? Vai por aí. Essa criação do mundo
duro, do mundo duro que precisa de
homens fortes, etc e tal. Ã,
e tem toda uma estética de extrema
direita que se alimenta disso e tal. Mas
o que eu quero chamar atenção é o
seguinte, outro aspecto do Pck Bliders
que às vezes ninguém, eu nunca vi
ninguém comentando, chamando atenção
para isso, que ah,
além de você criar essa essa coisa do
homem forte, que consegue lidar com
situação do mundo duro, né?
Tem outro aspecto interessante nessa
série que ela trata do eh
da de como as organizações sociais e
políticas são um grupo de nichos, um
grupo de nichos que estão tentando
vencer uns aos outros, pactuar um com os
outros, uns com os outros, etc e tal.
Ahã. em que cada um tá fazendo a sua
luta e usando o time do outro lado da
mesa, ã, em face dos seus próprios
interesses. E, repito, numa situação em
que cada um ali tá querendo, eh, no Pick
Blinders, é muito evidente, cada um ali
é um bandido descarado, né? Não tem, não
tem ninguém do bem ali. Existe gente do
bem, não tem bem contra o mal. É um
bando de bandido, um tentando subir nas
costas dos outros.
Ah, e e na verdade o fim, né, do Pig
Bliders, o dar um pequeno spoiler sobre
a estrutura, o F do Pck Bliders é o cara
conseguindo se libertar disso. Na
verdade, a a trajetória é dele
crescendo, crescendo porque tem que
crescer, porque tem que vencer o próximo
adversário e aí para vencer o próximo
adversário tem que continuar crescendo e
etc e tal. E no final ele tenta se sair
disso. É assim que acaba a série, né?
Tem um final feliz que é você se livrar
dessas engrenagens, dessas disputas.
específicas. N você vai ver isso também
no o outro elemento, outro outra série
que é assim também é Sans Fenerk. É a
mesma coisa, é um bando de bandido se eh
organizando e se relacionando e etc e
tal. Eu quero fazer uma metáfora com
isso, tá? Eu quero fazer uma metáfora
com isso.
Esses bandidos todos que se relacionam
tanto em Sons of Ener quanto em eh
Pick Blinders, quanto em aquele aquele
do dos nórdicos também, aquele dos
nórdicos, um dos nórdicos também que
acontece, como é que é o Vikings. É o
nome da série é Vikings. É Vikings
simplesmente também tem essa dinâmica,
né? um bando de bandido, se relacionando
com outro bando de bandido, né? Na
verdade, você vê os nórdicos eh
simplesmente assaltam e matam as
pessoas, mas quando você chega na
Inglaterra também lá dentro tem uma
disputa de poder, onde tem cretinos e
canalhas se se engalfeando para chegar
no poder e às vezes vai se relacionar
com os vikings, às vezes vai ficar
contra os que essa dinâmica, eu quero
chamar a atenção dessa dinâmica, a
dinâmica de disputa de poder, em que
cada partido desse é um grupo de
bandidos tentando chegar no poder,
querendo aumentar o seu próprio poder e
vai se relacionando. às vezes tá a
favor, às vezes tá contra, né? Coota um
uns aliados do outro grupo, usa a
relação que você tem interna com a
pessoa do outro grupo para derrubar e
tal, tal. Grupo de bandidos, né? Toda
vez é um grupo de bandidos.
Nota o que eu quero dizer? Eu quero usar
isso como uma metáfora para dizer assim:
na internet isso acontece igualzinho, só
que sem tiro, sem espadada, sem não sei
o quê, ã, a respeito de grupos de
influência.
Aqui a gente tem até uma palavra muito
boa para isso. Acho que ela encarna a
metáfora muito bem. São bolhas. Bolhas.
Às vezes a bolha vai crescendo, a bolha
encosta na outra bolha, absorve a outra
bolha, certo? Acho que aqui a metáfora
das bolhas na internet é suficiente para
entender claramente que isso acontece
aqui na internet também. Tranquilo o que
eu tô dizendo?
Pois bem, então eu vou propor uma
leitura do apocalipse dos trópicos
diferente da do R.
Ah, para dizer para vocês que é o
seguinte. Olha, a Petra não tá tentando
dizer qual foi a última causa da
ascensão da extrema direita. Ele quer,
ela quer contar a história dentro de uma
dessas bolhas, entende?
Então, veja só, Pick Blinders é contado
através de uma bolha de criminosos, que
são especificamente os criminosos, um eh
eh criminosos eh crime organizado, crime
organizado, mas são crime, é um crime
organizado ã relacionado
especificamente a
aos ciganos, né? Eles são ciganos. Então
é um crime organizado, uma facção de
crime organizado, especificamente de
ciganos.
E aí tem vários outros disputando. Você
poderia inclusive fazer um spino-off
contando a formação daquela situação
toda, só que sobre o ponto de vista aer
sob o ponto de vista lá do outro lado
dos outros grupos que tem tantos ali na
na série, dos grupos dos eh
você podia contar sobre os grupos que
são influentes por Churchill,
influenciados por Churchill. você, ou
seja, dos daquela tendência mais
liberal, você podia contar eh sobre o a
perspectiva sobre de dentro da bolha dos
hã dos irlandeses.
você poderia
ah
ver essa formação do ponto de vista dos
fascistas. Tem os judeus também, tem um
grupo de criminosos judeus ali também,
tem os fascistas, tem todos os grupos
possíveis. Tem um an que é muito
interessante, que quando começa a
ascensão do fascismo na Inglaterra,
nessa narrativa, o grupo dos judeus que
briga com os ciganos, eles se juntam,
né, porque o os fascistas são uma ameaça
muito maior aos dois. Aí eles se juntam,
certo? Dentro dessa narrativa do Pic
Blind, o que eu quero dizer é que essa
dinâmica existe na internet também.
Vocês entendem o que eu quero dizer?
Essa dinâmica existe na internet também.
E eu tô propondo uma leitura para vocês
que é o seguinte. Olha, o que a Petra
faz no documentário dela não é dizer a
causa da extrema direita, porque ela
junta vários núcleos diferentes, núcleos
de pessoas que são ah adoradores da
ditadura militar, são parentes da
ditadura militar, parentes, pessoas que
têm filhos, netos, como tá acontecendo
agora nos Estados Unidos, que tem o o
filho do Bolsonaro tá com o neto de
ditador em sentido literal, não é uma
força de expressão, é o neto do ditador.
Ou seja, isso também compõe o o bonde. É
uma bolha, é uma entre as bolhas. Você
tem a o crescimento do movimento
neopentecostal
eh de influência norte-americana que
entra como uma dessas bolhas. Você tem a
outra bolha que vai se
manifestar. Outra bolha que vai se
manifestar eh
a bolha dos liberais. que se juntou, mas
logo depois ela ela ela tenta se soltar
em alguma medida. O ML tá enfiado isso.
No primeiro ano do governo do Bolsonaro,
eles eles só precisavam ser eleitos.
Depois eles saem da da da base de apoio.
Vocês entendem o que eu quero dizer?
Você poderia contar essa história, essa
ascensão de influência da extrema
direita, da base de apoio por todas
as bolhas separadas que se juntaram para
dar base para formação da
da base de eleição do Bolsonaro? Vocês
entendem o que eu quero dizer? Você
poderia contar com a bolha do pessoal,
como por exemplo,
como é que é o nome do rapaz, cara? Isso
aqui o Clarion, que é a bolha do pessoal
que é jogador de videogame, tava
incomodado, que agora os videogames não
tm mais bundão, nem peitão. São muitas
dinâmicas diferentes. Vocês entendem o
que eu quero dizer aqui? São muitas
dinâmicas diferentes e motivos
diferentes para se criar uma coisa
antiprogressista, genérica.
Certo?
Vocês entendem o que eu quero dizer?
Dentro da Igreja Católica, você tem
aquele padre Ricardo, eu acho que é
assim, que era próximo do Olá de
Carvalho.
Você vocês conseguem compreender? Você
tem o grupo do pessoal que é dono de
terra, que se incomoda com o MST
existir,
que no principal, inclusive pode ser o
dono de terra lá teu, não tem nada a
ver, mas essas bolhas vão entendendo que
elas têm um inimigo em comum.
Ah, elas vão entendendo que elas têm um
inimigo comum, elas vão se juntando,
mesmo que eventualmente elas
se descolem.
Certo? Vocês estão entendendo o que eu
quero dizer? São várias bolhas
diferentes, com motivos diferentes, com
pessoas mais alinhadas ou menos
alinhadas. Do ponto de vista político, é
muito importante que o político que vai
ser candidato a uma majoritária consiga
encarnar cada um desses interesses
separados.
Então, a extrema direita, inclusive,
começou a fazer um um monte de gente,
criar um monte de gente que produz
cultura pop. Vocês entendem o que eu tô
tentando chamar atenção? Então você não
é tipo tem uma frente ampla deles.
Exatamente. E o documentário da Petra
não é sobre a causa do bolsonarismo, é
sobre como a fatia evangélica parte dela
encarnou nessa nessa nesse movimento. É
isso.
Vocês entendem?
Vocês entendem o que eu quero dizer? Se
você pensar, como eu disse, com a
metáfora do Pick Blinders, que na
verdade são vários grupos diferentes,
com inclinações e motivações diferentes,
o grande político que vai se lançar como
liderança de desse grupo é aquele que
mais ou menos representa os interesses
de cada uma eh das partes. Então, a
Petra, eu não sei, teria que conversar
com a Petra, teria que ver um
documentário ou um um entrevista com ela
dela explicando porque ela foi atrás do
Malafa. Mas ela tava na casa do cara,
pô. O documentário era basicamente sobre
o cara, especificamente sobre o cara.
Ela ficou anos num trabalho de campo,
gente, é quase antropologia o que ela
fez.
Você não pode esperar que ela faça um
trabalho, certo? É isso que eu tô
chamando atenção. Você não pode, olha o
tanto de Veja, ela tava na casa do cara,
no carro do cara.
Você não entender que esse que esse que
esse documentário é surpreendente. É
surpreendente, pô. Ela tava na casa do
cara, no carro do cara, dentro do
Palácio do Planalto, junto com o cara e
ele todo aberto contando tudo. É
basicamente um trabalho de de
antropologia que ela fez. Aí você não
pode esperar, por exemplo, um
antropólogo que vai numa ã num grupo
indígena qualquer e esperar que dali,
depois que a pessoa sair dali, ela vai
me entregar um um um uma um documentário
geral sobre todos os índios que existem
no planeta, né? Você entendem o que eu
quero dizer?
O que ela fez é muito brilhante, pô. O
que ela fez é muito impressionante. É
incrível o que ela fez. É incrível o que
ela fez.
Certo? O tanto que ele fala abertamente
o que ele acredita,
eu não sei se um cara de direita
conseguiria retirar isso dele.
Entenderam? É incrível. É, é
impressionante. É impressionante o que
ela conseguiu fazer com aquele
documentário. E, portanto, ele ele ele
revela, o documentário revela as veias e
artérias desse grupo específico do
Malafaia. E na narrativa que ela
constrói a partir dessa dessa revelação
da dessas veias e
ã e artérias, né, do sistema por dentro
do que é o o a força política do Malafa.
Você tem que pensar do Malafia como um
bloco desse de Pink Blinders, né? É
óbvio, Malafa não é os evangélicos,
assim como Pink Bliders não é os
ciganos, né? Entende o que eu quero
dizer aqui?
O Bruno tá falando assim: “Então, Pedro,
sabe o que que precisa pro Malafa falar
aquilo ali? Apenas uma câmera ligada. É
que dessa vez foi parar na Netflix. Mas
veja só, Bruno, o que eu quero chamar
atenção é o seguinte. Vou te dar um
exemplo, tá? Onde é majestoso.
Ela filmou a posição do Malafa.
quando tava acontecendo
do presidente brasileiro ir paraa
Disney, para Flórida no caso, né?
Veja, tinha um projeto de golpe de
estado em andamento. Tinha um projeto de
golpe de estado. Então, quando o
presidente da República vai pra Flórida
para ficar de lá esperando o golpe
acontecer para depois voltar no ato em
que o Malafa tá envolvido em incentivar
o público para pedir que eles fiquem
circundando as áreas militares no Brasil
inteiro para acontecer um golpe de
estado, como ela filmou na hora no calor
dos momentos em que estavam acontecendo
esses momentos. E ele fala: “Olha, o
Bolsonaro é um covarde. O Lula precisava
ser preso. Quando ele foi preso, ele
ficou. O Malafire, ele o o Bolsonaro,
ele vai pros Estados Unidos e a gente tá
no meio do combate. Veja, ele não, eu
duvido que ele diria isso hoje, mas no
calor do momento em que podia ser o
Bolsonaro, mas podia ser outro que
tomasse o estado quando viessem os
militares GLO e etc, podia ser o
Bolsonaro, mas podia ser outro. Então
ele fala: “Olha, o Bolsonaro foi um
covarde”, porque ele, tipo assim, o
timing,
tá? O timing, o timing,
certo? Na hora que, tipo assim, ele, ela
tava no local certo, na hora certa, no
momento em que ele falaria isso. Se
fosse hoje, talvez ele não dissesse
isso. Ele falou: “Não, veja bem, mas o
Bolsonaro te lá, porque na verdade a
gente nem tava tentando tanto assim, a
gente tava só man”. Mas na época, certo?
Na época, essa sinalização que ele tava
dando era uma sinalização de que a luta
continua. Eles estavam no projeto ainda.
Então assim, no meio do projeto, o cara
vai pros Estados Unidos, covarde, né? No
meio da luta, no meio do combate,
entendeu?
Então assim, o trabalho que a que a
Petra fez foi incrível,
incrível,
incrível, porque ela tava no lugar
certo,
na hora certa, com o posicionamento
certo para poder captar essas
informações, senão essas informações não
viriam a público. É isso que eu tô
dizendo. É um trabalho de antropologia
mesmo. No final das contas, é um
trabalho de antropologia.
E eu não diria que o texto, como muita
gente disse, quando muita genteou,
tivesse passando uma imagem geral de que
é o o sistema evangélico é simplesmente
isso. Não, ela não tá dizendo isso. Ela
inclusive diz: “Olha, eu nem conhecia
nada. Eu nem sabia da influência disso.
Eu nunca tinha parado para entrar numa
igreja dessa para ver o que que essa
galera acredita”. Ela diz isso. Aí
quando eu entrei em contato, eu percebi
que neste núcleo onde eu estou me
inserido,
que é o núcleo da casa do cara, eu vi
por dentro essa força, eu vi o tamanho
da influência que isso tem dentro da
política nacional. Eu acho, eu nem dava,
eu nem dava duas [ __ ] para esse tempo,
ela disse. E agora entrando em contato
com isso, é que eu percebi a influência
que isso tem no jogo nacional. Eu acho
que é uma leitura equivocada. sugeri que
ela tá dizendo que o Brasil foi pro rumo
que foi única e exclusivamente por por
essa bolha,
por essa bolha. Não foi só por essa
bolha, mas ela fez um trabalho renovo,
quase de antropologia,
especificamente
nesse grupo, não nos grupo dos
evangélicos como um todo. Ela inclusive
faz essa referência, ela fala: “Olha só,
a a
leitura que tá sendo feita por esse
grupo especificamente a respeito do que
é o apocalipse e de que a gente tem que
ir para uma guerra e etc e tal”. Não é
exatamente isso que tá na Bíblia.
Não é exatamente isso que tá na Bíblia.
Então, ela tá falando de um grupo
específico.
Eu eu eh eh eu acho que é muita má
vontade com o pessoal que lê o o o
depoimento dela, a análise dela, como se
ela tivesse dizendo que todos os
evangélicos são assim.
Só que não precisa, né? você, quer
dizer, eu eu acredito, é, enfim, o o
país é complicado, mas assim, ah, não
acredito,
não acredito que fosse necessário ela
dizer assim: “Gente, eu estou fazendo
esse comentário, mas nem todo
evangélico, viu?
Aparentemente precisava ela dizer isso,
né? Aparentemente ela precisava dizer
isso. Olha, gente, eu tô fazendo esse
documentário, mas nem todo evangélico.”
Aparentemente ela precisava dizer isso,
né?
Eh, eu acho, eu acho,
eh, assim,
eu, eu acho que não precisava, né? Ela
tava falando muito claramente
dentro de um núcleo específico do
evangelismo. Ela chega a dizer, pô, ela
chega a colocar os caras, não, mas tem
evangélico que faz a luta contra. Ela
fala, ela mostra, ela mostra, gente,
assim, e eh eh o que eu tô dizendo
assim, precisava dizer: “Olha, gente, no
início do documentário, estou fazendo um
documentário, mas nem todo evangelho,
não, porque ela fala isso sem precisar,
né, como diz o Mateus, pagar um pedágio
no início do vídeo, porque é no na
metade do filme, na metade da do
documentário, ela passa um tempo junto
com evangélicos progressistas que
defendem a candidatura do PT
e ela passa mostrando que tem uma
disputa ali, que inclusive essa disputa
é consciente, não tem ninguém tolo
fazendo essa disputa, que mostra
inclusive que o Lula inicialmente tinha
a vocação de dizer: “Olha, eu prefiro
não misturar religião com
política e aí há uma pressão pública e o
Lula percebe, ah, não, tem que
misturar”. Aí ele vai lá e é catequisado
lá, sei lá o quê.
recebe um uma bênção lá pública do de
pastores evangélicos, etc. e tal. Então,
assim, todo mundo é consciente de que há
evangélicos tanto na direita quanto da
esquerda. O que ela tava fazendo era
fazer um documentário, criar um
documentário especificamente sobre a
influência do Malafa e de como é que o
evangelismo do Malafa é um evangelismo
muito específico. Ela cita inclusive a
origem específica, a influência do eh do
evangelismo norte-americano nisso, uma
pressão americanizada, aquela coisa da
bandeira dos Estados Unidos. Porque é
mesmo influência, gente, é é mesmo
similar com a ideia de colonização, com
o padre que ensina para você o que Deus
acha ou deixa de achar, certo? Que o o
padre acha e deixa de achar e te ensina
português, te ensina a cultura europeia
e etc e tal. Só que dessa vez dos
Estados Unidos. Era isso que ela tava
tentando mostrar.
Ah, beleza. O Bruno Requidal, o Bruno,
para quem não sabe, ele é evangélico.
Ele tá dizendo assim, ó: “Quando tiver
um tempinho, vê os os meus comentários
ao doc, Pedro”. Vejo, vejo, vejo. Sim,
depois eu comento aqui, inclusive. Mas o
que eu quero chamar atenção é que ah, o
trabalho que a Petra faz, ela não ignora
que tem outros grupos evangélicos, hã,
fazendo força contrária, inclusive sendo
lolistas explícitos, etc., né?
Isso aí vem aqui a grande questão. A
questão é que ao se posicionar dentro do
evangelismo do malafaia, você vê que a
força é muito grande, né? E aí a gente
vai negar, pode ser que amanhã mude, mas
dado, né?
Agora eu quero mostrar uma coisa para
vocês, tá? Deu, deu para entender em em
sentido geral a minha crítica a à
leitura que o Henry fez? Novamente, com
todo o respeito ao nosso amigo, né? Mas
eh eu eu tenho eu tenho tenho duas
coisas para falar. A primeira é que
parece parece uma leitura assim hã que
acaba sendo preconceituosa
com a posição dela. Tipo assim, tira
para otário muito, eu acho. Eu acho que
fica muito tirado para otário numa coisa
assim, parece que ela tá forçando a
barra. Eu não acho que esteja forçando a
barra. Eu acho que é uma das maiores
forças do Bolsonaro é do público
evangélico. Isso é disputado, inclusive
do ponto de vista político. Isso tá
registrado no filme. A disputa que há
entre isso, isso é considerado nas
análises de jornalistas. Olha como o
público evangélico tá atendendo aí pra
direita e etc e tal, etc. E eu acho que
o motivo se explica exatamente por
aquilo ali, pela posição dos grandes eh
produtores.
É, então assim, aí você tem o Henrique
Viana, que é é é um pastor, mas é do
pessoal e e isso é uma questão, enfim, o
fato da Michele Bolsonaro ser evangélica
é o que catapulta a eleição dela.
Então assim, eu não acho que isso é uma
questão minimizável, primeira coisa.
Mas eu quero chamar atenção ainda paraa
minha leitura. Paraa minha leitura. A
minha leitura é a seguinte: você tem que
compreender essas coisas como soma de
bolhas. Soma de bolhas.
Ã,
isso aí tem essa questão, né? Aí o
Guilherme tá colocando exatamente, ó.
Ali, quem vota no Henrique Vieira não é
necessariamente evangélico, né? Então
assim, o grosso do voto dele vem também
de pessoas que são ateias e etc. Então
tem tem essa dimensão, né? Tem essa
dimensão. Não se pode ah não se pode
ignorar que tem essa dimensão, tá? Sendo
que tem essa dimensão, porque às vezes
as pessoas, o Guilherme tem toda a
razão, as pessoas gostam de se enganar,
de acreditar que é assim, é só a gente
pegar um pastor de esquerda e aí ele vai
se posicionar e aí ele vai converter os
votos da extrema direita. não é tão
simples. As pessoas gostam de se
enganar. Então, muitas vezes, um cara
desse, como pastor que seja de esquerda,
vai ser eleito, ele vai ser eleito
exatamente pelo público, como eu disse,
às vezes de ateus, às vezes de
agnósticos. O grosso do voto do cara é
essa galera. Então, ã, a gente não pode
se enganar. E não pode se enganar. É
muito importante a gente não se enganar.
Tá bom?
Dito isso, eh, dito isso, né, não tô
dizendo que só, só fazendo uma pequena
correção que o Guilherme falou, não é
que nenhum evangélico vota no no
Henrique, né, no no Vieira, mas é
observável, é observável, dá para ter
uma inclinação clara de que a se parte
deles, do voto dele vem de evangélicos
que são de esquerda, parte também não
vem, né? Não pode se enganar com isso.
Não pode se enganar, tá? Tô dizendo isso
para quê? Tô dizendo isso para quê? Eh,
para setar aqui a minha leitura geral,
tá? Para entender esses movimentos de
extrema direita, é uma soma de fatores.
E o e o documentário da Petra não é
exaustivo. Ele tratou de um núcleo
porque ela se concentrou num núcleo
muito específico. Tranquilo? Deu para
entender o que eu quero dizer? um núcleo
bastante específico, um núcleo de
evangelismo de inspiração
norte-americana
que tem dentro de suas lideranças o
Malafia. Sim. Se o Malafer tivesse uma
outra posição,
se ele individualmente tivesse uma outra
posição, sim, isso tem capacidade de
interferir na eleição de deputados, na
eleição de senadores e depois da eleição
ainda que posicionamento que eles vão
tomar, como o próprio o eh Malafa
menciona, quando o Bolsonaro começava a
se distanciar do que a gente queria, por
exemplo, colocar um ministro da Suprema
Corte Evangélica, eu falei: “Faz lá
Vamos ver se você vai ter apoio dos
senadores e dos deputados evangélicos.
Eu vou movimentar o inferno para você se
ferrar se você não conseguir dar pelo
menos essa sinalizada pro nosso lado.
Então, não é só uma questão
pré-eleitoral, é pós-eleitoral também,
vocês entendem? É um lobby
pós-eleitoral. E eu não tô dizendo nem
que o que o Malafa faz tá errado. Do
ponto de vista da democracia
norte-americana. É assim mesmo. Isso.
Exato. Tanto tem que ele ajudou a eleger
a Dilma. Exatamente. É exatamente isso
que eu tô dizendo. Isso e isso é uma
percepção muito marxista. Eh, Marx
escreve sobre isso na esse tema,
obviamente, mas sobre a a a
interpretação equivocada que as pessoas
têm de que o Estado é que faz a
sociedade. E ele diz isso na introdução,
né, um texto que se chama Introdução à
crítica da filosofia do direito de
Hegel, que Hig enxerga as coisas de
cabeça para baixo. Ele acha que é o
estado que faz as coisas. E na verdade é
a sociedade civil que faz o estado.
Então se o Malafa que move a sociedade
civil com milhões de habitantes tende
para cá, ele começa a puxar o estado
para cá. Se ele tende para lá, ele
começa a puxar o estado para lá. O que
eu quero chamar atenção é que esta
leitura é a leitura que eu tava fazendo
eh da metáfora do Pick Blinders. Na
verdade, oposição que Churchill vai ter
lá na série do Pick Blinders, ele é essa
posição é movimentada pelas disputas
dentro da sociedade civil e não o
contrário. É a sociedade civil que dá a
cara as potencialidades e as inclinações
do agente político de Estado. Eles é que
puxam com lobby para lá e para cá, tanto
na sociedade,
ah, tanto pré-eleitoralmente como
pós-eleitoralmente. O que eu tô dizendo,
o documentário da Petra demonstra isso,
entenderam?
Não é uma não é um insulto.
Um insulto aos evangélicos, não é nem um
insulto ao Malafia, é uma demonstração
de como é. Vocês entendem? A a a o
documentário da Petra encarna essa
demonstração.
Olha, o cara tenta se aproximar, vai se
aproximando, ajuda a eleger e depois
cobra. É assim que se faz política nos
Estados Unidos.
Em certa medida deveria ser assim que se
faz no Brasil também. Democracia liberal
é assim. Você faz uma pressão, você vota
no cara e depois você cobra, fica
puxando. Ah, não vai defender aquilo que
eu faria não. Então eu vou te puxar para
cá. Eu eu abandono. Olha, olha, eu movo
1 milhão de pessoas, não vai me ouvir
não e etc. É assim que se faz nos
Estados Unidos.
Você entend
na democracia americana funciona assim.
Você faz uma pressão, você coloca uma
população da tua base ã para para apoiar
e depois você diz: “Olha, agora que eu
elegi você, você vai cumprir com aquelas
coisas que você prometeu para mim”.
Isso. E aí é que tá a questão. O que o
Marx apontava no final das contas do
ponto de vista da estrutura política é
que assim, vamos dizer que todo mundo
faz, mas quem que consegue fazer mesmo?
Quem tem quem tem grana, né? O agro faz
isso, a igreja evangélica faz isso, a
Igreja Católica faz isso.
Em certa medida, e é isso que me chama
atenção, o sem terra do país fazem isso
também. Como é que o sem terra do país
fazem isso? Através do PT. Aí vem pra
discussão que eu sempre chamo atenção. O
pessoal do web comunismo na internet
trata como se o PT fosse a liderança do
PT.
Eles inclusive estão toda hora farmando
a divisão,
farmando a divisão para tentar destruir
o PT. Mas na verdade o MST encarna
política o PT, assim como o Malafaia
encarna na política o Bolsonaro. Entende
o que eu quero dizer? Os interesses do
Malafa eles tentam ser ouvidos através
de colocar o Bolsonaro na presidência da
República, assim como os interesses do
MST tentam ser ouvidos na tentativa,
quando se aproxima o PT da presidência
da República ou de Câmara dos Deputados
ou assim como no meu caso aqui em
Brasília, tem um deputado do PT aqui que
é o Gabriel Magno, que os interesses
da categoria de trabalhadores
professores, ela tenta ser intermediada
por esse sujeito que é o Gabriel Magno.
Ele tenta encarnar, o que justifica
politicamente o Gabriel Magno é ele
tentar representar o interesse da
categoria dos professores do Distrito
Federal. Ele não vai fazer só isso,
porque tem muitas outras bolhas que ele
tem que agradar, mas a principal, no
caso do Gabriel, sem dúvida do mundo
inteiro,
sem dúvida alguma, é a categoria dos
professores. Por exemplo, outro colega
que a gente tem aqui que é muito bom,
eh, do pessoal, que agora eu esqueci o
nome, que eu sou fantástico para
esquecer os nomes, né? Pera aí. Deputado
distrital do pessoal.
Eh, tem o Max Maciel e o Fábio Félix. Eu
posso falar dos dois, inclusive. O Max
Maciel, eh, ele representa os interesses
da população menos abastada de Brasília
em Ceilândia. Ele encarna essa pessoa,
ele veio de Ceilândia, ele tá sempre com
boné para mostrar que ele é de quebrada
e etc e tal. A origem dele é de
quebrada. Então, ele encarna os
interesses de uma população menos
abastada em Brasília. Essa é a função do
mandato dele. O Fábio Félix, por
exemplo, ele encarna a população LGBTQ a
mais porque ele é ele é eh ele é
homossexual, ele é bem assumidamente
homossexual, tá? Todas a a propaganda
política dele sempre ele tá hã
ressaltando esse esse traço da
característica dele pessoal e etc e tal.
Então ele fala com essa, ele é como se
fosse assim, quem representa o interesse
das pessoas homossexuais por excelência
na Câmara Distrital aqui é o o Fábio.
Agora, significa que ele só faz isso,
representa? Não, claro que não. Ele ele
junto, tanto o Fábio quanto o Max Maciel
ta estavam junto do ah do Gabriel Magno,
lutando pelos interesses ah da categoria
de de professores aqui do Distrito
Federal. Então, veja, o que eu quero
dizer é que em política tem essa espécie
de ã
tem essa espécie de
identificação,
certo? uma espécie de identificação com
certas personagens que elas se
identificam, elas se lançam como, elas
se expressam como a representação do que
a gente pode colocar lá dentro da
institucionalidade para representar os
interesses daqueles grupos da qual do
aqueles grupos dos quais fazemos parte,
entendeu?
Mesmo que chegando lá ele possa não
defender bem os interesses do grupo,
isso é possível, né? E faz parte da
disputa política quando você tá querendo
eh disputar aquela mesma fatia de
interesses, você dizer: “Olha, ele tá
diz que diz ele que defende os
interesses dos professores, mas eu é que
defenderia o interesse dos professores.”
Aí tem os rachas internos, né? Aí ele
diz que defende os interesses do
professor, mas chegou lá, cadê? Não fez
nada. Então, quando eu chegar lá, eu vou
lá e faço. Então, as disputas internas
estão embebidas desse tipo de coisa, né?
As disputas internas para quem é o
melhor representante daquele grupo, etc
e tal. Então, o que eu quero deixar
claro aqui é que o documentário da
Petra, ele exerce essa função. Agora eu
quero mostrar uma coisa. documentário da
Petra exerce a função de mostrar que na
fatia evangélica, na fatia evangélica,
um grupo se tornou de extrema direita e
ele acabou hegemonizando a situação a
ponto de que qualquer evangelho de
esquerda seja humilhado, jogado para
escanteio, ah, perca a a amizades, né?
Se ele for evangélico e ser de esquerda.
da manha a hegemanização
ah que acontece nesse grupo, né? Então o
o que a Petra aponta é só, na minha
visão, o óbvio, né? Isso aconteceu no
Brasil. tem uma evangelização muito
específica de ascendência
norte-americana
influenciada pelo teleevangelismo,
que aprendeu que tem que fazer uma uma
espécie muito
muito particular de política que envolve
ser defensor, aí ficar
pautando isso o tempo todo. Homossexual,
homossexual, homossexual, homossexual,
homossexual, homossexual, homossexual,
homossexual. Tem que parar de casar.
Isso tá errado. Político homossexual é
um problema, etc. e tal. Tensionando um
tema. O outro tema que tensiona é o
aborto. Aborto, aborto, aborto, aborto,
aborto, aborto, aborto, aborto, aborto,
aborto. Tensionando esse tema. Porque aí
você tem um grupo de pessoas que tem uma
visão muito clara e qualquer um que
tergiversar sobre o tema falar assim:
“Gente, mas essa coisa do aborto é um
pouco mais complicada. Pronto, já virou
inimigo.
Exatamente. E a, o terceiro tema que é
Israel. Era aqui que eu queria chegar.
Eu dei essa volta toda para chegar no
one eu queria eh queria chegar. É isso
aqui.
Muitos movimentos cristãos, eles são
inclusive antissemitas para caramba na
história da da humanidade.
E o norte-americano, ele tem um vínculo
de justificação que faz o Estado de
Israel, porque na verdade hoje o Estado
de Israel é um prolongamento da
influência geopolítica dos Estados
Unidos na região do Oriente Médio. Isso
acontece, tem essa relação, essa relação
existe, essa relação é sabida, né?
Então, o estado de Israel a ao mesmo
tempo funciona como uma extensão do do
território americano e etc e tal, da
influência americana na região. Sem
falar, não tô falando de nada
relacionado às guerras ainda, eu tô
falando só da relação Estados Unidos e
Estado de Israel. Tem uma tem uma
relação em que se você começar a
tergiversar,
se você falar: “Não, tudo bem, é
importante defender o estado de Israel,
etc e pá e tal e tal”. Mas também é meio
pai esse negócio de matar criança de
fome, né?
Bom, só de você falar isso, só de você
falar isso, você já vira um inimigo,
porque os teleevangelistas ensinam isso.
Israel é a salvação, porque não sei o
que e coloca toda uma mística, né, sobre
o fim do mundo, sobre a escatologia,
sobre o apocalipse, tá? Tem tudo. É isso
que a Petra tá chamando atenção, tá?
Sobre essa essa eh essa cultura
apocalíptica de que a gente tem que
vencer uma guerra, inclusive antes que o
apocalipse chegue, né? O apocalipse está
se aproximando e, portanto, os cristãos
têm que entrar em modo de batalha para
vencer, sabe se lá o quê? Para acelerar
a vinda de Cristo, certo? Para acelerar
inclusive a vida de Cristo, porque aí eu
estará, eu estarei lá com a minha arma
lutando pelo lado certo e provarei que
eu posso ir pro céu. Tem, tem, tem, tem
essa dimensão mitológica nessa
discussão.
Mas veja só, eu quero chamar atenção
para isso aqui, ó. É, né? Nesse tópico
que eu queria chegar, porque novamente
eu vou dar uma concentrada, porque eu
acho que isso aqui é a coisa mais
importante do planeta. Agora eu vou
mostrar para vocês, ó. O Isso aqui é o
presidente da República. O o olha só,
isso aqui isso aqui não existe, ó.
Genocídio é roubar os aposentados. Cadê
os 90 bilhões do INSS?
Ainda que o o Lula tivesse pego 90
bilhões do NSS e tivesse posto no bolso
dele
90 bilhões,
se ele tivesse colocado no bolso dele,
se ele tivesse pego 90 bilhões torrado.
Não, isso não é genocídio. Vocês
entendem?
Vocês entendem?
Isso não é genocídio.
Ó, genocídio é desviar dinheiro da
saúde. Quem? que o Lula desviou dos
aposentados da educação. Isso é 600
curtidas, 500. O que eu quero mostrar
para vocês é isso. Isso, ainda que
fosse, vocês entendem, ainda que fosse
que ele tivesse pego 90 bilhões e
colocado no bolso,
isso não seria genocínio.
Ainda que fosse verdade o que ele tá
dizendo, e não é, mas ainda que fosse
verdade, isso não é genocídio.
Mas o que que eu quero chamar a atenção
de vocês, o INSS não tem nada a ver com
o assunto. Agora vou mostrar para vocês
o nome dessa falácia é uma falácia
conhecida, ela se chama Tucco, né? É uma
falácia conhecida. Então vem, você está
falando de genocídio, mas e a sua esposa
que viaja no aerolula, né? Agora eu vou
mostrar para vocês, ó. Tá? Não é só, não
é só falsa equivalência, gente. É
método. Olha só, tá? Vocês vão ver esse
vídeo, ele tá em inglês. Eu não sei
porque eu não consigo colocar a legenda
em português mais, mas vocês vão
assistir esse vídeo e vocês vão ver, ó.
é exatamente a mesma coisa. E veja, isso
é ensinado, entendeu? Ninguém tá falando
de INSS porqueó, estou morrendo de fome.
Aí o BPC, o o Jones mente, tá? O Jones
mente, tá?
quando ele dá a impressão de que as
pessoas estão contra o governo porque
elas estão passando fome e etc e tal,
não, não, não. É só discussivo. Quando
eles metem essa do INSS, é só
discursivo. E eu vou dizer, vou explicar
para vocês, ó. É ensinado como faz, ó.
Certo? Então, olha, tem um método, olha,
um método, você vai ver a questão sendo
colocada, tem um tema sendo colocado e
aí você desvia o assunto e fala assim:
“E as mortes no tsunami, hein, no Japão,
lembra das mortes no tsunami?” E as
mortes no tsunami que você não fez nada
para evitar? Sim, é outro assunto.
É outro assunto, tá? Uma coisa é uma
coisa, outra coisa eu não tô falando
disso, é outra coisa. Eu não nem domino
o tema. Enfim, por que que você é outro
assunto dizer que as pessoas estão indo
pra direita por causa de BPC e não sei o
quê. Não é verdade. Eles vão adotar esse
argumento, vão falar: “Sim, mas e os
velhinhos que morrem?” Mas não é que a
pessoa necessariamente tá reproduzindo
discurso, tá sofrendo com isso. Não
precisa se ofender. É, é, é, é, é. Olha
só, olha só. É mentira. É falso. É
falso. Olha só. É, ó, ó. O Trump tá
sendo acusado do negócio do Epstein. O
que que ele vai fazer? Ele vai explicar,
ó. Toda vez que o pessoal começar a
falar de Steam, você fala assim: “OK,
OK. E o Epsteinam? Aham, entendi. Mas e
o Obama que é um traidor?”
Obama trae vai explicar, ó,
certo? Ele falou, ele foi para na Casa
Branca, chamou os republicanos e falou
assim, ó: “Toda vez que falarem de Sim,
a gente fala: “Sim, OK, mas e o Obama
que traiu a gente? É método, pô”.
Certo? Toda vez que alguém fizer uma
pergunta que não é apropriada, muda o
tópico e fala assim: “Ó, por
vou falar nisso”. E o Obama que ele
que que
ganhou a eleição sem eh roubando, ganhou
a eleição roubando, tá? Então vou rodar
de novo aqui, você vai ouvir, certo? A
piada toda para você que sabe inglês
melhor, para você ouvir o texto inteiro,
né? Então veja só, tem a questão
relacionada ao Epstein, que tá bombando,
tá? destruindo a base, tá rompendo a
base por dentro por causa de uma coisa
que era uma doideira, que o próprio
Trump jogava luz nisso. Aí agora se
voltou contra ele. Se alguém fizer
perguntas inapropriadas, fala: “Aham, o
que é isso aí que você tá falando?” Mas
e o Obama que roubou a eleição?
Como assim que ele roubou a eleição? E o
BPC? E o Lula? E o BPC? E o Lula? E o
BPC? E o Lula? Tá, BPC é uma merda e
tal, mas assim, não é o tema, né? Não é
isso que a gente tá falando, etc. Agora,
eh, veja só, agora eu quero mostrar para
vocês, agora eu quero mostrar para
vocês, eh, em que circunstância que esse
comentários aqui com 500 likes, etc.
Vamos ver mais, ó. Vamos ver mais.
Genocídio. É roubar. Ah, não abre. Não
abriu. Genocídio.
Não, são só. Caramba.
Ocultar. Aqui, ó. Pronto. Eh, genocídio
é roubar os aposentados. Cadê os 90
bilhões do NSS? genocídio é desviar
dinheiro da saúde dos aposentados, da
educação. Ninguém, todo mundo pode fazer
a acusação que quiser, né?
Qualquer um acusa a pessoa do que
quiser, né? E é isso, né? Olha só, a
esquerda usando a palavra vitimismo
contra judeus. Esse é o amor que venceu.
Outra coisa que ele sempre diz, o amor
que venceu. Eh, por que ele não fala da
da Rússia com a Ucrânia? Ele fala, vocês
estão vendo? É a mesma tática lá. Sim.
Cadê os presos do INSS? Gente, isso é
método.
Isso aqui não é porque a pessoa tá
morrendo de fome no na fila do BPC, não.
Isso é método. Vocês entendem? Vocês
entendem? Isso é método. Tá
aí. Muito orgulho do Lula, elogio. Aí,
ó. Eu tenho nojo da voz desse cara.
Ninguém aguenta mais. O qu, cara? Nojo
da Entende?
Aqui no Brasil as crianças não têm nem
farinha para comer e nem e nem tem
guerra pinguço.
[ __ ] essa me pega, né?
Brasil sai do mapa da fome.
O país voltou pro mapa da fome no
triênio de 2019 e 2021 e se manteve no
triênio de 20 a 22. No ano passado, o
relatório apontou que a segurança eh
alimentar severa caiu 85% no Brasil em
- Em números absolutos, 14 milhões
deixaram de passar fome. Veja, passar
fome nesse sentido aqui não é tá
morrendo de inanição, não. Eh, não ter
os alimentos com os nutrientes
necessários, já é passar fome, tá? 14
milhões saíram disso por causa do Lula.
Aí veja aí eles metem isso. Não, não tem
a ver. Veja do, entende o que eu quero
dizer? É mentira. É mentira. É mentira.
É mentira.
Mentira
dizer essas coisas que essas pessoas
dizem para atacar o Lula. Não se trata
de que é porque elas estão passando
fome, estão na fila do Não é, é só
discurso. Isso não bate com os dados do
país.
Certo? Agora olha em que situação que em
que situação que eles estão fazendo esse
processo de de humilhação do cara, né?
Então, ó, e as milhares de mulheres e
crianças que morrem de fome dentro do
país, pois bem, tá trabalhando para
diminuir, já tem resultados
estatísticos,
ó. Empresta dinheiro para Venezuela.
Então, isso, isso, porque ele disse isso
aqui, ó,
o Metrópolis, portal Metrópolis. Bom
dia, presidente. Eh, durante o fim de
semana, o senhor voltou a fazer críticas
sobre a questão da situação na faixa de
Gaza, né? E ontem a embaixada de Israel
publicou uma nota eh rebatendo essas
declarações, né? Eles dizem que eh
declarações desse tipo alimentam o
antissemitismo no mundo e que também não
se deve se deixar levar por notícias
falsas do rais.
Primeiro, um presidente da República não
responde a uma embaixada. Olha, olha a
firmeza com que ele responde. Ele diz:
“Olha, meu querido, eu não vou ficar
respondendo o embaixador toda vez que eu
falo que tá acontecendo o genocídio em
Gaza. Presidente da República não fica
revendo o que o embaixador falou para
mudar de ideia. Tá acontecendo um
genocídio em Gaza. Está acontecendo um
genocídio em Gaza. Não é o presidente da
República que tá falando.
Está acontecendo um genocídio em Gaza.
Quem tá falando, eu estou pronunciando
porque é fato.
As fotos das crianças
morrendo de fome no futuro, gente, no
futuro. futuro. Falarão sobre a gente a
mesma coisa que falaram sobre a Alemanha
nazista matando os judeus e ninguém
fazendo nada contra, tá? Falarão a mesma
coisa. E nessa circunstância nossa, na
circunstância do passado, o pessoal
meteu migar. Eu nem sabia, eu nem sabia.
Eu achei que eles tinham preconceito com
os judeus. Eu não sabia que eles matavam
e etc e tal. Não, agora a gente tem
foto, as imagens, porque quando acabou a
Segunda Guerra Mundial e a Alemanha foi
toda ah tomada e foram libertadas
pessoas que estavam nessa circunstância,
a gente teve acesso às fotos, os corpos,
os buracos hoje as pessoas tinham sido
jogadas, a gente teve acesso a isso
tudo. Aí muita gente falou: “Caramba, eu
nem imaginava que isso estava
acontecendo”. Mas podia ter imaginado
sim, porque ficar com essa conversa mole
de que não imaginava. Porque veja, todo
o processo desse ele vai crescendo, ele
vai avançando. O processo de violência
ele vai avançando. Então começaram mesmo
antes da guerra a a a
colocar as pessoas que eram judias na
Alemanha para ser marcadas com um coisa
que identificasse quem elas eram,
começaram a destruir as lojas das
pessoas. Então, todo mundo sabia o que
tava acontecendo na Alemanha, não sabia
que a o argumento que poderia dar é não
sabia o que ia acontecer no final, né?
A, a, a, o a quantidade de gente morta,
a forma que foi morta, mas sabia do
processo de perseguição antes de começar
a Segunda Guerra Mundial. Sabia sim.
Sabia sim. Hoje nem isso dá para dizer,
porque você vê as imagens, certo? Antes
da Primeira Guerra, antes da Segunda
Guerra, os judeus eram colocados em
guetos. Sim. Então, o mundo sabia e não
fez nada para impedir, certo? O mundo
ocidental inteiro, enquanto Hitler
atacava pro lado do Oriente, o qual era
o plano da Inglaterra e da França?
Deixar que o Hitler ele é anti-esquerda
para [ __ ] então ele vai se explodir
com a União Soviética. Aí depois quando
acontecer a gente faz alguma coisa.
Sabia sim. Sabia sim. O mundo sabia sim.
O que o Hitler fazia com um impulso de
ir escanteando as pessoas até justificar
a a a violência do holocaust. Sabia, o
mundo sabia sim e não fez nada. E não
fez nada porque achou que Hitler ia se
jogar em cima da União Soviética. Deixa
eles se baterem, foram oportunistas,
deixa eles se explodirem lá e depois a
gente entra. Por que que começou a
Segunda Guerra Mundial? Porque eh Stalin
fez um pacto de não agressão com com
Hitler e aí o Ocidente percebeu, eita,
ele não vai lá pro outro lado se
explodir junto com a União Soviética.
Agora a gente precisa entrar, certo?
Deixou eles invadirem a Tcoslováquia,
deixaram ele invadir ah a Áustria,
anexar a Áustria. E só fizeram alguma
coisa quando na invasão da Polônia
perceberam que a Alemanha não ia brigar
com a Rússia. Só nesse momento que eles
decidiram ah que eles decidiram fazer
alguma coisa, tá? Então, o mundo
ocidental fez obviamente vistas grossas,
certo? Fez obviamente vistas grossas,
mas na no final da Segunda Guerra, o
pessoal disse: “Meu Deus, eu me
surpreendi com o tamanho da violência.
Eu não sabia que o tamanho da violência
era tão grande assim”.
Certo?
Deixar, exatamente, deixaram ele fazer
eh ajudarem o fascista do Franco.
Exatamente. Deixaram ele ele ajudar o
fascista do Franco. Não fizeram nada,
ficaram só esperando porque acharam que
a União Soviética ia se explodir junto
com a Alemanha e aí depois eles vêm
oportunisticamente em cima dos
escombros, né? Quando Stalin faz o pacto
com a Alemanha, eles falam: “Eita,
[ __ ] Então eles não vão se explodir,
né? Então eles não vão se explodir. Foi
só aí que eles entraram. Dito isso, hoje
é ainda pior, porque nessa quando acaba
a Segunda Guerra Mundial, muita gente
poderia de fato dizer: “Cara, eu não
sabia que ia chegar tão longe”.
Eles metiam essa, não sabia que podia
chegar tão longe. Mas agora a gente tá
vendo
os corpos que surpreendiam no final da
Segunda Guerra Mundial de crianças.
flamintas porque ficaram meses sem
alimentação adequada,
certo? Com o osso colando na pele. Hoje
a gente tá vendo isso com as crianças
ainda vivas,
passando pelo procedimento.
Nessa circunstância, olha o que que o
Lula falou.
Presidente da República reafirma o que
disse. O que está acontecendo em Gaza
não é uma guerra,
é um exército matando mulheres e
criança.
Possivelmente todas as pessoas de bom
senso no mundo, inclusive gente do povo
de Israel.
Já. E você deve ter lido uma carta do
ex-ministro de Israel, do ex-preiro
ministro criticando que não é mais uma
guerra, que é um genocídio.
Certo?
É essa a situação que a gente tá. A
gente tá vendo as pessoas começando a
morrer de fome nesse final de semana. O
próprio ministro de Estado de Israel
disse: “Olha, já deixou de ser uma
guerra e já tá virando genocídio.”
Ministro de Estado de Israel, do governo
anterior, que era de direita, tá? Que
era de direita. Aqui aqui a gente tá
separando a as pessoas que têm algum
aspecto de preocupação com a humanidade
com quem tá absolutamente fingindo que
não tá vendo que tem crianças morrendo
de fome. Essa é a diferença,
certo? Essa é a diferença,
tá? Eu sei que tem muitos, tem, ó, tem
ó, o que eu tô querendo mostrar para
vocês é que tem muitos espectros. Sempre
que a gente faz isso, tem um metido
abrabo, como o Thiago aqui. Sim, mas
quando que foi guerra, querido?
Tem muitas visões no mundo. Muitas
visões. Eu tô dizendo neste momento,
nesta quadra da história,
no dia 28 de julho, no dia 28 de julho,
mesmo quem tivesse dúvida, mesmo quem
tivesse, ah, veja bem, mas porque o
ramaz, o ramaz, o ramaz, etc. Assim,
agora estão aparecendo corpos
de crianças em inanição, pele e osso,
bebês, pele e osso. Ah, mas eu sempre
soube que foi genocídio, diz o Thiago.
Parabéns,
pó de perlim pimpim. O que a gente tá
falando é que para além de você que é um
pó de pelipandado, que sempre soube, o
que eu tô dizendo é que neste momento do
dia 28 de julho de 2025, nesta data,
pode ir perlimpim, a gente tem que
começar a aceitar que tem pessoas que
achavam outras coisas que daqui adiante
elas não podem mais dizer que não estão
vendo. É isso que eu tô dizendo,
entendeu?
E a gente tem que veja se a pessoa
disse: “Ah, mas é porque eu escutei o
aquele rapaz do Ajad, como é que é o
nome?” Eu estudo, eu escutei professor
Rock, escutei professor rock, o
professor Rock coloca um terno, coloca
um uma gravata, professor Rock é
educado, não é que nem o Pedro que baba.
Aí ele vem e fala: “Não, mas veja bem,
porque o mundo é complicado” e etc e
tal. Pi pi pi pi pi pi pi pi. Aí você
pode dizer, alguma pessoa de boa fé pode
ter sido convencida pelo professor Rock
que tava tudo bem.
Em março, em março, quando teve o
bloqueio
de Gaza, a gente poderia dizer assim:
“Olha, veja bem, eu cheguei aqui e o o o
bloqueio de Gaza vai acabar em genocídio
em março, vai acabar com pessoas
morrendo de fome.”
Mas aí eu escutei o professor Roque, eu
escutei o André Last, eles são muito
legais, eles comem de gravata borboleta
e afinal de contas eles conhecem muito
da área, eles citam lá, eles já viajaram
pro local, sei lá, certo? E eu me
convenci de que não era uma guerra de
boa que tava acontecendo, que guerras
são assim, guerras são difíceis. Tudo
bem, é isso que eu tô dizendo, tá,
Thiago? Tudo bem. Você é [ __ ] Você não
precisa ficar se reafirmando quando você
é [ __ ] Eu tô dizendo que hoje, hoje 28
de julho de 2025 a gente tem que abrir
as portas para quem tava confuso, para
quem não tava entendendo, para quem se
convenceu por professor rock,
certo? para quem se convenceu que o
mundo é mais complexo, etc e tal, que
agora você tem fotos de criança morrendo
de fome, tá? É isso que eu tô dizendo.
Tranquilo, tudo bem, Thago? Entendeu o
que eu quero dizer? A gente tem que
abrir as portas para trazer pro lado da
defesa dessas pessoas que estão morrendo
de inanição, muitas delas crianças, tá?
É isso que eu tô dizendo. A gente tem
que trazer todo mundo. Se o André, o
André lacha, o André não come de gravata
borboleta. Se a gente ah, o André não
entendeu antes. Tá bom, tá na hora de
entender, tá? Tá na hora de entender, de
parar de passar pano para matar as
pessoas de fome. Entendeu? É isso que eu
tô dizendo,
certo? Que exatamente, esse é o momento
de acolher quem repensou. Não me importa
se a pessoa tá agora. É o momento de
puxar as pessoas para cá, impedir que as
pessoas continuem morrendo de fome. É
isso que eu tô dizendo. Nessa
circunstância, o Lula está dizendo,
vocês já viram carta de 1000 militares
anunciando que aquilo não é mais guerra
e genocídio?
Vocês entenderam? Vocês entenderam o que
eu quero dizer? Vocês entenderam o que
eu quero dizer? Ele tá dizendo assim, ó:
“Dentro de Israel já tem militar que não
tem estômago mais para seguir.” Vocês
entendem? Vocês entendem o que eu tô
dizendo? Veja, eu não tô falando de um
cara brasileiro aqui doido. Eu tô
dizendo, tem militar do Mossad que
estava atirando em pessoas que ele tá
dizendo: “Eu não vou fazer isso mais”.
Entenderam o que eu tô dizendo?
Tem militar do ID, tá, que tava matando
pessoas que perceb assim: “Caralho, eu
tô fazendo um negócio que, na verdade, é
só para matar manter o detalhe de arro
no poder.” Vocês entendem?
É, aí a galera vem e fala que a que que
o que o Lula só fala, né? Então veja,
essas pessoas nesse momento, nesse
momento é para ir tomando essas pessoas
e abraçando essas pessoas e puxando
essas pessoas e pedindo entrevista
dessas pessoas. Imagina que importante
que seria pegar uma pessoa dessa que
desertou por esses motivos, que ele
percebe que ele tá matando pessoas de
maneira descarada, civis comuns, e ele
desertou porque ele falou: “Eu não vou
fazer mais isso. Imagina você acolher
essa pessoa e dar uma entrevista e ela
contar tudo que ela viu lá.
Vocês entendem o que eu tô falando
agora? Que não pode ser o pó de Perlim
Pimpim, tipo Thaago. Ah, mas eu já
sabia. Todo mundo já sabia. Não, cara,
tem uma política a ser feita para que
isso acabe, para que isso minimize,
tá? Então, vamos lá.
Você não pode a pretexto de encontrar
alguém, matar mulheres e crianças,
deixar crianças com fome. Eu não sei se
vocês viram a cena de duas crianças que
estavam carregando farinha para comer e
que foram mortas.
Ou seja, e vem dizer que antissemitismo,
precisa parar com esse vitimismo,
precisa parar com esse vitimismo também
o seguinte: o que está acontecendo na
faixa de gada é um genocídio.
É a morte de mulheres e crianças que não
estão participando de guerra.
Ó, isso aqui foi postado há s semanas,
tá?
Esse é o homem que não faz
enfrentamento, né?
É a decisão de um governo que nem o povo
judeu quer.
Nem o povo judeu quer. Então não dá como
ser humano, não é nem como presidente da
República do Brasil, é como o ser humano
aceitar isso como se fosse uma guerra
normal, sabe? Não é?
Agora pra última pergunta.
Beleza. Esse é o cara que não faz
enfrentamento, né? Esse é o cara que é
passivo demais, etc e tal. eh, é o
melhor líder do, assim, eu tô cada vez
mais convencido de que ele é o melhor
líder hoje vivo na Terra. Tenho, tô
bastante convencido disso. Para mudar a
minha opinião, vai ter que trabalhar
bastante. Agora, olha só, eh, o que eu
tô falando, né? Eh, Israel Hã,
Protests
aqui, ó. Ó, esse aqui é bom da CNN.
Isel of mostly c of Israel as some
Jewish Israelis raising their voices
against the war in Gaza and in
particular against the scenes of
starvation that we have been witnessing
inside of Gaza all week. You can see
behind me this is the kind of
demonstration that we are getting.
people holding images of Palestinian
children who have been killed by the
Israeli military. Weve also seen a lot
of people who are banging on pots and
pans making noise but alsoinding the
world that inside of Gaza so many are
now going without any food. In addition
to that, we are also seeing images of
the bodies of stars.
Gaza aside
is
awareness.
Tá? Então, deixa eu mostrar esse outro
aqui que tem umas, ó, crumbles as the
Gaza waristas. Então tem um monte de
gente pedindo o fim do do da guerra em
Israel, certo? E essa imagem precisa ser
construída, porque na extrema direita
evangélica se construi uma ideia de que
todas as pessoas que estão em Israel
elas concordam com isso. Todo israelense
ele concorda com isso, que portanto
somos os inimigos de de Israel. Não,
não, ele não é inimigo de ninguém que
pare de morrer, criança de fome. É isso.
Tem uma pessoa que aqui o Augusto tá
falando assim, ó. Merlin Z. Merlin é o
homem que eu vou para eu vou pendurar
uma [ __ ] de uma placa do Merlin, tá?
Com a foto dele. Ele sempre teve razão,
viu? Seu bando de lixo do [ __ ]
Olha só a quantidade de manifestantes
para derrubar o Netanio.
Certo. Pedindo, pedindo que ele abdique,
tá? pedido para ele que ele abdique.
Olha só a quantidade de gente.
Is
wel.
Então veja o que que mudou agora. Foi
esse final de semana, tá, que começou a
aparecer essas coisas. Foi nessa semana
que começou a aparecer. Vamos lá.
Aí veja o que ele tá, ó. We are all
responsible
being in our então ele tá dizendo assim,
ó. Vocês aqui desta cidade, a gente é
todo mundo responsável, viu? É uma
pessoa lá de dentro falando isso, tá?
Ó, resist los compassion. Então, veja
só, e resista perder a sua capacidade de
compaixão, certo? Tem gente dentro de
Israel lutando contra isso,
ó. Então, no protesto eles levantam os
os as fotos das pessoas que estão
morrendo lá, tá? As fotos que eu disse
que a importância das fotos nos vídeos
passados.
famílias de soldados que foram mortos,
que foram
tá todo mundo pedindo fim da, quer
dizer, todo mundo que tá na manifestação
está pedindo o fim da guerra por motivos
inclusive diferentes.
Ó, dentro de Israel, eles estão
levantando as as imagens, tá?
Essa pressão fez com que pelo menos o
cerco fosse aberto. O que eles estão
pedindo?
Ah, o que eles estão pedindo, tá? O que
eles estão pedindo, que as pessoas estão
pedindo no planeta Terra todo, é que
deixe entrar comida. Foi por causa dessa
pressão. Vocês entendem?
Vocês
entendem? Pela primeira vez nessa
situação toda que eu eu tava falando
nesse final de semana, eu mostrei para
vocês as fotos.
Muitas vezes os protestos que aconteciam
era: “Libertem os reféns”.
O que tá acontecendo é um processo de
mutação em que nem as próprias pessoas
que estavam em guerra, muitas delas
sustentam mais está lá.
Muitas pessoas que estão reclamando
agora finalmente começam a mostrar
compaixão pelos agredidos,
pela população civil agredida em Gaza.
Isso não é comum, isso não tá
acontecendo.
de de o que eu tô tentando mostrar para
vocês é que neste momento
deste final de semana, por isso que eu
tô falando o tempo todo, que dia 28 de
julho, existe uma pressão
por motivos diferentes
e um deles foi que a finalmente começou
a aparecer a quantidade de resultados
que aquele bloqueio de março trouxe. O
bloqueio de março trouxe uma fome que
agora está matando dia após dia 10
pessoas, 20 pessoas, 15 pessoas, 30
pessoas de fome. Se se tá matando de
fome é porque não tem, não é que ela
ficou um dia sem comer, gente. Não é que
ela comeu um dia mal, não para est
morrendo de fome, tá? São meses
que tava todo mundo avisando que isso ia
acontecer. E nesse momento histórico
atual, e repito, do final, da semana
passada para cá, as a
várias imprensas do planeta Terra
inteiro
conseguiram marcar,
conseguiram marcar com clareza
os efeitos, as fotos das consequências
de você aplicar um cerco por 3 meses.
Março, janeiro, fevereiro, março, abril,
ah, março, abril, maio, três meses de
cerco completo.
Esse cerco completo foi um pouco aberto
depois de três meses, depois de uma
pressão e agora as consequências desse
pseudo, dessa pseudoabertura, dessa
falsa abertura que não dá o suficiente
de entrada, tá começando a fazer vítimas
de fome em série. É isso que tá
acontecendo no mundo agora,
certo?
As consequências disso, a pressão é
tanta que aí, como eu disse para vocês,
as fotos são tão chocantes, como eu
disse para vocês, que o próprio povo na
Palestina na em eh em Israel, algumas
pessoas do povo finalmente estão
começando a sair de cartaz na mão para
mostrar o que tá acontecendo na
Palestina. Entenderam?
Como eu disse, teve, como o presidente
Lula falou, teve um grupo de militares
que desertou, que falou: “Não, não é
possível isso que assim, não. Me
disseram que a gente tava fazendo uma
coisa, agora é outra”. O presidente da
França,
o Macron,
ele fez uma posicionamento, não, vamos
reconhecer
o estado da Palestina na próxima reunião
da ONU, que é no mês que vem.
No mês que vem, não, é em setembro, né?
Quando chegar em setembro, a gente vai
reconhecer. E tá uma discussão
internacional para pressionar tanto a
Alemanha quanto a Inglaterra para
fazerem o mesmo. O que tem uma
dificuldade na Alemanha porque a
Alemanha tem o passado ah de ter
assassinado uma população gigantesca ter
cometido uma tentativa de holocausto, de
extermínio da população judaica. Então a
questão é mais tensa na Alemanha, é mais
complicada na Alemanha. Mas ah, ou seja,
o mundo está discutindo o que tá
acontecendo hoje.
E aí eu insisto. E aí eu insisto.
Por isso que o documento da o
documentário da Petra é importante, ó.
Por que tantos evangélicos defendem
Israel?
Por que tantos evangélicos defendem
Israel? A bandeira lá e tal. O uso do
símbolo como a estrela de Davi a
bandeira de Israel se tornou comum em
eventos evangélicos no Brasil e no
mundo. O apoio a Israel e suas políticas
é especialmente polarizante no momento
em que há uma invasão e ataques que
duram mais de um ano do ah do país
contra o território palestino da faixa
de Gaza. Sem contar frentes de batalhas
abertas no Líbano e e contra o Irã.
Embora o apoio dos evangélicos a Israel
seja especialmente forte entre
religiosos ligados ao bolsonarismo, não
é qualquer evangélico, tá? Ele não é
restrito a a esse grupo, explica a
antropóloga Jaqueline Teixeira,
professora da UnB. Você vai encontrar
esse apoio também nas igrejas do
protestantismo histórico que migraram
para os Estados Unidos. Explica.
Cadê?
Ó, só pra gente chegar aqui no final do
que eu falei, uma das bases teológicas é
uma corrente muito difundida chamada
dispensacionalismo,
que enxerga Israel como uma espécie de
relógio do fim do mundo,
certo?
Além disso, há toda uma identificação
dos evangélicos com o Antigo Testamento
da Bíblia que trata basicamente da
história sagrada do povo israelita.
Então eu queria, eu, eu preciso vir
embora, tá? Então queria chegar no final
dizer isso aqui, ó. A Petra tá chamando
atenção
para a parte de ah pequenos intelectuais
como Malafaia,
que é muito mais importante de para
explicar o fenômeno da extrema direita
do que ai meu Deus, petismo passar fome,
BPC, tá? Essa leitura está obviamente
errada. É óbvio que pode ter uma
dimensão. Ora, a fome não tá sendo
acabada no Brasil como eu gostaria.
Tinha que ser mais rápido. Quando eu
chegava lá, eu instalava o chicote e
resolvia.
Mas esse não é nem de longe o maior
motivo pelo qual a extrema direita tá
crescendo, seja aqui, seja no mundo. E
ele tem a ver com essa essa estrutura de
bolhas de influência na política. E a
bolha da influência do Malafaia nessa
coisa toda tem muita força. Sim. Beijo
no coração de todos. Falou, valeu e até
mais. E eu espero que o Henry não faça
uma resposta para mim dizendo: “Mas o
Pedro errou, chutou cachorro, mentiu,
caralho”. Tchau, gente. Um abraço.
[Música]