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Henry Bugalho (quase) tem razão de novo e isso é bom

Fala meus queridos e minhas queridas
amigas, tudo bem com vocês? Espero que
esteja tudo bem com
vocês. No vídeo de agora eu vou comentar
rapidamente eh o vídeo que o Bugal
gravou falando sobre o Thiago Braga. Por
quê, né, para começo de conversa. Por
quê? Porque eu quero defender o Hugal.
Ele fez um vídeo, li alguns comentários
do vídeo, eu vi que tinha gente
repercutindo o que eu falo por aqui e
dizendo que o Gali tinha sido
pós-moderno na posição dele. Achei
engraçado, a croesia tem
razão. Ah, o pessoal vai repercutindo
que a gente fala. Eh, veja só, eh, eu
quero fazer essa defesa muito clara por
causa do tema, tá?
especificamente. Ah, eu vi outro um
comentário que uma pessoa falava lá que
que falava sobre a tese de que o Thiago
tinha dito que ele tinha dito. Eu não vi
esse vídeo do Thiago, tá? Não vi esse
esse vídeo do Thiago, mas eu ah vi esse
comentário dizendo assim: “Não, mas o
Thiago falou pro pessoal pro que o
pessoal fica só fazendo react não sei o
que e
etc eles só querem ganhar view”. Aí o R
Buugal responde qualquer coisa assim:
“Sim, mas todo mundo quer ganhar view”,
né? E as pessoas reagem aos conteúdos
dos outros para estimular o view. como o
mecanismo da coisa funciona. Então,
antes de comentar isso, eu quero falar
só um um detalhe, né, que nem sempre nem
sempre nem sempre a gente faz react em
cima do nome da outra pessoa só para
ganhar view, tá? Então eu quero dizer
que esse vídeo aqui tem essa categoria,
ele não é, não tô fazendo ele para
ganhar view em cima do Hugal, não. Tô
fazendo ele porque o Henry Bugal traz
temas que eu acho que são importantes de
debater, os temas que ele traz, ele
invoca o tema. Eu acho que o tema que
ele traz é importante de conversar. Ele
fala sobre a história como sobre
historiadores, não
necessariamente
hã como bons historiadores, não são
necessariamente formados em história.
Bom, eu diria que isso vale paraa
filosofia. Ele fala, né, isso paraa
história e fala para outra matéria. Qual
é outra matéria que ele fala? Não
lembro, mas ele fala isso paraa
história, uma outra matéria. E e aí eu
gostaria de lembrar e que isso vale
paraa filosofia também. Tem muitos bons
filósofos que não necessariamente se
formaram em filosofia. Aí tem toda uma
discussão, né, do que que é fazer
filosofia, porque filosofia é um campo
mais complicado, porque ele foi sendo
minguado por por outras matérias durante
o desenvolvimento da ciência moderna. E
aí ele foi se ressignificando, né? O que
que significa filosofia? É difícil de
dizer hoje,
mas em história é mais fácil falar isso,
fazer isso. História é você contar sobre
as coisas. ele saca um autor bastante
conhecido, ã, um texto bastante
conhecido para falar exatamente de que
eh a maioria do que a gente consome como
história não não é criado por
historiadores e que a gente devia
aprender a lidar com isso, né? É um é um
tema bastante comum na faculdade de
história esse que ele trouxe. E eh de
fato, né? Tá? Isso, isso que ele fala
verdadeiro. Ã, bo e aí tem até uma
distinção que as pessoas gostam de fazer
entre memória e história criada por
historiadores. Uma coisa é a história
criada por historiadores e outra coisa é
a memória construída que você constrói
por filmes, você constrói por eh
opiniões diversas do que a sua família
te contou. Ele ele faz até uma um
conjunto de exemplificações bem bom. O o
o En faz um conjunto de exemplificações
bem bom para dizer sobre isso que ele
queria abordar naquele vídeo e que tem
todo sentido, tá? Tem todo sentido e que
tem uma coisa que me incomoda quando o
pessoal fala assim, exatamente: “Ah,
esse pessoal não entende do método da
história, o Humberto fala isso quando
ele vai criar o criticar o Thiago”, etc.
H que eu falo assim: “Olha, o problema
não é de método, é de falta de caráter e
etc.” Eu falo isso várias vezes aqui,
né? Não, o problema não é que ele não
entende o método científico, é uma falta
de caráter que tá em algumas colocações
e algumas leituras que eu já vi ele
fazendo, não foi ninguém que me contou.
O Rend de vez em quando ele fala isso,
ele falou isso mais uma vez nesse vídeo.
Olha, eu sou um homem muito ocupado, eu
tenho várias atribuições, eu não consumo
YouTube. E, portanto, quando eu fiz um
vídeo lá atrás que eu falava do Thiago
que o Thiago tinha feito um vídeo lá que
desmoralizava o vídeo do Castanha sobre
a Coreia, ele tinha razão e não importa
quem é a pessoa que tá dizendo, importa
que eu enxergava que claramente ele
tinha razão naquele tema e etc e tal e p
pi pi pi pi pó. É assim, se você vai
assim, aí a gente vai ouvir examente de
todo mundo, né, que se você vai fazer um
comentário sobre uma pessoa, você vai
gastar tempo, conhece um pouquinho, né,
para você evitar não passar pano para
para um bolsonarismo explícito, porque
tem formas que você pode abordar isso.
Olha, conheço o cara, viu o que ele
falou, não concordo com nada que ele
disse, mas assim, quem manda a esquerda
dar mole, né, abre a as pernas dando
mole, podia falar desse jeito, né, sem
precisar fazer meio que um elogio pro
cara. como como fica isso ano. Então
assim, a forma que a gente faz mostra os
envzamentos que a gente tem, as implicas
que a gente tem, os pressupostos que a
gente tem para qualquer um, né? Não só
para mim, não só para a pessoa que é da
extrema esquerda, da extrema direita. A
gente consegue ver esses envzamentos
dessa falta de cuidado, eventualmente
aparece quando
hã quando você vai falar sobre o que
você quiser falar, né? Então a gente
consegue ver exames de todo mundo, né?
Não tem ninguém que tá no ponto neutro.
Isso é o pão com manteiga de compreender
história, a crítica que foi feita, a
historiografia que se entendeu
científica, todo mundo parte desse
pressupôo em certo momento na fala do
Enem, que é uma fala acertada, mas ele
não enfatiza tanto isso, mas h eu quero,
portanto, jogar ênfase nesse nessa parte
da fala dele, tá?
Hã. É, então é, é isso. Então você
consegue, eu eu assim, é claro que o
Hermes tem envzamento, o Hermes sabe
como eu implico com ele por causa do
envamento que ele tem a respeito dessas
temáticas. Você sabe, né, né, falando
assim honestamente, eu e tu, você e eu e
etc. Você sabe o que que eu penso em
geral sobre algumas coisas que tu fala
sobre essas temáticas, né? Então, mas
você tem razão, né, quando você fala
isso. Quer dizer, você trata certas
fontes como propaganda, que claramente
são propaganda e
etc. E aí você não aprofunda nisso, você
só joga pro público, propaganda, né?
Engulo que é propaganda, etc. Então
assim, eu, por exemplo, quando eu
comentei este tema, quando saiu lá
atrás, eu falei: “Olha, claramente o
vídeo
do Castanha é um vídeo problemático.” Eu
falei: “Claramente é problemático, não
tanto porque eu conheço as fontes e e
falo de igual para qual com o
historiador da Coreia”. Não por isso,
mas é muito claro. A estrutura da
narrativa deixa muito evidente para
qualquer leigo que o cara tá dizendo
assim: “Olha como Estados Unidos é um
monstro que veio fazer maldades”, etc. E
o povo coreano lutou contra isso com
força e amor e carinho. E aí você olha
para isso, você fala: “Gente, pera aí,
pô, pera aí.” Então você tá deixando um
flanco aberto. É isso. Eh, pô,
continuando, né? Então, eh, concordo com
isso que você diz, né? Então assim, você
consegue ver todo mundo tendo essas
tendências. É normal que todo mundo tem
essas tendências. Não é bem esse o caso
quando a gente tá falando do Thago. Não
por causa desse vídeo, não por causa da
Coreia, não por causa disso, né? Por
causa de outras posições que ele tem
frequentemente, etc.
Mas eh mas o que ele diz e e nisso ele
tem razão. Quero chamar atenção pra
parte que ele tem razão, tá?
Eh, ele fala o seguinte, é bem ampassan
que ele fala, mas é o momento que eu
acho que é o mais importante do vídeo
dele, que ele diz o seguinte: eh, olha,
todo mundo sempre terá envezamento, isso
é meio que inevitável, certo? Todo mundo
meio que terá envezamento, isso é meio
que inevitável.
Hã. E e aí ele fala uma coisa que me
incomoda um pouco, que ele diz assim, ó,
se os caras partem, ele sempre fala isso
com uma certa regularidade, ele fala
isso, se as pessoas partem de
pressupostos diferentes, de bases
diferentes, é óbvio que eles vão chegar
a conclusão diferente, não
necessariamente porque, sei lá, tá
mentindo ou porque, etc, porque você tá
partindo de um lugar que todo mundo
parte de algum lugar e acaba não
visualizando certas fontes. Ele, ele
sempre fala isso.
Mas aí ele diz uma coisa, quando ele tá
dizendo isso, que ele diz uma coisa que
é isso que eu queria destacar. E se o
Henry eventualmente ver esse vídeo, eu
queria que ele entendesse, né, o que eu
quero dizer com
isso. Mesmo quando você claramente,
sabidamente tem envzamento, quando
claramente você tem envzamento e você
sabe que você tem
envzamento, você pode ser honesto, né?
Você pode ser
honesto, você pode
rever, você pode não esconder o que tu
viu, você pode rever posição, né, que
queria dizer, ou você pode não esconder
o que tu
viu. E eu não tô dizendo que isso é uma
coisa que só acontece na direita. Eu já
falei sobre isso, várias questões
relacionadas à historiografia da ou ou a
história ou a leitura que se faz sobre
as experiências socialistas, que tem um
uma galera que carrega na tinta, né, que
exagera quando vai fazer a defesa. É
isso, é isso inclusive que eu tava
expondo aqui em relação ao Hermes, né,
que
hã eh às vezes eu sinto que ele tá
exagerando,
né, de antemão eu vejo que tá
exagerando. Não é por causa de que eu
fiz uma grande análise do que ele disse,
das fontes que ele me trouxe, mas pelo o
tom da fala, a seleção das palavras.
Você você observa que a pessoa tá com ah
tá tá com muito pressuposto certo, né?
Tá muito garantido que é isso e etc e
tal. Não, eu sei é assim. Se você vê
nessa fonte, nessa fonte, “Pera aí, pô,
eu não vi fonte nenhuma. Calma, deixa eu
chegar, deixa eu, deixa eu me aproximar
das coisas, deixa eu me aproximar sem
saber, né? sem, deixa pá. Eh, certo.
Então,
o que eu quero dizer é o seguinte, dá
para você, mesmo quando você tem uma
tendência, você não se fazer de doido,
né? Você não pera aí, beleza. Eu quero
demonstrar que o negócio não é tão
brutal quanto às vezes as pessoas querem
fazer parecer. Por exemplo, o exemplo
clássico que a gente pode citar,
inclusive relacionado à Coreia, é
pessoal falando do negócio do da que que
na Coreia eles tavam dizendo
que unicórnios existem e que isso estava
demonstrado que o unicórnio foi achado
um fóssil de unicórnio, sei lá, teve um
negócio que circulou assim na internet
ou outra coisa do tipo: “Ah, os caras
são obrigados a cortar o cabelo sempre
igual” e etc e tal. Isso é tão
precisamente absurdo que é claro que
você vai com a tendência de não, gente,
aqui tu tá de sacar. Isso não significa
você dizer assim: “Ah, na Coreia não tem
violência política, não tem assim, todo
mundo tá obrigado a cortar o cabelo
igual”. Não, pera aí, pera aí, porque
tem que imitar o ditador e etc. Não,
pera aí, gente. Tem tem algo errado
nisso aqui. Então você vai com
pressuposto assim, claramente tem algo
errado aqui, né? Vamos ler esse negócio
com calma, mas aí você já vai de antemão
achando, não, cara, aqui tem algo
errado, tá ligado? Aqui tem algo
descolado da realidade. E aí você vai
com esse preconceito, né? Essa esse
pressuposto parece muito errado, parece
muito absurdo. Então você vai com
preconceito, já quero dizer com
preconceito e tipo assim, mesmo que você
não tenha estudado nada, parece que isso
aqui foi inventadão. Parece que isso
aqui foi inventadão. Se não foi
inventadão, eu quero achar a origem
disso, né? Então você fica com, ou seja,
a o próximo, o próprio impulso que você
tem para tentar descobrir que esse
negócio do cabelo é falso, por exemplo,
o próprio impulso que você tem para ir
para ir, provavelmente ele veio de uma
tendência interna que tu tem, né? Uma
tendência interna que tu tem de, não,
olha, eu tenho uma consideração pré e a
priori, eu tenho uma um sentimento antes
de ir pra empiria da coisa e verificar
esse fato específico, eu sei que a
galera é preconceituosa para [ __ ] com
experiências socialistas em geral. Então
eu, é claro que esse preconceito vai me
conformar e eu já vou com a
predisposição para caçar que isso é
falso. Agora, se realmente no final das
contas eu vou checar esse negócio todo e
esse negócio me apresentar como
verdadeiro, eu não vou colocar debaixo
do pano, mas eu eh ninguém vai me tirar,
não tem como me tirar o óbvio de que eu
acho que isso é preconceito e de que
isso é
falso. ou quando as pessoas falam
especificamente sobre a China, coisas
muito absurdas do tipo, aqui a gente não
pode usar
se você usar qualquer coisa do ursinho
pool, eu já ouvi isso na internet, se
você usar qualquer coisa do ursinho
pool, porque fazem piada disso com o
presidente, eles te prendem, somem com
você. Aí você fala assim: “Caralho, olha
só, eu sei que na China tem perseguição
política no sentido de que você não
pode, igual aqui no Brasil, eles tm uma
cultura bastante diferente, né? Que aqui
no Brasil é bonito, é tirado para sábio
aquele que fala mal de qualquer governo,
né? Ai como eu odeio todos os governos,
são todos bandidos. No Brasil, isso é
naturalizado para [ __ ] Dizer assim,
ó, isso aqui é absurdo, isso aqui é
horrível, esse governador é um babaca,
ele devia ser preso, né? Todo, é muito
comum aqui do Brasil as pessoas falarem
isso. Ah, a gente devia prender o
presidente da República, que ele é um
merda e etc e tal. Eu acho isso bizarro,
mas isso é comum no Brasil, é tirado
para inteligente quem é assim, né? E no
e na China e na
China, se você faz uma merda dessa, é é
possível a polícia bater na tua casa.
Então eu sei que tem perseguição
política. Claro que tem. Eu sei que tem.
Agora você, se você postar qualquer
coisa de ossinho
pro, você vai ser preso. Aí pera aí,
pera aí. Aí vocês estão exagerando,
cara. Aí vocês estão exag. Entende o que
eu quero dizer? É uma tendência que eu
tenho, pressuposto que eu tenho. Quando
o negócio começa a ficar muito absurdo,
eu falo: “Não, com certeza isso é
mentira”. Não vamos caçar esse negócio
direito, mas assim, de de antemão, antes
de eu ir verificar, eu já penso assim:
“Cara, vocês estão de sacanagem com a
minha cara, vocês estão exagerando,
[ __ ] vocês estão”. Então, então é um
pressuposto que eu tenho. É óbvio que
isso é uma coisa que me conforma
pretéritamente. Agora, se eventualmente
eu descobri que realmente vão prender a
pessoa, ah, porque tão falando de
ursinho pur, tá fazendo publicação com
urso p, eu vou, se eu enxergar isso, vou
falar: “Gente, eu achava que era uma
mentira da do [ __ ] mas acontece
mesmo.” Se eu encontrar isso, entendeu?
Se eu encontrar isso, eu serei uma
pessoa que fal falarei: “Caralho, eu
achava que era um absurdo isso, mas de
fato acontece na China”. Se eu encontrar
isso, né? Tô dando um exemplo avulso. O
que que eu quero dizer? Que não é porque
a gente teve pressuposto e o que eu
quero dizer, eu quero insistir, o Henry
disse isso, não é? Que porque a gente
tem
pressuposto que não é por Links, tu quer
entrar aqui? Tu quer? Eu nunca te
convido para entrar. Se você quiser
entrar
agora, mas deixa eu só eh continuar o
que eu quero dizer. Não é porque a gente
tem pressuposto que não tem coisas que
são mais rigorosas do que a não são mais
rigorosas do que a outra. Não tem gente
que a gente pode confiar mais do que em
outras pessoas. Claro que tem,
pô. Claro que tem.
E eu não gosto dessa ideia de que a
gente passa o corte por baixo. Não gosto
disso. Link é um desgraçado. Deixa eu
colocar aqui o e-mail, tá? Tipo, vou te
mandar no
e-mail. Quadrinhos na
Sergenta. Como é que é convidar?
responder. Tô te mandando no e-mail, tá,
querido?
Eh, então, eh, me
preocupa quando a posição é muito
tendente ao ceticismo. Só vou fechar o,
quando você entrar depois aqui, Link, eu
só vou fechar o assunto, tá? Me preocupa
essa tendência ao ceticismo da da coisa
assim, ó. Todo mundo é igual, né? Todo
mundo tem tendências, todo mundo erra,
nunca nada vai se solucionar e pá. É
porque tô te mandei no e-mail, prefiro
mandar no e-mail porque demora para
abrir o WhatsApp aqui
pro
Ah, no computador, demora para abrir
esse negócio. Eh, mas o que eu tava, né,
finalizando, né, me incomoda, né, me
incomoda quando a tendência é acreditar.
Se, e não foi isso que o link, o que no
que o Henry disse, eu quero deixar
bastante claro isso. Me incomoda que às
vezes eu enxergo isso no En que uma
coisa do
tipo, se todo mundo tem tendências, não
há solução a ser dada. A gente tem que
meio que aceitar que as coisas são
iguais, são todos são ruins iguais e não
tem muito o que fazer. Eu quero saber o
que vocês pensam, deixa aí nos
comentários. Falou, valeu e até mais.
Certo? Isso me incomoda
bastante. Isso me incomoda bastante.
Certo? Isso me incomoda bastante. Mas
nesse vídeo específico, né, não posso
falar de vídeos do passado, né, os
vídeos do passado, mas nesse vídeo
específico, ele comenta que há trabalhos
que são mais rigorosos do que
outros, tem falas que são mais
problemáticas do que outras, tem
posturas que são mais acertadas do que
outras. E para mim isso é fundamental,
né? Não é porque todo mundo tem
tendência que a gente passa a régua por
baixo e diz que tudo é igual. Isso é
importante e ele não disse isso.
Portanto, não foi uma postura de
tendência pós-moderna naquele sentido
negativo que eu sempre falo aqui, né?
Que a que essa tendência existe na
historiografia e ela é uma coisa que é
de cair a cabeça da do pescoço, né? A
galera às vezes fala isso mesmo. Olha
só, todo mundo tem tendência, não tem?
Todo mundo tem tendência. Todo mundo tem
tendência. Então, olha só, todo mundo
busca verdade. Essa conversa não tem que
buscar a verdade não. Esse negócio
acabou. Cada um faz a sua narrativa,
cada um expressa a sua opinião e a gente
meio que tem que respeitar a opinião de
cada um sobre qualquer coisa. Tem uma
galera que cai para aí, sim, parece
absurdo. Eu sei que parece absurdo, mas
tem uma galera que cai para aí, sim. E o
texto do Henry não ia para esse sentido.
Então, tô aqui fazendo o elogio do da
consideração. Lembrando que ela foi meio
periférica na fala dele, mas essa essa
consideração é importante. Eu queria
ressaltar isso, né? Ressaltar isso. Isso
é importante. Isso é importante. Nem
tudo é perspectiva, né? Tem gente que é
mais rigoroso, tem gente que é mais
sério e e não é uma consideração daqui
para sempre que a pessoa sempre será
mais séria, sempre será mais rigorosa,
mas às vezes tem um trabalho que é mais
rigoroso e que você consegue enxergar,
só que só quem vai conseguir fazer a
depuração são pares. E aí por isso que a
gente precisa de um trabalho com cara de
ciência, saca? com cara de ciência, que
são os pares é que vão poder olhar e vão
poder dizer: “Olha, esse trabalho não tá
tão rigoroso assim, porque faltou isso,
isso, assado, assado, assado, certo? E
aí a gente precisa ter um pouco de fé
nos nas pessoas que tm
produção, que tem respeitabilidade no
negócio. Nem tudo é uma grande
competição pela pela narrativa correta.
É mais ou menos por aí que
querido. Meu Deus!
Opa.
Aí tudo bem lindo tudo que eu tava
acompanhando a live, eu disse: “Ué, o
que que tá, que falas são essas que
estão se sobrepondo?” Pois, [ __ ] tá
tudo escuro, cara. Pera aí. Eu não tinha
me dado conta. Escuro, né? É que eu fico
eu fico andando no
escuro. Pronto, melhor, né?
Tá meio escuro, mas tá melhor. Tá
travado aqui para mim. Agora melhorou,
ó. Tá deu. E aí, Pedro, como é que tá?
Tô cansado, mas tô bem. Tá com cara? Tá
com cara. Você tá falando assim, porque
o bugho, bo
é que tá tarde.
Bugalho. É, então vai dormir. Eu entrei
aqui só para te incomodar. Só para te
incomodar. Eu entrei aqui só para
incomodar. Só para fazer o mal. Só para
espalhar o fazer o mal. Tu tu escorregou
na manteiga ali no debate, cara.
Escorregou na manteiga. Diga lá o que
que você acha que eu escorreguei na
manteiga. Não, só num ponto. Tu tu
acabou endossando o senso comum, cara.
Não pode. O senso comum não é do bem,
cara.
Não podear essas.
Tem uma coisa que que eu acho que é
relevante nisso que você tá falando. Tem
tem muita gente que não consegue lidar
com fato, porque assim,
conversar é diferente da gente falar
sozinho. É, quando a gente tá com as
outras pessoas, a gente meio não é tudo
que a gente vai contestar, não é tudo
que a gente vai brigar, não é tudo que a
gente vai, a gente tem que criar meios
de campo. Eu acredito, eu acredito, né?
Eu acredito. Então tem hora que mesmo
que você enxerque, tem uma questão ali
que não tá legal, tá, se a gente for
discutir isso agora, acabou a conversa,
né? Vai a gente vai para outro lugar. Eu
acho que as pessoas têm dificuldade um
pouco de entender isso, que a dinâmica
da conversa com as outras pessoas não é
a mesma coisa que a gente expressar
nossa opinião sozinho. Não. Sim,
concordo.
Mas em que que tem alguma coisa
específica que você não que eu tava
pensando não que eu fiquei pensando, eu
vou desenvolver isso na live. Eu tô
comendo melancia. Quer melancia
seria boa. Seria saudável. Boa, né?
Nossa hora. Meu Deus. Uma melanciazinha.
Vou comer. Eu vou acabar fazendo um
jantão ali. Vou comer obesamente. Eu já
acabei com a
melancia. É que assim, uma coisa que eu
eu tava vendo ali, a eu não vi eu não vi
a live inteira. Pô, tu fez você, cara,
como é que vocês produzem tanto vídeo,
irmão? Tipo, tu fez um uma [ __ ] de uma
live de 3 horas meia, irmão. E aí? [ __ ]
E aí o o Hermes fez um vídeo de uma hora
e eu disse: “Cara, eu não tenho tempo
para ver essas porras tudas”. Aí eu eu
vi só a parte, cara. Pois é, foi o que
aconteceu comigo. Eu vi só um pedacinho
da sua live quando quando eu comentei o
assunto. Eu vi o eu vi o a eu eu
confesso que eu peguei a parte ali
quando vocês começaram a falar do debate
em questão, né? Quando vocês estavam
falando ali de Chavos da USP e tal, eu
pulei porque eu nunca vi a [ __ ] do
vídeo do Chavos da USP até hoje. Aquele
aquele vídeo que gerou tanta polêmica,
eu nunca vi.
E os comentários aqui tão engraçado. E o
que que eu ia falar? Ah, tá. É que
assim, tem um pessoal falando muito em
metodologia, tá ligado? Ali na no papo
hoje, né? Foi hoje isso. Eu tô perdendo
o tempo. Foi hoje? Foi hoje. Foi hoje o
papo de 3 horas foi hoje. É. E o pessoal
falou muito de metodologia.
Uhum.
E e daí o que me incomoda é uma
vinculação que não não é automática, mas
é dada por automática e isso é
ideológico, de que a boa metodologia é
aquela que atinge o senso
comum, tá ligado? Tá. Eu entendo o que
você quer dizer. Quer dizer, acho que
entendo. Acho que entendo.
E tu não acha isso um problema? É isso
que eu te pergunto. Tu não acha isso
problema? Eu eu eu precisaria que você
desenvolvesse um pouco mais, porque em
tese, se eu entendi, eu concordo, porque
o que me incomoda e eu acho que a gente
tem muito isso em comum há muito tempo,
antes de mesmo da gente começar a
conversar, existe uma tendência na
comunicação pública de todas as pessoas
que é o seguinte, cara, eu tenho que
falar mais ou menos não só da forma, mas
as coisas também que o público tá
pedindo, né? Se o público tá pedindo
mais isso, é isso que eu tenho que
reverberar. E não só na forma quanto no
conteúdo. Falando um pouquinho da forma,
o que me incomoda um pouco, por exemplo,
já que a gente tá fal que eu estava
falando do H Bugalho, o H Bugalho, ele
não gosta de gente agressiva, que é uma
coisa que compromete a gente, por
exemplo, né? Você mesmo sempre fala
assim: “Eu sou meio grossão aqui do sul
e tal”. A gente é grosso e [ __ ] né?
A gente é um pouco, né? Não tem não tem
que pedir e não tem que pedir desculpa,
né? Desculpa, também acho. Também acho.
Mas aí tem umas análises que são assim,
gente, mas você tem que notar que se
você for grosso, você não vai convencer
ah as pessoas, etc. Mas eu sou grosso
porque eu sou grosso. Eu não sou grosso
por causa de uma tática em 280D. Então
ele fala que o grosso não convence.
[ __ ] o Bolsonaro se elegeu como um
cavalo. Não, isso é. Então isso isso
isso é o absurdo do absurdo. Mas aí o
que eu quero concordando contigo é que
ainda que não
convencesse, [ __ ] certo? Isso que,
né? Isso que eu quero dizer. Então
assim, se eu entendi o que você disse,
eh, eu concordo que a gente não tem que
ficar que eu é o que eu fico chamando de
pagar pedágio o tempo todo, né? Tem que
ficar tentando dizer a da forma e a
coisa que as pessoas querem ouvir e não
o que você acha que é importante que
elas ouçam. É, mas também tem um, mas eu
acho que também tem uma estratégia que a
gente aprende muito em ficção, que é o
seguinte, isso é um mantra que se tem em
teoria narrativa e tal, que é dê ao
público o que ele quer, mas não da forma
que ele espera. Hum. Ok. Porque isso
prende atenção. Claro.
Entende? Eu entendo. Só que dar, só que
entregar da forma como não
espera já é uma fuga do senso
comum. E parece que eu tô falando de
coisa diferente, não tô. É porque para
mim tá muito abstrato ainda. Eu
precisaria de Para pensar, para para
pensar. Qu chamar assim a teoria da
ficção, que é um campo, ah, que parece
um campo só das artes e tal. A teoria da
ficção, ela antes de tudo uma teoria do
afeto, certo? Como que discursivamente
eu afeto alguém? Claro. Entendeu? Porque
sempre a gente tá contando uma
historinha, mesmo que a gente tá falando
da da opressão, do capitalismo, blá blá
blá, tu tá contando uma historinha.
Claro,
tá ligado? E uma coisa que a gente
aprende muito teoria de ficção é isso.
Você e cara, eu posso falar, por
exemplo, do próprio canal quando sarg é
muito isso. Eu falo que o pessoal quer,
ah, eu tô falando do anime que tá no
momento. Eu não falo do jeito que o
pessoal tá esperando e as pessoas
assistem e muitas ideias vão sendo
vinculadas ali, vão sendo arejadas ali,
vai se
estabelecendo algum tipo de contato,
algum tipo de comunicação, certo?
Entende? Então o que eu quero dizer é
que me incomoda essa ideia de que a
gente atinge quando chega no senso
comum. E eu o que eu tô falando, essa é
a polêmica que eu quero estabelecer, é
que é justamente o contrário,
tá? Quando a gente atinge o senso,
quando a gente atinge o senso comum, é
quando a gente é inóco, é quando, é
quando a gente fala, entra por um
ouvido, sai pelo outro, porque a gente
tá repetindo aquilo que a pessoa já
sabe. É porque a gente só tá arejando
mais do
mesmo, tá ligado?
Tá OK. Para mim faz a gente conquista,
entende? Se a gente conquista atenção, a
gente conquista, a gente consegue
receber um mínimo de de de consideração
do outro quando a gente justamente traz
alguma coisa pro outro que
consiga, vamos
dizer, despertar nele algo que ele nem
mesmo sabia que valia a pena prestar
atenção ou que ele não não tava. Quero
dizer assim, o seguinte,
olha, o diálogo, quando a gente pensa a
lógica do diálogo e tu, [ __ ] tu tu tu
tu é formado em filosofia, né, Pedro?
Uhum. Então, pega aqueles diálogos
Platão, se se a minha formação e
filosofia, não, o meu mestrado e
doutorado só em Platão, inclusive. Ah,
pois é. Então, Platão é aquele falso
diálogo, né, cara? É um falando, falando
e outro, exatamente, obviamente. Como
não, né? Mas se a gente pega diálogo,
diálogo real. O diálogo real, ele é uma
troca a partir de coisas que os dois têm
e também não t. Existe uma relação de
perda no na no estabelecimento de um
diálogo, de coisas de de perda, não, de
ausência, de vazio, de vacuidade, sabe?
De coisas que estão no vácuo e não se
diálogo estabelece troca. Uhum. O senso
com esse vácuo é uma coisa sexual. É. Tu
e tu opera por essas brechas, por esses
vazios, por essas por coisas que sabe
aquela coisa bem papo de boteco, tu fala
um negócio, tu fala: “Porra, eu nunca
tinha parado para pensar por esse lado”.
Tá ligado? Aquelas coisas assim, papo de
boteco real assim. Sei, sei. Então isso
é a morte do senso comum. O papo de
boteco é muito mais antissenso comum do
que o senso comum
pensa. E o que me incomoda na E aí eu eu
entro nesse problema que é metodológico,
mas é metodológico também é teórico.
Tipo da da esquerda pensar que a maneira
que ela pode alcançar o povo, o
trabalhador, é falando pelo senso comum.
E o que eu tô dizendo e afirmo e bato o
pé é exato
oposto, não é pro senso comum. Eu
acho, porque ainda insisto que tá muito
abstrato para mim, mas eu acho que eu
concordo plenamente com você. Eu acho
que a gente tem muita afinidade até por
causa disso.
Acho, né, que às vezes o que a a a
população, as pessoas que estão te
ouvindo, né, não a
população, não, né, os ouvintes, eles
estão buscando exatamente isso, né,
alguma coisa de nova e não que você só
reafirme o que ela acredita, mas alguma
coisa que você coloque a mais, mesmo que
seja uma base nova paraa pessoa
fundamentar aquilo que ela já acreditava
ou outra forma de ver aquilo que ela
acreditava, contraponto para que ela
melhore naquilo.
que ela acreditava ou qualquer coisa
assim. Então, me parece que a lógica do
que você chama de
preenchimento eh é o que as pessoas
procuram quando elas vão consumir
conteúdo. Se eu entendi bem, mas eu não
sei se eu entendi
bem.
Você pera aí. Alô.
Som. Eu não tô ouvindo. Todo mundo tá
ouvindo o
link? Foi embora. Eu vou embora também
porque eu preciso pegar o
carregador. Olá.
Sigo sem te
ouvir. Agora sim. Eu vou essa [ __ ]
dessa luz aqui que tá dando problema no
microfone. Eu vou ligar outra luz aqui.
Vamos ver. Vai essa aqui mais de lado.
Essa aí tá mais bonita, inclusive. Ficou
bom. Tá, tá, ficou um, né, um banho de
luz aqui do lado.
Não é porque, enfim.
Ah, repete o que tu falou antes, que eu
tava quebrando a cabeça com o microfone
aqui, que eu não prestei atenção, não
consegui prestar atenção. Tava quebrando
a cabeça para resolver a ponto
microfone. Que que tu falou? Se eu, se
eu entendi o que você quer dizer, e eu
ainda tô em dúvida se eu entendi, h,
seria no geral as pessoas procuram
preenchimentos em vários sentidos. Hã,
por exemplo, se tá te faltando um
argumento para defender aquilo que tu já
acreditava, tu vai buscar esse argumento
novo ou você vai buscar uma contradição
para você até refletir eh sobre como
melhor pensar sobre a sua própria
posição. Se eu entendi assim de maneira
mais geral. Aham. Sim, sim. Não é isso.
É porque que eu acho e
assim
eh o pessoal falou assim, tá falando por
parábola? Não, tô sendo bem objetivo,
cara. Sabe? É, e isso, sei lá, isso que
tá começando a me deixar um pouco
perplexo nesse debate todo é que as
coisas estão muito objetivas,
sabe? Tu pode, vamos pegar, vou pegar
exemplo, pare, é que eu não quero cair
em egotrip, mas vou pegar exemplo meu,
então [ __ ] Uhum. Eh, para eu falar
de para eu falar do fato das pessoas não
se aposentarem mais, eu falei de
sacamoto dez, um anime, [ __ ] Uhum.
Veja, não um vídeo sobre a aposentadoria
como um todo, ainda é basicamente sobre
o animum. Mas o assunto pareceu, certo?
E isso não é enganar o público ou coisa
do tipo. É. Ah, isso é muito bom. Aliás,
quem consegue fazer isso, eu acho muito
bom, cara. Eu acho que esse é o grande
trufo de quem quem produz e tem tem uma
bagagem cultural como você tem
como só que eu tô querendo dizer assim,
tipo essa esse diálogo ele é feito
justamente para você dizer assim: “Olha,
tem uma parada aqui, camarada, colega,
você não tá tentando pessoa como
inferior, ó, seu burro”. Não, tem uma
parada aqui que eu não sei se você viu,
mas olha só que interessante.
Claro, tu tá acrescentando pra pessoa,
né? É, tu tá acrescentando ou mesmo tu
tá te expondo de tal maneira para muitas
vezes acontecer nos comentários pessoas
disse assim: “Porra, Link, mas tu não
viu tal coisa?” Eu falo: “Porra, não vi,
não tinha visto, eu tenho razão, pô, não
tinha percebido por esse lado.” Veja, eu
tô usando um anime, de exemplo e sobre
questões que se atravessam politicamente
num anime qualquer. Uhum. E aí o que eu
tô querendo dizer assim, aí quando se
pensa a lógica da militância, por que
que não se usa a mesma metodologia?
Por que que a metodologia tem que ser
uma que de alguma maneira sempre diga,
não, você tem que falar de um jeito que
o povo entenda, você sempre tem que
buscar esse senso comum, ideal, etc. E
eu fico pensando, mas o que faz as
pessoas se sentirem instigadas, o que
faz elas despertarem o seu afeto, é
quando aquilo foge do senso comum,
daquilo que ela já sabia e tinha por
certeza na sua vida. Para para pensar,
é, sa, sabe que eu acho [ __ ] é que isso
tudo é muito intuitivo, por exemplo,
para para pensar em relacionamentos. Tu
é casado, ô Pedro? Sou. Tu conhece
plenamente a tua mulher? Não. E tu não
tá, tu tá quantos anos já com
ela? Pera aí, [ __ ] É uns dois. Uns
dois. Aí eu falo errado, eu me fodo. Eu
tô, eu tô quase 17 com a minha.
Ela é uma ótima pessoa. Ela aparece aí
de vez em quando, né? É, mas só aparece.
Ela é péssima. Ela é péssima. Mas enfim.
Eh, é, mas tá ligado assim, a gente a
gente a gente se a gente desperta nossa
atenção, nosso nossa pulsão, tá ligado?
Nosso barato, tá? Em pessoas que a gente
nem conhece, cara. Sim. E aí, aí o
discurso não, a gente tem que chegar no
senso comum. Um senso comum. Como assim?
Que senso comum? A gente tá com, a gente
se aproxima e cria vens até chato, né? A
gente queria vínculo com as pessoas
daquelas que a gente não consegue
estabelecer um comum e a gente não
consegue nunca chegar nesse absoluto
comum, porque a gente continua sendo
estranho um ao outro, porque tem coisas
que a gente nunca vai se entender,
porque tem coisas que permanecem nesse
nesse nesse abismo das relações e isso
atrai, isso instiga, isso aproxima.
Eu concordo. Por isso que eu falo, olhe
pra teoria da ficção que o pessoal fala,
não tem nada a ver, tem tudo. Por isso
que marxista eu fico encrencando e isso
não sou eu que falo. Há 100 anos tem
esse debate. Mais de 100 anos. Desde o
Lucx tem esse debate que marxista é
muito muito ruim na comunicação porque
ele não entende de teoria de ficção,
porque não entende arte. Por isso pode
ver quando vai mais, por exemplo, não é
para não é para já que já que tu fal
gosta falar mal do comunista aqui na tua
live, deixa eu falar um negócio. Aquela
fala do Ian, rapaz, no naquele podcast,
o desencontros desencontros, a fala do
Ian Neves naquele podcast, inclusive o
Eibaldo fez um react daquilo. É horrível
aquela fala do Ian. Nada contra o
coitado do Ian. Mas pode ver, marxista
não sabe falar de arte. Quando vai falar
de arte é péssimo. Péssimo. Parece gost.
Oi? Tu não gosta do Lucat?
De quem? Do Lucat. Ah, Luca. Tu fala
bonito, tu fala certo. Lucx. Eu falo
Lucax. [ __ ]
Eh, eu não gosto. Eh, eu acho que ele
sofre de, sabe aquele cara que vê uma
mina muito gostosa, mas ele sabe que
não, ele, ele não, ele precisa desdenhar
ela de algum jeito, porque, sei lá, ele
se sente menor perante ela? Aí ele fala:
“Ah, os peitos nem os os peitos não são
tão inchados não. O Lucarx faz isso com
o Niet por causa do nicho do debate
contra em relação à arte”. Entendi.
Porque uma coisa, porque isso é um
clichê, tu sabe disso, há mais de 100
anos esse clichê. Todo marxista que vai
estudar a arte vira
nitiano, né? Assim, tem que se aproxima
em partes, não to não totalmente. Se
aproxima, se aproxima, se aproxima, se
aproxima porque a teoria marxista não
consegue. Tudo bem, o Marx também não tá
pensando essa parte. Só que o que eu tô
querendo dizer é que parece teoria da
arte é uma coisa assim meio burguesada,
sabe? Ah, a gente vai falar de pintura.
Não, irmão, essa teoria é uma teoria do
sensível, né? Tu que ocupa o o principal
foco da estética. Uhum. E também não é
por acaso que todo o debate sobre
estética dos anos 60 para cá também é um
debate sobre política, sobre capacidade
de mobilização, sobre engajamento, sobre
afeto.
E aí o que eu tô querendo dizer é que,
cara, basta a gente olhar coisas assim
básicas que esse campo do estudo, campo
da estética, estabelece. E aí eu fico
meio chocado quando eu vejo os militudo
ainda num debate que me parece que é do
século XIX, cara. Ah, a gente tem que
falar, a gente tem que atingir, a gente
tem que reduzir pra pessoa, a gente tem
que atingir o senso comum, não é, cara?
Assim, a gente tem uma produção de saber
imenso mostrando que é o
contrário. E veja, isso não quer dizer
falar difícil ou falar de cima para
baixo, mas o que eu tô querendo dizer
assim, mas não é necessariamente falar
falar eh atingindo o senso comum.
Uhum.
O que seria a alternativa atingir o
senso comum para para ficar mais é para
ficar mais claro que você quer
proportiv? Mas eu acabei de falar,
[ __ ] é que nem eu fazer videozinho de
anime, cara. Isso aí é um exemplo. Sim.
E é um exemplo medíocre porque tem
grandes vídeos assim no YouTube. Mas o
que eu quero dizer é que às vezes quando
as pessoas do ponto de vista de
militância, tu quer dizer assim? Não,
não é porque esse exemplo que você deu
agora, eh, às vezes quem eu não, eu não
concordo com nada disso, mas às vezes
quem diz que tem que atingir o senso
comum, quer dizer que as pessoas têm que
fazer exatamente isso que você tá
falando, fazer usar a cultura popular,
falar do desenho, do filme,
sim, mas não repetindo aquilo que o povo
já entende. precis falar, preciso você
ter aquela frase da teoria da teoria da
narrativa, deêu o que quer, mas não da
forma como espera. Uhum. Tá ligado? Tu
tem que ter algum nível de surpresa. Tu
tem tu tem que ter, sabe? Eh, sabe
aquela, a o verso do Belkior? O novo
sempre vem. Uhum. O novo sempre vem,
cara. Se você não é o novo, você é só o
de novo. Vaza. Uhum. Tá ligado? Tipo, se
você vai repetir tudo aquilo que
supostamente a pessoa já sabe e você
quer dizer, não, tô falando no teu, no
teu, tô falando no teu nível, de um
jeito que tu entende, não sei o quê.
Então, por que que você tá falando
comigo? Por que que eu preciso de uma
câmara de ressonância? Eu não quero uma
câmera. As pessoas, ninguém quer câmara
de ressonância, cara. Entendo, tá
ligado? assim, tipo, eh, a gente, o que
eu quero dizer assim, quer dizer, não é
que as pessoas, ninguém quer com uma
câmara de ressonância, mas qualquer tipo
de engajamento político, inclusive, ele
se dá quando a gente justamente foge
dessa Câmara de Ressonância, quando a
gente parte de encontro a algum grande
outro. Isso parece muito abstrato, mas
isso é concreto para um [ __ ] Uhum.
Isso tá no mínimo. Por isso que eu puxei
exemplo de, eu tô puxando 500 exemplos.
É o exemplo do anime, é o exemplo das
relações, casal. Eu Uhum. Essas relações
se dão dessa forma, cara. Como é que,
por que que na hora de de buscar militar
não vai ser desse jeito? Entendi. Tá
ligado? Entendi.
Para dizer de outra forma, então falta
uma noção de ludicidade no na na própria
na própria militância.
Entender que de que entender que se
milita falando falando coisas que o
outro para tem que parar para pensar,
que tem que se e que e que para pensar
não só do ponto de vista meramente
intelectual, mas para para pensar para
se emocionar.
para poder rir, tá ligado? Uhum. Pois,
vou tentar trazer mais um exemplo.
Concordo. Eu concordo. É porque eu eu
não
vejo, curiosamente, eu não vejo novidade
no que você tá falando, no sentido de
que eu eu também vibro aí. Pois é. Não.
Sim, sim. Até porque pelo que a gente
fala, a gente a gente dá voltas, mas a
gente se encontra em lugares parecidos,
né? Assim, voltos teóricos, eu digo
assim, né? Tu briga com os pós-moderno e
não sei o quê. É. E mas a gente chega, a
gente chega em lugares parecidos, mas o
que eu tô querendo dizer eh, eu ia pegar
até um, eu até esqueci o, ah, um outro
exemplo, piada, cara. Quem é que quer
escutar a [ __ ] de uma piada que tu, a
não ser quando a pessoa conta de um
jeito muito legal, aí sim, mas
geralmente piada que tu já conhece o
final, só é bacana se a pessoa te
trouxer uma performance nova. Uhum. Se a
pessoa contar a mesma piada do mesmo
jeito que ela sempre conta, é só uma
pessoa chata. Uhum. Tá ligado? A não ser
que você ame demais aquela pessoa e toda
vez tu acha ela graciosa, mas se tua
achar ela talvez graciosa, é porque
também tem alguma instância de novidade
ali, tipo pais vendo filhos fazendo a
mesma coisa pela quésª vez. Então eu
quero dizer o seguinte,
tipo, por que que a militância não pensa
a partir dessa
novidade? Trazer uma boa nova. E por
isso que a religião funciona, cara.
Evangelho é trazer a boa nova.
Uhum.
não é trazer o que o povo já sabe. É, e
se renovando também, né? E se renovando
muito bem, né? Quando o tempo vai
passando, as demandas são outras e as e
a nova vai mudando
também. É, não. E e a esse ponto assim,
eu fico pensando, por exemplo, pega o
cristianismo, vamos olhar pra eficiência
do cristianismo. Tu acho que a
eficiência do cristianismo era chegar e
falar assim: “Porra, tá [ __ ] aí esses
romanos?” Deixa eu falar do jeito que
você entende, esses romanos são [ __ ]
né? Eu comentei isso no vídeo que você
não tem que você não deve ter assistido,
que eu falei a importância de olhar para
Atos dos Apóstolos. Eu falei a mesma
coisa. Não, o que que eles eles falaram
assim, não tem um outro mundo, um mundo
espiritual e não sei. Os caras vieram
com papo, falou assim: “Que merda é essa
que você tá falando?” E essa [ __ ] tá
hoje eleger o papa, irmão.
E daí tá o tá o militante falando ainda.
A gente tem que falar no nível que o
povo entenda. A gente tem que atingir os
sensos como que, irmão, olha pra
história das religiões, cara. Olha pra
história da ficção, olha pra história da
A gente tem 1 exemplos que mostram o
exato oposto.
É, e eu acho que é uma
falta, aliás, tem tem o tem uma
pensadora curiosa que se chama Hana
Arend, que ela eh fala sobre exatamente
a a ideia de que a política é abertura
exatamente para pro surgimento do Novo,
que que estaria aí colocada a dimensão
da política e que seria o ápice da
produção humana, né?
a criação do novo. Eu acho, eu acho
importante eh ter isso em vista, porque
eu acho que tem duas posições políticas
principais no mundo moderno, que é andar
paraa frente ou andar para trás, né?
Criar alguma coisa nova ou dizer que bom
mesmo era lá no passado, quando era tudo
muito bom, quando era tudo maravilhoso.
Então, mas que também é um novo,
né? Vai inventando, né? Um novo
inventando. É, tá idealizando um passado
que nunca existiu. É, é, também é uma
novidade. É, é. E é novidade nesse
sentido mais prático de que mesmo que a
pessoa tenha dito que esse passado
existe, que ele é real e etc e tal, ele
não tá aqui, né? Então é novo pra
pessoa, né? Mesmo que ele existisse lá
atrás, mesmo que existisse, ainda assim
seria novo pra pessoa. O que ela tá
esperando é: “Eu estou numa situação e
quero ir para uma situação nova”. Então,
mesmo quando a pessoa é reacionária e vê
o futuro no passado, ela tá vendo o
futuro no passado para mudar o presente.
Então, nessa situação dela também é
pensar no novo, né? Sim. É por isso que
o fascismo, por isso que eu critico
aquele vídeo do Thiago Braga, teu amigo,
que se [ __ ] fal, tu fal, tu fala super
bem dele. Não, que eu vejo falar super
bem dele, por isso eu tô falando Aham. E
ele, aquele vídeo dele sobre fascismo o
tempo todo querendo forçar o quanto que
fascismo é revolucionário.
Uhum. E o fascismo é revolucionário,
sim, e também reacionário. E ele
produziu ali um um uma um dualismo que
no fascismo não existe. O fascismo se
resolve muito bem, sendo uma revolução
reacionária. Claro. Claro. Porque ele é
uma novidade. Ele é uma novidade de de
Ele é uma é uma busca por atualizar um
passado glorioso que só existe enquanto
ideia. Sim. Por isso que ele é
revolucionário.
Sim. E recionar muito tempo. Compreendo.
Não. Sim. Eu compreendo o que você quer
dizer.
compreend.
Eh, mas então a gente, a live entre a
gente é chata por causa disso, porque é
difícil a gente concordar muito,
discordar muito de muita coisa. Vamos
discordar de alguma coisa, então. Vamos
lá, vamos, vamos discordar de algo brabo
assim, vamos arranjar uma briga, vamos
arranjar uma treta.
Eh, ah, já sei uma que tu vai ficar
bravo. Essa é legal. Essa te faz, essa
tiver te estigar. Hum. Eh, eu acho que
razão é super estimada. Ah, se [ __ ] Eu
acho isso um problema sério. Acho isso
um problema sério. Eu acho que razão
superestimada. Acho isso essa a gente
discorda. Essa a gente vai brigar. Essa
a gente vai brigar. Eu acho isso um
problema sério no mundo que a gente tá
hoje. Talvez em outro momento histórico
eu não eu não me preocupasse tanto com
isso, mas nesse momento onde a gente tá,
essa e
eh eu acho que tem a ver com a nossa
questão em relação ao pessoal que é
antiprofessor para [ __ ] porque tipo
assim, eu sei que eu sei que as pessoas
são limitadas, que os professores são
limitados, que o Dr. supremo lá da USP
no último grau, no 10o Dan, né, dos
estudos de cabelos brancos, ele é
limitado. Só que as pessoas transformam
isso numa espécie de
alvo, que foi o que eu acho que o Olá de
Carvalho fez muito bem. E as pessoas são
limitadas? Sim, são limitadas, mas aí
você não tira pra merda uma vida toda de
estudo, uma vida toda de trabalho. E eu
acho que as pessoas têm o costume,
inclusive no fascismo, pra gente ficar
no mesmo tema, de de puxar
mediocridade suas próprias, suas
próprias limitações, seus próprios
defeitos, etc. e tal. Ahã. Quando se
concentra essa ideia de que o
conhecimento, esses conhecedores aí, na
verdade, eles não sabem de nada. Eu acho
que isso é um problema muito grave no
momento histórico em que a gente está.
Eu acho que isso é muito sério. Não é,
não é, não é, mas eu também acho, mas eu
não acho que isso ia a ver como
necessariamente como defesa ou ataque da
razão. Não, eu acho que é, eu acho que o
ataque da razão ele é travestido porque
ninguém é razão. Não existe um homem
chamado razão e que na verdade essas
operações são para atacar essas pessoas
de carneo. Não. Sim, sim, sim, sim. Não,
mas eu não acho que só que eu acho que
tudo isso que tu tá falando dá para dá
para qu dizer assim, tudo isso que tu tu
tá falando, eu acho que o conceito de
razão passa do lado. Eu acho que não tem
diretamente a ver. É isso que eu tô
querendo
dizer, entendeu? Eu não, eu eu não acho
que seja uma eu não acho que seja uma
defesa ou um ataque ou uma valorização,
uma desvalorização da razão quando o
Olavo desmerece
professor. Mas eu acho que ele faz e e
quer dizer, a construção retórica dele é
toda por essa via. H, quer dizer, a
razão moderna, a razão moderna é um
problema, tá falando da razão moderna
que o Olavo vai criticar, blá blá blá. A
razão moderna é um problema, não é? Não
é ator, porque o pessoal tira, a gente
tem isso em comum, né, de que ele não
era idiota [ __ ] nenhuma. Então, eh, ele
ele ele constrói uma estrutura de
pensamento que ele vai falando, olha só,
começou a dar tudo errado quando vocês
acharam que podiam com a razão, resolver
todas as questões e questionar tudo
através da razão e etc e tal. E você
cria uma castas de questionadores que no
fundo não sabem nada. Aí é uma fala que
ele faz contra o Pirula lá de trás.
Olha, olha a universidade como é hoje.
Resultado disso. O Pirula, qualquer
qualquer idiota entra na universidade.
Quer dizer, ele cria, vem daqui, né? Ele
vai construindo daqui dizer assim:
“Olha, essa crença na razão criou um
monte de gente que acha para caramba sem
saber de nada. E esse é o resultado. E
por isso não deve ser discurso até
chegar na ponta e dizer assim: “E é por
isso não deve acreditar nesses médicos,
nesses políticos, nesses”. Ah, tá. OK.
OK.
Entendi. OK. Não concordo. Mas isso não
faz da razão tão não faz da razão os
algo tão importante. Eu acho que ela é
parcialmente importante. Eu diria 50%
importante. Mas é, então aí é [ __ ] Aí
como é que eu vou brigar com você? Como
é que você Porque eu sou eu seduzo, eu
seduzo. Eu seduzo. Porque é o que eu
penso, pô. Porque é o que eu penso, mas
é porque é tipo assim, o que eu acho é
que as coisas ficam desbalanceadas.
Sabe? Então assim, você
não fala, fala, fala. Você sempre faz
uma referência que para mim é muito
importante, que
é a do holandês lá, safado. Como é que é
o nome dele? Espinosa. Espinosa. Então
assim, a a reflexão sobre a importância
dos afetos, que é uma coisa que para ti
é muito cara, para mim também é. Para
mim também é. E eu chego, chego ao ponto
de dizer que a razão funciona como um
desses afetos entre todos os outros.
Isso, isso não é uma coisa, né,
platônica, tem a razão e depois vem a
raiva e depois vem a paixão. Acho que é
um dos afetos, né, entre outros. Mas
nesse momento em que a gente tá, há um
desbalanceamento de de diminuição das
pessoas que que eventualmente passam por
processos que são ligados ao
desenvolvimento de aspectos da sua
própria racionalidade. Ah, sim, sim.
Você tem um déficit, você tem um déficit
de razão dentro de uma
sociedade, por exemplo, uma sociedade do
espetáculo. Uma sociedade do espetáculo
não tá interessado em razão, ela tá
interessado emoção, ela tá interessada
em em impulso, em É, você percebeu bem o
que eu quero dizer, o que dizer? Não,
não, eu entendi. Entendi. Ali, aí a
razão se perde nesse mundo de
pós-verdades e coisas do tipo. Isso,
exatamente isso. Não. OK. OK. Só que eu
não acho que com isso, eu só não acho
que assim a saída
seja colocar a razão de volta num certo
pedestal como os iluministas pensavam,
que eu acho que ali eles eles eles
abriram margem justamente pra galera que
depois foi atacar a razão, tá ligado? Eu
gostaria de te ouvir mais sobre isso,
né? Porque normalmente eu é porque
normalmente eu eu sei que eu sei que tu
tu def tu defende os iluministas, né?
Não, eu também defendo eles
parcialmente, mas o que eu quero dizer o
seguinte, tipo, eu gosto muito daquela
provocação, vou ter que citar Niet
porque sou eu, né? Mas eu gosto muito
daquela provocação do Niet, quando ele
fala a filosofia faltou a porção de
patos ao logos filosófico, né? Ou seja,
a a a filosofia olhou tanto pra razão e
esqueceu do do patos, esqueceu de olhar
para isso, sendo que isso sempre teve lá
também. Daí que tá, isso sempre teve lá,
ela só ignorou, ela só fingiu que não
tava ali, né? os os filósofos todos
escrevendo as coisas em que eles que
mais interessavam eles, que mais
despertavam, que mais acionavam sua os
seus sentimentos. Mas não, isso eu tô
sendo só plenamente
racional, tá ligado? Essa razão
higienizada, essa essa razão que como se
fosse uma razão desvinculada de do da da
da de tudo aquilo que se constitui um
afeto, que também é a emoção, que também
é o sentimento. E essa razão é mítica.
Ela ela nunca vai conseguir estar ali
sozinha num pedestal e acima das outras.
Mas isso eu também acho que tu não pense
assim. Isso. E eu faço questão de dizer
que eu não penso assim e
que
eh todos os autores, inclusive Niet,
quando ele escreve, ele tá discutindo
com as pessoas do seu tempo, como
obviamente deve se pressupor, e que às
vezes certas imagens que ele consagra ah
são imagens que ele tinha intenção de
criar com objetivos, etc e tal. E às
vezes quando você vai paraos para pra
leitura de certos autores, e aqui eu
penso em dois, né? O Platão de um lado,
que é o um alvo bastante importante para
ele, e o e o Kant de outro.
Ah, a o Kant tem uma imagem que todo
mundo repercute, que é a ideia de que
ele sempre 24 horas da vida dele todos
os dias era sempre igual, que você podia
marcar o horário do relógio com o
passeio do do Kant e etc e tal. Mas isso
é uma isso é uma senhora de uma imagem,
né? Quer dizer, se você for ler o texto
do cara, o Cant fala sobre estética, o
Cant fala sobre ética, o C fala sobre
Deus, o Cant fala sobre ele, ele não tá
ali não. Agora o mundo é só racional. E
e uma das coisas que me incomoda na
leitura que as pessoas fazem
especificamente de Kant, é tirar o Kant
pro cara que disse que a razão resolveu
o mundo, quando na verdade o Olávio é
que leu direito, que que na verdade o
Kant é um cético, ele ele tira muito das
possibilidades da razão quando ele faz.
Isso sim. No tanto que o primeiro
capítulo da crítica da razão pur
estética transcendental, ele tá falando
do sensível.
Exato. Então ele ele ele ele fixa um
escopo possível da razão limitada. E aí
a galera tira assim o Kant, por exemplo,
que o Kant eu acho que é o é é a é a
como ele é e eu, né, já me interessei
por isso, ele é o cara mais citado do
planeta, o que mais tem citação do
planeta é o Kant. Aí veja, ele é a
pessoa mais mencionada do mundo, né, em
citação de de artigo, né, o cara mais
mencionado do planeta em filosofia.
E a imagem que todo mundo tem do cara em
geral, seja para atacar, seja para
defender, é essa imagem de que ele era o
cara que ensinou que tudo se resolve com
a razão quando ele não faz isso. Então
eu acho que tem, então eu acho que tem
um problema, eu acho que tem uma coisa a
ser relev ser revista, né? Ó, vamos
chamar a atenção de que não era isso que
o cara diria. Não é para você concordar
com o cara, mas não era isso que ele
diria. Não era isso que ele defendia. Eu
acho que isso é importante no nesse
aspecto de, por exemplo, o o Volta e o
Rousseu eram dois putanheiros do
[ __ ] Você pode tirar essa imagem de
de cara que fica dá para acertar o
relógio com ele o do Kant. Mas você não
pode fazer a mesma coisa com quem foi
Volta e com quem foi
Rousseau. Não tem como fazer isso. E
inclusive Rovalter e Rousseau eram
inimigos que se matavam e discutiam. Eh,
inclusive, se você for na França, tem,
eu acho que lá no no
no museu lá relacionado a da ao
cemitério lá do Napoleão, tem um
Voltério e um Russo um do outro, um de
um lado e o outro do outro, mostrando a
a tensão, né? que então assim de dizer
que as pessoas do Iluminismo eram só
simplesmente pessoas que acreditavam
puramente no aspecto racional, humano e
etc e tal, eu acho que simplifica demais
o que é acreditar ou recuperar a razão.
Isso que que eu gosto Sim. Não, tudo
bem, mas eu digo uma Tudo bem, mas eu
não eu tá é que eu tá falando de uma
tradição iluminista, uma certa leitura
do Iluminismo que se perpetuou. Uhum.
Se a gente for nos caras mesmo, a gente
vai conseguir. Não, mas é, então a minha
a minha pretação é essa ir nos caras
mesmo, né? Falar dos caras. Não, se a
gente for nos não, se a gente for nos
caras, a gente Mas aí que tá, mas aí já
viu aquilo que o N falou, sempre teve
patos ali. É só é só ler direitinho
isso. Pronto. Então aí aí fica difícil
da gente brigar porque aí é quando a
gente para para conversar sobre isso,
porque eh o que me incomoda é essa
dicotomização que essa que vai gerar
hierarquização que talvez te incomode
mais do que a mim. Me incomoda a
dicotomização, como se coisa fosse solta
da outra e que para você ser emocionado
e etc e etc, você não pode ser racional
como se tivesse uma Ah, sim, sim. Não é,
é por isso que não. Pois é, por isso que
eu te falei, sabe que é [ __ ] Não sei se
tu sente isso professor, mas pelo menos
eu acho que isso é raiva de professor.
Que é assim, ó, o pessoal fica patinando
em debate que tem 200, 300 anos, cara. E
a gente fala assim: “Eu não acredito que
você ainda é um pato ensaboado nesse
negócio, cara”. Uhum. A gente ainda,
[ __ ] a gente tá em 2025, tá ligado?
Desde que o Espinoza começou a falar de
afeto, dá para dizer que fechou o fechou
o debate, cara, desse dualismo, razão e
emoção. Fechou ali já. Eu também acho.
Eu também acho. Fechou. Tem 300 anos
essa merda já encerrou. Mas não, ainda
ainda estamos nessa. Mas é por, mas
volta começo da minha provocação, tal do
senso comum, ele tem muito uma demanda
também de racionalidade apartada. falar
de um jeito que a pessoa entenda, como
se o entendimento fosse o único, a única
possibilidade de envolvimento, sendo que
às vezes você se envolve porque você tá
querendo entender, ou às vezes você se
envolve porque te emocionou, ou porque
às vezes tu se envolve simplesmente
porque aquilo despertou em ti alguma
coisa que tu nem sabe explicar.
Não é só a razão. E nunca foi, nunca vai
ser só a razão.
Uhum. É sim.
Concordo com o
relator. É, me me parece me parece gêmeo
do mal do Pedro. Ele fala: “Meu Deus, um
gênio, um gêmeo do mal do Pedro”.
Ah, mas então eu eu gosto de chamar
atenção para essas coisas que como a
gente já
conversou algumas vezes e como eu já vi
você pronunciando se a respeito dessas
coisas várias vezes, ah, as pessoas às
vezes parecem que
querem eh
neutralizar quando você é racional. Se
você é racional, você não pode ser
bravo. Se você é racional, você não pode
ser emotivo. Se com eh a frase que mais
me irrita, talvez na internet é aquela
proposta da
daquela daquela advogada que virou
influencer, que ela fala mais razão e
menos emoção. Por que não os dois? Qual
o problema de você tentar estudar
maisogada? Que advogada que influí do
que você tá falando? De que você tá
falando? Ah, esqueci qual é o nome da
moça. Eu fiquei pensando palavra falou
assim quem é essa? Aquela que que
Gabriela Priol. A Gabriela Prioli. É.
Ai, ela inventou esse bordão. Mais razão
e menos emoção. Porque aí a gente vai
solucionar os problemas do país. Ela
botou isso? Não, ela não botou isso. É o
bordão dela. É o bordão. Ela transformou
isso num bordão. [ __ ] merda. É assim, é
de caiuco da bunda, né? de caiuco da
bunda. Eh, então assim, veja, a ideia é
o o mundo está muito radical, as pessoas
estão muito violentas, muito
estressadas, muito reativas, mas se a
gente for racional mesmo, para e me
escuta, o mundo é assim. Aí você fala:
“É, acabou a contradição, né? Você veio
aqui,
você veio aqui, me disse como é, então
tá bom.” Não, e como e como se a gente
não fosse movido a contradição. É, às
vezes eu falou isso em live direto assim
assim: “Quem é você para me cobrar
coerência, irmão?
Pois é. E você para cobrar? Você é um
incoerente [ __ ] assim como vem
cobrar. Não, você tem que ser coerente.
Eu não tenho [ __ ]
nenhuma cobrar coerência. Eu eu fico
pensando, não. E acho engraçado que às
vezes vem alguém, eu acho mais
fantástico, é quando, sei lá, cristão
vem cobrar coerência. Não que eu acho
que ateu seja melhor para isso, mas eu
acho engraçado, porque o cristão tem um
exemplo muito bom. O cara acredita em
virgem grávida, irmão, e ele quer cobrar
coerência, cara. Como é que pode?
maldade sua. Mas é real, irmão. É real,
[ __ ] Tá ligado? Tipo, o cara acredita
em virgem grávida e fala em coerência.
Como você pode cobrar coerência?
Você vai provocar todos os teólogos do
planeta agora vão escrever.
Mas que eu quero dizer assim, eu tô
pegando uma eu tô pegando uma provocação
que tá no Levistros antropólogo, cara,
que ele vai dizer assim: “Olha, todo
mito é fundado em na possibilidade de
você apaziguar contradições”.
Uhum. O que o os mitos fazem é paziguar
contradições.
Uhum. E aí aí você tá falando, tá? Mas
mito é só religião? Não, mito também é
liberdade, justiça, democracia. São
mitos também que a gente usa para se
organizar na vida. Uhum. E eles também
são contraditórios. Todos eles são
contraditórios. É claro, é
claro. Eu eu faria eu fal eu faria até
uma elaboração mais profunda. Diria que
eles são contraditórios. Esses que você
citou em forma de conceitos, eles são
contraditórios exatamente porque eles se
isolam e aparecem como uma conceitação
abstrata para as pessoas, que são coisas
irrealizáveis, necessariamente
irrealizáveis. E aí a pessoa vive nesse
conflito entre a sua realidade
verdadeira, o que ela passa na vida,
aliás, me aproximando direit a a coisa
que ela vive e essa coisa que ela tá
buscando, que ela nunca alcançará e que
ela se nega negará a sua própria vida em
face dessa busca que ela nunca
alcançará. Mas isso, mas isso é uma boa
defensão de justiça. Esse exemplo que tu
deu aí você aplica tal qual a justiça. A
gente nunca vai conseguir justiça
daquele jeito. Sabe essa coisa? Tanto
quanto o reino dos céus é a justiça.
Concordo. Mas assim como o fiel continua
rezando para tal, a gente também
continua buscando justiça. Sim. Tá
ligado? Tem falar isso, o pessoal vai
dizer assim: “Então tá, então não é para
buscar justiça, não, a gente vai
continuar buscando.” Mas é, é, é encarar
o fato de que todos os nossos mitos eles
lidam com essa com essas contradições.
Inclusive essa contradição que os
marxistas às vezes querem falar: “Não,
que nós somos materialistas, meu ovo,
todo mundo é materialista, idealista
ali. Tod essas contradições vão ser
posta. é uma visão, é uma perspectiva
muito idealista da realidade e é um
materialismo muito grande da, e é um é
uma, e é uma materialidade muito grande
das ideias. Enfim, essas coisas vão se
vão se misturando e se mistura, não faz,
não tem como fugir. Aí eu já discordo do
quê? Aí eu já discordo que tu acha que
não há ide não há idealismo no no no no
no perspectiva materialista, não se
aciona certos idealismos?
Então, para tá, é possível você caminhar
por aí e organizar a linguagem para
falar dessa forma que as coisas são
dicotômicas e que uma coisa tá dentro da
outra, etc e tal. Mas eu faço muita
questão, mas muita questão, muita
questão de tentar dar clareza pras
palavras quando a gente for usar esses
tipos de conceitos. Então, o que que
você quer dizer por materialismo? O que
que você quer dizer por idealismo? E por
que você se assume uma coisa ou outra?
Que aí aí eu aí sim, ó, é zero ou é um?
Que que tu tá dizendo? E você é ou você
não é? É, mas tu não tá perguntando, não
tá perguntando para mim, tá dizendo
assim para no espaço público, né? Esse
debate. Isso. Espaço público. É isso que
eu quero dizer. Não quer ver? Quer ver
um exemplo? Eu quer, eu quero, vamos
começar por um exemplo. Eu parece que eu
tô implicando, vai parecer que eu tô
implicando com Ian Neves, mas eu lembrei
dele de novo, que é quando ele largou
aquela frase do Os motoboy de treta me
levam muita coisa dele para querendo ele
nunca mais vai falar comigo mesmo. Ele
já não fala comigo. É, mas quando
falaram que ele, não sei se ele diz
também, eu não sei também se é verdade,
mas me disseram que ele falou que a
verdade está está do nosso lado. A
verdade que nós uma coisa assim, a
verdade está do nosso lado. Eu lembro
que era uma construção mais ou menos
assim. Uhum.
essa frase. Vamos lá. Momento C. Sabe
aquela coisa show do milhão assim? Isso
é materialismo ou isso é idealismo? Na
verdade está do nosso lado. Então,
porque eu acho que isso então tá. Então
é isso que eu tava querendo dizer quando
eu tava falando sobre esclarecer a
palavra, porque eu acho que isso não é
nem uma coisa nem outra, isso é tá em
outro lugar. Não tem a ver com essa
dizia. Pessoa falando que a frase
estamos com a verdade. Estamos com a
verdade. Estamos com a verdade. É a
frase, pode ser, pode ser a mesma. OK.
que seja essa frase. É, então, mas é
porque as frases tem contexto, né, pô. E
aí foi, aliás, a gente começa, aí eu
comecei a brigar com todo mundo e
repercutiu e chegou lá em você por causa
dessa discussão, exatamente desta frase,
exatamente dessa conversa. Ele tava numa
conversa e veja, é, e veja, eu ressaltei
isso. É claro que você diz assim, nós
estamos com a verdade, ponto. E essa é a
frase e e acabou. E o que que você pensa
disso? show do milhão e etc. Como você
tava falando, você vai pensar, você vai
olhar para um cara desse vai falar
assim: “Ah, então quer dizer que tu não
erra mais, né? Se você tá com a verdade,
tudo que você tá propondo ou em essência
o que você propõe ou qualquer coisa que
o valha, você é o certo e todos os
outros são errados que estão à sua volta
e você tá acima, né? Pá, pá, pá.”
Mas não foi nesse contexto, foi num
contexto muito mais simplório, muito
mais pé no pé na terra, falando o
seguinte: “Muita gente me pede”, dizia
ele, “Muita gente me pede, fala assim:
“Lan, o que que eu preciso ler? O que
que eu preciso saber? Quantas graduações
eu tenho que ter? Qual mortal para trás
que eu tenho que ter para dizer que eu
sou marxista?” Aí ele disse, nessa
circunstância, aí ele disse, olha, cara,
você não
precisa ler Max de uma ponta a outra em
alemão. Você não precisa conhecer a
bibliografia inteira de Lenin. Você não
precisa saber de nada disso. Ele tava
falando exatamente com você, Link, que
eu quero dizer, ele tava falando de
afetos. Ele tava dizendo assim, ó: “Você
precisa simplesmente ter uma certa
consciência de que esse sistema onde
você está inserido, ele prejudica o
trabalhador. Você sente isso? Tá contigo
isso? Então, saiba que você, se você
sente que essa situação onde a gente tá
prejudica em massa a classe trabalhadora
e que tem gente que defende isso, manter
essa
situação, nós não estamos mentindo sobre
isso. Nós queremos mudar as coisas e,
portanto, defendemos o desenvolvimento
do nosso da nossa posição com base no
que é verdadeiro. É isso. Isso é
verdade. Esta coisa que eu estou
dizendo, o mundo é assim e isso é
verdade. Portanto, você não precisa,
para se declarar marxista ter lido 500
coisas e ter 500 conhecimentos. Era o
contrário de dizer que a gente tem o
conhecimento da Bíblia. Era o contrário.
Ele tava querendo dizer que você não
precisa ser um sabichão. Era isso que
ele queria. Tudo bem. Não, tudo bem.
Não. E eu nem tô condenando. Quando ele
falou isso da primeira vez, eu também
nem tô condenando. Parece que às vezes
tô condenando, não tô. Só que eu tô
mostrando que isso aí também tá
investido de desejo, tá investido de
tesão, tá investido de de vontade, tá
investido de ideia.
É óbvio, não é óbvio, entendeu? Não tem
assim,
que eu tô, eu só falei isso assim, tipo,
os marxistas eles às vezes têm essa
coisa assim, eu vejo às vezes desc meio
meio senso comum, digo assim, de
internet, tipo, ah,
eh, ah, eu lembro que, não sei se tu
vai, eu acho que tu vai concordar comigo
nessa, eu lembro da das vezes que o
Henri Bugalho falou que os os comunistas
lá funcionavam que nem religião. Uhum. E
que ele falava para brigar, para
cutucar. Uhum. Mas eu achava que a
resposta que muitas vezes eu vi Humberto
nessa resposta e eu achei muito ruim. Eu
disse assim, cara, se tu der essa
resposta, entrega, entrega, entrega de
volta pro Gbugalho. Ele falou assim:
“Nós não somos religião porque nós não
temos uma metafísica como a religião
tem”. Uhum. E aí você, aí você tem que
pensar o seguinte, não tem mesmo, sabe?
Tipo, essa é uma provocação que o
Heidegger faz, inclusive é o Niet, que
eu acho válida. Uhum. Quando é que
desliga Quando é que desliga a
metafísica? Sim, sim. Onde é que
desliga? Onde é que desliga todo esse
conjunto de coisas que a gente acredita?
Que no fundo a gente não tem muito
amparo, a gente não tem muita base, mas
vai, a gente continua acreditando. É, a
gente continua acreditando porque senão
a gente não a gente não tira o pé da
cama, tá ligado? Claro, claro. Tô tô eh
amplamente de acordo com esta fala, mas
aí eu insisto sempre nisso. Por exemplo,
quando o marxismo, por exemplo, fala
contra a metafísica, é uma palavra. A
palavra tem um significado no contexto.
Ela ela significa uma coisa. É muito
comum o pessoal que estuda filosofia
analítica falar assim: “Messa galera
tentou acabar com a metafísica”. Mas não
acabou com a metafísica. Porque
metafísica significa isso. Sim.
Significa isso no contexto da tua fala,
né? Na outra palavra que o cara tava
usando lá significava outra parada. É
por isso que eu gosto de chamar atenção
que quando a gente fala de diferença de
materialismo e idealismo, é uma
diferença que não deve ou não deveria
resvalar numa ideia de que os idealistas
são aquelas pessoas que acreditam nas
ideias ou os idealistas são aquelas
pessoas que têm ã conceitos prévios, ou
os idealistas são as pessoas que acham
que pode construir um mundo melhor. Não
era isso que tava discutindo quando os
caras falam assim: “Eu sou
materialista”. Quando estão falando que
eu sou materialista, você pode até
pensar que isso justifica o que você
acabou de dizer. Você tá dizendo assim:
“Olha, antes de você ter qualquer ideia,
precede a matéria e e o que vem dali. Os
ou seja, os impulsos, os desejos.” Tudo
bem não. OK, mas aí que tá. Mas não
precede aí que esse é o ponto. Não vai
preceder. Não tem como preceder, cara. O
que que não tem como preceder? A matéria
não tem como preceder a
ideia de uma perspectiva humana. Não tem
como.
Não sei. Aí eu teria que
só f a gente articular isso pela
linguagem já já tá colocando em ideia.
Cara,
concordo. Quando você tá manifestando
consciência, você tá colocando ideia
quando você tá falando. Fala. Mas o que
eu tô dizendo é uma pressup. O que eu
digo, se eu pudesse colocar em palavras
muito simples, eu diria exatamente o
seguinte: “Olha só, quando você tá
investido em existir, as coisas estão
misturadas, mas você pode pressupor
metafisicamente, o que eu quero dizer,
gerar um pressuposto que é o seguinte:
olha, antes de existir humanos, antes de
existir consciência, antes de eu estar
aqui conversando com você, tinha
realidade e ela é independente da
gente.” E eu tô dizendo, eu pressuponho
isso. É um pressuposto. Eu não consigo
provar isso. Eu pressuponho e, portanto,
sou materialista. É isso que eu quero
dizer. Ah, ou seja, a forma que eu
enxergo o mundo é a forma que eu enxergo
o mundo, mas antes disso tem o mundo,
ainda que eu não chegue nele. OK. E aí,
portanto, eu sou materialista, porque eu
tô pressupondo isso. Sim. C senão tu cai
lá no, como é que era aquele putinho lá
em inglês, o que acreditava no
subjetivismo absoluto. É o Burkley.
Berkley, isso mesmo. Tulera é ser
percebido. Mas é isso, quando o
materialismo, quem inventou o
materialismo foi o Berkley, porque ele
escreve um texto lá e ele cria dois
personagens, um se chama Rulé, que é
matéria em grego. E aí ele diz assim, ó:
“Esse cara é materialista”. Algumas
pessoas que leram o Berkley e falaram
assim: “Oxe, o Burkley inventou esse
personagem aqui é exatamente o que eu
sou. Se ele tá dizendo que ele não é
isso, eu eu sou exatamente isso aí que o
Buckler diz que não é. Eu acredito que
tem um mundo atrás, mesmo que eu não
alcance, ele tá pressuposto e a gente
pensa em realismo indireto”. Não, não.
Sim, sim. Eu não, eu acho que existir o
mundo existe mesmo. Sei lá, eu acredito.
Só que eu quero dizer que assim, no
momento que a gente formula sobre esse
mundo, a ideia tá junto. Não tem mais
como, não tem como a matéria preceder a
ideia no no no próprio pensamento ou
mesmo na no discurso ou mesmo no
discurso. Mas só que tem doidinho que é
Burkley. Tem doidinho que é Burkley. Tu
vai falar assim mesmo, olha, antes do
mundo.
É, mas aí, enfim, aí tem de tudo. Mas
antes, então, antes fosse tão incomum
assim, ah, ah, tem doido para tudo.
Antes, antes fosse tão incomum, mas por
isso que eu acho que é importante dizer
que é materialista, porque tem gente que
acha isso mesmo. Olha só, o mundo existe
porque Deus criou assim e etc. Tem uma
ideia, tem uma construção que precede,
mas isso é uma, mas isso é uma presunção
materialista bizarra ainda. Mas é, se
Deus criou, ele fez dessa forma, a
matéria é assim, é uma presunção
materialista também.
Em certa medida eu concordo com você que
a gente vive já num mundo que na verdade
quase todo mundo é materialista, mesmo
que diga que não. Eu acho isso também,
mas eu acho que há uma necessidade de
reafirmar isso. Olha, existe um mundo
antes, viu? Porque tem uma galera que
caminha pro bizarro direto, pô. Direto.
Ô, Pedro, como é que você sabe que que o
vírus e existe mesmo e etc e tal? Eu eu
vi isso na sala de clã da Terra plana.
É, é o da Terra Plana, né? Eu eu vi isso
essa semana que eu nunca tinha ouvido.
Eu tô há dois anos dando aula só, mas eu
nunca tinha ouvido isso. Um um um os
meus alunos nunca tinha ouvido isso. Um
aluno falou assim: “Eu tava falando de
orelhado, eu tava em outro assunto, eu
ia falar de agroecologia”. Aí eu tava
fui falar de Egito, né? como foram as
formações da da da consideração acerca
da manipulação do meio ambiente para
você fazer colheitas, etc. e tal. E aí
do nada um aluno perguntou assim: “Mas
você acredita que foram os egípcios que
fizeram as pirâmides?”
Foi a primeira vez que eu vi algo assim
bem assim fora do tom, bem
deslocado. Eu falei assim:
“Olha, claro, não é é é é a sua visão de
mundo.” Ele falava assim: “A sua visão
de mundo que na minha visão de mundo é
diferente. Foi uma coisa assim, né?” É.
Aí eu, aí eu falei assim, veja,
relativismo absoluto. Aí eu falei assim,
veja, sua visão, a minha visão. É, eh,
eu não tô te desrespeitando nem nada
assim, presta atenção. Mas o que eu
quero dizer é o seguinte, ó. Vamos pelo
menos consertar as palavras pra gente
começar a conversar. Se você tá me
criticando, porque você acha que o que
eu tô falando errado não é minha visão
de mundo, vamos falar assim, é minha
hipótese. Você tá criticando a minha
hipótese, você tá dizendo que a minha
hipótese não tem base. Aí a gente pode
começar a construir um solo comum, né?
Se a minha hipótese não tem base, eu vou
tentar te mostrar porque eu acho que ela
tem base. E aí eu vou te revelar talvez
coisas que você não saiba, você vai me
dizer coisas que talvez eu não saiba. E
vamos tentar se aproximar a partir daí.
Então assim, quando eu falo dessa forma
com um aluno que vem com a dessa, é
porque eu tô pressupondo que de alguma
forma antes da gente tem um mundo real
sobre o qual a gente pode tentar se
aproximar. E tem gente que acha que não,
que é isso mesmo, ó. É, é a sua visão, é
a minha visão e é isso. E o limite. Sim.
Sim. Sim, sim. Eu acho que é importante
reafirmar. Sim. É, aí é aí é o Mas aí
não é nem Berkley mais, né? Tipo, aí é
que o subjetivismo do Berkley era Deus,
né? Oi. Pelo
menos curava a subjetividade, né? Sim. É
que nem o perspectivismo do Libsk
também, no final das contas, o que que
organiza aquilo tudo é Deus. É Deus. É.
Agora, quando você vai para o que isso
aí tá sendo posto, aí é um relativismo
absoluto, não é nem não tem mais uma
figura de unificação. Exato. Tá
entendendo? Aí é o puro é o puro
relativismo que vai entender que a mais
importante do que escutar o mundo é
dizer o que você pensa sobre ele, né?
Isso.
E isso, enfim, mas
o bom, mas eu eu a gente chegou aqui
porque eu tava querendo dizer o
seguinte, olha, dependendo do
significado que você der, me faz todo
sentido dizer que do materialismo também
tem idealismo e etc, mas quando eu falo,
eu falo desse lugar, que tem gente que
perdeu o juízo. E eu acho importante
reafirmar o juízo, né? Olha, tem um
mundo lá, ainda que eu não chegue até
ele, ainda que tudo seja mediado, ainda
sim. Ainda cai uma árvore quando eu viro
as costas, né? É, por favor, gente,
ainda cai uma árvore. É importante
lembrar disso. Ainda cai uma árvore
quando eu viro as costas. É, mas ainda
isso também é uma ideia. E tipo, e é
isso que a gente, esse é um problema que
a gente nunca vai sair do lugar. É, a
gente não vai sair do lugar. Eu
concordo, mas assim, lembrar que tem
gente que perdeu a a o juízo e lembrar
que olha, não é igual ter perdido o
juízo de ter, né? Eu acho isso. Não, mas
é não, eu tô, eu tô ligado. Só que isso
aí é
eh
hã isso aí eu acho que também passa pela
dificuldade que a gente tem de ter um
mundo comum hoje em dia, né, cara? A
gente não tem mais mundo comum. Alguém
falou aqui uma hora no chat aqui meio
dando uma parafraseada na zoeira do
Sart, né, da existência precede a
essência. Uhum. Eh, mas eu gosto da
frase do Slaterdi, que a coexistência
precede a existência. O Slaterday é
muito bom também, tipo, a gente só
entende que as coisas existem porque
elas coexistem. Tu não consegue
consegue, né?
Não. E outra assim, ó. Porque tu só
consegue ter uma noção de eu se tem um
tem um se tem um outro. Só tem uma noção
de aqui, se tem lá. Só tem noção de
preto, tem branco. Só tem noção de,
sabe? Tu vai construindo as noções
conforme a coexistência das coisas. A a
própria física, não sei se eu vou falar
bobagem aí, já não tô nentando a minha
área, mas por exemplo, a própria física,
mas uma vez, meu pai era professor de
física, a própria física ela depende,
por exemplo, para tu pensar uma força,
tu precisa pensar uma contra força. Tu
não consegue pensar uma força sem tu sem
tu relacionar ela com outras forças.
como é que tu vai eh como é que tu vai
calcular uma força sem uma outra força?
Sim. Eh, eu eu gosto desse tema e diria
até mais. A gente não precisa ir paraa
física. Eu e nem precisa ir para uma
questão
humana de pensamentos duais ou qualquer
coisa assim. Eu acho que é conceitual,
pô. Se se tudo fosse uma cor só, você
não poderia falar em cores, né? Sim.
Não, eu puxo. É, sim. Sim, eu puxo pro
dualismo, que é o mais óbvio, mas a
coisa é muito tem uma gradação muito
maior, né? É, é, é por isso que a
coexistência precede a existência. A
gente só consegue identificar
minimamente uma existência porque a
gente coexiste. Só que como a gente vive
numa era de algoritmos e bolhas, cada
vez menos a gente coexiste. Cada um tem
o seu mundinho particular.
Concordo. E esse mundinho particular não
favorece coexistências.
a gente cada vez menos coexíve. Não é à
toa que a gente só não está brigando
porque a gente tá conversando. Porque se
a gente ficasse indireto um no outro nas
lives um do outro, a gente já tava se
odiando. Sim. Porque a gente não tava, a
gente não estaria coexistindo, estaria
cada um discursando pra câmera, que é o
que a gente faz. Youtuber é uma pessoa
que fala demais, então ela fala sozinho
pra câmera. É.
E a gente estaria se matando, cara. Tá
ligado? Porque porque essa é a lógica.
A a Marina mandou a brabíssima aqui. Ela
falou assim: “Pedro, vai dormir que tu
tem que ter aula amanhã. 6 da manhã. Eu
tenho que gravar 6 da manhã sobre o
eternauta. Vamos, vamos parar então. Eu
também tenho que tomar um banho e gravar
cedinho sobre o eternauta. Ah, é que eu
eu gosto muito de conversar com você, de
verdade. Eu gostaria de ter mais tempo,
só que você tem tempo à noite e aí
realmente para mim fica difícil. Não, eu
ia dormir, eu vi tu com live, eu disse:
“Que que esse louco tá fazendo live
quase meia-noite?” Disse: “Não, eu vou l
incomodar, cara. Eu precisava”. dever
patriótico, né? Obrigado, Link, pela sua
participação. Eu que agradeço a
recepção, apesar do do o pessoal fica
brigando, me chamando gilista. Aí quando
é que eu fui? Ah, que coisa chata,
cara. Eu eu tenho eu encontrei o meu
nemes que nem tu fica puto quando te
chamam de positivista, né? Tu fica muito
puto. Comigo é o nilista. Não, porque o
link é nilista. Vai tomar no olho do seu
cu, nilis minha cabeça da minha rola,
cara. Coisa
chata. Vai tomar no cu.
E quando a gente pega a área que a gente
se [ __ ] É. É. Pois é. Não é. É.
Nilista. Nilista é a tua mãe. Quando eu
tava comendo ela, filha da [ __ ]
[ __ ] eu amo demais esse cara.
Obrigado, L por ter participado.
Valeu. Tchau. Tchau, gente. Um abraço.
Até mais. Tem mais para todo mundo.