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Tudologia: Humanos e questões materiais, uma reflexão breve sobre compatibilismo

[Música]
Povo já
racha o povo barões da
rachadinha. Somos os bravos com ideias
no
bolso, gritando alto com o mundo em
colapso. Pensam que é só blá blá, mas é
estratégia. Aceleramos o caos para virar
a mesa. A gente salva o Brasil só na
pancada. Falamos grosso, a revolução já
tá armada. Do grito na raça e na
posada. Os bravos vão domar essa
estrada.
[Música]
Discutindo planos com menes e frases,
construindo o
futuro em mil
mensagens. Acham que é zoeira, mas é bem
arquitetado. Marques na mão e o teclado
afiado. A gente salva o Brasil só na
pancada.
Falamos grosso, a revolução já tá armada
no grito, na raça e na pos
invocada. Os bravos vão domar essa
estrada.
Aceleramos o mundo rumo ao
desespero. Viramos a chave, queimamos o
roteiro. Com cada
hashtag viramos
centelhas, explodindo utopias nas suas
orelhas. A gente salva o Brasil só na
pancada.
Falamos grosso, a revolução já tá armada
no grito, na raça e na posvocada.
Os bravos vão domar essa
[Música]
estrada. Escutindo planos com memes e
frases, construindo o
futuro em mil mensagens.
Acham que é zoeira, mas é bem
arquitetado. Marques na mão e o teclado
afiado. A gente salva o Brasil só na
pancada. Falamos grosso, a revolução já
tá amarmada. No grito, na raça e na posa
invocada. Os bravos vão domar essa
estrada.
Ah, que seu
[Música]
chamud. Fala meus queridos e minhas
queridas amigas, tudo bem com vocês? Eu
espero que esteja tudo com bem com
vocês. Eh, no vídeo de hoje,
hã, no vídeo de hoje a gente vai
conversar rapidamente sobre
a sobre o quê? Como é que eu chamo
isso? A gente vai conversar sobre a
quantidade de gasto de ATP que a gente
tem para melhorar as coisas. Talvez seja
isso que a gente vai conversar. Talvez.
Não sei. Tô um pouco
hã tô um pouco cansado. Veja só.
Eh, para quem não sabe, o título tá
assim, ó. Humanos e questões materiais.
uma reflexão breve sobre compatibilismo.
Compatibilismo, para quem não sabe, para
quem não sabe, é a tese de de que é
possível você compatibilizar a a noção
de liberdade com a noção de
determinismo. Hã, acho que em síntese eu
posso sintetizar sim. Eu posso
sintetizar sim.
Eh, veja, a breve reflexão que eu quero
fazer, a breve reflexão que eu quero
fazer é o seguinte.
A gente não domina nas incógnitas das
ações que nós tomamos. Todas as ações
que tomamos em relação ao resultado, nós
não dominamos todas aquelas coisas que
nos cercam. Beleza? Tranquilo? Esse é o
pressuposto, essa é a premissa que eu tô
partindo. Hã, ou seja, ainda que tenha
50 causas, supondo, para uma hã certa
atitude, o resultado dessa atitude,
ã, a cabeça humana não é capaz de mapear
essas 50 causas. Entendem que eu quero
dizer assim a título
ilustrativo, se tem 50 causas pros
gostos que você tem, paraas posições que
você tem e pro resultado de suas ações
adivindas dessas posições, você não
domina todas as incógnitas. Então, para
você parece meio misterioso a o processo
de tomada de decisão. Entendem? O que
que eu quero dizer aqui?
Um exemplo talvez ajuda. Um exemplo
talvez
ajuda.
Hã, um exemplo que a gente pode tirar é
aqui com o Alexandre, que tá falando
muito bem da minha barba, etc. tal tá
falando assim, ó: “Se minha barba
crescesse bem, eu ia deixar igual a do
Pedro, mas só cresce do lado direito.”
Aí não tem como. Veja, então assim, o o
Alexandre tá narrando aqui uma vontade
interna que ele teria de deixar crescer
a barba, mas ele não deixa crescer a
barba porque eh ele entende que jeito
que cresce nele
especificamente ah não o agrada e,
portanto, ele não toma a decisão de
deixar crescer a barba por
isso. Aí se de repente ele descobrisse
que tem algum produto que ele passa no
rosto, alguma coisa assim, pode ser que
ele mudasse essa
atitude, não é isso? Então assim, a
atitude dele tá determinada nesse nesse
instante pelo fato de que ele não
conhece, por exemplo, algum produto que
possa suprimir isso que ele acha que é
um problema para pro resultado final que
ele gostaria ao deixar a barba crescer,
por exemplo. Deu, dá para entender assim
mais ou menos o que eu tô falando com
esse exemplo?
Dá, dá para entender? Então assim, a
gente tem inclinações que podem ser
chamadas de inclinações internas, que eu
tô chamando de inclinação interna. É um
quando você delimita assim na linguagem,
esta é minha vontade, eu gostaria d e
etc e tal. H e e isso é relacionado com
o que você
sabe acerca de como aquela atitude sua
vai tomar certa certo resultado, vai
gerar certa consequência e etc e tal.
Então, a depender de como você conhece
as incógnitas que se relacionam com o
projeto, você avança uma posição ou não
do ponto de vista apenas do planejamento
aqui que a gente tá colocando. Tá vendo
o que eu tô dizendo? Tá entendendo o que
eu tô dizendo? Tá todo mundo entendendo?
A gente tá mais ou menos aqui na mesma
página do que que eu quero dizer.
Por exemplo, que eu nesse exemplo que eu
tô querendo dizer é que afeta o processo
de decisão dele deixar a barba crescer
ou não deixar a barba crescer, conhecer
ou não um produto específico que possa
fazer crescer conforme ele quer. Se se
ele não conhece, ele não toma a atitude
de deixar a barba crescer para chegar a
essa consequência. Então, o conhecimento
tá relacionado com a atitude que você
toma.
Certo? Não deu para
entender. Não deu para entender. Vou
tentar explicar de outra forma. Então,
com exemplo que eu tentei pegar, porque
na minha cabeça qualquer exemplo que eu
desse funcionaria. Vou tentar dar outro
exemplo. Tentar dar outro exemplo para
dizer a mesma coisa. Eh, por exemplo, eu
tenho vontade de ir para França, eu
quero ir para França, tenho vontade, eu
quero ir paraa França. Tem uma
inclinação interna me puxando para esse
resultado. Eu tenho, já organizei na
minha cabeça, eu quero ir para França.
Ã, eu quero ir para França. Só que aí eu
penso assim, mas eu não tenho dinheiro,
eu tenho que pagar isso, eu tenho que
pagar aquilo e aí eu faço os cálculos e
falou: “Eu não tenho dinheiro”. Mas se
eu soubesse que eu recebi um e-mail
dizendo assim: “Olha, você tem uma
passagem gratuita porque você foi
sorteado de não sei o quê, não sei o
quê”, aí eu iria pra França, entendeu?
Deu para entender melhor agora? Tipo
assim, vamos supor que eu tenha esse
meio lá na minha caixa de mensagens, só
que ele se perdeu. Então, enquanto eu eu
tenho a inclinação interna, mas eu não
consigo executar porque eu não tenho
dinheiro, porque eu não tenho condições,
etc, etc, etc. Mas se eu soubesse que eu
tenho um e-mail que me dá esse ah essa
premiação, eu iria. Então o que tá me
limitando para eu ir de fato pra França
é eu não saber que tem esse e-mail lá na
minha caixa de
mensagem. Esse exemplo funciona melhor,
funciona mais claro do que que eu tô
querendo
dizer? Funciona mais claro o que eu tô
querendo dizer?
Tipo assim, eu não começo a me
movimentar para ir para a França, mesmo
que eu
queira. Eu não começo a tomar atitudes
A, B, C, olhar hotel, olhar isso, olhar
aquilo, porque eu não conheço que eu
tenho essa capacidade. Portanto, eu não
avanço a tomada de passo um, 2, 3, olhar
hotel, olhar a data, olhar, certo? Eu
não começo a tomar os passos necessários
para ir para França, porque na minha
cabeça, até onde eu sei, eu não tenho
condição material para ir para lá. Se eu
soubesse que eu tinha recebido essa
mensagem no e-mail, eu ia começar a
articular a movimentação para ir para
lá. Entenderam? Agora deu para entender
melhor, Luana, o que que eu quis dizer?
Claro que aqui a gente tá usando o
exemplo de de condições materiais
especificamente, mas eu queria que isso
fosse mais amplo. Por isso que eu segui
o outro exemplo ali do minoxidil ou da
barba ou sei lá do quê.
Se você não sabe que é possível, você
não tenta, você não toma a a o a
movimentação no sentido de você tem que
você tem que ter hipótese na cabeça de
que isso é possível, senão você não
consegue se movimentar, você não começa
a se movimentar no sentido de chegar a
um resultado. Vocês entenderam? Mais ou
menos como o camarada disse aqui, olha,
eu não deixo minha barba crescer porque
ela só cresce na direita. Ele falou
assim: “A Luan diz que entendeu dessa
dessa vez com essa expressão, entendeu?
Então beleza, todo mundo tá entendendo o
que eu quero
dizer? Ah, o João tá perguntando: “Eu
posso agir sem pensar?” Bom, pode, pode
agir sem pensar. Você teria que deixar
claro o que que significa por agir, né?
que às vezes a ação pressupõe,
dependendo de como você qualifica, ação
pressupõe eh que
você fez planejadamente, que você se
articulou para,
mas vamos tentar não mudar muito aqui do
aspecto mais elementar do que eu tô eh
querendo dizer. Então, assim, se você
não cogitar que é possível, você não
começa a tomar o passo a passo para
realizar X, Y, Z. Entendem isso?
Como cara, olha, se eu só deixar minha
barba crescer, ela cresce na direita. Eu
quero uma barba assim cheia. Se eu não
consigo ter a barba cheia, eu não vou
deixar crescer. Então você interrompe o
processo. Você não consegue tomar ações.
Você não passa a tomar ações nesse
sentido se você acha que não é possível.
Então veja e continuando esse exemplo da
França, continuando esse exemplo da
França, se eu começo a articular a
possibilidade, né, começo a planejar e
etc, etc, etc, etc. E aí eu descubro que
aquele meio era
falso. Aí eu descubro que aquele e-mail
era falso. Aí eu não vou conseguir ir,
não é? Porque eu não tenho condições,
pai e tal. Só que se, olha só, se eu já
articulei toda a viagem, toda a viagem
ela tá toda pronta, eu perdi tempo,
perdi semanas produzindo, né, a ideia
onde eu vou ficar, quando que eu vou e
etc, etc. Eu descubro que
a mensagem era falsa. Eu posso pensar
assim: “Cara, mas eu já articulei tudo”.
Então, talvez eu deva conseguir agora de
uma forma ou de outra, depois de já ter
articulado tudo, eu pensar assim: “Não,
mas eu vou fazer sacrifício, mesmo que
eu não tenha condição, agora que eu já
perdi meus dias, minhas semanas, já me
informei, etc, etc, vou fazer o que for
possível, a palavra possível aí de novo.
Vou fazer o que for possível para
conseguir esse dinheiro. Vou pegar o
empréstimo no banco, vou vender um rim,
sei lá. Ã, porque agora eu já planejei
tudo, já tá tudo organizado. Eu não
quero desperdiçar esse planejamento.
Você percebe o que eu tô
dizendo? Que um índice de informação, o
que eu quero dizer com isso aqui é que o
índice de informação
errado, ele pode induzir você a fazer
uma coisa que você não faria.
Ou seja, as noções sobre conhecimento
e percepção do que você conhece altera
seu comportamento. Mesmo quando tá
errado. Percebe? Mesmo quando tá
errado. Vocês percebem
isso? Você vocês entendem pelo exemplo
que eu dei o que eu quero dizer? Então,
no exemplo que eu dei, suponha que, né?
suponha que você tem hã monte de

planejamentos. Você tem um monte de
planejamentos que você só começou a
fazer porque você achou que X era
verdadeiro. X, no caso, eu tenho uma
passagem que eu ganhei numa premiação,
no sorteio, etc. Quando você concretizou
esse planejamento, depois que você
descobre que a informação era
falsa, você pode começar a
reicular o seu, as suas ideias de ir pro
lugar, porque agora você já tem um
planejamento. Ou seja, alguém pode
introduzir uma informação falsa na sua
consciência que induz um comportamento
depois na sua ação. Percebe?
Percebem o que eu quero dizer em relação
a
isso? Ou seja, a a o que eu tô querendo
dizer em síntese é que eventualmente a
mentira pode ter função prática. É isso
que eu quero
dizer. O o a informação falsa pode
induzir comportamento. É uma coisa bem
básica, né? Tô dando uma volta da
para dizer uma coisa básica. A a a
mentira, uma informação falsa,
intencionalmente falsa, pode induzir
comportamento. Tirando isso de
princípio, tirando isso como ponto de
partida, né, que tirando pro básico, né,
informação falsa pode induzir
comportamento. Muita gente pensa o
seguinte: se isso é verdadeiro, e é
óbvio que é, né? Eu tentei demonstrar
aqui, ã, mas se isso é verdadeiro, eh,
talvez nós não devamos nos preocupar
tanto com produzir informações falsas ou
verdadeiras paraa
população. Se a gente induzir informa
introduzir informações falsas na
consciência da população, ela poderá
atender mais para cá ou mais para cá.
Então eu vou fazer isso de propósito,
porque isso é muito importante para
alterar o comportamento das pessoas pro
que a gente acha que é melhor e etc e
tal, não é
isso? Muita gente faz isso e muita gente
justifica isso com esse raciocínio que
eu acabei de de propor, né? Ou seja,
partindo do básico de que tem essa
influência, que essa influência existe,
então induzamos comportamento. Induzamos
comportamento porque a consequência é
óbvia. Isso acontecerá. Isso é uma
descrição do
real. Colocando informação falsa,
induziremos comportamento. E o que
importa é o comportamento humano, é a
prática humana. O nome que eu posso dar
para isso, vai depender da corrente que
você enfrenta, é
pragmatismo, certo? Não importa tanto
uma noção de verdade quanto
correspondência aos fatos. Importa que
as pessoas introduzam noções de
verdadeiro ou falso nas suas
consciências, guiando-as para uma
posição que é mais adequada ou menos
adequada, segundo o juízo específico, X,
Y, Y, Z, certo? A depender de como você
enxerga noções de pragmatismo
filosófico, você pode tender a enxergar
o pragmatismo dessa
forma, certo? pragmatismo filosófico,
né, na concepção eh de epistemologia e
de prática ética e etc e tal. Então,
assim, não importa tanto que eu tô
descrevendo se bate com os fatos ou não.
O que importa é fazer você sair do
marasmo e você começar a se planejar
para ir paraa França, porque aí na hora
que surgir a oportunidade você vai, caso
contrário, você ia ficar em casa lá
muriando a falta de de possibilidades
que você tem. você nunca ia começar a se
mover para agir. Então eu eu comecei a
inserir informações falsas como te
enviar um e-mail falso para te induzir a
ir. Aí depois você vai me agradecer por
eu ter mentido para você, porque ao
final das contas você queria ir só você
só ficava arrumando desculpas na sua
cabeça. Quando você finalmente se
planejou, você se organizou e colocou
isso como a prioridade foi. E aí no
final das contas, mesmo que eu tenha
mentido para você, você vai agradecer
para mim que eu tenha mentido para você,
porque isso te ajudou a se mover para
realizar aquilo que você queria
realizar. Sacaram? Entenderam?
Bom, chame isso de pragmatismo ou não.
Ah, mas isso não é pragmatismo de
verdade. William James nunca disse isso.
Tá bom, tudo bem. Mas vocês entendem que
não precisa ter nenhum filósofo dito ou
deixado de dizer X ou Y. Vocês entendem
que tem uma galera que pensa desse jeito
na mentira do
bem?
Vocês
percebem que tem a galera da mentira do
bem? Vocês notam isso? Que tem uma
galera que pensa com esses pressupostos
que eu acabei de contar para vocês? Tem,
tem ou não tem uma galera que pensa
assim?
Bom, o meu
contraponto a quem basicamente pensa
assim é o
seguinte,
eh, se você cria uma prática, se você
cria uma
prática genérica de as pessoas pensarem
assim, você cria essa prática
genética genética, ó. Se você cria essa
prática genérica das pessoas agirem
assim, eh, daqui a pouco a gente não
distingue o que é verdade e o que é
falso mais no sentido de
correspondência,
certo? Então, o Lucas tá dizendo assim:
“Mas, Pedro, a concepção pragmatista,
veja, eu vou tentar, vou tentar não ser
ofensível. Presta
atenção. Eu não me importo a
mínima para se o William
James disso, disse isso ou não disse. Tá
bom? Não me importo a mínima de verdade.
O que eu tô dizendo é o seguinte, existe
gente comum, comum, gente normal que
pensa sim ou não tem? do jeito que eu
descrevi, ou seja, eu vou completamente
ignorar ou colocar em segunda ordem a
descrição do que entendemos por fatos,
porque em primeira
ordem, em primeira ordem, a importância
é conduzir as pessoas a práticas mais
positivas, segundo um paradigma
específico. Tem gente que pensa assim ou
não tem. Ah, mas o William não diz isso.
Vamos lá. Mas você entende o
que eu quero dizer? Tipo, não, eu não me
interesso por autor. O que eu tô
discutindo aqui é: Não me interessa o
que um autor intelectual do século XIX
dizia. Eu tô dizendo, pessoas hoje não
agem assim. Se sim, nós temos um papo
para ter. Se não, se eu tô inventando
essas
pessoas, então acabou o papo. Eu tô aqui
só de embromeixo, eu tô inventando
espantalho, etc. Mas se essas pessoas
existem, pois é, eu arrisco dizer junto
com Marcelo que a maioria dos
brasileiros pensa assim. Eu arrisco a
dizer isso, que a maioria dos
brasileiros pensa assim: “Eu arrisco
dizer isso”. e que, portanto, isso que
eu tô alardeando como um tópico não é só
um tópico, é um problema endêmico.
Endêmico. Então, pense aquilo que eu
falei sobre incentivar uma pessoa a
fazer planejamentos paraa França para
incentivar qualquer coisa. você votar em
alguém, tudo que eu tô falando do ponto
de vista político, você votar em alguém,
você participar de um movimento social,
você
eh você se declarar X ou Y, Z na
internet, você isso, isso, em um monte
de tópicos que eh que se relacionam com
mudar a atitude pública, muita gente
pensa assim que vale a pena você
simplesmente dizer coisa
que estimulam um certo
comportamento, ainda que ainda
que Mas eu não odeio o James por causa
disso. Enfim, eh, o Lucas disse assim:
“Sim, existem pessoas que acreditam na
mentira do bem. Só acho que tu não
deveria odiar o James por causa disso.
Eu odeio o James por outros motivos, não
por causa disso. Mas tudo bem, deixa o
James para lá. Até porque eu já vi essa
concepção e outros autores obscuros que
não me interessam, porque assim, não é
como se as pessoas tomassem decisão X, Y
Z porque leram Niets, porque leram
James, porque leram Kant, porque leram
R. Ninguém lê nada nesse país, né? Então
assim, não é disso que eu tô falando.
Ah, mas teve um cara lá atrás que falou
e agora ninguém nem conhece o William
Jes. Tá, então deixa isso para lá. O que
eu tô dizendo é assim,
eh, isso existe, né? Então, pronto.
Então, partindo de que isso
existe, isso para mim isso é o senso
comum. Renel tá perguntando dizer o
senso comum das pessoas. Para mim isso é
o senso comum da maioria da população.
As pessoas realmente acham que isso é
plausível.
Ah, o ponto que eu quero fazer nessa
parte do vídeo é dizer o seguinte: bom,
isso do ponto de vista eh das das
digamos assim da articulação de causas
de
comportamento, se isso é generalizado,
como eu acho que é, eu acho que isso é
generalizado. Eu acho que isso é
endêmico. Eu acho que isso é um problema
em todos os países do mundo. Eu acho que
isso ah se agudizou a partir do que ah
eu acho que o da Oxford chamou de
pós-verdade. Enfim, acho que isso tá
agudizado nesse momento. Se as pessoas
pensam
assim, com o passar do tempo, a
capacidade de comunicação humana vai
morrendo. Ela vai morrendo e ela vai
dando lugar a uma espécie de sinismo,
onde a gente diz coisas que a gente
simplesmente não acredita.
A gente simplesmente não acredita
naquilo que a gente diz. Todo mundo
sabe. Eu sei que você diz o que você não
acredita. Você sabe que eu digo que eu
não acredito. E a gente tá toda vez
dizendo coisas no sentido de exaltar um
tipo de comportamento na entrelinha,
porque a gente tá tentando fazer coisas
com as palavras. Eu tô tentando induzir
comportamento em vocês. Tô mentindo o
tempo todo. Tô falando o que for
necessário na minha cabeça para induzir
comportamento em vocês. E ninguém nem
acredita mais no que tá falando. Eu acho
que isso é endêmico. Eu acho mesmo que
isso é endêmico, que isso tá espalhado
por toda a sociedade brasileira e que em
certo sentido, a a linguagem acaba
perdendo a função de comunicar.
em eixos de prioridade e ela acaba
ganhando uma função mais de proposição
ética de comportamento. Uma coisa supera
a
outra, certo? Eu acho que isso é
endêmico. Eu acho que isso é um problema
sério. Se você concorda comigo que isso
é um problema
sério, pois é, uma das coisas que eu não
concordo é com o empirismo radical, tá,
Lucas? Uma das coisas que eu não
concordo é com o empirismo radical. Mas
eu eu peço para você me deixar continuar
nesse tópico aqui, que eu acho que não é
um tópico exatamente fácil, tá?
Acho de verdade que não é um tópico
hã exatamente fácil. Então, a primeira
coisa que eu quero ah propor, primeira
coisa que eu quero propor é partirmos
desta
premissa. Partimos dessa premissa. Essa
premissa é
verdadeira. A, essa premissa é
verdadeira.
Existe ou existem muitas pessoas que se
comportam dizendo coisas que não
acreditam, mas com a inclinação de
induzir
comportamento. Se isso é verdadeiro, se
isso é
verdadeiro, é o João tá dizendo assim,
ó, quem na experiência pessoal dele, né,
quem já foi cristão, isso é muito claro.
A gente concorda com o pastor para ter
uma boa relação
política. Não, o que eu o que eu acho é
o seguinte, especificamente do que eu tô
dizendo agora, eu acho o seguinte, eu
acho que isso é endêmico. Acho que são
poucas pessoas que não agem assim com
regularidade. Eu até admito, porque a
função da linguagem é múltipla. Ela não
é só apontar as coisas que são. Se ela
normalmente quando você assiste filmes,
séries, etc., que tem personagens que só
usam a linguagem para indicar coisas que
acontecem, né, no mundo e não tentam
usar a linguagem de modo mais poético,
etc e tal. Normalmente essas pessoas são
retratadas como robôs toscos, né, que
pessoas assim com pensamento muito muito
toscão, quadrado e tal. Mas então assim,
é óbvio que eu aceito que existe existe
mais de uma função da linguagem, mas o
que eu tô dizendo é o seguinte, é que me
parece que
majoritariamente
majoritariamente a linguagem tem tomado
a função de indução de comportamento
antes de antes de descrição de coisas. E
até quando a pessoa anuncia que ela tá
tentando descrever coisas, no fundo ela
tá tentando induzir comportamento
prioritariamente. Ou seja, é secundário
a tentativa de descrição de coisas. E a
a tentativa de descrever coisas do ponto
de vista que tenta ser correto, que
tenta analisar fatos ou etc e tal, ela
tá submetida a um caráter inclusive
retórico. Se eu descrever fatos mais do
que cometer erros eh
factuais, mais do que cometer erros
factuais, então eu vou conseguir induzir
mais comportamento no público. Entendem
o que eu quero dizer?
Ou seja, até a vontade de ser verdadeiro

subordinada a uma vontade de ter mais
legitimação retórica, porque na medida
em que você apresenta muitas falas que
são eh factualmente equivocadas,
erradas, etc e tal, isso vai diminuir o
seu prestígio e, portanto, você vai
fazer menos pessoas serem induzidas pelo
que você indica. Entende o que eu quero
dizer? Até mesmo quando as pessoas
querem
dizer algo sobre os fatos, isso muitas
vezes está
subordinado a uma vontade retórica.
Então, mas é isso que eu tô falando. O
Renan disse assim: “Cara, não sei. A
impressão que eu tenho é que no senso
comum, mentira é feio e que honestidade
é uma característica importante.” Mas é
isso que eu tô dizendo. Então, no
discurso público, no discurso público,
há uma tendência de que você evite
cometer erros factuais, porque se sente
que, do ponto de vista do senso
coletivo, isso vai diminuir sua
capacidade retórica de convencimento. Ou
seja,
parecer mentiroso, né? Cometer erros
factuais e, portanto, parecer mentiroso
é uma preocupação que é uma preocupação
retórica no sexto do discurso público. É
isso que eu tô dizendo. Até no discurso
público, quando você fala dessa forma,
você tá apontando um senso de que
prioritariamente quando a pessoa vai
falar algo que é verdadeiro, ela tá
falando exatamente para não soar face,
para não perder credibilidade. Ou seja,
o que eu quero dizer é que a sua fala,
longe de me contestar, ela aponta para
uma
consciência sua a respeito da
importância de parecer
verdadeiro, parecer uma pessoa
comprometida com dizer algo verdadeiro,
no sentido de ganhar status para
produzir comportamento nas
pessoas. Entende o que eu quero dizer?
Entende o que eu quero
dizer? Ou seja, quando a gente fala que
nem o Gabriel tá dizendo, ninguém gosta
do brother Czeiro. Então você não é
mentiroso porque as pessoas não gostam,
não porque você tem algum
comprometimento específico com dizer
verdade. Não, se eu parecer mentiroso
vai ficar né? Ninguém vai confiar
em mim. A sua preocupação é que não
confia em você e não necessariamente o
comprometimento com a verdade ou com o
dizer o verdadeiro acerca do que você
observa. Percebem o que eu quero
dizer? Então, quando o Gabriel fala
assim, ó, mas a retórica não é o
elemento chave das filosofias práticas?
Talvez seja. que eu tô dizendo é
que, ah, o que eu tô dizendo é
que,
eh, a gente perdeu uma espécie em geral,
tá? Não tô dizendo todo mundo, não. Ah,
mas em geral é como se a gente tivesse
perdido uma uma virtude epistêmica
básica. Eu tenho que procurar o que é
verdadeiro simplesmente porque sim, não
condicionado ao meu sucesso político,
não condicionado a nada. Eu tenho que
procurar o verdadeiro porque sim, eu
tenho que expressar aquilo que eu
enxergo, como eu
enxergo, porque
sim, a gente não tem essa
verde. Porque isso vai ser melhor paraa
minha consciência, porque é sempre
condicionada à esfera pública, como eu
tava
dizendo, a um a um sucesso
retórico. Percebe o que eu tô dizendo?
Eu tô dizendo, não é que isso acontece
sempre, não é que todo mundo é assim,
mas existe uma boa tendência nisso de de
É como se o que eu quero dizer como se a
maioria das pessoas estivesse percebendo
que que
você parecer dizer algo coerente é mais
importante do que você
conhecer e distinguir como as coisas
acontecem mesmo no mundo. dizer o que as
coisas acontecem realmente no mundo não
parece ser tão eficiente do ponto de
vista político, do ponto de vista
pessoal. Parece que parece que há uma
uma espécie de
premiação social.
Parece que você sente que você tem mais
conquistas se você não
tiver um comprometimento com descrição
de fatos
ou que este comprometimento só vale a
pena no sentido da aparência. Enquanto
tiver parecendo pras pessoas que você tá
comprometido, isso é mais importante do
que de fato você estar comprometido com
tentar descrever fatos, entendeu?
você vê certos personagens na disputa
política internacional, etc., que você
fala
assim: “Cara, o cara é candidato a
presidência da República, olha o
dinheiro que esse cara tem, etc.”
Parece que existe uma sensação coletiva
de que é muito mais
premiável, é muito mais premiável você
parecer está correto e que sua
preocupação com estudar as coisas e
saber as coisas não é tanto para você
saber as coisas mesmo e e poder
discernir bem o que é certo ou errado,
mas para que você pareça muito certo aos
olhos do público, para você tá blindado
paraa sua capacidade de conv
convencimento das pessoas. Entendam o
que eu tô querendo dizer? Uma relação de
precedência entre uma coisa e outra,
entre parecer e, portanto, ter uma
retórica convincente em relação a você
realmente conhecer certo
assunto. Percebe?
Então, o que eu quero dizer é o
seguinte,
eh, é, então é é mais ou menos por aí
que eu tô caminhando, tá? É mais ou
menos. Mateus disse assim: “Sem
premissas descritivas, que pretendem ser
descritivas, há um enaltecimento das
conclusões que agradam”. Exatamente. É
exatamente, é exatamente por aí que eu
tô navegando, tá? É exatamente para aí
que eu quero navegar
vocês. É exatamente aí que eu quero
tratar com vocês. Ah, e eu vou começar
aqui por esse assunto, tá? Pera aí.
Primeiro eu tenho que fechar o assunto.
Mas o Felipe perguntou assim, ó. Eh,
Pedro, você viu a participação do Ian no
Vilela? Ele tratou da verdade de Núvula.
Eu vi. Achei uma participação bastante
interessante, tá?
Eh, bastante interessante mesmo, mas eu
queria comentar algumas coisas, né?
Queria comentar algumas coisas, mas
antes da gente chegar
aí, eh, eu quero tratar sobre o tema que
eu coloquei no vídeo, né, sobre
compatibilismo
e e determinismo, né? Bom, pensando,
vamos voltar pro início do
vídeo. É, então eu não concordo com nada
do que você tá falando, Lucas. Nada,
nada, nada, nada. É claro que retórica
por si só não implica ainda esse
compromisso com a verdade. Para mim isso
é uma trivialidade. Uma
trivialidade. É besta. Não precisa
Aristóteles ou qualquer um falar nada
sobre isso. Claro que retórica não ã não
impede você. E aliás, isso é uma luta
que eu faço no meu canal o tempo todo,
né? Não é porque você fala emocionado
que você não é verdadeiro. Não é porque
você apela paraa emoção que você não tá
dizendo a verdade. Assim, para mim, você
tá dizendo uma absoluta trivialidade.
Mas aí o que eu o que me chama atenção
nesse momento é o seguinte. Me parece
que o o Lucas especificamente ele tem
uma tese que ele quer contrapor ao que
eu tô querendo apresentar e aí ele quer
salvar a retórica. E ele tá tão
disposto, ele tá tão disposto nessa tese
inicial que ele tenta antecipar passo
que eu não dei, por exemplo, chamar o
William James para jogado, por exemplo,
falar isso, né, que que eu não disse
nada do contrário disso, mas ele tá tão
pressuposto lá no final, isso para mim é
uma característica típica de quem é eh
pragmata, né? Você tá tão ol você tá
olhando tanto lá no final que você sabe
que no final eu vou caminhar para uma
crítica à tua posição que você já tá
tentando achar defeitos na minha crítica
antes dela mesmo aparecer. Você já tá
avisando lá no final, né? Como é que eu
crio barreiras antes de chegar na na
crítica que o cara vai fazer? Ele tá
preparando a crítica. Eu tô sentindo que
ele tá preparando uma crítica. Aí você
já começa a ficar na defensiva, subir
barreira, né? Subir barreira defensiva.
Essa a sensação que eu tenho. Ã, então
assim, para mim isso é trivial, né?
Dizer que a retórica não é contrária à
busca da verdade. Para mim isso é uma
uma trivialidade bastante básica, uma
coisa que eu defendo aqui o tempo todo,
ã, e etc e tal. Então, aí o que eu tô
dizendo é isso, ó. Felipe disse: “Eu
faço isso.” Então, o que eu tô dizendo é
que a maioria das pessoas faz isso.
Quando ela vê que você vai atacar a tese
que ela defende lá na frente, antes
mesmo de você escutar o que ela vai
dizer, você já começa a colocar barreira
no
caminho. Você não abre o caminho para
escutar o que a pessoa tem para dizer,
porque você tá tentando bloquear a tese,
porque o que importa é a tese, né? O que
importa para você é a tese. Você quer
segurar a tese? Como é que eu faço para
defender a tese?
E às vezes talvez não seja o caso de
defender a tese, né? Só que você tem que
estar aberto para isso. E a maioria das
pessoas não está, é isso que eu tô
dizendo, a maioria das pessoas não está
aberta para isso, porque elas trabalham
do jeito que eu tô pressupondo que elas
trabalham. elas não estão tão
preocupadas para saber se
a gente
tem um conjunto de afirmações que
conduzem a gente para uma posição. A
gente tem a posição e levanta barreiras
para se defender, para manter aquela
posição. Ah, nesse sentido, nesse
sentido, deixa eu tentar concluir, né, a
introdução ao tema que eu queria fazer.
É o
seguinte,
eh, é, então assim, eh, de fato, de
fato, veja
só, é muito claro isso. Asp, as
antecipações são muito grandes. As
antecipações são muito grandes. Olha o
que o Alê diz.
O al é uma pessoa que tá aqui há muito
tempo, que eu acho a visão de mundo dele
muito ruim e ele já vê, tipo assim, a
gente já antevê, sabe onde a pessoa vai
chegar. Aí veja só, pelo teu discurso,
não é melhor separar a verdade de
honestidade? Dá a impressão que você
quer impor a tua visão de mundo? Que
visão,
pô, que visão? Eu não expressei visão
nenhuma. Quer dizer, a pessoa já sabe,
certo? Pelo que eu tô construindo, o que
eu tô construindo assim, não tem visão
de mundo, tem mundo, pô. Vocês já sabem
que eu vou chegar lá. Aí vocês são
relativistas, estão tentando criar tudo,
500 barreiras para não deixar eu chegar
lá. Não consigo chegar lá. Não tem visão
de mundo, tem
mundo. Eh, mas veja só o que eu tô
tentando dizer. O que que eu tô tentando
dizer é o seguinte,
eh, o que eu tô tentando dizer é o
seguinte. Eu tô tentando construir. É o
seguinte, tô tentando construir pra
gente chegar lá. É uma tese que eu acho
que é bastante básica, que é o seguinte.
[Música]
O que eu tô tentando apresentar é é
basicamente o seguinte, tô tentando
ler, eu tô tentando ler o que vocês
estão tentando dizer, mas é
assim, é, os caras estão querendo fazer
uma pré-refutação. É, é muito claro, é
muito claro
isso. É muito claro isso. Os cara tá
tentando fazer uma pré-refutação. Então,
veja só o que eu tô querendo dizer. Sim,
isso tem tudo a ver com ética, tá? Isso
tem tudo a ver com ética. Tudo a
ver. Tudo a ver. Mas veja só, o que eu
tô tentando construir é a seguinte
ideia. Eh, voltando pro
início, voltando, voltando ao início,
voltando ao início, o que eu quero
colocar é o seguinte, eh, vocês percebem
que a gente pode alterar, né? Você pode,
a gente pode alterar a ação das pessoas
a partir de informações, sejam essas
informações verdadeiras ou falsas. Isso
a gente já tem como base, né? O que eu
quero compatibilizar, o que eu quero
colocar com compatibilismo é o seguinte.
Supondo que toda cadeia, toda cadeia de
ação que nós temos, ela leva a
uma, ah, ou seja, toda cadeia causal de
ação que nós temos está determinada. É
isso que eu tô dizendo. Toda, tipo
assim, vamos dizer, eu vou almoçar hoje
por quê? Ah, eu vou almoçar hoje porque
eu tô com fome. Eu vou almoçar hoje
porque eu eu vou almoçar hoje feijoada
porque foi o que a gente comprou. Foi,
eu vou almoçar hoje feijoada porque eu
gosto de feijoada. Se você vai somando
essas coisas, digamos, em uma cadeia
complexa de causalidades que vão vão
gerar esse resultado do que eu almocei
hoje, né? Eh, o que eu tô dizendo é o
seguinte. Supondo que essa caldeia
causal é determinada, somando essas
coisas todas, é porque é o que tinha, é
porque é o gosto que eu desenvolvia, é
porque é a genética que eu tenho, você
vai somando tudo, tudo, tudo, tudo.
Somou tudo, tô, somou tudo. Essa soma
necessariamente tem que dar naquela
consequência. É isso que eu tô chamando
de determinismo, entendeem?
Ou
seja, cada ação que eu tomo, ela é
causada por uma
soma de causas que se elas se repetissem
igualzinho, daria o mesmo resultado
igualzinho. Se deu diferente é porque
tem uma causa dessas que tá diferente.
Entenderam? Mais ou menos que eu tô
chamando para vocês de determinismo? Tem
50 causas aqui para 50, tô dando um
exemplo, né? tem 50 calos aqui para eu
ter comido eh se eu para eu ter comido
eh feijoada no almoço, se eu tirar uma
das 50 vai para 49. Aí o resultado pode
ser outro. Se você repetir todas as
causas, todas, todas, então o resultado
tinha que ser necessariamente o mesmo. É
isso que eu tô chamando de ã
determinismo, tá? É isso que eu tô
chamando de
determinismo. Se você soma todas as
causas de uma ação e repete-as num
universo alternativo igual, daria a
mesma da daria a mesma ação. Por que que
então às vezes tem você tem
circunstâncias muito parecidas com com
resultados diferentes simplesmente
porque as causas não são as mesmas? Tá
tá certo? Dá para entender isso? Mais ou
menos? Deu para entender isso? Supondo
que temos 1 milhão de causas para eu ter
comido hoje no almoço, eh, feijoada, se
repetisse as 1 milhão, as um milhão de
causas, daria o mesmo resultado. Ah, mas
não deu o mesmo resultado, então é
porque não tem as 1 milhão de causas,
então tem
999.999, certo? Entenderam o raciocínio?
O determinismo parte desse pressuposto.
Tudo que acontece no mundo é causado, as
causas são enfeleradas uma do lado da
outra. Se acontecesse essas mesmas
causas, daria o mesmo resultado. Se tem
um local que tá acontecendo uma coisa e
tá dando causa diferente, é porque pelo
menos uma das causas trocou. É isso que
é o determinismo, tá certo? É isso que
eu tô chamando de
determinismo. Se teve uma uma coisa que
foi igualzinha à outra e deu diferente o
resultado, você pode ter certeza que uma
coisa não foi igual à outra. Teve alguma
causa que mudou, certo? Esse é o
pressuposto, tá? Mas como é que isso
seria
compatível com a noção de
liberdade? Como é que isso seria
compatível com a noção de
liberdade? Seria compatível com a noção
de liberdade em algumas circunstâncias.
Eu vou selecionar uma só, tá? Uma só. Eu
só vou selecionar uma.
Uma. Eu vou selecionar uma. Isso seria
compatível.
Isso seria compatível com a noção da
liberdade. Se a noção da liberdade que a
gente tem, ela
advir, eu tô falando só de, digamos
assim, arbítrio. A noção que a gente tem
de escolha deriva exatamente da nossa
incapacidade. Isso é uma hipótese, tá?
Deriva exatamente da nossa incapacidade
de enfilerar 1 milhão de causas. Vocês
notam isso?
Se eu não conseguir enfilerar na minha
cabeça 1 milhão de causas, que foi a
quantidade de causas X, né, para eu ã
comer para eu comer a feijoada, se eu
não tenho acesso às variáveis, se eu não
tenho acesso a essas causas, se eu não
consigo colocar na minha cabeça essas
causas, para mim parece que eu que
escolhi comer a feijoada. Eu que
escolhi. Então, a noção de liberdade que
a gente tem deriva necessariamente,
segundo essa leitura específica, pode
ter outras leituras compatibilistas, eu
tô te dando uma
só da incapacidade de enfilerar as
causas, porque se eu não sei enfilerar
as causas, parece que fui eu que decidi
comer,
entendeu? Entendeu?
Então, a noção que a gente tem, a
sensação de liberdade adviria
disso, não é
isso? Não. Putz, o Jas disse que tá
difícil de entender. Veja
só isso. Mas aí, veja só, mas aí o Thigo
tá dizendo assim: “Mas o fato de sua
decisão ser determinada implica a
ausência de escolha?” O ponto é isso que
eu tô falando. Para ser compatibilísimo
você dizer assim, ó, não teve ausência
de escolha. Então você vai ter que
ressignificar, você vai ter que
ressignificar o sentido de escolher.
Você vai ter que ressignificar o sentido
de
escolher. Você pode dizer: “Olha, no
fundo no fundo no fundo as decisões que
eu tomei são determinadas, mas ainda
assim foi escolha minha”. Aí você vai
ter que explicar o que que isso
significa por escolha. O camarada veio
aqui, o camarada veio é Ele disse
assim, ó, por isso que Hegel fala que
liberdade é a consciência da
necessidade. Eu não sei porque que Hegel
fala isso, mas é por isso que segundo
esse paradigma que eu tô dando, seria
exatamente isso. Você é mais
livre. A consequência seria isso. Você é
tanto mais livre quanto você mais é
consciente da capacidade que você tem do
do ou só da capacidade que você tem.
Você é mais livre na medida que você
sabe as suas capacidades. Por exemplo,
se você acha que você pode ir paraa
França, se você acha que pode ir paraa
França e você é um morador de rua no
Brasil,
provavelmente, provavelmente
provavelmente você vai conduzir a sua
vida no sentido de algo que você acha
que é possível, que talvez você não
consiga, não é isso?
Se você não tem uma certa consciência do
que é possível, se você acha que você
vai ganhar na Mega Cena, você tem fé
nisso, você vai colocar R$ 50.000 da sua
conta bancária nisso. Talvez alguém
colocasse em cheque que essa pessoa que
jogou R$ 50.000 dentro conta bancária
para ganhar no na Mega Cena, que essa
pessoa é realmente livre.
Talvez se colocasse em questão que uma
pessoa ah que uma pessoa que não sabe,
que não teria saúde para concluir um
curso ao mesmo tempo que trabalha, que
se meteu nisso, que essa pessoa não é
tão livre assim, né? Que ela ela, na
verdade, ela tá sendo o o resultado de
seu desastre é a sua própria ignorância.
Algumas pessoas poderiam dizer por aí,
né?
Nino. O amigo disse que pode chamar de
Nino. É, então o Mateus tá dizendo,
parece a ética de Espinosa, Pedro. É, é,
é a
derivação tá por ali, né?
Então aí veja só, perceba, se você pensa
dessa forma, certo, de dizer assim:
“Olha, eu não sei se eu chamaria de
livre uma pessoa que acha que pode
viajar para Marte ano que vem, não é?”
Eu não sei se eu chamaria de livre uma
pessoa que está
deixando de
eh se tornar um
artista
porque é ensinado para ela dentro da
religião dela que artistas são coisas do
demônio. Não sei se essa pessoa tá tá
realmente livre. Você
percebe?
Você percebe que eu tô, eu tô querendo
ressignificar assim. Será que a pessoa é
ela é
livre? Ela é livre se ela não conhece as
condicionantes e os resultantes. Por
exemplo, se uma pessoa
escolhe informada de que ela não deve
tratar o câncer dela, que ela vai fazer
um retiro
espiritual, ela essa pessoa é livre
mesmo, ela tá ela tá se condenando à
morte se ela tiver com a informação
errada. Mas se ela soubesse que essa
informação é errada, você não acha que
ela evitaria fazer isso?
Você não acha que
assim, tipo assim, eu sou eu sou livre
para evitar o meu tratamento, porque eu
acho que o tratamento correto é aquele.
Você você diria que uma pessoa mal
informada, que toma uma decisão mal
informada, ela não tá induzida a fazer
algo que ela não gostaria de fazer?
Tipo, se o objetivo dela é sobreviver,
ela realmente acha que se ela orar para
Krishna ou sei lá que coisa, ela vai eh
melhorar, você acha que essa pessoa é
realmente livre? Porque se ela pudesse
livremente escolher, livremente,
livremente, absolutamente livre, ela
escolheria: “Eu quero tá curado do
câncer”. Ela só tá tomando, ela só tá
tomando a decisão de orar para Krishna
ou fazer o que quer que seja, porque ela
acha que aquilo tá levando a a cura,
senão ela não faria isso. Percebe o que
eu tô dizendo? Ou seja, as informações
equivocadas que levam a pessoa, que
conduzem a pessoa para uma série de
ações face a um objetivo
final, elas não elas não são
libertadoras, entendeu? Na verdade elas
elas aprisionam, percebem? Elas
aprisionam sua cadeia causal de ação. Eu
vou por aqui se eu achar que aqui dá o
resultado. Mas se entende o que eu quero
dizer? Isso. Claro. O o link apareceu
aqui, ele diz assim, ó, liberdade é um
seu. Porque ele tá numa questão muito
específica, né? Falando assim: “Ah, eu
quero tomar um sorvete”. Aí isso impõe a
pessoa. Mas eu tô pressupondo a vontade,
entende? A vontade de sobreviver, por
exemplo. Eu tô pressupondo a vontade
como senhora. Eu tô, eu tô pressupondo a
vontade. Então assim, a pessoa que quer
ser curada do câncer, ela tem a vontade
de ser curada do câncer. ou não. Às
vezes a pessoa tem a vontade de morrer,
mas eu tô dizendo assim, pressupondo que
a pessoa tenha vontade, você percebe que
a não
informação ela desvia a pessoa de caçar
aquela vontade para onde ela tá
direcionada para um impulso interno. É
isso que eu tô dizendo. Pressupondo que
a pessoa vai comer o sorvete, ela sai de
casa achando que a sorveteria tá aberta,
só que ela esqueceu que é feriado. O
fato dela ter esquecido que é feriado
condiciona a ação dela na direção
daquele desejo de forma errada, de forma
completamente distante do objetivo dela.
Se o objetivo dela, se o objetivo dela
era
alcançar o o
resultado, se o objetivo dela era
alcançar o resultado e ela não alcança o
resultado, que ela entendeu errado que
estaria aberto o local, ela se desviou
do de alcançar o resultado. Ou seja, a
informação falsa, ela diminui a
liberdade da pessoa no sentido de
alcançar uma vontade que eu tô
pressupondo. Não tô nem dizendo que a
vontade é certa ou que ela é errada. Tô
pressupondo a vontade. Percebe?
Se a pr se se a vontade existe, eu tô
dizendo, se a vontade existe, você quer
ir na consecução daquela vontade, mas
você tá mal informado, então isso vai
diminuir o seu senso ou sua potência, se
quiser, de alcançar aquela
vontade. O que eu quero dizer é que a
mentira ela é impotente, ela ajuda de
reduzir a algumas das possibilidades,
porque a princípio, como a gente tava
conversando no início, parecia que a
verdade era muito, a mentira era muito
funcional para alcançar objetivos. E eu
tô dizendo sim, às vezes é, às vezes
não. Percebe o que eu tô dizendo?
É, mas é claro. Daí o, como o Abel
disse, aí é questão do que você define
como liberdade. Eu concordo, mas só que
eu não quero jogar em sofismas e ah, eu
penso que a palavra significa Y, eu
penso que a palavra significa Z.
Concordo, certo? uma questão de
definição seí para as definições, mas eu
quero dar um passo antes. Eu tô querendo
dizer o seguinte, eh, no início da
conversa, a gente tava bastante
convencido de que, eh,
operar com a
falsidade, operar com a falsidade
ajudava a
gente a conseguir aquilo que a gente
queria, independente do que a gente
quisesse, né? a gente falsificar a
informação, induzir as pessoas a erro,
aumentava a nossa capacidade
eventualmente de conseguir resultados.
Era isso que a gente tinha na primeira
parte do vídeo, não é isso ou não?
O que eu tô dizendo é o seguinte, que
nem sempre isso é
verdadeiro. Nem
sempre, nem sempre essa indução das
pessoas a conhecimentos falsos da
realidade. Nem sempre induzem as
pessoas as
atitudes que a gente julga melhor, sejam
elas quais forem. Aí eu tentei dar
alguns exemplos quando você faz isso com
você mesmo, sem ter segunda pessoa, tá?
sem ter segunda pessoa. Então você tem
muita vontade de tomar um sorvete. Se
você acha erradamente que a loja de
sorvete tá errado, você vai perder uma
hora indo lá na loja de sorvete, supondo
que ela é longe, ao invés de você ir no
mercado 24 horas que tava aberto. Se
você supõe errado, só atrasa a
consecução do seu objetivo. Vocês
percebem? Chama isso de liberdade ou
não? O que eu tô dizendo é o seguinte:
se você tem um objetivo interno, se você
tem uma tendência interna, uma vontade
interna, informações falsas acerca de
como conseguir colocar isso em prática,
atrasa o projeto. Percebe o que eu tô
dizendo? Percebe? Atrasa o projeto. Você
nota o que eu tô querendo dizer? Que
isso atrasa o projeto eventualmente?
eventualmente ter informações falsas,
como eu disse lá no caso da França, pode
te estimular para ir pro caminho certo,
eventualmente atrasa o projeto. É isso
que eu tô
dizendo. Percebe o que eu tô falando por
enquanto?
O que eu tô falando é que nem sempre a
mentira é útil para ou a falsidade, a
informação falsa é útil para ah para
chegar em alguma
conclusão. É isso que eu tô dizendo, tá?
Primeira coisa que eu tô dizendo é isso.
Só isso que eu tô dizendo. Primeira
coisa. Primeira coisa.
É, eu tô caminhando um pouco por aqui. O
Felipe perguntou assim: “Pedro, então
isso resume a ideia de se eu soubesse o
que hoje sei, não teria errado no
passado?” É
isso. O tema é mais complexo. O tema é
mais complexo. Mas eu quero eu quero
avançar pelo menos uma premissa que a
gente construiu aqui junto. Nem
sempre, nem sempre a indução ao
falso ou a indução a a eh ou seja, de
vez em quando ter informações factuais
equivocadas fazem com que a gente tenha
comportamentos que sejam contra os
objetivos que nós próprios traçamos para
nós mesmos. É isso que eu quero tomar
como premissa. Só isso que eu quero
tomar como premissa.
Se isso é verdadeiro, se isso é
verdadeiro, se isso é verdadeiro, eu
quero avançar a
noção sobre como a consciência que a
gente constrói não é uma consciência
individual.
as nossas
inclinações, as nossas
vontades, as
nossas
fraquezas, as
nossas
capacidades, elas se
constróem numa estrutura
coletiva para começar pela forma de
comunicação que eu tô falando com vocês.
Eu só tô falando português com vocês
porque sim, porque aconteceu um negócio
lá no passado que eu não tenho nada a
ver, que eu não escolhi, que eu não
pedi, que eu não sei como foi, etc.
Entendem o que eu quero dizer? Uma
criança de 6 anos de idade, ela fala
português, não sabe porque ela só
fala. Ou seja, a estrutura condicionante
para ela usar a forma que ela faz se
expressar, ela ela é criada por um
passado que a determina.
Tô dizendo mesmo vernáculo, mesmo as
palavras que eu tô usando, não sou eu
que
escolhi. Alguns gostos que eu tenho não
sou eu que escolhi. Vocês percebem o que
eu tô dizendo? o tipo de filme que eu
assisto, o quadrinho que eu leio para
usar o link que tá aqui,
a forma de reação que eu tenho, as
coisas, muitas delas são claramente
determinadas por construções que se
deram, que vieram de trás aqui paraa
frente. Vocês percebem isso,
né? Vocês percebem o que eu quero dizer?
Se eu tô passando do, se eu tô partindo
do do da percepção
determinista de que ah todas as ações
que eu tomo são a soma das determinações
que aprecederam.
Se isso acontece, o que eu tô dizendo é
o seguinte, que a
depender das formulações que a gente faz
no presente, as pessoas do futuro,
inclusive nós mesmos vivos, serão
determinadas por essas coisas que estão
acontecendo no
presente. Se acontecer uma forma de
desenvolvimento da economia dos Estados
Unidos, isso vai influenciar, na minha
ver, tipo assim, se o se os Estados
Unidos hoje, e é se os Estados Unidos
hoje é a maior potência econômica
global, o tipo de filme que eu consumo,
o tipo de quadrinho que eu consumo, eu
vou usar o link, vou aproveitar bastante
o link, tá aqui. Ah, por exemplo, o fato
de que o Link faz um trabalho da vida
dele, parte do trabalho da vida dele é
relacionado à figura do Batman. Isso
tudo é
determinado, uma soma de determinações,
inclusive o o fato de que os Estados
Unidos tem a posição econômica que tem
no
mundo. Essa soma de determinações
gigantescas, essa soma de determinações
gigantescas vai causando os fatos do
presente. E o que eu digo é o seguinte:
se
alterações, se há alterações feitas no
presente, elas
influenciarão sobre os pressupostos das
pessoas do futuro, não é
isso? A língua que eu falo, a crença que
eu tenho, o os impulsos que a forma que
eu lido com eles, existem tendências na
sociedade de tratar certos impulsos em
uma sociedade, em outras são outros,
outras formas.
Há uma forma de tratar a violência numa
sociedade, a outra forma de de tratar a
violência em outra sociedade. Isso vai
conformando as determinações que me
criam, não é
isso? Não é isso,
gente? Percebem o que eu tô
dizendo? Percebe o que que eu tô
dizendo?
Nesse
sentido, tudo que eu sou, todos os
impulsos que eu
tenho, desde a formação biológica até
formação cultural, desde a formação,
qualquer coisa que me conforma eu ser
essa unidade que eu sou, de
ser, de ser, digamos, deixa eu ver aqui,
deixico, né, localizado num ponto, no
espaço, etc., é causado por essas
estruturas de
determinação. E se a gente afirmou de
maneira correta, se a gente afirmou de
maneira
correta
que, digamos assim, quanto mais eu sei
as determinações que me
concernem, menos eu caio no
absurdo. Quanto mais eu sei dos meus
impulsos internos, dos meus vícios,
etc., Eu não vou postular
absurdos do tipo, vou amanhã para Marte,
vou vou assaltar um banco e vou ficar
milionário, né, assaltando um banco como
se fosse simples assim e etc. Se eu não
tenho conformações erradas, eu não caio
no absurdo de fazer coisas que não fazem
nem
sentido. Se se há alguma
relação, vocês não concordam em alguma
medida em que se a humanidade for capaz
de compartilhar mais
informações entre si de como as coisas
funcionam mesmo, como elas são de
verdade, menos chance você tem de pular
da ponte porque você vai ter asas. Se
você pensa em um indivíduo, é assim, né?
Ah, não, porque eu vou pular da ponte e
vou sair voando, tá? Mas questão de
pular da ponte, sair voando um indivíduo
só. Mas se a
sociedade
somada inclina, ou seja, violentamente
informa as crianças, olha, não faça
isso, você não pode não tomar vacina e
etc e tal. Se a informação é é passada
da mesma forma que todas essas
determinações, quanto mais acuradas elas
forem, parece que há uma tendência para
as atitudes serem melhores. Você percebe
o que eu tô dizendo?
É claro que o indivíduo não vai ser
controlado por ninguém, mas o que eu tô
dizendo é assim, que se as informações
circularem melhor, com mais aspectos
relacionados à factualidade das coisas,
menos tio do zap dizendo para não dar
vacina na sua criança vai
ter. Você percebe o que eu quero dizer
em relação a
isso? Tipo assim, não é que vai acabar o
tio do zap, mas assim, diminuir
estatisticamente já seria bom já.
e e que eu posso aferir que isso pode
acontecer de forma determinada. Ou seja,
mesmo que eu não
saiba, mesmo que eu não saiba quantas
pessoas, né? Não é que eu vou dizer
assim: “Olha, se eu ensinar mais sobre
metodologia ou sei lá o que, etc e tal”,
isso vai melhorar o o fulano, né? o o
fulano vai ser salvo, mas assim
estatisticamente vai alterar as
causalidades, alterando as causalidades.
Talvez isso implique em aumentar a
autonomia das pessoas para tomar
decisões melhores na medida em que mais
informações. Entendem o que eu quero
dizer? Se a gente não tem tanta
conspiracionícia existindo, tem uma
tendência probabilística.
Tô sugerindo, se tudo é determinado,
implicaria numa tendência probabilística
de
diminuir os índices de
maloquice. Isso é um pouco isso aqui que
eu tô querendo dizer. Se a gente começa
a transmitir as determinações corretas
como elas são, cada vez a tendência
seria, tô
pressupondo que elas as pessoas cada vez
mais determinadas pelo conhecimento das
determinações alterariam a sua conduta
no sentido de uma atuação melhor. Isso é
uma hipótese, tá, gente? Não tô dizendo
que é assim, não. Tô tô levantando uma
hipótese, entendendo? Tô levantando uma
hipótese, então. Mas aí tá, você tá
confirmando, né, do Não é o contrário.
As maluquíes existem por falta de
informação, mas aí você tá confirmando.
Não é o contrário, é exatamente o mesmo.
Você trocou só o sinal, né? Se as
maluquíes existem por falta de
informação, então a tese é: se aumentar
informação, menos os maluquíes
existirão. A tese é a mesma, né? Você só
trocou o sinal. A tese é a mesma.
Isso. Mas então você não, eu eu devo
pressupor, né, que você, Adriano, não
estava aqui no início da conversa, que
você diz assim, ó, tendo a concordar. O
problema é que as mentiras não são só
compartilhadas por mentirosos bem
intencionados. Eh, muitas das mentiras
difundidas são difundidas como projeto,
uma fé mesmo. Então, o meu apontamento é
esse, que na medida em que a gente
tendencialmente
substitui o pragmatismo naquele sentido,
ã, naquele sentido que eu
falava, em que sentido? No sentido de
que eu percebo que a atuação política me
beneficia quando eu penso só nos
resultados da prática. E aí eu jogo
assim, meu adversário joga assim, a
gente cria uma espécie de senso comum
pragmata, de que tanto eu quanto meu
adversário político estamos dizendo tudo
aquilo quanto for necessário para
mostrar que o meu ponto é mais válido do
que é do meu adversário. Nós todos
estamos jogando por essa gramática. Se
nós todos estamos jogando pela
gramática, qual será a tendência
totalizante no resultado? Tanto pro
grupo adversário meu quanto pro meu
grupo? A tendência será a estimulação
das pessoas de não ligarem nenhuma
para se o que tá sendo dito é verdade ou
não, desde que esteja defendendo as
consequências finais aonde eu quero
chegar. E aí isso tendencialmente
criaria pessoas incapazes na prática,
incapazes na prática de identificar o
que que é verdadeiro, o que é falso.
Esse é meu ponto do ponto de vista
factual. elas se desinteressariam pelo
tema e o tema só seria válido tanto
quanto tendencialmente ele fosse
convincente para as pessoas de que você
está conversando, que você está falando
algo verdadeiro para te dar moral, para
te dar moral retórica que era o que era
que tava no início da conversa.
Mas assim,
tipo, eu não sei se eu te entendi. É
Michel, né? Seu nome Michel, né? Isso
não faz sentido. Se as pessoas já são
determinadas, elas não estão
determinadas no passado, Elas são
determinadas no presente. Então, se você
altera a determinação, altera o
comportamento, porque informações extras
mudariam as determinações. Então, elas
mudam no presente. Se você enxerta uma
uma informação nova, a pessoa
imediatamente muda o comportamento dela.
Se você fala, se você convence a pessoa
de que tomar uma injeção
X melhora a o o problema de saúde dela
estatisticamente, se você muda até a
estatística de de chance de melhora e
ela se convence da informação se é
verdadeira ou falsa, isso pode alterar o
comportamento dela. Se ela vai tomar
injeção, se não
vai, não, não vejo qualquer dificuldade.
É óbvio que a pessoa é determinada com
tudo que tá no presente, né? É óbvio que
as determinações são presentes, né?
Então não sei se eu entendi a sua
objeção. Ah, então assim, é claro que se
você tem 1 milhão de determinações,
talvez mudar uma determinação não faça
tanta diferença assim. Só que se você
sabe que as determinações de cada pessoa
são diferentes para certo grupo de 1
milhão de pessoas, pode ser que uma
informação nova no de 1 milhão de
pessoas vai fazer 50.000 se comportarem
diferentes e as outras todas não. Então
eu tô falando comportamento estatístico,
que cada conjunto de seres humanos é um
componente gigantesco de determinações.
Então, uma mesma informação pode alterar
o comportamento de 100.000 pessoas e
essa mesma informação pode não alterar
de 100.000 pessoas. Não vejo qualquer
dificuldade a compreensão
disso, mas é é assim, é é muito caótico
isso. Então, veja
só, isso é essa é a objeção mais
estúpida que tem ao
determinismo e ela sempre volta. Ela é a
mais estúpida, pô. Ela é a mais
estúpida. Se tudo é determinado, então
não é o esforço da ação humana que
estancará o livre trânsito de
informações falsas, já que a ação é
determinada e, portanto, não livre, não
escolhida. Sim, é verdadeiro isso que
você tá falando. Ela não seria livre e
ela não seria escolhida. Mas se você
coloca nesse vocabulário, eu consigo
expressar com muita clareza.
Ora, as tendências que as pessoas
têm a fazer as informações falsas
diminuírem, elas podem ser exercidas
como impulso interno, igual o sorvete do
Link lá. Pode ser que tenha pessoas que
têm impulso interno a fazer isso
aparecer mais do que outras. Aí basta
que essas pessoas tenham mais capacidade
de convencimento e de articulação e de
ololô para transformar a maioria nesse
sentido. Aí você vai falar: “Mas eu não
escolhi ter esse impulso interno”. Eu
falei: “Eu falarei: “Foda-se”. É isso
mesmo. É isso mesmo. É exatamente isso.
O que eu tô, o que eu estaria dizendo é
o seguinte, ó. Eu não escolhi ter essa
inclinação pela verdade. Eu só tenho. E
tem gente que não tem. Aí é problema
deles. Aí eu vou tentar converter essas
pessoas. Se não conseguir, não
conseguir. Mas o que eu tenho na se eu
parto desse vocabulário que tu tá
usando, eu vou dizer assim: “Ora, então
a luta que a gente faz para que mais
pessoas tendam a falar mais verdade é
simplesmente um impulso determinado
nosso.
Pronto. É só um impulso determinado
nosso. Não, não precisa dizer que a
culpa é minha. Não precisa colocar um
quadro meu na tua casa e dizer: “Olha,
este homem lutou”. Não era, é um impulso
determinado entre dois impulsos.
Pronto, tá tudo
certo. Existem impulsos
internos. Se eu tenho esse impulso, eu
quero vencer as pessoas que não têm esse
impulso. Aí não fui eu que determinei,
não
interessa. Entende o que eu quero dizer?
Isso. Argumento do preguiçoso sendo
respondido desde crise. Foi.
Exatamente. Exatamente. Pelo amor de
Deus, gente, não fui eu que inventei
essa resposta não. Ela existe há 2000
anos já, tá? O fato de que tá tudo
determinado não impede que a os eu eu
sejo representante desses impulsos que
me
determinam. Então, veja, se eu tenho
essa esse impulso, é claro que eu tenho
muitos desses impulsos são dicotômicos,
né? Tá, eu tenho impulso por comer o
sorvete, que é uma coisa que eu tenho
que discutir com o link, se o link ainda
tiver aqui. Ah, eu tenho impulso por
comer o sorvete e tenho a razão tentando
segurar o impulso de comer o sorvete.
Não tenho o impulso de comer o sorvete
ou o impulso de ficar gostoso. O impulso
de comer o sorvete ou impulso de ficar
saudável, ou o impulso de comer o
sorvete e o impulso de mais ser mais
sexy. São impulsos em disputa. Não é a
razão contra os impulsos. Isso
ironicamente é demasiado platônico, né?
Então, o que eu tô dizendo é o seguinte,
o impulso paraa honestidade, ele
confronta-se, ele confronta-se com outro
impulso. O que eu tô dizendo é que se eu
me esforço para tentar
explicar por que o impulso de ser
honesto, nesse sentido que a gente tava
falando, tá, de dizer que aquilo te
aparece, te aparece como te aparece, né?
ao invés de ficar falsificando aquilo
que te aparece para motivos
retóricos, se esse
impulso, se esse impulso que eu tenho de
dizer a verdade, eu tenho ele
justificado para mim, o que eu tô
tentando fazer retoricamente é
justificar para vocês
também. Justificar para vocês também
para que esse impulso seja majoritário.
Por quê? que eu quero. Aí você vai
falar, mas você acabou de dizer que é
determino, não existe. Então tá certo,
porque tá determinado que seja assim
para mim. Eu tenho esse impulso e esse
impulso é claro e ele é ele é exatamente
o que passa na minha consciência. Então
vou tentar lutar para isso com vocês,
tentar aumentar a quantidade de pessoas
que são honestas com aquilo que eles
acreditam, porque para mim,
evidentemente, isso é melhor para todos
nós. Agora eu posso te
impedir de ser um mentiroso safado e
dizer que na China tem socialismo, por
exemplo? Não
posso. Não posso te pedir. Se você
quiser mentir, minta, Minta o
quanto se você quiser. Posso fazer nada.
O que eu posso dizer é que entre nós, se
você tem um grupo que tem um projeto e
você não é claro no seu projeto e você
mente para defender o projeto, você tá
do meu lado defendendo o mesmo projeto e
você tá mentindo na cara de pau, na cara
dura. O que eu tô dizendo é o seguinte:
na minha visão, você tá atrapalhando a
gente de consequência de conseguir o
nosso projeto. Entenderam o que eu quero
dizer agora?
Entenderam o que eu quero dizer
agora? Ah, não. Mas veja bem a palavra,
o significado duplo twit carpado pra
frente para até você tá mentindo,
Tu tá mentindo,
Então, veja só, eu
concordo em tudo que vocês estão falando
de que, veja bem, a China acender no
cenário internacional em relação aos
Estados Unidos é melhor e isso e isso e
aquilo. Mas se você entrar mentindo,
se tu entrar mentindo,
tu vai atrapalhar a gente em chegar na
mesma na mesma consequência. Mentira
tática,
Então, o meu apontamento, o meu
apontamento é
que não vai. E tipo assim, o meu
apontamento é que primeiro que você tem
que a primeira coisa que você tem que
fazer, primeira coisa que você tem que
fazer é não mentir, pô.
Primeira coisa que você tem que fazer é
não
mentir do que você enxerga mesmo. Se
você, tipo assim, se você acredita no
que você tá falando, tá tudo certo. Mas
tem gente que mente, pô, que sabe que o
que tá falando não é verdade. Se você
acredita mesmo, é outro papo. É questão
de tá errado, tá, mas se você sabe que
você tá falando algo falso, aí o
camarada fala assim: “Mas o que importa
não é o resultado”. O que eu tô dizendo
é o seguinte, mesmo quando você tá
achando que o que importa é o resultado,
você tá puxando as pessoas pro movimento
errado,
pô. Mesmo que isso fosse verdadeiro que
você tá falando, eu tô dizendo assim,
mesmo pro ponto de vista do
pragmata, mesmo pro ponto de vista do
pragmata, se você é pragmata, você tá
induzindo as pessoas do teu grupo de
500.000 1 pessoas a entenderem o
resultado que você tá vendo
errado. Você tá induzindo, você tá
enfraquecendo o teu
grupo. Seja honesto com teu grupo. Quer
mentir, menta pro adversário, Tu
tá mentindo pro teu
grupo. Aí você vai gerar uma falta de
confiança geral. Exatamente. Ou seja,
mesmo no mesmo no ponto de vista
pragmático, o resultado é é o
contrário.
Percebem? Então é só não mentir, pô. Se
você acredita no que você acredita, diga
o que você acredita. Mas não minta, pô.
Mas não minta.
É, mas Aí o Zental tá dizendo
assim: “Mas os fins não justificam?”
Veja, eu abri um vídeo para dizer
exatamente isso que não. Aí você pode
não concordar, pô. Aí você diz assim:
“Eu não concordo com você, tá tudo
certo. O que eu tô tentando fazer é
justificar”. Sabe o que que significa
justificação? Eu tô dizendo assim, eu já
tenho uma tendência interna. Eu já tenho
uma tendência interna. Então veja só, eu
nunca
vou. Lucas, que pariu. É
exatamente pelo que eu tô dizendo. Veja,
é claro que pode ter responsabilidade e
responsabilização. já tá
respondido por crise por
isso. Por crise,
pô.
Olha só, eu acabei de demonstrar que se
você tem um grupo, se você tem um grupo
e você tem um um uma entidade ali dentro
do grupo que
desvia e faz com que o grupo, veja,
desvia
comportamentalmente. Se a pessoa desvia
comportamentalmente para prejudicar o
grupo, você pune porque ela é do bem,
porque ela é do mal, não. você pune para
afastar o desvio do grupo. É para isso
que você
pune o
o a
punição, o senso moral, a
responsabilização moral, toda ela tá
advindo não de um senso de justiçamento,
mas de um senso de melhora do
grupo. Tem que punir mesmo. Tem que
punir para Em que punir, o que
que eu tô falando de punir? Eu tô
dizendo trancar fiar as pessoas. Não, o
que eu tô dizendo é o seguinte. É óbvio
que se tem um grupo de 50 pessoas que
estão sentindo que tem um grupo que tá
falando merda, o que que você tem que
fazer? Crítica. A crítica é uma forma de
punição, pô. Olha este cara falando
merda.
punição.
Punição, porque é muito claro, porque é
como se quando a gente coloca nesses
temas parece
que aí vem o Foucault de Arak, né? Vem o
Foucault da cabeça do meu pau, do da
galera das internet, né? Ah, mas punição
aí é instrumento de poder e etc, etc.
Então o que eu tô dizendo é o seguinte,
todo mundo faz isso,
pô. Todo mundo faz isso, pô.
É claro que faz isso. Ninguém veja só, a
internet tá toda assim. Tá toda assim a
internet toda. O cara fala merda, aí v a
gente fala assim: “Tá vendo o camarada
aqui falando merda, etc e tal? Agora
vocês vão fingir que isso não
acontece. Isso fazer cerca contra a
pessoa, né? Isso tem que punição que
mais tem. Punição é o que mais tem.
Fazer cerco com a pessoa e fingir que a
pessoa não existe. Não é isso?
Ignorar a pessoa, jogar para escanteio,
tentar jogar no
limbo, né? Inventar piadinha, falar
assim: “Tem gente aí falando, tudo isso
é punição, pô.
Tudo isso é punição. E aí isso vira um
fator determinante do comportamento do
grupo. Mas isso é tão óbvio,
Tipo assim, a pergunta mais estúpida do
planeta é: se tudo é determinado, então
por que que a gente deveria criar
punições e etc etc,
etc? Que Porque exatamente a
punição entra nas
determinações. A babação de ovo entra
nas determinações. Não é assim?
Não é só o reforço ah pelos aspectos de
que vão te impedir de fazer um
comportamento. Se eu babar o ovo do cara
vai, ah, mas olha só este vídeo
maravilhoso, não sei o quê. Eu não tô
induzindo o comportamento do cara. Eu
não tô dizendo assim, faça
mais. Você fez uma aí, né? Se eu se eu
tô dizendo assim, eu fiz, por exemplo,
um comentário recentemente que o
a o Castanha fez um vídeo excelente, não
sei o que. não sei o quê. Dentro do meu
comentário tem 4.000 pontos de likes.
4.000 pessoas tão indicando o quê? Pro
Castanha tão indicando. Faça de novo. Tô
tentando induzir
comportamento. É claro que a gente pode
ter gente que nem o link que é chato
para que ele fala assim: “Eu sou
tão livre, tão livre, tão livre”. E isso
é engraçado também, né? Porque o link é
o o link, o link é mentida livre, né?
Você pode induzir comportamento gente
que induz quer medida livre do mesmo
jeito. Você faz a psicologia reversa,
né? Fala a merda da pessoa para provocar
ela ela a reagir vídeo seu.
Percebe? Vou falar merda para induzir o
comportamento. Vou falar merda. Esse
cara é um bosta, não sei o quê, para ele
fazer um react ou surfar as
visualizações dele. Entendem o que eu tô
dizendo? Você é determinado por elogio,
você é determinado por insulto, você é
determinado. Todo mundo entra.
O link não faz isso, não faz isso. O
link não faz
isso. Você percebe o que que eu tô
dizendo? Tem várias formas de você
induzir comportamento e que elas são
nessa nessa nessa chave de indução ou
pela ou pela pelo insulto ou pelo afago.
É porque são tudo afetos. É, são
relações de afetos.
Exatamente. São relações de
afetos. São relações de afetos. Então
você consegue você consegue induzir
comportamento das pessoas
da Yes. É, é isso mesmo. Certo. E aí o
que eu tô dizendo é o seguinte. Olha só.
Se o que eu tô dizendo é verdadeiro e e
o que eu tô dizendo?
[Música]
Isso. Eu tô indo por aqui, tá? Eu tô
indo por aqui pelo Mateus. Aprender
informações e depois abstraí-las. A a
abstração sem compromisso com a
apreensão é é potencialmente nocíciel.
Veja só, eu diria o seguinte: nada disso
necessariamente altera as nossas
vontades. Você entendem? Eu não tô no
campo da alteração das vontades, que
também é possível fazer por outros
meios, por outros motivos. Envolve
também alguma coisa relacionada ao
conhecimento, mas não somente, talvez
não prioritariamente. Tá
tranquilo? Tá bom? Mas eu não tô nem
entrando no aspecto de por temos as
vontades que temos. Eu tô dizendo, uma
vez tendo as vontades que temos, se a
gente em
coletivo é pautado por uma construção de
consciência que visa só as
finalidades e não o que o o que é
verdadeiro acerca da descrição dos
fatos, a gente tem uma tendência a criar
um grupo de wis wish futinqueiros.
Entendem isso? Wishful futinqueiros.
E aí, nesse vídeo,
hã, e aí nesse vídeo, hã, não, alguém
fez uma pergunta sobre o Ian. Você
assistiu o Ian e tal? E aí eu falei
assim: “Eu já falei que é
compatibilismo, Ai, Lucas é
entancável. Ah, mas veja só, vou te dar
um exemplo, tá?
Vou te dar um
exemplo. Eh, o Ian fez um ótimo vídeo
conversando com
o o como é que é o nome do
camarada? Vilela, né?
Ã, com
Vilela. Um ótimo vídeo que no sentido
geral ele tava querendo tratar ali mais
ou menos de como que na cabeça dele, né,
na visão que ele tava tentando
demonstrar.
Eh, a
socialdemocracia encarnada no PT, que é
uma versão concreta de uma abstração
socialdemocracia,
ela tenderia a
criar os passos de sua própria cova.
Ah, e ele apresenta algumas informações
são muito interessantes sobre a
história,
hã, da formação do que a gente entende
como
socialdemocracia, como ela era plural,
como Burnstein encarna em certa medida a
noção de
revisionismo e foi por aí.
Eh, achei o vídeo no geral muito
bom, só que eu quero apresentar, eu
quero
apresentar algumas
ã críticas, certo? Eu achei achei o
vídeo no geral muito bom. Crítica um que
eu quero
apresentar. Crítica um que eu quero
apresentar. Há uma apresentação de um
argumento geral que eu já vi e ele
voltou para um argumento que eu já vi
ele usar, que é o seguinte.
Veja bem, a
social-democracia é ciente, abstrato,
né? Eh, ele tende, ela e ela tende a
criar as bases de sua própria falência,
de seu próprio ã defeito, de sua própria
falha por motivo X, Y, Z. E isso foi
provado porque a gente já, os marxistas
já diziam isso no passado, mas isso foi
provado porque
aconteceu no caso do Aliend, que ele
tentou fazer uma
socialdemocracia e aí de repente o
Aliend foi morto
provando
provando que os marxistas tinham
razão de que tentar fazer
socialdemocracia com avanços, etc, e
tal, tal, tal. Gente, do ponto de vista
puramente formal, tá? Do do ponto de
vista puramente formal, isso não prova
nada, entenderam? Não prova nada. Além
de tentou fazer na socialdemocracia, pá,
e tal e tal, e aí isso prova? Não, não
prova. Entendem o que eu quero
dizer? Vocês tentarem apontar que isso é
um argumento, não, não, não prova. Por
que que não prova?
Porque existem uma série de
circunstâncias que aconteciam
aqui. Isso não prova
nada. O que você pode fazer é que isso
indica que, certo? Isso é uma uma um
exemplo que demonstra a dificuldade que
a socialdemocracia teria. Agora, pegar o
exemplo do que aconteceu, porque aí você
vai, porque veja, aí você vai pro que a
gente tava falando, pras determinações,
pô.
para as determinações. Por que que
aconteceu o que aconteceu com a
Lend? O que que aconteceu? O que
aconteceu com a Lend? É uma soma de
determinações,
pô. É uma soma de
determinações. Isso. Você pode ir para
uma indução por enumeração, mas aí não
ser. Como é que você vai para uma
indução por enumeração com um caso,
Gabriel?
Como é que você vai para uma indução de
por enumeração com um
caso? Me
explica aí. Veja só o que eu tô tentando
dizer, certo? O que eu tô tentando dizer
é que é óbvio que não prova, tá? E se a
gente for munido deste argumento para
debater em público, o que que vai
acontecer? 500 pessoas terão resposta.
Aí vocês vão dizer: “Não, mas se esse
argumento era bom pra gente convenci
algumas
pessoas, vamos usar. O que eu tô dizendo
é se a gente insiste em usar, o que que
vai acontecer?” O contrário. É isso que
eu tô tentando dizer. Se a gente insiste
usar, se a gente insiste usar esse
argumento dessa forma, o que vai
acontecer é que com o passar do tempo,
quem estiver contra você vai começar a
espalhar tese de que você não sabe
lógica alimentar. E isso é que vai colar
no público e não o
contrário. Eles, as pessoas vão insistir
na fragilidade do teu discurso, porque
se fosse um negócio de ganhar um vídeo,
mas as coisas se estendem no tempo. Não
é para hoje que a gente tá discutindo. É
para daqui a 10 anos, é para daqui a 20
anos, é para daqui a 30 anos. Aí você
vai usar, as pessoas vão aprender a
responder isso e você que vai ficar feio
no rolê. Vocês percebem o que eu tô
dizendo? Então, é por isso que eu acho
importante a gente ir reformulando as
coisas, a gente ir reformulando. Como eu
já eu já senti que um monte de coisa que
eu falei já ajudou alguns dos nossos
amigos a reformularem algumas
coisas, eu vou tentar continuar
ajudando. Aí você pode fechar o olho e
falar igual a do Rid que tá de
piada aqui o tempo todo. Uai, acho que
você não entendeu. Tudo bem, então fica
na negação. Fica na negação aí, então
fica na negação. Quero que aí veja aí,
veja o máximo que eu posso aí. Aqui eu
chamo
novamente, chamo
novamente
a o estoicismo. Gente, eu não posso
enfiar a pílula guela abaixo de vocês.
Não posso. Eu tenho
certeza. Eu tenho
certeza
absoluta do que eu tô
falando. Certeza absoluta do que eu tô
falando. O R tá dizendo que não tá
falando com comigo, não tá
falando. Eh, tomou de graça.
Absolutamente de graça. Desculpe, Ran.
Eh,
mas entende o que eu tô dizendo?
Então, o que eu tô dizendo é o seguinte,
eu
achei, ah, eu
achei que o texto todo, a inclinação do
Ian, o que quer dizer, pá, onde quer
chegar e pá e não sei o quê e tal, tá
todo legal, tá todo legal, tá indo no
caminho interessante, mas para mim é
importante a gente não ter fragilidade
no nosso discurso. por exemplo,
apresentar
eh
apresentar que esta fala ela é
limitada, que dizer assim, veja bem,
muitas pessoas já tinham pensado sobre
isso e a gente tem o evento do al que
prova. Não, ele não prova. Ele não
prova, não prova, não prova nada, certo?
Não prova nada. Não aprova nada. Que a
gente pode dizer que o caso do Alend é
um exemplo de que em determinados
casos,
evidentemente quando a socialdemocracia
começa a
avançar, alguém puxa o tapete da
socialdemocracia. Por que que isso não
prova nada? Porque puxam o tapete de
todo mundo. Não é forte evidência de
nada.
Não é forte evidência de nada. Vocês
estão distorcendo a realidade histórica
do planeta Terra. Porque se isso fosse
evidência de qualquer coisa, a gente
teria que provar,
demonstrar, a gente teria que fazer uma
associação de que quando Júlio César foi
derrubado pelo
Senado, de quando ah
Uruque foi derrotada pelos exércitos de
não sei a quem, de quando Napoleão tomou
da Revolução Francesa, de quando não
prova nenhuma.
Não prova nenhuma. Nem sequer é um
indício
forte. Nem sequer indício forte
é. Porque existem outras causas para ter
acontecido
a a derrubada de
alien que não tem nada a ver com
burguesia e com economia e com o sistema
capitalista, entende?
Não tem nada a ver com
isso. Não tem nada a ver com
isso. Entende o que eu tô dizendo?
Existem outras
causas. O que incorpora a relação que a
gente tem com a América Latina nos
Estados Unidos e tal, tal, tal. É uma
coisa que vem lá do big stick
norte-americano que nada tinha a ver com
o desenvolvimento do capitalismo. Tem
mais a ver com geopolítica do que com
capitalismo. Tem mais a ver com
geopolítica do que com
capitalismo. Tem mais a ver com a zona
de influência dos Estados Unidos
especificamente do que a superação ou
não do capitalismo. É porque existe essa
mania no comunismo de dizer que tudo que
tá acontecendo a partir do século XIX é
uma disputa entre capitalismo e não
capitalismo. Isso não é verdade, pô.
Isso não é
verdade. Isso não é
verdade. E eu tô dizendo isso para
desmoralizar vocês. Não, eu tô dizendo
pelo contrário. Quando vocês falam dessa
forma com pessoas que não são marxistas,
vocês passam absoluta
vergonha. A não ser que o objetivo seja
fazer todo mundo falar a mesma
linguagem. E aí quando tiver todo mundo
falando a mesma linguagem,
vai ser todo mundo comunista. etc, etc,
etc. Se você não tá indo por essa linha,
que o objetivo é fazer todo mundo
falando a mesma língua, que isso vai ser
o comunismo, quando todo mundo disser
assim: “Eu sou comunista”, aí o
comunismo chegou. se o objetivo não for
esse de alterar a linguagem das pessoas.
Então, essa
redução, essa redução de que as coisas
que acontecem do século XIX para frente,
todas
elas, todas
elas se
fazem a partir de que há isso aqui é o
comunismo brigando com o
capitalismo. Essa tese é simplesmente
errada.
Essa essa tese tá simplesmente
errada. Ela tá errada e quem tiver
dizendo ela tá errado junto, entendeu?
Ela tá errada. E o que eu percebo é que
a maioria dos comunistas na internet,
que eu chamo carinhosamente de web
comunistas, raciocinam assim: “A tese é
eu mostrar como o capitalismo, como o
capitalismo é problemático, como os
caras que representam o socialismo são
menos problemático e, portanto, você
deve preferir socialismo ao
capitalismo.” Você tem tem que ser o
grupo dos socialismos. Você tem que ser
um produtor de vídeos socialismos. Você
tem que ser um bebedor de água
socialismos. Você tem que ser um um
dançarino nos socialismos e aí quando
todo mundo for socialismo junto, aí a
transição tá feita, né? Tá ligado o que
eu quero
dizer? Tá ligado o que que eu quero
dizer? Tá ligado o que que eu quero
dizer? Isso é
bastante
bastante
bastante
curioso. Bastante
curioso. Se a tese for de que quando
todos nós esvermos dizendo são
comunismos, o comunismos vem. Se for
assim, a tese ela tem um viés meio
pragmata naquele sentido que eu tava
falando, né? Quanto mais pessoa
acreditando, mais próximo a gente tá de
chegar lá.
Mas se a tese tiver relacionada com
outra
coisa, então é prudente que aquelas
pessoas que você converta para sou um
socialista não sejam pessoas presas em
bolhas, sejam pessoas que consigam
identificar, por
exemplo, que as causas de além de caí
estão muito mais ligadas à
geopolítica do que a comunismo versus
capitalismo. Que as causas da China está
sendo alfinetada por todos os Estados
Unidos e parte da Europa tem a ver com o
geopolítico e não tem a ver com o
capitalismo versus
socialismo. Se você consegue perceber
assim, você vai criar
leitores mais próximos da realidade para
fazer o que quer que
seja.
Entendendo? É isso que eu tô dizendo,
mas eu tenho certeza absoluta
disso. Pode fazer o que vocês quiserem.
Exatamente. Mateus tá dizendo assim, ó,
pode ser. Ah, até porque os golpes na
América Latina, a maior parte nem foi em
países com movimentos comunistas
expressivos. Porque aí veja, aí começa a
fazer sentido que se você tiver falando
que é uma questão de geopolítica e
claramente é uma questão de geopolítica,
ah, você pode pensar que você pode ter a
convicção de que se a vitória na
geopolítica fosse da União Soviética, aí
sim você teria uma chance de precipitar
o socialismo. Mas aí vê, você poderia
ter essa convicção, mas então
expresse-a, pô, expresse-a do jeito que
você
acredita. Expresse exatamente do jeito
que você acredita.
Porque um dia a máscara cai. Pô, se a
convicção é essa que é assim, ó, beleza.
Na Cuba não tinha socialismo direito, na
na, né? Tipo assim, pelo amor de Deus,
gente, quando
Fidel Castro chega no poder, ele não dá
duas para comunismo. Não dá duas
para comunismo. É isso que eu tô
dizendo aí. Veja aí, beleza. Aí na no
nos embates geopolíticos aí o o Fidel se
distancia dos Estados Unidos, se
aproxima da União Soviética. A sua
crença é eh e aí diga se for essa, a sua
crença é se a União Soviética fosse tão
forte a ponto de ir disseminando
partidos socialistas no mundo e eles
fossem chegar no chegassem no poder,
depois ia poder acontecer a transção.
Sua tese era essa, então defenda o que
você acredita, pô. É isso que eu tô
dizendo. Se a tese, defenda a tese, tu
acredita nisso, então defenda a
tese. Defenda a tese. Você diz assim, ó,
ó. União Soviética, sendo forte
influenciava no mundo. Várias pessoas
diziam que eram que eram socialistas só
para dizer, só para est de um lado das
potências globais, por exemplo, para
você poder brigar contra grupos
colonialistas. A tese é
essa. A tese é
essa. Defenda o que você acredita. É
isso que eu tô tentando dizer.
Defenda literalmente o que você
acredita. Não cria subterfúgio, senão a
gente não consegue conversar. É isso que
eu tô tentando
dizer. Eu não me importo com o que você
acredita. O que eu me importo é que eu
não consiga conversar com
você, porque você tá enfiando frase que
você não acredita só para convencer o
público. É, eu também acho que é uma
coisa que os tresquistas vão ficar
enchendo o saco pro resto da vida. Ele
diz assim, ó, a reabilitação da figura
de Stalin foi algo que deu certo nesse
sentido. Ser de esquerda e estalinista
do Brasil era extremamente reprovável
anos atrás. Mesmo coisa com a Coreia com
a Coreia do Norte. Teve uma coisa que eu
tava conversando com o o como é que é o
nome daquele do nosso camarada lá do
daquele vídeo de desenhinho? Como é que
é o nome
dele? Como é que é o nome do cara do
vídeo de desenhinho?
Como é que é o nome dele mesmo? Alguém
me ajuda aqui a lembrar como é que é o
nome
dele? Não, do do cara que fez de o do
Epifania
Experiência. Camarado do Epifania é
Alexandre, né?
Quando eu conversei com o Alexandre, ele
me disse uma coisa que eu achei muito
muito muito curiosa. Ele falou assim:
“Uma coisa que esses web comunistas
conseguiram fazer, que foi muito
que é impressionante, eles conseguiram
transformar em normal. Você dizer assim:
“Eu sou comunista”. É isso, eu sou
comunista. Ah, Stal Malvadão. Sim,
Stalin Malvadão. eu sou
comunista. Ah, veja bem, a Coreia do
Norte. Sim, Coreia do Norte. eu
sou
comunista. Entenderam? Isso foi tipo
assim, foi um ponto de vitória dos cara,
com
certeza. Não parece o fim do mundo. O
que eu tô acrescentando é o seguinte,
dizer isso, ó, veja bem, União Soviética
não é o pior dos mundos.
É
isso. Não implica, e é isso que eu tô
avançando, não implica. Você
necessariamente tem que dizer assim, ó,
a União Soviética foi os melhores do
mundo e não teve fome na Ucrânia. Não,
tu vai passar vergonha. A União
Soviética foi, não foi a pior coisa do
mundo e Stalin nunca perseguiu ninguém.
Tu vai passar vergonha. Entenderam o que
eu quero dizer?
vai passar vergonha e essa máscara vai
cair e um dia você vai passar ridículo.
É isso que eu tô tentando
dizer. Entendendo? Olha só, a União
Soviética não foi a pior coisa do mundo.
Sim, sim. Stalin fez merda. Tá. A União
Soviética não foi a pior coisa do mundo.
Sim. A União Soviética exercia
influência geopolítica e isso jogava
alguns países em guerra na sua briga com
os Estados Unidos. Entenderam o que eu
quero dizer?
Entenderam isso? Igual o o Breno no
debate recente que, enfim, aí tem gente
que acha, não, a gente tem que fazer
apologia, o cara foi pr pra disputa aí a
tem que dizer não, tudo que ele falou tá
certo, etc e tal. Não vou dizer, não vou
dizer. Sabe o que que é isso? Sabe por
quê? em em geopolítica, em em eh olha
só,
eh isso é clássico, todo mundo conhece
essa que é o seguinte, sabe qual é o
grande o grande lugar onde o tirano cai?
Onde o tirano cai?
Porque as pessoas acreditam nisso. Olha,
eu tenho que ser poderoso, eu tenho que
dizer o que eu penso, eu tenho que fazer
afirmação, eu tenho que ser
afirmativo, eu tenho que só fazer coisa
certa. Aí o que que a gente
tem? O que que a gente tem? Um grupo de
pessoas que vão se tornando fortes com
base nessa lógica de reafirmação,
reafirmação, reafirmação. E a pessoa se
torna tão forte, tão forte, tão forte,
tão forte. E esse sistema é um sistema
tão funcional de de alimentação do
poder que o tirano que ele vai ele vai
se tornando forte, poderoso e ele vai
criando uma estrutura que beneficia ele,
beneficiam as pessoas que estão debaixo
dele, mas a pessoa fica
insensível porque ele não recebe
crítica. inensível no no seguinte
sentido, ele não consegue ter um cara,
um cara que não seja um bajulador do
lado dele para dizer assim: “Cara, tu tá
falando merda. Se tu fizer isso aqui,
vai dar merda para você”. É todo mundo
repetindo, repetindo, repetindo,
repetindo que o cara não consegue ter
atenção de alguém que legitimamente tá
dizendo pro cara assim, ó: “Não vai por
aqui que
fodeu.” Entenderam o que eu quero dizer?
Você cria um sistema de bajulação, de
bajulação em cima de bajulação, que o
senso crítico paraa auto sobrevivência
da pessoa se prejudica. E o que eu tô
dizendo, eu não tô inventando, gente.
Isso é
clássico. Isso é
clássico. A pessoa não consegue receber
uma crítica que consegue desviar a
pessoa pro pro direcionamento correto,
pro benefício dela
própria, entendeu?
acha que toda crítica é um modo de
destruí-lo e etc e tal.
Ó, a gente vai lá agora a pouco, né, 7
horas, conversar lá na PCE sobre
organização de Ateus,
tá? É, todo mundo vira um elogio de mãe,
né? Entendeu?
Toda a crítica é tirada como ataque.
Toda a crítica tirada como ataque. E
ã toda a crítica tirada como um ataque.
Isso acontece.
E não se
percebe como as pessoas tentam fazer
eventualmente
críticas que estão tentando melhorar a
tua
atividade. É que ele é, como é que é o
meme lá do Ele é artista, tem que
elogiar ele. Ele é artista, tem que
elogiar
ele. Mas vocês entenderam onde que eu
quero
chegar? Aonde eu quero chegar? O que eu
quero chegar é o
seguinte, nós
conformamos em sociedade os
comportamentos uns dos outros.
Nós conformamos o comportamento uns dos
outros, seja com elogios, seja com
críticas. Se eu faço uma crítica como a
que eu fiz agora, né, falando que o essa
coisa de ficar insistindo que o além de
prova e etc e tal, bom, não tô dizendo
que ah, o discurso, ah, que absurdo, ele
falou uma coisa absurda. Tudo que eu tô
dizendo é o seguinte: “Olha, pensa
comigo. Eh, você usar um exemplo como
prova não funciona. Talvez seja
interessante trocar o discurso para
dizer assim, é mesmo, muito parecido que
ele já falou. Muito parecido que ele já
falou, dizer assim, ó: “O pensamento de
marxistas em geral é que tem uma
tendência interna da social-democracia
minar suas próprias
bases.” Um exemplo onde isso talvez
tenha ocorrido é o caso do Aliend.
Pronto, só mudar, só mudar o estilo da
frase, você já tá sendo mais preciso.
Pronto. Entendem o que eu quero dizer?
Dizer isso significa que eu tô
insultando o cara, que eu não tô dizendo
nada disso, que eu tô humilhando, que eu
tô brigando, que eu tô tentando mostrar
que é melhor, que não sei o quê. Não é
isso. Entenderam? Não é isso. Não é
isso. Pedro, quantos anos você tem,
velho? que pariu, brother.
Quantos você
tem? Não, eu acho que a tese tá errada.
A tese tá errada. A tese tá errada. A
tese de dizer que a
lende a o caso do Alend prova, porque eu
já vi ele falando isso outra
vez, dizer que a tese do alde prova que
a socialdemocracia não funciona. Não
prova nada, pô. não prova nada que as
circunstâncias são bem
particulares. Então é é discutível
sequer se tá colocado ali um caso de de
discussão de implementação do do
socialismo por via
democrática e sobretudo e aí sim é
completamente
discutível eh completamente discutível
se
ã porque ele tá numa circunstância onde
acontece em vários outros casos em que o
socialismo não tá
colocado. Por que que para mim é
importante dizer isso especificamente?
Porque a fundamentação, porque se a
fundamentação do do desse tipo de
discurso for
correta, ele vai servir contra um monte
de coisa que você defende. Por exemplo,
uai, se a união, vou te dar um exemplo
aqui fácil. Ah, é, então além de prova
que a socialdemocracia não funciona,
então tá bom. Então, a queda da União
Soviética prova que a União Soviética
não
funciona.
Percebe? Percebe o que eu tô dizendo?
Uai, se teve um caso que caiu porque
tava tentando o socialismo democrático,
então em uma só lavag, se eu for
liberal, eu vou falar, você tem razão.
Além de mostra que o socialismo não
funciona pela via democrática e a RSS
prova que a a o a versão lá de Lene não
funciona, não é isso?
Ora, percebe?
Então, se você concretiza isso e repete,
repete, repete, um dia alguém vai te
pegar no contrapé e aí você vai
ficar. Então, veja por que que eu acho
importante dizer essas
coisas, porque se eu digo isso, se eu
demonstro isso para vocês, se eu coloco
por A + B, você vai parar de usar. Então
eu tô pensando no teu mal, não. Eu tô
tentando determinar o seu comportamento.
Então eu não tô te criticando por te
criticar. Eu tô tentando melhorar a
nossa capacidade discussiva com base na
realidade, não e wishful thinking.
Entenderam? Porque se eu ficar
dizendo, se eu ficar dizendo para vocês
que essa forma é perfeita, pode repetir
que vai dar bom. Você vai
comando você chegar no local que alguém
te confrontar com isso, você vai se
Eu vou dizer o
quê? Eu vou dizer o quê?
Eu avisei, não
avisei. Você plantou a bomba. A bomba
que eu avisei um ano
atrás.
Entenderam? Entenderam?
Agora vocês percebem que é difícil eu
colocar sequer uma posição tão boba
quanto essa? Vocês percebem que o tema é
pequeno,
né? Vocês percebem que o tema é pequeno,
é uma coisa completamente lateral. Agora
imagina se eu vou falar sobre a China,
sobre uma coisa mais complexa e etc,
etc. Veja, se eu tava falando sobre uma
coisa tão lateral como essa de dizer:
“Olha, se você diz que o alend no caso,
etc, funciona como um todo, então você
teria que aplicar a mesma coisa.” É uma
coisa tão lateral e ainda assim vocês
estavam resistindo.
Imagina se eu disser a mesma coisa sobre
coisas mais polêmicas, o tanto que eu
não vou ter que ouvir de vocês. Você
trai o movimento, você é um desgraçado,
você é um filho da você é um
merda, você tá tentando isso, você tá
tentando assado. Não é assim que
acontece? Então o que eu queria dizer é
o seguinte. Na minha cabeça, certo? Na
minha cabeça, é muito fácil compreender
que se eu tentar mudar a cabeça de umas
pessoas numa rede de pessoas, a gente
consegue induzir o comportamento
coletivo de grupo para alguns lugares
melhores. Não que eu tô certo sempre,
né? Não que eu tô certo sempre, não é
isso que se trata, mas o compromisso com
tentar estar certo. Entendem? Quando eu
tava falando aqui sobre o negócio de
alí, eu não tava tentando falar isso
para parecer o mais certo, para ganhar o
posto de patriarca, de que pariu,
para ganhar a inscrição. Não tem nada a
ver com isso. O que eu tava tentando
dizer é, se a gente se conformar mais, a
realidade vai ficar melhor pra gente.
Era aquela premissa que eu tava
tentando. Só que se eu se eu não consigo
convencer vocês de que a a o principal
motor é tentar dizer o que é verdadeiro
e não ganhar a luta, vocês vão sempre
olhar desconfiado para mim. Sim, Pedro,
mas você tá dizendo isso para quê?
Mas você tá dizendo isso para
quê? Não, errar é normal. Errar todo
mundo vai. Tô dizendo o problema de
mentir. Porque às vezes as pessoas
acreditam que mentir é melhor. Ah, mas
tudo bem, Pedro, eu entendi o que você
tá dizendo, mas isso não tem
possibilidade de convencimento. Aí eu
vou falar, não vai por aí,
entendeu? Não vai por aí. Errar é
normal, errar todo mundo erra. Mas
quando a pessoa tá tá dizendo assim, às
vezes as pessoas dizem isso, gente, não
é pouca gente não, diz assim, ó, eu sei
que isso que a pessoa tá dizendo não é
verdadeiro, mas será que isso não é útil
para convencer as pessoas? Eu falo:
“Não, gente, volta para cá. Se vocês
forem para aí, a gente vai se foder.” Se
eu digo isso para vocês, não tem um
monte de gente que me
ataca? Tá vendo? O, o Lari tá dizendo
isso aí parece idealismo. Eu tô dizendo,
que eu tô dizendo é o
seguinte, isso é muito claro, isso é
muito óbvio.
Eh, é, vou aí se v falar que eu menti,
errei, desenformei, chutei o cachorro,
comi doce na frente da velinha diabética
em jejum indo pra missa das seis.
Exatamente. É, então assim, fim
justificou os meses, sei lá. Que
Ah, mas veja só. Eh, o que eu tô
tentando dizer é o seguinte. O que eu tô
tentando dizer é o
seguinte,
claramente, claramente a gente tem um
bocado de pessoas que entendem isso que
eu acabei de dizer, que a gente tem que
mentir para fazer maioria, porque
enquanto a gente mentiu fazendo maioria,
quando a gente fizer maioria, a gente
vai com poder, aí a gente faz o que a
gente quiser. O que eu tô dizendo é o
seguinte: se a gente convence as pessoas
de ir por esse caminho, você chega lá,
seja lá onde você vai chegar, você chega

enfraquecido. Eu também acho. Lain disse
assim, isso não é ética mínima, Pedro,
tipo, não ficar brincando de peão
blanquista querendo dar golpe secreto.
É, é isso. É, é literalmente isso, tá?
Então assim, a Lain me descobriu, é
exatamente o que eu tô falando, né?
Então o que eu tô dizendo é o seguinte,
que a gente tem que conversar com as
pessoas sendo honesto. A gente errar é
normal. Agora, se a gente acredita
realmente que tem que mentir o tempo
todo, porque veja só, relaxa, que a
gente só tem que convencer o público,
chegando lá a gente faz o certo. Meu
Deus do céu, isso aí é é a é a síndrome
do espião blanquista. Exatamente essa. A
gente vai enganando todo mundo. É só a
gente fazer maioria. Quando a gente
fizer maioria, deixa que a gente faz. É
esse que é o meu
problema, que eu sinto que tem uma
síndrome de espião blanquista no
comunismo brasileiro. É exatamente isso
que eu sinto. É exatamente isso que eu
sinto. Que aí quando a gente fala assim,
olha, olha, eu acho que o camarada aqui
cometeu um erro. Pera aí, cometeu um
erro. Você está dizendo isso porque você
quer expor, porque na verdade você quer
estar no lugar dele, porque não sei o
que. gente. Eu só tô comentando
que eu acho que tá errado. Posso,
inclusive eu posso estar errado, mas eu
só tô dizendo que eu acho que tá errado.
Entenderam?
É, exatamente. Ainda tem isso. O
problema é quando o enganado chegar do
poder, né? Porque aí ele acredita em
tudo aquela aquele monte de merda que
ele tá propagando. Ele chega lá, como é
que ele vai administrar sendo que ele
acredita mesmo naquelas
merdas? Mas aí é que tá. E o Rafael
disse assim: “A direita é somente, só tá
ganhando.” Ganhando o quê? O mundo tá
acabando,
tá ganhando o quê? O que que tá
ganhando? Esse é um pouco do sentido que
eu tô dizendo. Tipo assim, você ganhar a
presidência da República, literalmente o
Trump ganhou a presidência da República.
A a a e os Estados Unidos tá para virar
a
quinta economia do mundo e etc e tal.
Ele ganha pessoalmente, mas na hora de
administrar o país tá indo pro lugar do
tá tá ganhando. Os Estados Unidos foi
estável.
Os Estados Unidos foi estável desde
quando caiu a União Soviética. A gente
pode chamar isso de pais
americana. Vocês
acham? Vocês acham mesmo? Vai educar a
vanguarda toda para mentir para
Vocês vão levar vocês vão levar o o o
Brasil para
Chernobyl. Ah, ela ganha. Ganha,
Ganha, ganha a do da
presidência da República. Para quê? Para
derreter o país, para ele rachar em
dois. Entende o que eu tô dizendo?
Ganhar suficiente. É isso que eu tô
falando. Olha, tem 10 anos que eu tô
falando a mesma coisa.
ganhar e ter maioria não é
suficiente. Se você não tem uma
inclinação, se você se você não tem uma
inclinação de criar quadros que sejam
capazes minimamente de direcionar as
pessoas pro caminho
verdadeiro, que tenham minimamente a
inclinação de fazer as pessoas
entenderem as coisas como são, você
ganha a presidência da república. Você
faz o que com essa merda? Entende?
Aí, veja, você pode chegar à conclusão,
eh, você pode chegar depois de tudo isso
que eu falei, tá? Estamos acabando o
vídeo, você pode chegar à conclusão de
dizer assim: “Pedro, eu entendo tudo
isso que você falou, mas eu
discordo aí eu vou falar: “Beleza, eu
vou lutar contra
você, eu discordo pelo”. Então aí aí é a
sua afecção, é a sua inclinação interna,
é sua vontade que vai estar assim se
inclinando para dizer assim: “Não, a
gente tem que mentir, a gente tem que
confundir as pessoas, a gente tem que
usar da mentira, etc. Você vai fazer
isso? Você vai fazer isso? Eu luto
contra você. Ponto. Eu vou lutar contra
você. Por que, Pedro? Não sei, cara. Eu
tenho uma inclinação interna para te
destruir. É
isso. Tá determinado pela natureza. Se
você tentar ir por esse caminho, eu vou
lutar contra você. Em que sentido? Só
fazendo
denúncia insistente, universal, de que o
caminho da mentira, o caminho da contr
de ignorar os fatos, esse caminho, esse
caminho não funcionará. Eu vou disputar
com você e vencerei ou luta, morrerei
tentando. Não tem, não tem, não tem o
menor não tem o menor não tem a menor
dúvida
disso. Então assim, mentir pro para
ganho pessoal, para chegar à presidência
da república, eu sei. mentir para ganhar
a presidência da república, tá tudo
certo.
Minta, certo? Quando eu tô dizendo
mentir, é fazer algo que é falso
intencionalmente. É diferente de você
realmente acreditar numa coisa que é
falsa, tá? Tipo assim, você acreditar
numa coisa que é falsa, certo? você
acreditar numa coisa que é falsa por
erro, por convicção, isso é legítimo,
normal e inalienável da condição
humana. Agora, o que eu tô dizendo é o
seguinte. Na minha visão pessoal, a
gente tem que aumentar a quantidade de
pessoas que dizem a verdade quando se
equivoca, se achamos legitimamente que a
pessoa se equivoca, no sentido de tentar
melhorar os nossos quadros, nas frases
que elas fazem, etc, etc, etc. Tá bom?
Se tentar dizer que tem que fazer o
contrário, eu vou combater isso, porque
eu acho que isso é prejudicial. Se você
legitimamente acha que não, que isso não
é prejudicial, que esse é o caminho,
luteaz em disputar com você a
consciência pública, porque você tá
errado. Eu vou vencer você. E você pode
do seu lado aí achar o
contrário. Mas vocês entenderam o que eu
quero dizer? Não tem a ver com um
exemplo específico de um erro específico
ou de outro ou de uma convicção ou de
não sei o quê. Mas se você
acha que a China é comunista ou que é
socialista ou etc, você acha de verdade
tá tudo certo. Se você acha de verdade,
tá tudo certo. Aí a gente conversa. Mas
se você não acha e diz isso só porque
você acha que isso é bom pro discurso,
aí eu vou disputar com você e eu vou
vencer. E eu vou vencer.
Isso. O próprio Ian falou isso. Próprio
Ian falou isso. Eu acho que o Ian tá bem
direcionado já há muito tempo. Já há
muito tempo. Há muito tempo. E aliás eu
comecei a discutir com o menininho lá
exatamente porque o Ian tava bem
direcionado nesse sentido, né? Então
presta atenção. O problema não é você
cometer erros. E aí por fim falo do do
vídeo que o Gustavo acabou de fazer.
Vocês viram que o vídeo do Gustavo fez
respondendo Jones lá?
Ó, Gustavo tá de parabéns, viu? Ele fez
exatamente ele ele. Ó, eu vou, o que eu
quero dizer o seguinte, o que o Gustavo
fez nesse último vídeo que ele acabou de
fazer é o show do Eu avisei, eu avisei,
eu avisei, eu avisei.
Certo. Que que ele fez? Ele fez o
seguinte, olha
só. Beleza. Eu sou irônico de vez em
quando, às vezes eu fui meio escroto,
mas todo mundo é. que pariu, vocês
também são de porcelana para
Ele não falou isso. Mas assim, gente,
todo mundo é, todo mundo vacilou, eu
vacilei. Tá bom, tá certo. Agora vamos
debater os
fatos. Agora vamos debater os fatos.
Vamos falar das coisas.
Aí ele falou: “Olha, ó, eu não sou a
melhor pessoa do mundo, nunca fui, não
pretendo ser, mas se um do das coisas tá
sendo falada é que não conversam comigo
porque eu subo nos rotos, porque eu não
sei o que, pi, poopó, pererê, poó pó,
vai ficar com essa conversa. Então
beleza, eu vou fazer um esforço
objetivo. Eu não sou esse tipo de
pessoa, mas eu vou fazer um esforço
objetivo para mudar na forma, para não
ficar brigando nas coisas do pessoal.
Ah, porque ele é feio, porque ele é
bobo. Olha, porque ele parece o Vegito.
Inventaram essa do
G. Inventaram essa do Gustavo Machado
porque ele tá com as entradas aqui.
Disseram que ele parece. Ah, vocês vão
tomar no cu vocês aí.
Vou se
Aí veja aí. Não, porque não sei o
quê, porque não sei o quê, porque eu vou
viip poó, etc e tal. Aí,
ah, aí ele tá dizendo assim, ó: “Veja
só, vamos debater sobre o
assunto. Se quem quiser conversar sobre
o assunto. Ninguém tá obrigado a debater
comigo, tá tudo certo, mas vou conversar
sobre o assunto. Veja o que eu quero
dizer com isso.” Mas eu vou o quê?
Aonde?
Tá? Eh, o que eu quero dizer com isso é
o seguinte, ele ganhou na forma aqui,
viu?
Ele ganhou na forma aqui. Éí o que eu tô
dizendo do ponto de Ah, não, porque eu
jogo xadrez em 4D, porque não deboche
porque não sei o quê, porque não sei que
lá. O que eu tô dizendo, o que eu tô
dizendo é que ele ganhou de ab, tipo
assim, nessa
fotografia, ele ganhou de maneira
absolutamente clara, de maneira
absolutamente clara na
forma. Ele antecipou a
forma. Então, veja, se todo mundo ficava
falando que ele brigou, que ele subiu em
cima, que ele não sei o que, não sei o
que, ele falou: “Tá bom, beleza”. Lá
para trás a gente brigou e discutiu:
“Daqui pra frente eu não vou fazer
mais”. E aí, qual vai ser o argumento
que a pessoa vai usar
depois? O que eu tô tentando avisar para
vocês, o que eu tô tentando avisar para
vocês é que vocês às vezes acho que
jogam muito xadrez 2 bilhões de
D. Você vão perder na forma e no
conteúdo. Vai perder na forma e no
conteúdo. Se não mudar a atitude, vai
perder na forma e no conteúdo. E eu vou
cantar o
quê? Não vai ver.
É isso. O
[Música]
irracionalismo é exatamente
isso. A gramática de agora é o
irracionalismo, mas vai
passar. A gramática de agora é o
irracionalismo, mas vai
passar. Entendem? A gramática de agora é
desse momento, a do tempo presente, é o
irracionalismo. Mas vai
passar, vai
passar, vai
passar. E o que eu posso dizer para
vocês é o seguinte: pode passar no meu
tempo de vida e eu vou ficar muito
feliz.
E se não
passar, E se não passar, eu vou morrer
lutando contra isso, porque eu não vou
vender a alma para essa merda.
Entenderam? Entenderam?
Veja vocês, a sensação que eu tenho que
muitos de vocês são
demasiadamente demasiadamente
utilitaristas no sentido de, ah, veja
bem, eu não sei se vai passar,
então. Então, veja, não sei se vai
passar, então eu vou jogar um jogo. Eu
vou falar, eu vou jogar meu jogo,
prefiro morrer lutando
contra. Prefiro morrer lutando contra.
Quero nem saber, pô.
Prefiro morrer lutando contra. Eu
prefiro ser derrotado. Eu prefiro
terminar esse canal com uma pessoa só
assistindo esse canal, lutando
contra. Prefiro terminar uma pessoa
nesse canal lutando contra do que eu
vender a minha cabeça para
irracionalismo imbecil de
internet para ganhar view, para surfar o
que os outros fazem. Eu preciso, eu
prefiro morrer brigando com isso do que
entregar a minha cabeça para surfar um
negócio que eu sei que é de
momento. Entenderam? Eu aposto no cavalo
de que isso muda na minha vida ainda. Se
não mudar, eu vou até o final defendendo
que é certo. Aí você pode dizer: “Mas aí
é idealismo da sua parte?” Não, isso é
ser homem, né? Que vocês não são. Isso é
ser
homem, certo? Isso é ser homem. Isso é
ser homem. que vocês não são. É
exatamente isso. É exatamente isso.
Veja, tem tudo a ver com o que a gente
conversava no início da da discussão.
Tem tudo a ver com o que a gente
conversava no início da discussão, que é
o seguinte: a gente não sabe as
incógnitas do futuro, Lembra que
a gente falava disso? Que a gente não
sabe as incógnitas do
futuro. Você percebe que a gente não
sabe? A gente não sabe as incógnitas do
futuro. Eu tô dizendo, eu tô te dando
fundamentos para acreditar nisso. Eu tô
te mostrando porque que a gente vai
defender
isso. Eu tô te mostrando que tem, a
gente não sabe o que vai acontecer, mas
eu tô dizendo: “Olha, existe chance da
gente ganhar, existe fundamento para
isso, existe demonstração de que isso
funciona. Existe, existe, existe,
existe, existe.” Aí tô dizendo, existe
esse cavalo para você apostar, porque
você não sabe todas as incógnitas. Então
eu tô dizendo, vou apostar nesse cavalo.
Aí você fala: “Ah, não, você tinha que
apostar no cavalo contrário. Vou falar:
“Então aposta e eu te vejo no campo de
batalha das
ideias.
Aposta, aposta no cavalo contrário. Vá
feliz. Agora eu não vou deixar você
desmoralizar a nossa aposta porque isso
funciona igual a exército. Se eu tô no
exército e eu tô falando assim: “Olha
gente, eu preciso juntar 100 pessoas
para enfrentar essas 50 do outro lado”.
Aí você entra no meu grupo e começa a
falar assim no ouvido das pessoas: “Mas
você sabe que esse esse esse plano de
você não vai dar certo? Que que eu vou
fazer com você, meu querido? Eu vou
brigar com você. Porque cada vez que
você enfia na cabeça de um ouvinte meu,
não vai por aí não, porque isso aí é
idealismo. Isso aí não vai dar certo
não. Cada vez que você faz isso, você
aumenta deterministicamente a minha
chance de ser derrotado. Então é óbvio
que eu vou brigar com
você. Cada cada cabeça que você convence
pro irracionalismo é uma cabeça que você
tá tirando do meu exército. Ou seja,
você tá aumentando a chance de eu me
Então eu não vou brigar com você.
Vou brigar. Claro que vou brigar. Claro
que vou brigar. Mas é 100% de óbvio que
eu vou brigar, certo? Porque você já tá
na guerra. Você já tá na guerra. Você já
tá disputando
cabeça. Que disputa é essa que eu tô
fazendo? Gente, não minta não,
pô. É A única coisa que eu tô
dizendo é o seguinte, gente, não entra
na internet para mentir,
não. Duas horas para dizer para vocês.
Gente, não entre na internet para mentir
que isso vai dar
merda. Beleza? Vamos combinar assim. A
mensagem tá dada. Eu não vou mudar. Eu
não vou arredar pé dessa trincheira.
Certo? Não minta na internet porque você
acha que isso tem capacidade de
convencimento. Se você mentir, eu vou
est aqui para dizer: “Tá mentindo,
Tá todo mundo
vendo. Certo. Tá mentindo, tá todo mundo
vendo. Não quer ser alvo das minhas
críticas nesse sentido? Não minta,
Não minta. Vai dar tudo
certo.
Tranquilo. Deu para entender? Porque
quanto mais a gente aumenta a quantidade
de pessoas do nosso lado que não mentem,
que são honestos, que falam assim:
“Olha, eu não os conheço desse assunto,
eu cometi um erro nesse assunto”, que às
vezes tem isso também. Às vezes o
pessoal comete erro, aí você fala assim:
“Tá mentindo?” Não, às vezes é só um
erro. Calma, mas o que eu tô estimulando
é uma coisa que só você controla. Você
tá me ouvindo?
Não tem ninguém que pode te obrigar a
não
mentir. Se você viu um negócio, se você
entende o negócio, não diz que você viu
o contrário. Não diz que você entende o
contrário. Seja honesto consigo
mesmo. Certo? Se você fala alguma coisa
que é falsa, sem intenção, não é
mentira, tá? Tô definindo mentira de
maneira muito clara. Só quem
consegue, só quem consegue fazer você
não mentir é você mesmo. Eu só posso
pedir para vocês. E aí eu tô dizendo,
não
minta. Pode ser. Se tentar mentir, se
tentar distorcer dado, se tentar não, a
gente vai ganhar sim. Vai ganhar, não.
Vai ganhar, não vai ganhar, não. É muito
mais. Aí você fala assim: “Mas a direita
faz isso”. Mas a direita não tem que
fazer nada, né? A direita é só dizer
assim, ó. Tá vendo o mundo que tá? Não
precisa mudar. O esforço dos caras é
esse, né?
Ó, eu vou chegar lá e não vou mudar o
casamento. Eu vou chegar lá e não vou
mudar as relações de trabalho. Eu vou
chegar lá e não vou mudar a estrutura da
sociedade. Eu vou chegar lá e não vou
mudar a cultura. E você pode mentir o
que você quiser, né? Ó como é que o
mundo é perfeito. Olha como no passado
era melhor. Você mente o que você
quiser. Você não tá propondo nada.
Agora, se você propõe assim, vamos
construir um barco e você não sabe
construir um barco, né? É, fica mais
difícil, né? Percebe? Você não tá na
mesma posição da direita. direita. Mas
você não tá propondo a mesma coisa que a
direita,
né? Você tá propondo uma proposta de
futuro. Se você mente sobre essa
proposta de futuro, você vai cair no
mesmo lugar. Você vai virar presidente
da República e não consegue levar
ninguém para lugar nenhum. Não é isso?
Moral da história, não minta, porque
deterministicamente,
deterministicamente, errar não é mentir,
né? Deixa eu colocar isso aqui. Pronto.
Errar não é mentir. É bom lembrar isso,
né? Errar não é mentir e falar alguma
coisa errada. Não tô falando disso, tô
falando eventualmente. Se você tá
dizendo uma coisa que você sabe que é
falsa, pare de fazer
isso. Você não vai levar ninguém a lugar
nenhum,
certo? Você não vai levar ninguém
absolutamente em lugar
nenhum. Certo?
Não
minta, não minta, não minta. Pare
imediatamente de mentir. Mentira feio.

certo? Não minta. Por que não minta?
Porque
deterministicamente você aumenta a
quantidade de
erros que uma cambada de pessoa que te
segue, que uma cambada de pessoa que te
segue vai ter em
sua vida pessoal e em sua articulação
política.
Ninguém tá dizendo que você não mente,
nunca poderá mentir. Nunca aconteceu de
você mentir. Deixa de ser imbecil. O que
eu tô dizendo é o seguinte: se a gente
tem um grupo de
comunicadores, certo? Se a gente tem um
grupo de comunicadores que
sistematicamente tão dizendo coisas
falsas de maneira intencional para
convencer o público, você distorce a
capacidade humana da sociedade que tá
ouvindo esses comunicadores para
entender as coisas que estão acontecendo
à sua volta. você diminui a capacidade
de agir em coletivo. Você minimiza a
capacidade política de de ação
verdadeira. Entenderam? Não é assim:
“Ah, mas aí teve uma menina que
perguntou se tava bonita”. Aí eu falei
que o cabelo dela tava bonito, mas eu
não achava que o cabelo dela, ah, vão se
para lá, né? Não tô dizendo disso,
não. Tô falando assim, se você tem uma
estrutura de pessoas que eventualmente
fazem muitas afirmações que eles sabem
que são falsas, isso vai conformar um
público de mais de milhares de pessoas
que vai estar informando o falso. Só
informar o falso vai ser fácil
desbancar. Você enfraquece a tua própria
equipe. É isso que eu tô dizendo. Isso é
completamente diferente de uma fala que
tá equivocada ou não, que não é do que
eu tô falando, tá certo? Quando eu tava
mencionando lá o negócio do
do Iant falado sobre o Alen, eu não
falei que ele tá mentindo, eu acho que
ele acredita mesmo naquilo que ele
falou. Isso tem nada a ver com mentir,
tá? E o que eu tô apontando é exatamente
o que eu queria apontar com essa essa
esse último vídeo do Gustavo que ele
acabou de gravar, que bom, ele não ele
não acusou ninguém de mentir. E e aí eu
não tô dizendo que eu tô acusando
ninguém de mentir, até porque, como eu
disse, você só tem como saber se a
pessoa tá mentindo ou não entrando na
cabeça da pessoa. Não tem como entrar na
cabeça da pessoa. O que eu tô fazendo é
uma convocação coletiva. Quanto menos a
gente mentir intencionalmente no
YouTube, mais forte fica o nosso campo
na disputa de ideias no YouTube. É isso
que eu tô dizendo, entenderam? Eu não
tenho como inferir a intenção da pessoa
quando ela tá falando uma coisa que é
falsa. O que eu tô dizendo é que só você
pode controlar. Só você pode controlar.
Então eu tô dizendo as vantagens da
gente dizer a verdade, as vantagens da
gente não ficar dizendo o falso de
propósito. É isso que eu tô dizendo. Se
disser o falso de propósito, enfraquece
o grupo e não o contrário. É isso que eu

dizendo. É determinístico. Se você tem
uma tendência de dizer o falso de
propósito, tendencialmente o seu time
vai ficar mais enfraquecido na disputa
pública. É isso que eu tô
dizendo.
Então
não,
não,
porém mesmo no sentido
estratégico faz sentido o que eu tô
dizendo. Entendeu? É isso que eu quero
dizer. O que eu tô dizendo é o seguinte.
Por que que eu acho que é importante não
desenformar? Por quê? De maneira
intencional, porque não se deve
desenformar. Por
isso é em si mesmo. Por que você não
deve desenformar de maneira intencional?
Você não deve desenformar de maneira
intencional porque é
errado, porque piora a condição humana
no mundo.
Ponto. Além disso, para quem acha que
isso tem funções estratégicas, ah, não,
tem uma mentirinha estratégica aqui que
a gente pode usar, que eu tô dizendo é
se você acha isso, eu tô dizendo, nem
nisso tá certo. É isso que eu tô
dizendo. Então, tem duas camadas. Por
que que você não deve falar o falso em
público na internet? Porque
desinforma. Então você deve tentar
evitar. Nem sempre você vai conseguir.
Às vezes você informa errado. Tá tudo
certo, todo mundo faz. Mas você deve
tentar. Por quê? Porque é o correto a
ser
feito. Agora se você acha que você deve
desenformar
intencionalmente por causa de uma tática
em 4D, eu tô falando, nem a tática em 4D
funciona. São duas afirmações
diferentes, sacou?
É isso que eu tô dizendo. E eu vou
tancar essa até o final. Eu vou tancar
essa até o final. Rindo,
rindo, tá? Vou tancar essa até o final
rindo. Vou tancar essa até o final
rindo. Tá bom? Então, eu termino o vídeo
de hoje dizendo o seguinte, ó. Sabe o
que que é sabe o que que é de
política? É porque eu posso dizer tudo
isso para vocês e vocês podem dizer
assim: “Pedro, mas eu discordo aí eu vou
fazer assim. Eu vou fazer o
quê? Pedro, mas eu não concordo não.
Acho que tem que mentir
mesmo. Eu não posso fazer nada. Vocês
entendem?
Pedro, eu não acho. Eu acho assim que
tem vezes que a gente tem que dizer a
verdade, mas tem vezes que a gente tem
que fazer uma luta, porque veja bem, aí
quando o cara tá mentindo, a gente tem
que jogar na mesma linha, porque aí eu
vou dizer assim para você, vou fazer o
que, cara? Eu já dei os
argumentos. Os argumentos estão todos
dados aqui,
ó. Os argumentos estão todos dados.
Estão todos
dados. Eu não posso fazer nada.
A minha posição é a seguinte, em relação
a isso tudo. Na medida em que a gente
tenta ser honesto naquilo que a gente
acredita, defendendo a posição que a
gente tem, a posição que a gente tem de
verdade,
né? A gente pode ir refinando a visão
dos nossos amigos quando eles são nossos
amigos. O inimigo discorda e
não tem o que fazer, entendeu?
cara que quer te ver numa cova, o cara
quer te ver você não argumenta
com esse cara. Esse cara não quer saber
de você, ele não vai prestar atenção.
Agora, se você tá falando com pessoas
que acreditam em coisas parecidas, que
querem a melhora, que querem, certo? Se
você tá com o teu brother
conversando,
eh, assim a gente consegue
avançar. Quanto cara que tá lá do outro
lado mentindo para aí,
né?
tem que ser feito. Então eu não posso
impedir
vocês. Eu não posso impedir vocês. Não
posso impedir vocês. Não posso fazer
vocês concordarem comigo. Se você não
concorda, você não concorda,
pô. Isso do ponto de vista pragmático. É
isso que eu tô pensando, ó. Porque você
prioriza o longo prazo mesmo que as as
custas dos ganhos a curto prazo ou na
verdade do prejuízo em curto prazo.
Pronto, você pegou. Do ponto de vista
pragmático, essa é a
diferença. O que eu tô tentando é
plantar uma bomba intergeracional, né?
Eu não tô preparado com a eleição do ano
que vem, entende?
Tô dizendo, se a gente constrói uma
imagem coletiva nesse sentido, se a
gente mostra que a gente tem uma
capacidade de revisão dos próprios e, se
a gente mostra que a gente consegue
aprender com aquilo que no
desenvolvimento de um prazo médio, 15
anos, 20 anos, 30 anos e etc e tal, as
pessoas vão começar a perceber que o
grupo onde estamos inseridos merece
mais merece mais respeito, merece mais
seriedade.
vai olhar com o cara, entendeu? Não é
uma coisa para 5
anos. O efeito é que eu tô pensando
exatamente esse. No longo prazo, numa
marcha
maior, numa marcha maior, onde você tem
a habilidade de discutir com as pessoas,
consegue mostrar melhor quem vocês são.
Se você tem
a inclinação para mentir, para tentar
fazer realização do que você faz, na
longa marcha você vai perder.
Na longa marcha você vai perder.
Tranquilo, tranquilo. Posso estar
errado, posso, mas eu sei no que eu
acredito. Eu sei o que eu não
acredito. Eu sei que eu não
acredito. Não, cara, eu não tô falando
para você. Vamos lá. O Gilbert falou
assim: “E se você se acontecer algo
inesperado, é necessário fazer algo a
culto pr?” se você tá sendo
torturado e alguém tá dizendo, “Entregue
as pessoas”. E você diz, “Elas não
estão. Eu não sei onde elas estão. Eu
não sei onde elas estão”. Não é disso
que eu tô falando, né, meu querido? Eu
tô falando para você falar, eu tô
falando de debate público,
tá? Tu tem uma circunstância concreta na
qual eu tô falando. Debate público, tô
falando de canal de YouTube, tá?
Tô falando, você não entra no YouTube na
cara mais lavada do mundo e fala assim:
“Não teve fome na Ucrânia”. É disso que
eu tô
falando. Tô falando de debate
público, tá bom? Não é a regra universal
do planeta. Ah, pelo amor de Deus.
F de debate público, apresentação
pública que você faz de si mesmo. Você
chega lá e tenta enganar os outros,
tenta torcer os outros para lá e para cá
e
etc. Tô falando de debate
público. Ah, tal, acabei de dizer,
que
pariu. Eu não tô dizendo que você não se
fortalece. Você pode se fortalecer, mas
você se fortalece para quê? Aí você
chega na presidência da república, o
Bolsonaro fez o que ele queria, não.
Provavelmente ele vai ser preso. Hitler
ganhou a Alemanha, ele conseguiu o que
ele queria, não. Ele terminou morto,
Ah, não, mas o Alend foi lá e
conseguiu o que ele queria e etc e tal e
etc e
tal. Consegue o que você quer paraa vida
pessoal. Eu tô dizendo a transformação
política. Você consegue fazer a
transformação política que você quer?
Você muda o mundo. É isso que eu tô
perguntando para você. Você muda o
mundo, você implementa a mudança do
mundo mentindo. Me dá um exemplo
só. Dá um exemplo só e que não seja
reacionário, né? Me dá um exemplo de
esquerda que mudou o mundo assim,
mentindo para que a mentira foi
útil para
foi boa para
O Trump tá afundando os Estados
Unidos.
Mas tá fortalecendo para quê? Para quê?
Fortalecendo para quê? Para matar as
pessoas. Esse
objetivo. Qual é o
objetivo? Não, mas aí assim, velho, ele
vai ser preso, mas a extrema direita se
fortalecendo para quê? Para que
objetivo?
Para que
objetivo? Para que
objetivo? Então, o objetivo que você
tem, o objetivo de que você tenha qual?
Qual é o seu objetivo? Me diz qual é o
seu objetivo. Seu objetivo é qual?
Chegar no poder. Você vai me dizer agora
qual é o seu objetivo? Ar no
poder. O seu objetivo é tomar a posição
deles para justificar o sistema em
crise. Não, preciso saber qual é o seu
objetivo. Eu preciso saber qual é o seu
objetivo. Qual é o
objetivo? Você tem algum objetivo?
Porque se o meu objetivo for manter o
sistema, eu concordo com você. Só que se
o seu objetivo é aumentar a participação
popular, se o seu objetivo é informar as
pessoas, se o seu objetivo é ter, se o
seu objetivo é só de cima para
baixo, então é porque os objetivos são
diferentes. É por isso que as conclusões
são diferentes.
Pô, se o seu objetivo é só chegar lá
para você de lá de cima fazer as coisas,
aí a forma de fazer essa mesmo. para
todo mundo, convence todo mundo com uma
porque é isso que eu tô
dizendo. Se você se você tem um objetivo
de você próprio, você próprio, fazer as
coisas manipulando os
outros, aí é assim
mesmo. Aí é assim mesmo. Continua
mentindo. Se o seu objetivo é esse,
então então assim, se o seu objetivo é
esse, substituir os caras no papel que
os caras
exercem, quer est trabalhando lá do
posto de chefe de estado para manipular
as pessoas, para colocar em prática
aquilo que você consegue em relação ao
sistema econômico que tá dado, você vai
fazer a mesma coisa que Bismar fez. É
esse o objetivo?
É esse o objetivo. Você vai fazer a
mesma coisa que Bismark
fez. O objetivo fazer industrialização
igual o Bismarks fez daquela forma ali.
Ou seja, você substitui a classe
trabalhadora porque dá resultado, né? ou
que nem aconteceu aqui no no Brasil com
o com o nosso ditadorzinho aqui do
Brasil, você substitui a classe
trabalhadora, dá os interesses para ela.
O Bismarc foi que criou o sistema
previdenciário. Então é isso que você tá
dizendo. Então você substitui a classe,
dá dá a a classe trabalhadora alguma
coisa para ela aquiietar a
bunda, se orquestra com o pessoal de
cima. É esse o objetivo, substituir. Se
for substituir, porque eu preciso saber
qual é o objetivo, que se o objetivo for
substituir, aí é assim mesmo, tem que
fazer.
E eu vou estar aqui para dizer, ó, vocês
são subs, vocês são
substitucionistas, vocês
são tem o nome isso,
né? Você quer fazer igual o Getúlio
Vargas fez, sobe você sozinho, bloqueia
todo mundo, proíbe os partidos, aí você
cria lá as leis trabalhistas, você cria
a industrialização do país. É isso que
você quer fazer? Pois eu vou estar aqui
para
denunciar, porque isso tem consequência.
Certo? Quer fazer igual vagaras, quer
fazer igual porque dá para fazer assim,
só que eu vou estar aqui para denunciar.
É isso que eu tô
dizendo, porque eles tem nome,
Porque o que acontece é que tem
um monte de gente que quer fazer igual
Vargas, que quer fazer igual
Otombism, só que não quer admitir. Esse
é o problema.
Entendeu? É porque dá para fazer. Você
tem razão. Tá tá dizendo assim, ó: “Eu
não sou a favor de mentir, eu só tava
questionando.” Então, meu meu ponto é
assim, é o seguinte, Tes, que quem diz
isso que você tá dizendo, “Ah, você tava
só fazendo advogado do diabo, mas quem
diz isso que você tá dizendo, pensa
desse jeito, vai
substituir.” Então, assim, eu minto pras
pessoas que eu não preciso das pessoas,
eu preciso do apoio delas, entendeu?
Aí você vai dizer assim: “Não, Vagas o
melhor presidente,
Otombe. Eh, Mussolini, o melhor
presidente.” Bom, você pode acreditar no
que você quiser, mas diga, diga, diga.
Você quer substituir? Fala. Ou você vai
ficar mentindo nisso também. Diga, você
quer substituir? Porque quando você
puder, você disser assim, eu quero
substituir. Quando você disser assim, eu
quero substituir, aí no momento dois eu
consigo jogar o povo contra você.
Diz, diz isso mesmo, ó. Vargas deu
certo, Mussolini deu certo. Pode dizer,
tá tudo
certo. Diga. Mas na hora que você
começar a dizer de verdade o que você
acredita, aí o bagulho vai ficar doido,
entendeu? Aí o bagulho vai ficar doido,
porque aí eu vou demonstrar, porque você
vai dizer assim: “Ah, deu certo, deu
certo porque melhorou a economia do
país.” Aí a gente vai, aí a gente vai
começar a conversar com igual homem. Só
que vocês não são homens de admitir o
que vocês querem, né?
Entendeu? Pois é. É isso. Quando você
admite, aí eu vou começar a tirar vocês.
Aí eu começo a tirar vocês do chiqueiro
de onde vocês
estão. É exatamente isso aqui, ó.
Vladimir Putin, o melhor presidente, o
band de putinista irrutido, evitando
dizer isso, mas geral sabe. É isso.
Então eu preciso tirar você porque vocês
são tão covardes, vocês são tão formigas
covardes, né? Você tão baratinhas
covardes que ele não consegue tirar você
de dentro do buraco de onde você tá.
Então, admite pelo menos que é isso que
vocês defendem. Na hora que você começar
a admitir o que você defende, você tá
querendo substituir a classe, certo?
Quando você começar a admitir que você
tá querendo substituir a classe, aí a
conversa vai começar de homem para
homem. Mas enquanto isso vocês estão aí
só mentindo para vocês mesmo. Nem vocês
admitem o que vocês
pensam. Porque se o se o por exemplo, se
o nosso camarada Elias lá, ele vem e
fala assim, ó: “Eu sou admirador de
Getúlio mesmo. Eu se o Tales tá dizendo,
eu não sei, eu sou admirador de Getúlio
mesmo, eu quero administrar o
capitalismo mesmo.” É, beleza, aí a
gente pode apontar as limitações. Mas se
você finge que não é um substitucionista
da paz e você age como, aí fica muito
difícil, pô.
Aí fica muito difícil. Se você admite
que você é um substitucionista, aí eu
começo a conversar com você.
Admite?
Admite, admite que você é um
substitucionista, porque aí a gente
começa a conversar. Quando você admitir
que você é um substitucionista, a gente
começa a conversar. começa a conversar e
aí vai ser facilinho jogar o povo
contra. Aí vai ser facinho jogar o povo
contra. O problema é que vocês nem isso
admitem,
né? O problema é que nem isso vocês
admitem. Esse é esse é esse é o
problema. o problema que tá
rolando.
Mas é, mas aí assim tem as pessoas são
iguais porque todos t, sei lá, tem tem
narina, tem olho, né? As pessoas podem
podem se apresentar como comparações que
quiserem. O que eu tô dizendo é o
seguinte, tem gente que não admite que é
substitucionista, pô.
Tá? É só você admitir, você quer
substituir a classe, admita. Eu quero
substituir a classe. Diga
isso. Diga
isso, tá bom? Diga pelo menos isso,
porque aí a gente começa a conversar,
porque aí se você diz: “Eu quero
substituir a classe”. Eu falo assim:
“Não, tudo
bem, tudo bem. Você substitui a classe
aí a gente vai ver se você é o melhor,
se você é o melhor cara de substituir a
classe que tem no Brasil. Talvez seja,
mas pelo menos você não tá fingindo,
porque senão eu não consigo começar a
conversar com você. Se você mente, eu
não consigo começar a conversar com
você.
Entenderam isso? Tem um monte de gente
quer substituir o Lula. Tem, tá tudo
certo ter, mas pelo menos minta,
pô. Se você não mentir, a gente começa a
conversar. Se você mentir, eu não
consigo começar com essa
coisa. Tá bom, tranquilo. Aí o que eu tô
dizendo é o seguinte, ó, porque tem
outra tese, tem a tese de substituir a
classe e tem outras teses. E aí, se as
pessoas defenderem de cara limpa, né, se
as pessoas defenderem de cara limpa, eu
quero substituir a tese, aí a gente pode
colocar uma posição, ó, essa posição é
do camarada, essa é do outro camarada.
Às vezes eles podem fazer aliança, às
vezes não, mas pelo menos admite o que
você tá defendendo. Por isso que eu
gosto do Elias para O Elias
fala: “Gente, tenho 50 anos na cara, eu
só quero minha posiçãozinha no banco da
China e tá tudo certo, eu quero aprender
com isso e etc.”
Entenderam? Se o se o se o Elias admitir
isso, a gente consegue conversar:
“Porra, então o Elias não tá pensando em
revolução? Aí quem tiver pensando em
revolução tá pensando em revolução. Eu
não tô pensando nenhum nem outro. Eu só
quero que vocês parem de mentir, seu
bando de filha da
Eu só quero que vocês parem de
mentir. que pariu, que coisa
difícil do Mas aí você vai
dizer para mim: “Pedro, mas eu tenho um
plano A, B, C, alfa, Beta, gama, X, Y,
Z. Só para de mentir, porra”. Como eu
percebo que tem uma resistência do
para essa tese, não tem como eu
pensar. Não tem como eu pensar. Não tem
como pensar. Certo? Quando eu tô dizendo
mentir, é mentir pro público, tá? Não é
você fazer uma disputa lá com o general
do outro país. Eu tô falando você mentir
pro público. Você não é político, você é
youtuber, você é o merda, você não tem
nenhum cargo, você provavelmente nem
ganha salário, porque com esse
pensamento, provavelmente você é
desempregado, você é
comunicador, você é o cara que forma
consciência popular e a sua tática é
mentir pro
público, certo? É completamente
diferente você tá deputado disputando lá
na na no comércio internacional para ver
se vai fazer um tratado internacional.
Eu tô falando você como comunicador na
internet, você acha que isso é a mesma
coisa que, sei lá, você trancado, sendo
torturado ou você lá decidindo qual vai
ser os rumos da bomba atômica que vai,
se ela vai ser estourada ou não?
comunicador, criação de consciência
pública é completamente diferente,
pô. Não tô dizendo que tá proibido
mentir aqui para sempre, né? Que ah,
veja bem, nenhuma pessoa mentiu, eu sou
puro. Não tô dizendo isso. Tô falando
comunicador, Comunicador
sistematicamente mentido em público.
Qual vai ser o resultado? Comunicador
sistematicamente em
público. Aí você pode dizer para mim:
“Mas eu sou mentiroso”. Eu tenho que
mentir. Eu vou falar minta, Já
disse, eu não tenho o que fazer. Eu não
tenho como segurar você.
Minta. Minta para
Minta para
burro. Seja
feliz. Seja o homem mentira. Faça o que
você quiser.
Certo? Faça a
que tu
quiser. Eu não sou seu
pai. O que eu tô dizendo é que eu
enxergo que tem ganhos a longo prazo
quando você age dessa forma que eu tô
dizendo. Se você é comunicador, tá? Tô
dizendo se você é diplomata, se você é
deputado federal, tô falando disso. Tô
falando se você é
comunicador. Se você é comunicador e
você faz da sua atividade a mentira.
Talvez você não consiga executar aquilo
que você acha que é o melhor pro país ou
pro mundo ou pro que você quiser. Mas
você pode dizer assim: “Pedro,
discorda”. Vou dizer: “Tá bom,
discorde,
discorde, discorde um para um caralho.”
E eu vou estar aqui, ó.
O
pós-modernismo é isso. Esse
visionismo é exatamente isso.
[Música]
Exatamente isso aqui, ó. E essa essa é
uma retórica que tá para vocês.
Primeiro, eu tô falando com todo mundo,
tá? Tô falando com todo mundo, eu não tô
falando com uma pessoa específica. E eu
já comecei a ouvir essa circulando do
que o Neruca tá comentando aqui, ó. Até
porque mentir é não acreditar na classe
trabalhadora. É exatamente isso. É
precisamente isso. E isso já tá virando
pauta retórica de alguns companheiros
nossos. E eu fico muito feliz com isso.
Certo? mentir para para pro público,
olhar, entrar na internet e mentir na
cara mais esparrada do mundo pro
público, é não acreditar no trabalhador.
É não acreditar no trabalhador. E isso
já tá sendo usado como retórica na
esquerda. E eu espero que essa retórica
ganhe, certo? Eu espero que essa, eu
espero que essa retórica ganhe. Eu já
vi, eu acho que o o eu acho que eu já vi
o Ian repetindo isso. Eu acho que eu já
vi o Gustavo Machado repetindo isso. Eu
quero que cada vez mais
pessoas, mais pessoas, cada vez mais
pessoas dentro dos comunicadores repitam
isso. Olha, cara, eu posso estar errado
agora
mentir, falar uma coisa que eu não penso
intencionalmente só para manipular o
público. Isso é não acreditar na classe
trabalhadora. É não acreditar. É não
acreditar no ser humano. E aí você aí a
consequência, né? Se você não acredita
no ser humano, você substitui. Não,
deixa eu aqui que sou o gênio das
galáxias, eu entro lá no negócio e
resolvo. Tudo bem, gente. Tá tudo bem se
vocês acreditarem nisso. Mas eu vou est
lá para apontar o dedo. Eu vou est lá
para apontar o dedo. Ó, tá vendo aqui,
ó? Na cara dura,
Na cara dura, pô. Na maior cara
de pau do planeta. Tá vendo o que que
essa pessoa tá falando aqui? Ela sabe
que não é verdade. Eu vou est lá
dizendo. Eu vou est lá
dizendo. Eu vou est lá dizendo. Não, mas
é claríssimo. O Pedro tá dizendo assim:
“Acreditar no ser humano é puxado.” Pois
bem, mas é
claríssimo. Claríssimo, Pedro, que você
joga nesse time. É claríssimo. Toda a
sua existência nesse chat prova que tu
joga nesse time. Mas eu vou est lá para
avisar, ó. Tá vendo esses caras aqui, ó,
que não acredita em nenhuma do que
estão falando, tão só querendo
substituir classe. Tá vendo? Eu vou
apontar o dedo na cara de todo mundo.
Todo mundo, certo? Todo mundo que não
virar, todo mundo que não virar pro lado
correto, eu vou estar apontando, ó. Tá
todo mundo querendo substituir a classe,
ó. Todo mundo. Então assim, eu não tô
dizendo o nome de
ninguém. Eu não tô dizendo o nome de
ninguém. Exatamente por Exatamente
porque eu tô acreditando que vocês ainda
têm correção,
pô. Vocês ainda tão. Quem tiver do lado
de lá, vocês ainda tção, pô. Vocês ainda
tem, há tempo ainda de se
corrigir. Ainda há tempo de se corrigir,
tá certo? Ainda há tempo. Eu não
acredismo e porque a classe
trabalhadora, etc e tal. Eu quero fazer
robozinho, vou me
embora, vou lá pro canal da PCE, depois
eu vou fazer
robozinho. E como eu me coloco nessa
posição muito confortável de não ter que
dizer para ninguém o que é certo, qual é
o caminho correto, vai por aqui, porque
aqui é melhor, eu sentei na posição
suprema do quem critica os criticadores.
posição suprema do quem critica os
criticadores. Se eu ver a pessoa
mentindo descaradamente porque tá
mentindo, eu vou estar aqui, ó. Tá
mentindo. Você sabe que você tá
mentindo, pô. Tu sabe, pô. Tu sabe que
você tá
mentindo. Tu
sabe. Tu
sabe. Tu sabe. Eu sei. Nós sabemos. Tá
todo mundo vendo. Então o segredo é não
mentir, viu? é não mentir para depois
não tomar dedo na cara. O segredo é não
mentir, porque eu tô avisando que eu vou
estar fazendo pressão aqui do lado de cá
deterministicamente para aumentar a
quantidade de pessoas que mentem menos.
Se continuarem mentindo aí do jeito que
gosta de mentir para aí aí vai
ficar feio, né? Vai ficar feio para
Vai ficar feio. Então olha só,
super chats do invertido, né? O cara fez
uma piada e depois ele voltou. Depois de
aprender o que é pósmodernismo, eu acho
que tô vendo onde não tem. E às vezes eu
me pego usando pós-moderismo em
discussões. Tem que usar mesmo. Que se
fodam todos eles. Ah, pessoal, um dos
pactos centrais é a quantidade colossal
de variáveis que compõe o sistema dos
pontos centrais. Tá falando determino. É
improvável que em algum momento a
humanidade tenha total domínio de todas
as variáveis. Também concordo. Pessoal
vendo Foucault, funco do Foucault
abrindo Fulcro. OK.
H le só conseguiu a liderança da
organização que veio do Soviets porque
desde que a guerra estourou ele foi
honesto e foi contra a guerra. Também
acho. O Bruno disse: “Pedro, o que você
acha do fracionismo do Trotsk?” Eu acho
que o Trotsk rei na barriga gigantesco e
o camarada Gustavo Machado tá tá tá se
esforçando para não ser essa pessoa
torço por ele. Ah, que ele consiga se
liberar desse estigma de ter o rei na
barriga do Quando você faz
bolo, come uma bandeja ou desenfor.
piadas. Eh, e o Diego falou assim:
“Chegou a hora de apontar o dedo e eu
avisei.” Eu avisei: “É, o Diego avisou”.
Verdade, o Diego avisou. Mas Diego
também é chato para que
pariu, consegue ser mais chato que eu.
Beijo no coração de todos.
Eh, vocês são maravilhosos e eu vou
denunciar. Ah, mas eu não gosto do que
você falou. Vou falar de novo. Aí você
vem aqui pagar dinheiro para mim. Aí eu
vou rir da sua cara.
tá vindo aqui não gostar do que eu falo
de novo, cara. A vai ser burro assim lá
na que pariu. 3 horas de vídeo você
tá me dando dinheiro, cara. Ah, mas eu
não concordo, Não assiste, vai
embora. Eu vou est aqui, vou falar, vou
brigar. Não
gosta, reclama com papa, né? Reclama com
papa. Não gosta, reclama com papa. Tá
bom? Beijo no coração de vocês. Vocês
são maravilhosos. Falou, valeu. Até
mais.
[Música]
No vale do
Nilo, lá vem
Pavanaton com seu fetinho de ouro. Ouro,
proteção contra o monstro
Aborton. Dizem que ele é o faraó do
capital, acumulando tesouros no Egito
ancestral.
Pavanatom, o faraó do
capital com suas riquezas capitalistas
sem igual.
O faraó é o mestre dos comércio. No
Egito antigo já previa
bitcoin. Le mercado ele já
propõe enquanto os
camponeses colhiam o
trigo. Tavana como acumulava a capital.
Seu mundo era seu
umbigo. Com suas
pirâmides e pedras
preciosas, ele governava o Egito com
ganância
grandiosa.
Patadão, o faraó do
capitão, com suas riquezas capitalistas
sem igual.
O faraó é o mestre do comércio. No Egito
antigo já previa Bitcoin.
Nesse ele já
propõe quando criança pá era seu
principal
brinquedo. Com ela cavava buracos o dia
inteirinho, mas de machado tinha
medinho. Um dia caiu no buraco e quase
morreu.
Foi com raiva o buraco ele
vendeu.
Lava, o faraó do
capital com suas riquezas capitalistas
sem igual.
O faraó é o mestre do comércio. No Egito
antigo já previa
Bitcoin. Lei de mercado ele já
propõe. E assim
Egito o mito se
espalhou. Havana toma o faraó que
capital acumulou.
Ele foi esquecido, mas seu descendente o
relembrou. Um garoto chamado Lucas, que
com sua história num debate
[Música]
lacrou. เฮ
[Música]